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Petrobras atinge a meta de produção de óleo e gás natural em 2024

A produção total de óleo e gás natural da Petrobras alcançou 2,7 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boed) em 2024. No mesmo ano, a produção comercial de óleo e gás natural alcançou 2,4 milhões de boed e a produção de óleo foi de 2,2 milhões de barris por dia (bpd). Com esses números, a companhia atingiu, em 2024, todas as metas de produção estabelecidas em seu Plano Estratégico 2024-2028+, dentro do intervalo de 4%, para mais ou para menos. Clique aqui para continuar a leitura.

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CEO da Petrobras diz a Lula que diesel terá reajuste

A Petrobras deverá reajustar o preço do diesel nas próximas semanas. Já a gasolina não sofrerá alta. A informação foi dada por Magda Chambriard, chefe da petroleira, ao presidente Lula nesta segunda (27) em reunião ocorrida no Palácio do Planalto. Segundo relatos, Lula perguntou sobre o índice de reajuste, mas Chambriard disse que os técnicos ainda estão fazendo os cálculos. Conforme o Painel S.A. adiantou, a petroleira discutiu o assunto neste mês. Conselheiros disseram que o tema não poderia mais ser evitado e entraria na pauta da primeira reunião do conselho no ano. Investidores internacionais estavam preocupados com uma interferência do governo nos preços da estatal e pressionaram por um reajuste, dada a disparidade do valor dos combustíveis comercializados no país ante a cotação do dólar e do petróleo no exterior. Segundo a Abicom (Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis), o diesel é comercializado nesta segunda (27) pelas refinarias da Petrobras com defasagem média de R$ 0,65 no litro, o que representa um valor 19% inferior aos preços praticados no exterior. O litro da gasolina está R$ 0,23 mais barato, 8% a menos do que deveria. Faz três semanas que o diesel é negociado com uma defasagem perto ou superior a 20%, o que não acontecia desde agosto de 2023, quando a Petrobras precisou intervir e aumentar os preços. Em 2024, porém, pela primeira vez em 13 anos, a petroleira fechou um ano inteiro sem qualquer reajuste no preço do óleo, mesmo com todas as oscilações no mercado no ano passado. O preço da gasolina foi alterado apenas uma vez. Chambriard também detalhou as medidas tomadas dentro do plano de investimentos em segurança energética, com gás e refino, e segurança alimentar, com fertilizantes. O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, participou da reunião e, segundo assessores do Planalto, elogiou a celeridade dos projetos.

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Governo avalia que inflação afetou popularidade de Lula e crise do Pix acelerou queda

Integrantes do governo atribuem a queda de popularidade do presidente Lula (PT) à alta de preços ao consumidor, especialmente dos alimentos. O custo de combustíveis e da conta de luz também pesou na desaprovação do governo. Desde junho, pesquisas internas apontavam para o aumento de insatisfação do brasileiro com o custo de vida, de acordo com relatos no Palácio do Planalto. À época, a percepção de que os preços estavam altos e continuavam subindo atingia a maior parte dos entrevistados de diferentes faixas salariais. Segundo integrantes do governo, no fim do ano passado 80% dos entrevistados admitiam ter deixado de comprar produtos ou de pagar contas em decorrência do aumento dos preços. Pesquisa da Quaest, divulgado nesta segunda-feira (27), mostra que a avaliação negativa do governo Lula atingiu 37%, maior patamar desde o início de seu terceiro mandato. O índice cresceu seis pontos no intervalo de um mês e meio. É a primeira vez que a avaliação negativa supera a positiva. A gestão é considerada positiva por 31% dos entrevistados e avaliada como regular por 28%. Outros 4% não souberam ou não quiseram responder. Em novembro de 2024, a alta de preços foi pauta de uma reunião entre o presidente Lula, ministros e representantes da Abras (Associação Brasileira de Supermercados). Na semana retrasada, na primeira reunião ministerial de 2025, Lula cobrou da equipe medidas para redução do preço dos alimentos, questionando seus ministros especificamente sobre o preço da carne. Nos próximos dias, o governo lançará campanha publicitária para afirmar que "ninguém mexe com o Pix" e que o Pix "é nosso". A previsão era de que a propaganda fosse levada ao ar já no sábado (25). A Secom (Secretaria de Comunicação da Presidência) encomendou às agências campanha com o mote "é meu, é seu, é do Brasil", na tentativa de minimizar os estragos da divulgação de novas regras da Receita Federal e da disseminação de fake news sobre tributação da ferramenta de pagamento. A intenção da campanha é restabelecer a confiança na operação, reforçando que o Pix já é uma conquista dos brasileiros. A publicidade terá foco em empreendedores e autônomos, segmento apontado como mais sensível à falsa informação de que a ferramenta seria tributada. A peça será lançada poucas semanas depois de o governo ter sido obrigado a revogar uma norma que ampliava a fiscalização da Receita sobre transações de pessoas físicas via Pix que somarem ao menos R$ 5.000 por mês. O recuo ocorreu após uma onda de críticas à medida nas redes sociais, entre elas a notícia falsa de que o Pix seria taxado. No último dia 17, a Secom avisou às agências encarregadas da publicidade do governo sobre a encomenda da nova campanha de esclarecimento. Na mesma noite, definiu como conceito reforçar que o Pix é uma ação de Estado. Na avaliação de aliados do presidente Lula, o diálogo com o segmento de autônomos e informais já era desafiador e foi ainda mais afetado pela disseminação de fake news sobre tributação das operações. Antes de assumir a Secom neste mês, o ministro Sidônio Palmeira tinha encomendado às agências encarregadas da comunicação do governo uma campanha de esclarecimento sobre as novas regras de monitoramento de transações da Receita.

