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Defasagem da gasolina chega a 18%, em meio à disputa pelo comando da Petrobras

Em meio à polêmica da troca de comando na Petrobras, a estatal terá de lidar com a pressão sobre os preços dos combustíveis. A defasagem da gasolina no Brasil em relação ao praticado no mercado internacional chegou a 18% nesta segunda-feira, segundo dados da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom). No caso do diesel, a disparidade está em 13%. A defasagem reflete a escalada do preço da commodity, especialmente a partir da segunda quinzena de março. O preço do barril do petróleo Brent, referência no mercado internacional, ultrapassou a barreira dos US$ 90 na semana passada, chegando ao mais alto patamar desde outubro de 2023. Na manhã desta segunda-feira, ele recuava 0,76% por volta de 9h, mas ainda estava acima de US$ 90. Projeções do JPMorgan indicam que o barril poderá alcançar a marca de US$ 100 até agosto ou setembro. A disparada no preço deve pressionar a Petrobras por reajustes, num momento em que a companhia está no alvo de disputa entre diferentes alas do governo e o futuro de seu presidente, Jean Paul Prates, é incerto. No fim de semana, era esperado um encontro entre o presidente Lula e alguns de seus ministros, entre eles Fernando Haddad (Fazenda) e Alexandre Silveira (Minas e Energia) para tratar da polêmica envolvendo a Petrobras. Mas a reunião não aconteceu. É possível que seja feita nesta segunda-feira. O salto do preço do petróleo na semana passada é atribuído a tensões militares entre Israel e o Irã. Mas especialistas dizem que há outros fatores que impulsionam os preços da commodity para cima. O México reduziu suas exportações de petróleo, contribuindo para a redução da oferta global do produto. Sanções americanas à Rússia - devido à guerra na Ucrânia - também contibuem para diminuição da disponibilidade da commodity, e ataques dos rebeldes houthis a petroleiros no Mar Vermelho vêm atrasando os embarques de petróleo. Mesmo diante desse cenário, os membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e seus aliados mantêm o corte de produção de 2,2 milhões de barris por dia. No início de março, eles renovaram o compromisso com a redução da oferta para todo o período do segundo trimestre.

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StoneX: Importações de diesel A desaceleram em março

