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Polícia apreende 5 mil litros de combustíveis armazenados de forma irregular em MG

A Operação Posto Fantasma foi deflagrada pela Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) nesta quarta-feira (2) nas cidades de Curral de Dentro e Salinas, na região Norte do estado. A ação teve como objetivo coibir a venda e o armazenamento irregular de combustíveis. Segundo o delegado responsável pelas investigações, Thiago Cavalcante, após policiais civis lotados em Taiobeiras realizaram diligências para identificar pontos de armazenamento e venda ilegais de combustíveis, e PCMG solicitou medidas cautelares para o cumprimento de mandados de busca e apreensão nos endereços suspeitos. Os agentes cumpriram mandados de busca e apreensão em locais vinculados aos investigados, incluindo pontos de venda na BR-251, em Salinas. Um homem, de 39 anos, que não teve a identidade revelada, foi preso em flagrante pelo crime de receptação. Segundo a polícia, a prisão ocorreu após a apreensão de galões de combustível adulterado, que ele confessou ter adquirido de caminhoneiros. Durante a operação os policiais apreenderam mais de cinco mil litros de combustíveis armazenados de maneira ilegal e prontos para comercialização. Um veículo e duas bombas de sucção usadas na prática ilícita também foram apreendidos. eldquo;O armazenamento dos materiais é totalmente irregular, o que poderia provocar explosões, colocando em risco a vida da população e causando danos ambientais.erdquo;, afirmou o delegado. A perícia oficial da PCMG e Corpo de Bombeiros Militar também participaram da ação realizando vistorias nos locais e aplicando multas pelas infrações identificadas. Segundo a polícia, as investigações continuam.

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Alta burocracia favorece corrupção de fiscais

Excesso de burocracia, processos descentralizados e uso de sistemas muitas vezes obsoletos abrem margem para a corrupção na fiscalização de empresas no Brasil e colocam obstáculos à tarefa de avaliar o custo do problema aos cofres públicos. É o que mostra esta reportagem da série sobre empreendedorismo produzida em parceria pelo Valor e pela eldquo;PEGNerdquo;. Especialistas ouvidos pela reportagem apontam que o empreendedor brasileiro precisa de, em média, 12 licenças ou inscrições municipais, estaduais ou federais para abrir e manter um negócio. Os documentos incluem licenças de funcionamento, registros na Junta Comercial e permissões específicas da área de atuação. Os documentos incluem licenças de funcionamento, registros na Junta Comercial e permissões específicas da área de atuação. Uma oficina mecânica, por exemplo, não funciona sem uma Licença Ambiental Simplificada (LAS); uma loja de artigos importados necessita de liberação de despacho aduaneiro. Para ler esta notícia, clique aqui.

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Alta do petróleo reduz espaço para queda no preço de combustíveis, diz Abicom

A alta do petróleo no mercado internacional reduziu a diferença dos preços praticados pela Petrobras no mercado interno em relação aos comercializados no Golfo do México, referência dos importadores brasileiros, de acordo com a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom). Com isso, o eventual espaço para redução de preços no Brasil ficou menor. A gasolina nas refinarias da estatal está com o preço 4% acima da paridade de importação (PPI) e o diesel, 3% acima. Levando em conta todo o parque de refino brasileiro, com destaque para a Acelen, controladora da Refinaria de Mataripe, na Bahia, a diferença de preços cai para 2% no caso do diesel, e mantém o patamar de 4% na gasolina. Para equiparar os preços, as refinarias brasileiras poderiam reduzir o preço da gasolina em R$ 0,13 por litro, e o do diesel em R$ 0,09 por litro. O petróleo disparou nos últimos dias pelo acirramento de conflitos no Oriente Médio. Nesta quarta-feira (2) a commodity ultrapassava os US$ 75 o barril, depois de ter operado perto dos US$ 70 durante quase todo o mês de setembro.