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Petrobras conversa 'com 5 ou 6 empresas' de etanol, mas quer ser 'noiva disputada', diz Magda

As conversas entre a Petrobras e grandes produtores de etanol estão concentradas entre eldquo;cinco e seis empresaserdquo;, disse ao Estadão/Broadcast a CEO da estatal, Magda Chambriard. Em novembro passado, a executiva havia surpreendido o mercado ao anunciar a volta da companhia ao setor com o qual namorou na década de 1970. Cinco décadas depois, diz Magda, a estatal quer ser eldquo;uma noiva cobiçadaerdquo; e não vê sentido em abandonar um combustível que concorre com a gasolina, um produto cujas vendas tendem a cair com a transição energética. eldquo;Nem só de eólica e solar vive o homemerdquo;, diz. eldquo;A gente tem no DNA a molécula.erdquo; eldquo;Passamos os piores momentos do etanol, quando o etanol precisava de subsídio, precisava de a Petrobras bancar, precisava de tudo. No momento em que o etanol é o principal competidor da gasolina, eu saio do etanol e deixo o etanol de graça para terceiros?erdquo;, pergunta. Magda quer garantir a relevância da estatal como produtora de energia nas próximas décadas, e para isso traz, desde o primeiro dia na empresa, a ideia de investir no biocombustível, hoje com uma mistura de 27% na gasolina, fatia que tende a crescer nos próximos anos. Segundo ela, a estatal atualmente é responsável por 31% de toda a energia primária (energia presente na natureza e que ainda não foi transformada ou convertida) no País. Daqui a 25 anos, prevê, a estatal estará dando a mesma contribuição, porém com 23% de energia fóssil e 8% de renovável. eldquo;Se o Brasil vai crescer cerca de 55%, 60% nas próximas duas décadas e meia, e se a gente persistir do mesmo tamanho, nós vamos perder a importância relativa. Então, qual é a nossa importância hoje?erdquo;, perguntou-se Magda ao chegar à companhia. eldquo;Vamos ter de gerar 60% a mais de energia.erdquo; Empresas e matérias-primas Segundo a CEO da Petrobras, as conversas com os possíveis parceiros para a produção de etanol estão em andamento, mas não há prazo para o casamento. eldquo;A gente quer ser uma noiva disputadaerdquo;, afirma, e por grandes produtores, eldquo;porque não dá para Petrobras casar com barraquinha de sorveteerdquo;, brincou. Ela não cita nomes envolvidos na negociação, apenas se limita a dizer que não será uma estatal. eldquo;Não vamos botar nada para dentro e também não criaremos uma nova empresa estatalerdquo;, detalha, indicando que a companhia não quer ser majoritária em uma eventual joint venture (um investimento compartilhado com outra empresa). No início do ano, o Estadaão/Broadcast noticiou que estariam na mesa produtores como Inpasa, FS Bio, Tereos Brasil, São Martinho e outros. Questionada, Magda também não fechou as portas a empresas ligadas a petroleiras. Estão, por exemplo, neste caso a Raízen, joint venture de Shell e Cosan, e a BP Bioenergy. Sobre a matéria-prima, a presidente da Petrobras disse não haver preferência por milho ou cana-de-açúcar. eldquo;Sou ecléticaerdquo;, brincou. Ainda assim, executivos da estatal já reconheceram que os resíduos do milho poderiam ser aproveitados em outros processos industriais da estatal. Biodiesel Além do etanol, os planos de Magda envolvem a expansão da produção de biodiesel e dos combustíveis coprocessados, como o Diesel Renovável (Diesel R), um dos xodós da executiva. eldquo;A gente foi saída do biodiesel, restando apenas um pouquinho na PBio (Petrobras Biocombustíveis), mas dissemos o seguinte: temos de retornar para o etanol, para o biodiesel, e endereçar o coprocessado, e até evoluir para o SAF (querosene de aviação sustentável na sigla em inglês)erdquo;, diz. A executiva quer fazer crescer a produção de biodiesel por meio do fortalecimento da PBio, empresa que estava no processo de desinvestimento no governo Bolsonaro e foi retirada dessa situação no ano passado. eldquo;Nesse quinquênio a gente tem de fazer biodiesel, tem de fazer etanolerdquo;, ressalta. Refinarias Mas, além dos biocombustíveis, a empresa vem investindo na modernização e na ampliação das atuais refinarias e no Complexo de Energias Boaventura (ex-Comperj, ex-Gaslub). De acordo com Magda, mesmo sem construir uma nova unidade, a Petrobras vai entregar nos próximos anos o equivalente a uma nova refinaria para o País. Na semana passada, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou que o País precisa de mais uma refinaria. Segundo Magda, isso não foi um recado para a estatal. No Plano Estratégico 2025-2029, já está prevista a entrega de praticamente outra refinaria. eldquo;Pois é, nós vamos entregar isso, ampliando as outras. Esse é o ponto. Não tem plano de fazer outra refinariaerdquo;, afirma Magda. O investimento em refino no quinquênio será de US$ 15,2 bilhões. Somente na Refinaria Abreu e Lima (Rnest), em Pernambuco, serão adicionados mais 175 mil barris por dia (mbpd), com modernização e a construção de mais um trem de refino de 130 mbpd. Somadas as ampliações e modernizações das demais unidades da estatal, serão mais 120 mbpd. Somadas, a previsão é de em 2029 a capacidade de refino da Petrobras suba a 2,1 milhões de barris por dia (bpd), dos atuais 1,8 milhão de bpd. eldquo;É quase uma refinaria de grande porteerdquo;, explica.