De acordo com os dados divulgados pelo MDIC, o volume de diesel A importado pelo Brasil em março/24 foi de 1,25 milhão de m³, marcando redução de 26,4% frente ao observado em março/23. No acumulado anual, as internalizações totalizaram 3,18 milhões de m³, operando em uma baixa de 9% frente ao mesmo período de 2023. Apesar de iniciar o ano de maneira aquecida endash; com as importações do combustível alcançando 1,06 milhão de m³, uma alta de 41,5% frente ao observado no início de 2023 endash; nos últimos dois meses o mercado brasileiro vem sendo marcado por uma diminuição das compras externas do diesel puro. Tal situação ocorre em meio a uma produção forte de diesel pelas refinarias no primeiro bimestre do ano endash; acumulando avanços de 9,7% frente ao mesmo período do ano passado, totalizando 7,66 milhões de m³ endash;, como também a mudança da mistura do biodiesel no diesel comercializado nos postos de combustíveis, do B12 ao B14, a partir de março/24, que contribuiu para uma redução do consumo de diesel puro e, por consequência, das internalizações do produto. Conforme projeções da StoneX, ao longo de 2024, as importações brasileiras de diesel devem alcançar 14,1 milhões de m³, marcando queda de 2,8% frente ao observado em 2023, em meio a um cenário de expansão da oferta doméstica e diminuição da mistura de diesel A no diesel B comercializado. Rússia mantém participação majoritária nas importações A Rússia se manteve como principal fornecedora ao Brasil, respondendo por 57,66% do total. Ainda assim, a participação do diesel russo operou pelo terceiro mês seguido em queda, após atingir seu pico em dezembro/23 (86,6%), com outros vendedores endash; como Emirados Árabes Unidos (EAU) e Kuwait endash; passando a se destacar nessa frente e tomando parte do share da Rússia e dos EUA. Inclusive, conforme dados divulgados pelo MDIC, os EUA vêm perdendo de maneira significativa a sua participação nas compras brasileiras. Enquanto, no primeiro trimestre de 2023 (1T23), os americanos foram responsáveis por um terço das vendas de diesel ao Brasil, no mesmo período de 2024 (1T24), o indicador operou próximo a 10%, conforme a dificuldade dos EUA de manter as exportações de diesel no mesmo patamar do ano passado endash; em meio a redução produtiva das refinarias causada pela passagem de ondas frias em alguns estados norte-americanos, no início do ano endash; como também um maior direcionamento dos volumes exportados à União Europeia (UE). Nesse sentido, a Rússia acabou adquirindo share mais expressivo do mercado, indo de 13,1% no 1T23 para 65,2% no 1T24, garantido principalmente pela atratividade financeira do produto ofertado por Moscou frente as outras referências internacionais, como reflexo da busca pela Rússia por novos compradores após o início das sanções aos derivados russos pela UE, em fevereiro/23. Importações de gasolina recuam Assim como o diesel, as importações de gasolina também apresentaram uma queda, considerando o acumulado do primeiro trimestre de 2024. De acordo com o MDIC, entre janeiro e março, as compras externas de gasolina ficaram em 894,5 mil m³ - volume 20,3% abaixo no comparativo com o primeiro trimestre de 2023 (1.122 mil m³). Assim, apesar de iniciar o ano em alta (com as importações em janeiro atingindo 432 mil m³ - 129% acima de jan/23), o indicador mostrou um recuo nos meses seguintes, evidenciando a menor demanda brasileira pelo combustível no mercado internacional. Essa queda das importações pode refletir alguns fatores. Entre eles, destacase a menor demanda doméstica pelo derivado no primeiro trimestre frente a maior competitividade do etanol hidratado. De acordo com a ANP, as vendas da gasolina C ficaram em 6,9 milhões de m³ nos primeiros dois meses do ano endash; uma queda de 7,6% no comparativo com o mesmo período em 2023. A demanda por etanol hidratado, por sua vez, situou-se em 3,4 milhões de m³ entre janeiro e fevereiro endash; volume quase 59% maior do que no ano passado. Entende-se, portanto, que a paridade mais competitiva para o biocombustível (abaixo de 70%) nas principais praças demandantes de combustíveis leves no período considerado afetou a demanda pela gasolina, cenário que deve se estende nos próximos meses. Conforme projeções da StoneX, ao longo de 2024, esse cenário de menor competitividade do fóssil deve permitir uma contração de 4% no consumo da gasolina C ao longo de 2024. Além de uma demanda menos aquecido do mercado interno, vale destacar a forte produção das refinarias nacionais, com a oferta acumulada de gasolina A entre janeiro e fevereiro expandindo 6,3% no comparativo com 2023 (4,69 milhões de m³) e devendo se manter elevada nos próximos meses. Por fim, também é importante assinalar a maior defasagem dos preços internacionais para aquele praticado pela Petrobras desde meados de fevereiro, que também torna menos atrativa a importação de gasolina. As exportações, entretanto, avançam Balança comercial de gasolina no primeiro trimestre Mercado de Energia Importações anuais acumuladas endash; milhões m³ Para a gasolina, também se destaca o forte aumento das exportações nos primeiros meses de 2024, com o indicador acumulado entre janeiro e março ficando em 395 mil m³ endash; contrastando com o número registrado nesse mesmo período em 2023 (6,6 mil m³). Esse resultado no primeiro trimestre estende o movimento que se observa desde o final de 2023, com a menor demanda no mercado interno favorecendo ainda mais a exportação do combustível. Entre os principais destinos, destacam-se os Estados Unidos (78%), China (12%) e Chile (7%). No entanto, vale ressaltar que o avanço das exportações nos últimos meses não implica na autossuficiência do país em gasolina, com o Brasil ainda dependente do mercado externo para atender a demanda doméstica, e as importações representando cerca de 14% da oferta do combustível em 2023. (StoneX)

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ANP lança curso para frentistas sobre testes realizados nos combustíveis

A ANP lançou, em 4/4, um curso destinado a frentistas de postos de combustíveis, em parceria com entidades representativas desses trabalhadores e dos donos de postos. O lançamento ocorreu no Escritório Central da ANP, no Rio de Janeiro. No evento, o Diretor da ANP Fernando Moura destacou a importância do trabalho em parceria entre órgão regulador e agentes regulados. eldquo;A regulação a várias mãos é a mais acertada. Entendendo o que acontece de fato com o mercado, quais são os desafios, conseguimos internalizar isso para fazer uma regulação mais próxima da realidade possível. Só trabalhando em conjunto teremos um mercado mais seguro tanto para os trabalhadores quanto para o consumidor. Por isso, a área de fiscalização da ANP realiza esse trabalho educativoerdquo;, afirmou. O objetivo do curso é capacitar e auxiliar no aperfeiçoamento dos frentistas com relação à realização dos testes de qualidade e quantidade dos combustíveis. Além de servirem para os postos acompanharem a conformidade dos produtos vendidos, esses testes também podem ser exigidos pelos consumidores ao abastecerem. O treinamento é realizado em parceria com o Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis, Lubrificantes e Lojas de Conveniência do Município do Rio de Janeiro (Sindcomb); o Sindicato dos Empregados em Postos de Serviços de Combustíveis e Derivados de Petróleo do Estado do Rio de Janeiro (Sinpospetro-RJ); a Federação Nacional dos Empregados em Postos de Serviços de Combustíveis e Derivados de Petróleo (Fenepospetro); e o Sindicado da Indústria de Reparação de Veículos e Acessórios (Sindirepa). O curso será ministrado por meio de vídeos, nos quais servidores da ANP demonstram como fazer esses testes e aferições. Os vídeos serão disponibilizados nos sites do Sindcomb e do Sinpospetro-RJ. Após terminarem o curso, os frentistas poderão emitir um certificado de conclusão.

