Ano:
Mês:
article

Petrobras não quer comprar fatia da Braskem, mas ter um sócio, diz Prates

O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, disse nesta terça-feira, 20, que a ideia da estatal não é exercer o direito de preferência para compra da fatia da Novonor (ex-Odebrecht) na petroquímica Braskem. eldquo;A intenção não é exercer o direito de preferência (de compra na Braskem), mas ter um sócio. Temos a intenção de participar de petroquímica, todas as empresas de petróleo estão andando nessa direção. (Na Braskem) é natural que surja uma nova estrutura, que, com um sócio de mesmo tamanho, tenhamos uma cogestãoerdquo;, disse Prates. As afirmações foram feitas em evento de lançamento da fase de implantação da tecnologia Hisep, de separação e reinjeção de gás em reservatórios no fundo do mar. Ele afirmou que a conduta tem sido de aproximação com eventuais futuros sócios da Petrobras na Braskem, caso da Adnoc, dos Emirados Árabes, visitados por Prates em viagem durante o carnaval. A empresa já fez uma proposta não vinculante de R$ 10,5 bilhões pela fatia de 38,3% do capital total da Braskem pertencente à Novonor. Prates admitiu ter se reunido com executivos da companhia árabe mais uma vez nos últimos dias, mas disse que as tratativas não se resumem à Braskem e abarcam toda possibilidade de parcerias e cooperação. eldquo;Não somos nem vendedores e nem compradores dessa outra parte (da Novonor). Estamos parados, observando, e tendo conversas paralelas sem influenciar nesse processo, para saber quem pode ser nosso novo sócio. Temos acompanhado muito de perto, mas as informações são confidenciaiserdquo;, disse Prates. eldquo;A conversa (da Petrobras com Adnoc) é uma conversa mais geral, uma conversa de futuro. Se vierem a ser sócios, vamos querer saber de quem eles são sócios, onde estão presentes, o que poderemos fazer juntos. Não é só Braskem, e não é questão procedimental. Isso é com a Novonorerdquo;, continuou. Segundo o executivo, não há prazos determinados para o fim do processo de eldquo;due diligenceerdquo; relativo à Braskem, e outras propostas ainda podem surgir. eldquo;A PIC (estatal de petróleo do Kuwait) nos perguntou sobre Braskem, abordou a Novonor, mas ainda não fez propostaerdquo;, exemplificou Prates. Refinaria de Mataripe Questionado sobre negociações junto ao fundo Mubadala, controlador da Acelen, dona da Refinaria de Mataripe (antiga Rlam), Prates reiterou interesse em voltar ao negócio. Ele afirmou que analisa a proposta de sociedade enviada ainda no fim de 2023 pelos atuais donos da unidade, mas acenou positivamente. eldquo;Para nós, Petrobras, recuperar a Rlam é importanteerdquo;, disse. eldquo;Queremos voltar a fazer parte da gestão dessa refinaria, que para nós é importante e complementa um monte de coisas. A refinaria mesmo sabe que perdeu sinergias com o nosso sistema Petrobras. Não deu certo a tese de vender uma refinaria no meio de um mercado com área de influência bem definida. Não deu certo. Ao contrário, não conseguiram praticar preços menores. Uma refinaria de Porto Alegre não vai competir com uma refinaria da Bahiaerdquo;, continuou. Combustíveis Prates afastou a necessidade de aumentar o preço dos combustíveis no curto prazo, apesar da alta do petróleo nos últimos dias. A discussão sobre eventuais reajustes dos combustíveis está sempre no radar, com eldquo;um acompanhamento minuto a minuto dos mercadoserdquo;, afirmou o executivo. eldquo;Vamos resguardar o mercado brasileiro de oscilações desnecessáriaserdquo;, disse. eldquo;Essa alta (do petróleo) é de apenas uma semana, talvez seja um período curto aindaerdquo;, completou. Ele explicou que, no ano passado, ocorreu o mesmo e não há razão para se pensar em reajuste agora. eldquo;Por enquanto, nãoerdquo;, disse Prates.

article

Governo Biden permitirá maior mistura de etanol na gasolina a partir de 2025, diz agência