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A boca do jacaré entre preço da Petrobras e preço na bomba aumenta. E o governo com isso?

No rastro da crise do Pix, da indigesta inflação dos alimentos e da pesquisa Quaest mostrando que, pela primeira vez, o índice de aprovação da gestão Lula é menor do que o de desaprovação, vem aí... o ácido e imprevisível debate sobre preço dos combustíveis. É mais um terreno pantanoso e difícil de atravessar para qualquer governo, ainda mais quando as coisas já não andam uma maravilha. Falar em aumento do custo da comida na mesa, da inflação em geral e dos consequentes juros em alta, é falar também, automaticamente, do preço dos combustíveis, que têm um peso enorme na composição de preços finais e na inflação. E mais: na popularidade dos governantes. O presidente Lula se reuniu já nesta segunda-feira com a presidente da Petrobras, Magda Chambriard, e os ministros da Casa Civil, Rui Costa, e de Minas e Energia, Alexandre Silveira, para ter uma visão panorâmica do problema e tentar um equilíbrio entre política e economia, que é sempre difícil, particularmente no Lula 3. No meu bairro, em Brasília, a gasolina comum estava em R$ 5,85 e pulou para R$ 6,39. Na Bahia de Rui Costa, o gás de cozinha, que sai da Petrobras a R$ 36,00, chega ao consumidor a R$ 108,00. Nos dois casos, é um peso imenso para os consumidores, sejam pessoas físicas, particularmente das classes B e C, sejam produtores rurais, fábricas, empresas de ônibus, lojistas. eldquo;É um problema graveerdquo;, diz Costa, lembrando que a Petrobras só decretou um aumento de combustíveis em 2024, no primeiro semestre, e frentistas, luz, água, IPTU... não tiveram um aumento tão avassalador que justifique disparada de preço na bomba. eldquo;A Petrobras não era monopolista no varejo, mas servia como parâmetro, referência, e hoje?erdquo;, diz ele. E continua: eldquo;Se a boca de jacaré entre preço da Petrobras e preço da bomba aumenta, é porque o setor amplia a margem de lucroerdquo;. É mais um fio da navalha para o governo, que perdeu a guerra para as fake news do Pix, está se enrolando com preços de alimentos e vive espremido entre mercado e PT. O mundo veio abaixo com o escorregão de Costa sobre eldquo;conjunto de intervençõeserdquo; para alimentos. O que acontecerá se houver algum tipo de intervenção na política de preços da Petrobras? Aumentar preços gera gritaria, mas segurar artificialmente remete à era Dilma Rousseff. Sim, vai ter de ter aumento de combustíveis, assim como o governo tem de dar um jeito de conter a inflação de alimentos. Mas como conciliar os interesses da sociedade, produtores, mercado, PT, Centrão? Com explicações pragmáticas e realistas? Nas redes e na oposição, o que menos interessa é pragmatismo e realidade. Ganha quem tem mais seguidores e manipula mais rápido e melhor... a versão. (Opinião por Eliane Cantanhêde)

