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Lula: 'Queremos que Japão adote no Brasil perspectiva de produção de etanol e combustível renovável'

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva reiterou a intenção de fortalecer o comércio bilateral entre Brasil e Japão e afirmou que a meta é superar a relação comercial de US$ 17 bilhões registrada em 2011. Lula citou a perspectiva de lançar negociações de acordo com o país durante a presidência brasileira do Mercosul e disse contar com tecnologia japonesa para o Brasil se transformar em país desenvolvido. As declarações aconteceram durante cerimônia de assinatura de acordos entre o Brasil e o Japão nesta quarta-feira, 26. O evento aconteceu após uma reunião bilateral entre Lula e o primeiro-ministro japonês, Shigeru Ishiba. De acordo com Lula, o Brasil e o Japão têm uma relação comercial de US$ 11 bilhões, mas, em sua avaliação, isso não corresponde ao tamanho das economias. Diante disso, o País quer aumentar seu comércio com o Japão: eldquo;Queremos vender e comprarerdquo;, afirmou Lula. eldquo;Queremos que o Japão adote no Brasil a perspectiva de produção do etanol, hidrogênio verde e combustível renovável. Queremos contar com tecnologia japonesa para o Brasil se transformar em país desenvolvidoerdquo;, acrescentou. Dentre os temas que os países trabalharão juntos, Lula citou medidas de mitigação à mudança do clima. Segundo ele, ambos os chefes de governo concordaram que sustentabilidade, paz e democracia são essenciais para o futuro do planeta. Na cerimônia, o presidente disse que o Brasil e o Japão assinaram dez acordos e outros 80 instrumentos de cooperação, que incluem universidades e outras instituições. Lula ainda falou que cuidar dos brasileiros que residem no Japão é tema prioritário. Segundo o petista, após a visita do governo ao Japão, a relação entre os países mudou de patamar.

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Acordo entre produtores de biodiesel e distribuidoras pode evitar suspensão da mistura no diesel