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CNC pede reforma administrativa para barrar avanço da dívida pública

O crescimento descontrolado da dívida pública provocará, nos próximos 50 anos, impactos profundos no Produto Interno Bruto (PIB, soma de todos os bens e serviços produzidos no país). E esse movimento pode atingir a saúde financeira das empresas brasileiras. O alerta está em um estudo da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), divulgado nesta terça-feira (1º). A CNC avalia que sem medidas estruturais, como a reforma administrativa, em 50 anos o prejuízo acumulado poderá ser superior a R$ 1,375 trilhão, o que resultará em risco à sustentabilidade dos negócios. Os cálculos do estudo indicam que para cada ponto percentual (1 p.p.) de aumento na dívida pública em relação ao PIB, o Brasil perde cerca de R$ 1,3 bilhão ao ano. eldquo;O que reduz a capacidade de investimentos do setor privado, eleva o custo do crédito e compromete a competitividade do paíserdquo;, alerta a entidade. Como forma de evitar um cenário de estagnação econômica e crescente pressão fiscal sobre as empresas, a CNC identifica a reforma administrativa como uma solução indispensável. eldquo;Não é apenas uma questão de eficiência, mas de sobrevivência do setor empresarial brasileiroerdquo;, disse o presidente do Sistema CNC-Sesc-Senac, José Roberto Tadros, na publicação. Conforme a entidade, na última década, o Brasil apresentou um crescimento de 84%, com taxa média de 7% ao ano. Apesar disso, o aumento significativo dos gastos públicos, que avançaram a uma taxa média de 53% ao ano nos últimos 20 anos, se contrapõe à ampliação de apenas 35% nas receitas. eldquo;Essa discrepância tem alimentado déficits consecutivos, forçando o governo a buscar mais endividamento e pressionando o setor produtivo com juros elevados e uma carga tributária crescenteerdquo;, apontou a CNC. Pressão O estudo indica um cenário preocupante para os empresários brasileiros e destaca que sem a reforma administrativa, o desequilíbrio das contas públicas exigiria um aumento de até 9% do PIB na carga tributária. Para o presidente da CNC, se isso ocorrer, o setor produtivo sofrerá efeitos devastadores. eldquo;A situação fiscal não só ameaça o crescimento econômico, mas impõe um fardo adicional às empresas, que já lidam com uma das mais altas cargas tributárias do mundo. Sem uma revisão urgente nos gastos públicos, o setor privado será diretamente afetado pela alta dos impostos, comprometendo sua capacidade de competir e crescererdquo;, avalia. No entendimento da CNC, atualmente o Brasil tem uma carga tributária equivalente a quase 33% do PIB, uma das maiores do mundo. eldquo;Isso é considerado alto para padrões internacionais e afeta diretamente a competitividade do setor empresarial. Além disso, mais de 96% das despesas do governo federal são obrigatórias, o que significa que há pouco espaço para ajustes discricionários, dificultando ainda mais a gestão fiscalerdquo;, observou a entidade. Sem as reformas estruturais, segundo a CNC, na expectativa de atingir 100% do PIB até 2033, o aumento da dívida pública vai elevar o custo de financiamento e limitar os investimentos em áreas estratégicas como infraestrutura, saúde e educação, que a entidade classifica como eldquo;pilares essenciais para a competitividade das empresas no mercado globalerdquo;. As contas da CNC indicam que as despesas do governo cresceram a uma taxa média de 5,3% ao ano desde 2002, ao mesmo tempo em que a receita subiu somente 3,7%. eldquo;Esse descompasso alimenta déficits primários consecutivos, obrigando o governo a financiar sua dívida com mais endividamento, o que pressiona o setor produtivo com juros altos e instabilidade econômica. Para as empresas, isso se traduz em maior custo do crédito, retração de investimentos e perda de competitividadeerdquo;, aponta o estudo. Ainda conforme os números da pesquisa, a dívida pública passou de 45,3% do PIB em 2008 para 77,8% em 2023, com tendência de crescimento contínuo. eldquo;Esse aumento gera um círculo vicioso de endividamento, elevando o custo financeiro e limitando a capacidade do país de fazer investimentos públicos que impulsionariam o setor privadoerdquo;, explica o economista-chefe da CNC, Felipe Tavares. Reforma A CNC estima que, em 10 anos, a reforma administrativa poderia gerar uma economia de R$ 330 bilhões, aliada à atração de novos investimentos por meio de privatizações e concessões. eldquo;A falta de uma solução, no entanto, implicaria mais perdas para o setor empresarial. Cada 10 p.p. de aumento na dívida pública resulta numa queda de 0,12 p.p. no crescimento econômico anual, comprometendo tanto o desempenho das empresas quanto sua capacidade de inovar e competir globalmenteerdquo;, ressalta o economista. O estudo sugere também a importância de corrigir a distorção na alocação de gastos públicos, principalmente na educação, setor que na avaliação da CNC, o Brasil investe mais por aluno no ensino superior do que no ensino fundamental, eldquo;o que contribui para um desempenho insatisfatório em testes internacionais como o Pisa [Programa Internacional de Avaliação de Alunos]erdquo;. eldquo;O empresariado será o mais prejudicado se não houver uma solução imediata para a questão fiscal, pois a deterioração econômica eleva o risco-país, inibe novos negócios e afasta investidoreserdquo;, alerta o presidente da CNC, José Roberto Tadros. No reforço em defesa da necessidade das medidas estruturais, a CNC lançou, no domingo (29), a campanha, veiculada na TV aberta e fechada, além das suas redes sociais, chamando atenção para a urgência de reduzir a dívida pública para garantir que o país se desenvolva.