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Petrobras é cobrada sobre defasagem, e Lula deve encarar crise dos combustíveis depois de alimentos

Nem bem conseguiu colocar em marcha um plano para a inflação dos alimentos, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem que lidar agora com uma nova crise, a do reajuste dos combustíveis. A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, que se reuniu com Lula nesta segunda-feira, 27, tem encontro marcado com representantes dos sócios privados da empresa na quarta e tratará da defasagem nos preços da gasolina e do diesel. Cálculos usados nas discussões internas da Petrobras, com base nos preços praticados no fim do ano passado, dão conta de que deveria ser aplicado um reajuste na gasolina de 13% e de 11% no caso do diesel. Na semana passada, segundo estimativas do Centro Brasileiro de Infraestrutura (Cbie), com a queda do dólar e do petróleo, a gasolina estava 7,5% mais barata no Brasil do que no exterior e o diesel, 15%. O equilíbrio é importante para empresas que concorrem com a Petrobras no refino e venda de combustível no mercado interno e que têm seus negócios impactados pela fixação dos preços no Brasil. Em entrevista ao Estadão/Broadcast na semana passada, Magda disse, no entanto, que a taxa de câmbio - um dos componentes para a fixação dos preços - está muito volátil e que prefere não fazer movimentos antes que haja uma estabilidade na cotação do dólar. Ocorre que a reunião do Conselho de Administração marcada para esta quarta-feira, 29, é para tratar de preços praticados no trimestre encerrado em dezembro. Por isso, segundo relatos, ela deverá ser interpelada sobre o assunto por representantes de investidores privados, que desejam saber se a Petrobras vai praticar preços de mercado ou se reconhecerá que está contendo aumentos a pedido do presidente Lula. Nenhuma das duas respostas tendem a deixar Lula em situação confortável. Ou os preços subirão ou o presidente será novamente acusado de intervir na companhia. Desde o antecessor de Magda na Petrobras, Jean Paul Prates, a companhia não segue pari passu as cotações internacionais do petróleo e do câmbio. Prates introduziu na fórmula variações de custos locais de produção, o que ele classificou como de eldquo;abrasileiramentoerdquo; na fórmula de preços da Petrobras. Sob Magda, o último reajuste ocorreu em julho e alcançou só a gasolina - o diesel ficou estável. O aumento nas refinarias da Petrobras foi de 7,12%, mas como a composição da gasolina nas bombas leva etanol, que subiu 17,58% no ano passado, o resultado é que a gasolina ficou 9,71% mais cara em 2024. O diesel ficou praticamente estável (alta de 0,66%). Apesar da atenção sobre o tema, auxiliares de Lula afirmam que Magda esteve em Brasília com o presidente, o chefe da Casa Civil, Rui Costa, e o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira para discutir o plano de investimentos da Petrobras. A executiva deixou o Palácio sem falar com a imprensa. Procurada, a Petrobras não comentou. O economista Adriano Pires, do Cbie, afirma que a atual condução da política de preços se assemelha à praticada no governo Dilma Rousseff (PT), quando o então presidente José Sergio Gabrielli defendia que era preciso esperar por uma estabilidade ou que o câmbio atingisse um novo patamar para, só assim, mexer com os preços dos combustíveis. eldquo;Acontece que o mercado de petróleo e o câmbio funcionam com alta volatilidade, é uma justificativa meio nonsense dizer que se espera uma estabilidadeerdquo;, diz ele. Pires diz não acreditar que a Petrobras faça reajuste neste momento, após a sinalização feita por Magda em entrevista ao Estadão, lamentando os efeitos que isso provoca em concorrentes privados. eldquo;Não existe uma política de mercado meia-boca, ou é de mercado ou não éerdquo;, critica. eldquo;Colocaram tantas variáveis na política de preços que virou uma caixa preta. É possível extrair argumentos tanto para seguir quanto para não seguir as oscilações de mercadoerdquo;, afirma.

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