Produtores de biodiesel e distribuidoras de combustíveis entraram em acordo para evitar a suspensão temporária da mistura de biodiesel ao diesel. Nesta quinta-feira, 27, a Agência Nacional do Petróleo (ANP) deve dar a palavra final sobre o pedido feito pelas distribuidoras para suspender a mistura de 14% de biodiesel ao diesel fóssil por 90 dias. Produtores e distribuidoras decidiram defender juntos que haja um reforço na fiscalização contra empresas que não fazem a mistura, atendendo ao pleito das grandes empresas do setor que relatam perder mercado para concorrentes que não respeitam as regras. Como o biodiesel é mais caro que o diesel fóssil, empresas que não respeitam a mistura conseguem vender o produto mais barato que as que seguem as regras. Representantes de frentes parlamentares ligadas ao agronegócio e aos combustíveis, além de entidades empresariais, vão fechar uma lista de ações conjuntas contra essas fraudes. Uma delas é a doação de cinco equipamentos para medir se a mistura obrigatória de biodiesel ao diesel está sendo obedecida endash; hoje, a agência tem apenas dois equipamentos que fazem isso, um deles emprestado. Cada máquina custa cerca de R$ 235 mil, e o gasto será repartido entre produtores e distribuidores de diesel. A ideia é também marcar posição em outras frentes, mostrando que o setor apoiará e fará lobby conjunto em defesa do projeto de lei que amplia as penas para os infratores e de outros que fecham o cerco aos devedores recorrentes de impostos, chamados de devedores contumazes. O primeiro está tramitando na Comissão de Energia da Câmara dos Deputados e prevê multas de até R$ 20 milhões para quem fraudar a mistura. O segundo é objeto de dois projetos de lei que tramitam no Senado. A expectativa de representantes de produtores de biodiesel e de distribuidores é que, com isso, a ANP não aplique a suspensão da mistura na quinta-feira, mas reconheça que a fiscalização não vem dando conta do problema. No último dia 12, o Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e de Lubrificantes (Sindicom) fez um pedido formal à ANP para suspender a mistura por 90 dias, alegando o aumento expressivo das fraudes e prejuízo aos concorrentes que obedecem às regras. Como mostrou o Estadão/Broadcast, o aumento do preço do biodiesel ampliou as fraudes na mistura, com mais empresas deixando de adicionar a fatia do combustível renovável. Segundo levantamentos do Instituto Combustível Legal, que é bancado pelas grandes distribuidoras, as fraudes chegavam a 30% em amostras colhidas em São Paulo. No ano passado, foram vendidos 67,2 bilhões de litros de diesel (já misturado) no País. A preços de hoje do litro de diesel, isso representa um mercado de cerca de R$ 425 bilhões. As entidades também planejam apresentar propostas de alterações regulatórias, que podem ser aplicadas pela ANP, como a proibição de revenda de biodiesel entre distribuidoras endash; o que abre a porta para a emissão de notas fiscais frias, e defendem que a agência passe a ter acesso a dados da Receita Federal e dos fiscos estaduais sobre quantidades de biodiesel comprado pelas empresas. O objetivo é checar se esses volumes batem com o que é vendido nas bombas. Os distribuidores desistiram, porém, de defender a abertura do mercado para importação de biodiesel com o objetivo de baixar preços internos. A concessão visa a atender aos produtores de biodiesel e fechar o acordo. Essas medidas serão levadas à ANP. O biodiesel espera que o setor de etanol reforce a mobilização contra fraudes, mas estes produtores têm tomado distância do problema. Diferentemente do biodiesel, o etanol não foi afetado pela decisão do governo Lula de congelar o aumento da mistura aos combustíveis fósseis. A adição do biodiesel subiria para 15% neste ano, mas em razão do impacto nos preços nas bombas e o efeito na inflação, foi suspensa. Já no caso do etanol, o governo mantém o objetivo de elevar a mistura de 27,5% para 30% do litro de gasolina. Testes encomendados pelo governo para testar se a mistura afeta motores deram sinal verde para a iniciativa e a expectativa é a de que o Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) autorize a mistura nas próximas semanas. No Japão, Lula defende mistura do etanol No Japão, Lula defendeu a mistura de etanol à gasolina. eldquo;Nós estamos percebendo o crescimento da transição energética com o hidrogênio verde, com energia limpa, e o Brasil está dando um salto de qualidade na questão do etanol. A gente está pensando em elevar para 30% a mistura, tanto da gasolina quanto do biodieselerdquo;, disse nesta terça-feira, 25. O presidente tenta convencer o governo japonês a adicionar 10% de etanol à gasolina no país, o que aumentaria a demanda pelo combustível produzido no Brasil. eldquo;Se o Japão usar 10% de etanol na gasolina, é um salto extraordinário, não apenas para que a gente exporte, mas para que eles possam produzir no Brasilerdquo;, disse Lula.

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ANP avaliará na quinta (27) pedido de suspensão na mistura ao óleo diesel

A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) avalia na quinta-feira (27) em reunião pública da diretoria, a partir das 14 horas, o pedido de suspensão da obrigatoriedade de adição de biodiesel ao óleo diesel. Dentro do regulador, o processo já passou pela Superintendência de Distribuição e Logística (SDL) e está na relatoria do diretor Fernando Moura. O Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e de Lubrificantes (Sindicom) protocolou neste mês um ofício junto à ANP pedindo a suspensão provisória da adição de 14% de biodiesel no óleo diesel pelo prazo de 90 dias. Houve irritação de produtores de biocombustíveis com o pedido do Sindicom, mas o sindicato tem reforçado publicamente que o objetivo é sanear o mercado e garantir o reforço na fiscalização. A lei que criou a obrigatoriedade de adição já prevê a possibilidade, em casos excepcionais, de uma suspensão temporária na mistura. Fontes do setor privado, ouvidas pelo Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), divergiram sobre a probabilidade de um parecer favorável ao pedido do Sindicom, entre eldquo;chance razoávelerdquo; ou eldquo;pouco provávelerdquo; na interrupção do mandato de 14% em biodiesel endash; especialmente após o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, deixar claro o seu posicionamento contrário à suspensão. Um grupo de empresas representadas está avaliando um convênio para a doação de equipamentos à ANP destinados à fiscalização em campo sobre a mistura obrigatória de biodiesel no diesel. Em outra frente, como mostrou o Broadcast, o setor apoiará e fará lobby conjunto em defesa do projeto de lei que amplia as penas para os infratores e de outros que fecham o cerco aos devedores recorrentes de impostos, chamados de devedores contumazes. (Estadão Conteúdo)

