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Em 2028, Petrobras começará a separar petróleo do CO2 no fundo do mar

A Petrobras anunciou nesta terça-feira (20) que iniciará, no prazo de quatro anos, a fase piloto de um novo projeto de reinjeção, no subsolo, de dióxido de carbono (CO2) retirado de campos petrolíferos. A inovação da nova tecnologia, chamada de projeto Hisep, em relação a outros processos de reinjeção é que a separação entre o óleo e o gás carbônico ocorre no fundo do mar e não na plataforma. A fase piloto será implantada no pré-sal do campo de Mero, na Bacia de Santos. Depois de testar a tecnologia em laboratório, a Petrobras fará a contratação para montagem dos equipamentos submarinos que farão a separação e a reinjeção do gás. O investimento total do início da pesquisa, em 2014, até o início da fase piloto, em meados de 2028, deve chegar a US$ 1,7 bilhão O CO2 é um gás que está associado ao óleo nos reservatórios subterrâneos. Ao extrair o petróleo, grande parte do gás é lançado na atmosfera. A Petrobras já reinjeta, no subsolo, parte dele. A ideia é que, com o projeto Hisep, o percentual de reinjeção aumente. A tecnologia prevê a liquefação do CO2 através de equipamentos submarinos que elevam a pressão sobre o gás. Em forma líquida, o dióxido de carbono é reinjetado no subsolo, evitando sua dispersão na atmosfera. Descabonização "Descarbonizar a atividade do petróleo é fundamental para a transição energética, porque faz com que a gente consiga, ainda por necessidade, utilizar hidrocarbonetos, petróleo e gás, no nosso dia a dia - por um bom tempo, vamos ter que fazê-lo - só que com um impacto mitigado", afirmou o presidente da estatal, Jean Paul Prates. Segundo ele, a Petrobras vem buscando fazer uma transição energética de forma responsável, ao mesmo tempo em que lida com pressões divergentes em relação ao ritmo dessas mudanças. Ele explica que alguns setores da sociedade exigem mais rapidez no processo, enquanto outros demandam mais lentidão. De acordo com o diretor de Engenharia, Tecnologia e Inovação da Petrobras, Carlos Travassos, o projeto também pode proporcionar redução de custos em relação às plataformas "Boa parte da planta de processo [na plataforma de petróleo], cerca de 65%, é dedicada à separação e à injeção de gás. Quando eu uso o HISEP, eu passo essa operação lá para baixo [fundo do mar]. Com uma redução de 65% no peso e espaço [da plataforma], a gente espera uma redução de custo significativa". Além disso, com a redução do custo na separação e reinjeção do dióxido de carbono, é possível começar a extrair petróleo de campos que hoje não são economicamente viáveis, devido ao alto teor de CO2 do reservatório. Outro ponto positivo, segundo Travassos, é reduzir a exposição de funcionários ao risco, já que retira o processo da planta da plataforma.

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Petróleo fecha em baixa, com receio sobre demanda da China na volta do feriado em NY

Os contratos futuros de petróleo fecharam em baixa, na volta das operações nos mercados dos Estados Unidos após o fim de semana prolongado. Investidores seguem calibrando as preocupações com a demanda, principalmente, em relação à economia da China, onde o anúncio de corte em taxas de juros nesta madrugada evidenciou as dificuldades para revigorar a atividade. O receio com a demanda se sobrepôs nesta terça-feira ao potencial impacto para o abastecimento dos ataques dos rebeldes houthi no Mar Vermelho. Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o contrato do WTI para abril cedeu 1,28% (-US$ 1,01), a US$ 78,18. Na International Commodity Exchange (ICE), o Brent para o mesmo vencimento foi cotado em queda de 1,46% (-US$ 1,22), a US$ 82,34 por barril no fechamento. Após o Ano Novo Lunar, o Banco do Povo da China (PBoC) cortou suas taxas básicas de juros a nível recorde. A decisão da China para estimular a economia em dificuldades está pesando sobre o petróleo, disse o economista-chefe de mercado da Spartan Capital, Peter Cardillo, em nota. A China é vista como uma das principais fontes de crescimento da demanda em 2024, de acordo com a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e a Agência Internacional de Energia (AIE). E as dificuldades em revigorar a atividade econômica do país asiático seguem gerando ventos contrários para as perspectivas de demanda de commodities como o petróleo. O mercado de NY teve hoje a primeira oportunidade para reagir ao ultimato que Israel deu ao Hamas sobre os reféns mantidos em Gaza. O governo israelense disse que o Hamas tem de realizar as libertações até o Ramadã ou enfrentarão uma ofensiva terrestre em Rafah. Do lado da oferta, o mercado também assimila a notícia de que a Rússia reduziu suas exportações de petróleo em cerca de 307.000 barris por dia em janeiro. O governo dos Estados Unidos vai aprovar um pedido de um grupo de governadores do Centro-Oeste do país para permitir a venda de E15, ou gasolina com 15% de etanol, durante todo o ano, mas adiará a data de início para o próximo ano, afirmam duas fontes. Segundo elas, o adiamento em um ano pode evitar possíveis aumentos de preços locais e problemas de abastecimento que a indústria do petróleo argumenta que poderiam surgir da decisão até após as eleições nos EUA. (Estadão Conteúdo)