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Além dos dividendos, Prates e Silveira duelam por ´combustível do futuro´

Em processo de fritura na Petrobras, Jean Paul Prates incomodou recentemente integrantes poderosos do governo, incluindo seu algoz, Alexandre Silveira, por causa da tramitação do projeto de lei do Combustível do Futuro no Senado (na Câmara, ele já foi aprovado). Prates quer inserir o Diesel R, um produto exclusivo da estatal no projeto, que trata dos percentuais máximos de biodiesel e etanol que podem ser misturados à gasolina e de iniciativas para estimular o uso de combustíveis de baixo carbono no país. Silveira era contra a inclusão do produto no texto. Prates, no entanto, articulou à revelia do ministro para que a relatoria do projeto fosse entregue ao senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB), seu aliado e presidente da Frente Parlamentar de Recursos Naturais e Energia, fundada por Prates.

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Governo de SP quer endurecer regras para carregar carros elétricos

O Corpo de Bombeiros de São Paulo elaborou parecer técnico que pode endurecer as regras em relação às vagas para recarga de veículos elétricos no estado. O texto, encaminhado para consulta pública, prevê que os automóveis precisarão ser separados por vagas com uma distância mínima de cinco metros. Caso o parecer seja aprovado na consulta, passará a valer assim que for publicado no Diário Oficial. Segundo o documento, uma alternativa seria fazer o afastamento entre os veículos por meio de paredes corta-fogo com 1,60 m de altura e 5 m de comprimento. A parede também deve ter fechamento junto ao teto do pavimento, isolando, individualmente, cada estação. Além disto, as vagas teriam de contar com chuveiros automáticos em todo o pavimento onde houver os carregadores. "Este tipo de incêndio, mormente em razão das baterias de ions de lítio, tem por característica o consumo de grande quantidade de água para sua extinção", aponta o parecer técnico do Corpo de Bombeiros paulista. O parecer prevê o prazo de um ano, a contar da data da respectiva publicação, para que as instalações se adaptem as normas. O sistema de mitigação contra incêndios deve conter um reservatório para irrigar a área por um prazo de 60 minutos. As regras também dispõem sobre a garantia do corte de energia entre os módulos de carregamento e da rede elétrica por meio de disjuntor. "As vagas de recarga deverão possuir proteção, mínima, de dois extintores ABC com distância máxima de caminhamento de 15 metros", explica a portaria. Justificativa "Diante do avanço tecnológico e da disseminação de novas tecnologias, é cada vez mais comum a necessidade de instalação de bases para recarga de veículos elétricos movidos a baterias de íons de lítio nos estacionamentos das edificações", aponta o parecer. O texto ainda explica a urgência do parecer. "A implementação de regras padronizadas se faz urgente, especialmente no que diz respeito às medidas de segurança contra incêndios, devido ao potencial risco de ignição das baterias de íons de lítio". Montadoras criticam proposta Presidente da ABVE (Associação Brasileira do Veículo Elétrico), entidade que representa diversas montadoras, Ricardo Bastos diz em entrevista ao UOL Carros que recebeu a consulta pública como tentativa de se criar nova "jabuticaba". Isso porque estatísticas internacionais de incêndio em veículos indicam percentuais muito inferiores para elétricos (0,004%) quando comparados com similares movidos a combustão (0,08%). De acordo com o executivo, a consulta também incluiria aspectos já superados e sem compromisso com as melhores técnicas disponíveis, inclusive no Brasil. Bastos afirma que hoje a utilização de baterias é extremamente comum em vários produtos, como celulares, que estão presentes em vários momentos da nossa vida. "Os veículos contam com homologação técnica, certificação e controles de qualidade extremamente rígidos, que permitem avançarmos nesse debate com muito equilíbrio e com a importância devida", diz.

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São Paulo arrecada R$ 1 bi de devedores contumazes em 2023

A Secretaria da Fazenda e Planejamento do Estado de São Paulo (Sefaz-SP) conseguiu arrecadar, em 2023, R$ 1,09 bilhão por meio da cobrança de ICMS dos chamados eldquo;inadimplentes contumazeserdquo;. São contribuintes que declaram o que devem mas, sistematicamente, deixam de recolher o imposto. Informação repassada ao Valor com exclusividade pela Supervisão Executiva de Cobrança e Recuperação de Dívida (SECRD) detalha que, desse total, R$ 787,7 milhões foram pagos à vista e R$ 302,2 milhões por meio de parcelamentos. Atualmente, a SECRD diz acompanhar 212 empresas e registra 254 acompanhamentos concluídos. Os acompanhamentos são reuniões entre auditores fiscais e contribuintes com o objetivo de se chegar à adimplência, ou seja, o pagamento de impostos correntes - ainda não inscritos na dívida ativa. Levam de seis meses a dois anos. Para continuar a leitura, clique aqui. .

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