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Petrobras cria grupo para definir adaptação de antigas plataformas de petróleo e reduzir custos

Um grupo criado pela Petrobras vai definir até o final do primeiro semestre de 2025 se vai descomissionar ou adaptar antigas plataformas de petróleo da bacia de Campos. A informação foi revelada ao Estadão/Broadcast pelo gerente executivo de Projetos Estratégicos da estatal, Wagner Victer. O cargo do executivo foi criado especialmente para assessorar a presidente da companhia, Magda Chambriard, nas mudanças necessárias para enfrentar a nova realidade do mercado. Guerras, estaleiros cheios no exterior, atrasos nas encomendas externas e uma visão mais sustentável da indústria trouxeram essa oportunidade, explicou Victer. Na última semana de setembro, Magda confirmou durante a ROG 2024, feira do setor realizada no Rio de Janeiro, que seria feito estudo para a conversão de antigas plataformas (P-35, P-37 e P-47), como havia antecipado o Estadão/Broadcast. A solução tem como foco plataformas que seriam descomissionadas, operação que tem um custo alto e que, no caso da Petrobras, envolve quase 50 unidades e bilhões de dólares. Ao mesmo tempo, a mudança de rumo encaixa perfeitamente no conceito de sustentabilidade perseguido pela estatal. eldquo;Plataformas que no passado você contratava a US$ 1,5 bilhão, hoje estão chegando a US$ 4 bilhões. O mercado de oferta de diques internacionais também está tendo uma restrição muito grande, então muitas das obras que estão sendo feitas no exterior atrasaramerdquo;, explicou Victer, destacando que o paradigma que existia, de que fazer plataformas no Brasil atrasava o projeto, já foi quebrado. Das sete encomendas que a Petrobras mantém no exterior, algumas não serão entregues no prazo, informou, sem precisar quais vão atrasar. A ideia da estatal é contratar estaleiros brasileiros para converter as plataformas que vão ser usadas na própria bacia de Campos, a fim de recuperar produções que estão perto do esgotamento. O movimento está alinhado com o desejo do governo de revitalizar a indústria naval brasileira e reverte a prática iniciada no governo Bolsonaro, de se desfazer de campos com produção em declínio fora do pré-sal. elsquo;Reciclagem giganteersquo; eldquo;É uma reciclagem gigante, engloba ESG e economia circularerdquo;, destacou Victer, explicando que a iniciativa está longe de ser uma eldquo;jabuticabaerdquo;, já que é praticada frequentemente por toda a indústria e várias plataformas utilizadas pela Petrobras são resultado de conversões. eldquo;Com certeza quem vendeu ou afretou para Petrobras fez isso para reduzir prazos e custoserdquo;, explicou. eldquo;Além disso, quanto de siderúrgica você evitou, quanto de emissão e de solda e de aço você evitou. Então, tem ganhoserdquo;, ressaltou. E também não é nenhuma novidade para o executivo. Na década de 1990, quando a produção da estatal começou a escalar e caminhar para as FPSOs (plataformas flutuantes de produção, armazenagem e transferência), ele estava na Petrobras e participou das conversões