A Casa Branca aprovará um pedido de um grupo de governadores do Meio-Oeste dos Estados Unidos para permitir vendas de gasolina com misturas mais elevadas de etanol durante todo o ano, mas adiará a data de início para o próximo ano. A informação foi dada por duas fontes familiarizadas com as discussões. O governo dos EUA restringe as vendas de gasolina E15, como é chamada a gasolina com 15% de etanol, nos meses de verão devido a preocupações ambientais com a poluição atmosférica. Espera-se que o governo defina sua posição até o final de março. A decisão provavelmente será agridoce para a indústria de biocombustíveis, que quer expandir as vendas de etanol à base de milho, mas pode ficar frustrada com a data de início apenas em 2025. O atraso de um ano serviria para evitar possíveis picos localizados de preços. Segundo as fontes ouvidas pela Reuters, também reduziriam as chances de problemas de abastecimento, algo que a indústria de petróleo tem dito que poderia acontecer até depois das eleições no Estados Unidos, em novembro. De acordo com o plano, o governo atenderia um pedido de 2022 dos governadores de Illinois, Iowa, Minnesota, Missouri, Nebraska, Ohio, Dakota do Sul e Wisconsin para permitir que as vendas de E15 fiquem para o próximo ano, afirmaram as fontes. O governo dos EUA restringe as vendas de gasolina E15 nos meses de verão devido a preocupações ambientais com a poluição atmosférica. Espera-se que o governo defina sua decisão até o final de março. Enquanto isso, a EPA (agência de proteção ambiental, na sigla em inglês) liberar temporariamente essas vendas conforme necessário. Wisconsin e Minnesota são Estados decisivos na disputa presidencial deste ano. A inflação e a economia são vulnerabilidades importantes para a campanha de reeleição do presidente norte-americano Joe Biden. A EPA decidiu não comentar o assunto, pois a regra ainda está em processo de revisão entre órgãos. A agência enviou à Casa Branca, em dezembro, uma regra final sobre a proposta, com data de início para 28 de abril de 2024. O novo cronograma adiaria a data efetiva para 2025, disseram as fontes. Durante anos, a indústria do etanol tem pressionado para suspender as restrições às vendas do E15 em todo o país, argumentando que os impactos ambientais foram exagerados. (Reuters)

article

Governo Biden permitirá maior mistura de etanol na gasolina a partir de 2025, diz agência

A Casa Branca aprovará um pedido de um grupo de governadores do Meio-Oeste dos Estados Unidos para permitir vendas de gasolina com misturas mais elevadas de etanol durante todo o ano, mas adiará a data de início para o próximo ano. A informação foi dada por duas fontes familiarizadas com as discussões. O governo dos EUA restringe as vendas de gasolina E15, como é chamada a gasolina com 15% de etanol, nos meses de verão devido a preocupações ambientais com a poluição atmosférica. Espera-se que o governo defina sua posição até o final de março. A decisão provavelmente será agridoce para a indústria de biocombustíveis, que quer expandir as vendas de etanol à base de milho, mas pode ficar frustrada com a data de início apenas em 2025. O atraso de um ano serviria para evitar possíveis picos localizados de preços. Segundo as fontes ouvidas pela Reuters, também reduziriam as chances de problemas de abastecimento, algo que a indústria de petróleo tem dito que poderia acontecer até depois das eleições no Estados Unidos, em novembro. De acordo com o plano, o governo atenderia um pedido de 2022 dos governadores de Illinois, Iowa, Minnesota, Missouri, Nebraska, Ohio, Dakota do Sul e Wisconsin para permitir que as vendas de E15 fiquem para o próximo ano, afirmaram as fontes. O governo dos EUA restringe as vendas de gasolina E15 nos meses de verão devido a preocupações ambientais com a poluição atmosférica. Espera-se que o governo defina sua decisão até o final de março. Enquanto isso, a EPA (agência de proteção ambiental, na sigla em inglês) liberar temporariamente essas vendas conforme necessário. Wisconsin e Minnesota são Estados decisivos na disputa presidencial deste ano. A inflação e a economia são vulnerabilidades importantes para a campanha de reeleição do presidente norte-americano Joe Biden. A EPA decidiu não comentar o assunto, pois a regra ainda está em processo de revisão entre órgãos. A agência enviou à Casa Branca, em dezembro, uma regra final sobre a proposta, com data de início para 28 de abril de 2024. O novo cronograma adiaria a data efetiva para 2025, disseram as fontes. Durante anos, a indústria do etanol tem pressionado para suspender as restrições às vendas do E15 em todo o país, argumentando que os impactos ambientais foram exagerados. (Reuters)