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Governo avalia novo leilão de petróleo para arrecadar mais R$ 30 bi em 2025

O governo vê a possibilidade de arrecadar mais de R$ 30 bilhões com um novo leilão de petróleo emdash; até agora fora do radar do mercado emdash; ainda neste ano. A ideia em discussão é oferecer o óleo excedente em áreas do pré-sal não contratadas nos campos de Tupi, Mero e Atapu. Todas elas são exploradas no regime de partilha. O plano foi apresentado pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, e está em avaliação no Ministério da Fazenda. De acordo com fontes do governo, para realizar o leilão no segundo semestre e garantir receitas extras para o resultado primário de 2025, seria necessário obter a aprovação do Comitê Nacional de Política Energética (CNPE) e tramitar um projeto de lei no Congresso Nacional já nos próximos meses. Trata-se de uma operação que guarda semelhanças com os dois leilões emdash; em 2019 e em 2021 emdash; de excedentes do contrato de cessão onerosa nos campos de Búzios, Sépia, Itapu e Atapu. A informação foi divulgada inicialmente pela Folha de S. Paulo e confirmada à CNN por duas fontes diferentes, que estimaram a arrecadação provável de uma eventual oferta das áreas em até R$ 35 bilhões. O orçamento de 2025, recém-aprovado pelo Congresso Nacional e pendente de sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), prevê superávit primário de R$ 15 bilhões. Boa parte do mercado, no entanto, considera essa projeção excessivamente otimista e enxerga dificuldades do governo para cumprir a meta. Da mesma forma que ocorreu nos leilões de excedentes da cessão onerosa, a hipótese de não haver petróleo nessas áreas não contratadas é praticamente zero. Já existe exploração regular e considera-se a exploração como um empreendimento de baixíssimo risco.

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Atvos se prepara para começar a produzir biometano em 2026

A Atvos (ex-Odebrecht Agroindustrial) recebeu a licença de instalação para a construção da sua primeira fábrica de biometano, a partir de resíduos da cadeia produtiva da cana-de-açúcar. A expectativa é de que a planta de biomateno entre em operação até o fim de 2026 endash; ano que marca o início de vigência do mandato do Combustível do Futuro. A planta será construída em Nova Alvorada do Sul (MS), onde já está instalada a Unidade Santa Luzia (USL), responsável pela produção de etanol e que também gera energia elétrica a partir da biomassa da cana. A usina terá capacidade para produzir 28,3 milhões de m3/ano de biometano. Parte do gás renovável produzido abastecerá a frota própria de logística da Atvos. Com o aval do Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul), a companhia espera iniciar os trabalhos de terraplanagem em abril.

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Petróleo fecha em alta firme com preocupações sobre oferta

Os preços do petróleo fecharam em alta firme nesta quarta-feira (26), acelerando os ganhos vistos mais cedo após os dados mais recentes do Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês) mostrarem uma queda maior do que o esperado nos estoques de petróleo nos Estados Unidos. No fechamento, o petróleo tipo Brent (referência mundial) teve alta de 1,05%, cotado a US$ 73,79 por barril, na Intercontinental Exchange (ICE). Já o petróleo WTI (referência americana) subiu 0,94%, a US$ 69,95 por barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex). Investidores também repercutiram as ameaças de Donald Trump de impor tarifas sobre compradores da commodity venezuelana e ampliar sanções à indústria petrolífera do Irã.

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