de unidades semi-submersíveis, que vinham de unidades de perfuração, ou de plataformas que foram convertidas a partir de cascos de navios. eldquo;Há 28 anos, em 1996, eu fui apresentar isso na OTC (maior feira global de petróleo e gás, em Houston, EUA), mostrando a discussão que nós tínhamos na Petrobras, na ocasião, entre unidade própria de construção nova, e a construção através de conversõeserdquo;, disse Victer. eldquo;Há uma oportunidade, e essa oportunidade tem de ser considerada dentro do nosso Plano de Negócios. Com certeza vai ser. E isso é uma visão muito positiva, de uma empresa que está perseguindo o custo, perseguindo prazo e agregando valor.erdquo; Um ano antes, na mesma OTC, foi apresentado o sucesso da conversão do navio-tanque PP Moraes na FPSO Juscelino Kubitschek (P-34), instalada no campo de Jubarte, na bacia de Campos. eldquo;Isso foi uma realidade. Nós desenvolvemos grande parte da bacia de Campos assim. E em muitas das nossas unidades afretadas, onde a responsabilidade pela integridade é do afretador, muitas não são unidades de construção nova, são conversãoerdquo;, informou, dando como exemplos a FPSO Carioca, FPSO Anita Garibaldi, FPSO Almirante Barroso, da Modec; FPSO Anna Nery e FPSO Maria Quiteria, da Yinson; e FPSO Marechal. Duque de Caxias, da Misc. Segundo Victer, após o anúncio na ROG 2024, dezenas de empresas já procuraram a Petrobras, assim como sociedades classificadoras de plataformas para conhecer melhor o negócio. eldquo;Sociedades classificadoras de algumas embarcações dessas (que podem ser convertidas) me procuraram extremamente motivadas. É mais trabalho para eles também e eles sabem que é factível. Tem muita gente animada no mercado, só quem não fica muito feliz são os sucateiroserdquo;, brincou o executivo.

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Como será o futuro dos carros elétricos no mercado de usados?

As importações de veículos 100% elétricos no primeiro semestre somaram R$ 5,4 bilhões. O número representa um aumento de 931% em relação ao mesmo período do ano passado, de acordo com dados apurados pela fintech Vixtra. Uma das razões está na antecipação de compra feita pelas montadoras chinesas, principalmente a BYD. Com grande capacidade de produção, essas empresas se adiantaram para driblar as altas escalonadas no imposto de importação. Para discutir como será o futuro dos carros elétricos no mercado de usados, a apresentadora Priscila Camazano recebe o repórter especial Eduardo Sodré, no Como É que É? desta quinta-feira (3). Transmitido ao vivo direto da Redação da Folha, no centro de São Paulo, o programa da TV Folha vai ao ar de segunda a sexta-feira, pelos canais do jornal no YouTube, no Instagram, no Facebook e na Twitch. Depois da transmissão, a íntegra das conversas segue disponível no canal da TV Folha no YouTube e também em versão áudio nos principais agregadores de podcasts. Além do programa diário, a TV Folha publica no YouTube entrevistas, reportagens e minidocs sobre diferentes temas do noticiário.

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