article

Em 2028, Petrobras começará a separar petróleo do CO2 no fundo do mar

A Petrobras anunciou nesta terça-feira (20) que iniciará, no prazo de quatro anos, a fase piloto de um novo projeto de reinjeção, no subsolo, de dióxido de carbono (CO2) retirado de campos petrolíferos. A inovação da nova tecnologia, chamada de projeto Hisep, em relação a outros processos de reinjeção é que a separação entre o óleo e o gás carbônico ocorre no fundo do mar e não na plataforma. A fase piloto será implantada no pré-sal do campo de Mero, na Bacia de Santos. Depois de testar a tecnologia em laboratório, a Petrobras fará a contratação para montagem dos equipamentos submarinos que farão a separação e a reinjeção do gás. O investimento total do início da pesquisa, em 2014, até o início da fase piloto, em meados de 2028, deve chegar a US$ 1,7 bilhão O CO2 é um gás que está associado ao óleo nos reservatórios subterrâneos. Ao extrair o petróleo, grande parte do gás é lançado na atmosfera. A Petrobras já reinjeta, no subsolo, parte dele. A ideia é que, com o projeto Hisep, o percentual de reinjeção aumente. A tecnologia prevê a liquefação do CO2 através de equipamentos submarinos que elevam a pressão sobre o gás. Em forma líquida, o dióxido de carbono é reinjetado no subsolo, evitando sua dispersão na atmosfera. Descabonização "Descarbonizar a atividade do petróleo é fundamental para a transição energética, porque faz com que a gente consiga, ainda por necessidade, utilizar hidrocarbonetos, petróleo e gás, no nosso dia a dia - por um bom tempo, vamos ter que fazê-lo - só que com um impacto mitigado", afirmou o presidente da estatal, Jean Paul Prates. Segundo ele, a Petrobras vem buscando fazer uma transição energética de forma responsável, ao mesmo tempo em que lida com pressões divergentes em relação ao ritmo dessas mudanças. Ele explica que alguns setores da sociedade exigem mais rapidez no processo, enquanto outros demandam mais lentidão. De acordo com o diretor de Engenharia, Tecnologia e Inovação da Petrobras, Carlos Travassos, o projeto também pode proporcionar redução de custos em relação às plataformas "Boa parte da planta de processo [na plataforma de petróleo], cerca de 65%, é dedicada à separação e à injeção de gás. Quando eu uso o HISEP, eu passo essa operação lá para baixo [fundo do mar]. Com uma redução de 65% no peso e espaço [da plataforma], a gente espera uma redução de custo significativa". Além disso, com a redução do custo na separação e reinjeção do dióxido de carbono, é possível começar a extrair petróleo de campos que hoje não são economicamente viáveis, devido ao alto teor de CO2 do reservatório. Outro ponto positivo, segundo Travassos, é reduzir a exposição de funcionários ao risco, já que retira o processo da planta da plataforma.

article

Em 2028, Petrobras começará a separar petróleo do CO2 no fundo do mar

A Petrobras anunciou nesta terça-feira (20) que iniciará, no prazo de quatro anos, a fase piloto de um novo projeto de reinjeção, no subsolo, de dióxido de carbono (CO2) retirado de campos petrolíferos. A inovação da nova tecnologia, chamada de projeto Hisep, em relação a outros processos de reinjeção é que a separação entre o óleo e o gás carbônico ocorre no fundo do mar e não na plataforma. A fase piloto será implantada no pré-sal do campo de Mero, na Bacia de Santos. Depois de testar a tecnologia em laboratório, a Petrobras fará a contratação para montagem dos equipamentos submarinos que farão a separação e a reinjeção do gás. O investimento total do início da pesquisa, em 2014, até o início da fase piloto, em meados de 2028, deve chegar a US$ 1,7 bilhão O CO2 é um gás que está associado ao óleo nos reservatórios subterrâneos. Ao extrair o petróleo, grande parte do gás é lançado na atmosfera. A Petrobras já reinjeta, no subsolo, parte dele. A ideia é que, com o projeto Hisep, o percentual de reinjeção aumente. A tecnologia prevê a liquefação do CO2 através de equipamentos submarinos que elevam a pressão sobre o gás. Em forma líquida, o dióxido de carbono é reinjetado no subsolo, evitando sua dispersão na atmosfera. Descabonização "Descarbonizar a atividade do petróleo é fundamental para a transição energética, porque faz com que a gente consiga, ainda por necessidade, utilizar hidrocarbonetos, petróleo e gás, no nosso dia a dia - por um bom tempo, vamos ter que fazê-lo - só que com um impacto mitigado", afirmou o presidente da estatal, Jean Paul Prates. Segundo ele, a Petrobras vem buscando fazer uma transição energética de forma responsável, ao mesmo tempo em que lida com pressões divergentes em relação ao ritmo dessas mudanças. Ele explica que alguns setores da sociedade exigem mais rapidez no processo, enquanto outros demandam mais lentidão. De acordo com o diretor de Engenharia, Tecnologia e Inovação da Petrobras, Carlos Travassos, o projeto também pode proporcionar redução de custos em relação às plataformas "Boa parte da planta de processo [na plataforma de petróleo], cerca de 65%, é dedicada à separação e à injeção de gás. Quando eu uso o HISEP, eu passo essa operação lá para baixo [fundo do mar]. Com uma redução de 65% no peso e espaço [da plataforma], a gente espera uma redução de custo significativa". Além disso, com a redução do custo na separação e reinjeção do dióxido de carbono, é possível começar a extrair petróleo de campos que hoje não são economicamente viáveis, devido ao alto teor de CO2 do reservatório. Outro ponto positivo, segundo Travassos, é reduzir a exposição de funcionários ao risco, já que retira o processo da planta da plataforma.

article

Petróleo fecha em baixa, com receio sobre demanda da China na volta do feriado em NY

Os contratos futuros de petróleo fecharam em baixa, na volta das operações nos mercados dos Estados Unidos após o fim de semana prolongado. Investidores seguem calibrando as preocupações com a demanda, principalmente, em relação à economia da China, onde o anúncio de corte em taxas de juros nesta madrugada evidenciou as dificuldades para revigorar a atividade. O receio com a demanda se sobrepôs nesta terça-feira ao potencial impacto para o abastecimento dos ataques dos rebeldes houthi no Mar Vermelho. Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o contrato do WTI para abril cedeu 1,28% (-US$ 1,01), a US$ 78,18. Na International Commodity Exchange (ICE), o Brent para o mesmo vencimento foi cotado em queda de 1,46% (-US$ 1,22), a US$ 82,34 por barril no fechamento. Após o Ano Novo Lunar, o Banco do Povo da China (PBoC) cortou suas taxas básicas de juros a nível recorde. A decisão da China para estimular a economia em dificuldades está pesando sobre o petróleo, disse o economista-chefe de mercado da Spartan Capital, Peter Cardillo, em nota. A China é vista como uma das principais fontes de crescimento da demanda em 2024, de acordo com a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e a Agência Internacional de Energia (AIE). E as dificuldades em revigorar a atividade econômica do país asiático seguem gerando ventos contrários para as perspectivas de demanda de commodities como o petróleo. O mercado de NY teve hoje a primeira oportunidade para reagir ao ultimato que Israel deu ao Hamas sobre os reféns mantidos em Gaza. O governo israelense disse que o Hamas tem de realizar as libertações até o Ramadã ou enfrentarão uma ofensiva terrestre em Rafah. Do lado da oferta, o mercado também assimila a notícia de que a Rússia reduziu suas exportações de petróleo em cerca de 307.000 barris por dia em janeiro. O governo dos Estados Unidos vai aprovar um pedido de um grupo de governadores do Centro-Oeste do país para permitir a venda de E15, ou gasolina com 15% de etanol, durante todo o ano, mas adiará a data de início para o próximo ano, afirmam duas fontes. Segundo elas, o adiamento em um ano pode evitar possíveis aumentos de preços locais e problemas de abastecimento que a indústria do petróleo argumenta que poderiam surgir da decisão até após as eleições nos EUA. (Estadão Conteúdo)

Como posso te ajudar?