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Petróleo fecha em baixa, com receio sobre demanda da China na volta do feriado em NY

Os contratos futuros de petróleo fecharam em baixa, na volta das operações nos mercados dos Estados Unidos após o fim de semana prolongado. Investidores seguem calibrando as preocupações com a demanda, principalmente, em relação à economia da China, onde o anúncio de corte em taxas de juros nesta madrugada evidenciou as dificuldades para revigorar a atividade. O receio com a demanda se sobrepôs nesta terça-feira ao potencial impacto para o abastecimento dos ataques dos rebeldes houthi no Mar Vermelho. Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o contrato do WTI para abril cedeu 1,28% (-US$ 1,01), a US$ 78,18. Na International Commodity Exchange (ICE), o Brent para o mesmo vencimento foi cotado em queda de 1,46% (-US$ 1,22), a US$ 82,34 por barril no fechamento. Após o Ano Novo Lunar, o Banco do Povo da China (PBoC) cortou suas taxas básicas de juros a nível recorde. A decisão da China para estimular a economia em dificuldades está pesando sobre o petróleo, disse o economista-chefe de mercado da Spartan Capital, Peter Cardillo, em nota. A China é vista como uma das principais fontes de crescimento da demanda em 2024, de acordo com a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e a Agência Internacional de Energia (AIE). E as dificuldades em revigorar a atividade econômica do país asiático seguem gerando ventos contrários para as perspectivas de demanda de commodities como o petróleo. O mercado de NY teve hoje a primeira oportunidade para reagir ao ultimato que Israel deu ao Hamas sobre os reféns mantidos em Gaza. O governo israelense disse que o Hamas tem de realizar as libertações até o Ramadã ou enfrentarão uma ofensiva terrestre em Rafah. Do lado da oferta, o mercado também assimila a notícia de que a Rússia reduziu suas exportações de petróleo em cerca de 307.000 barris por dia em janeiro. O governo dos Estados Unidos vai aprovar um pedido de um grupo de governadores do Centro-Oeste do país para permitir a venda de E15, ou gasolina com 15% de etanol, durante todo o ano, mas adiará a data de início para o próximo ano, afirmam duas fontes. Segundo elas, o adiamento em um ano pode evitar possíveis aumentos de preços locais e problemas de abastecimento que a indústria do petróleo argumenta que poderiam surgir da decisão até após as eleições nos EUA. (Estadão Conteúdo)

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Por enquanto não há razão para pensar em aumento de combustível, diz presidente da Petrobras

O presidente da Petrobras (PETR4), Jean Paul Prates, afastou nesta terça-feira, 20, a necessidade de aumentar o preço dos combustíveis no curto prazo, apesar da alta do petróleo nos últimos dias. A discussão sobre eventuais reajustes dos combustíveis está sempre no radar, com eldquo;um acompanhamento minuto a minuto dos mercadoserdquo;, afirmou o executivo após lançamento do piloto do projeto Hisep, que separa petróleo do gás no fundo mar. eldquo;Vamos resguardar o mercado brasileiro de oscilações desnecessáriaserdquo;, disse. eldquo;Essa alta (do petróleo)é de apenas uma semana, talvez seja um período curto aindaerdquo;, completou Prates. Ele explicou que no ano passado ocorreu o mesmo e não há razão para se pensar em reajuste agora. eldquo;Por enquanto, nãoerdquo;, disse. (Estadão Conteúdo)

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Por enquanto não há razão para pensar em aumento de combustível, diz presidente da Petrobras

O presidente da Petrobras (PETR4), Jean Paul Prates, afastou nesta terça-feira, 20, a necessidade de aumentar o preço dos combustíveis no curto prazo, apesar da alta do petróleo nos últimos dias. A discussão sobre eventuais reajustes dos combustíveis está sempre no radar, com eldquo;um acompanhamento minuto a minuto dos mercadoserdquo;, afirmou o executivo após lançamento do piloto do projeto Hisep, que separa petróleo do gás no fundo mar. eldquo;Vamos resguardar o mercado brasileiro de oscilações desnecessáriaserdquo;, disse. eldquo;Essa alta (do petróleo)é de apenas uma semana, talvez seja um período curto aindaerdquo;, completou Prates. Ele explicou que no ano passado ocorreu o mesmo e não há razão para se pensar em reajuste agora. eldquo;Por enquanto, nãoerdquo;, disse. (Estadão Conteúdo)

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Tribunal aprova percentuais da Cide-Combustíveis para 2024

O Tribunal de Contas da União (TCU) aprovou, sob a relatoria do ministro Jhonatan de Jesus, decisão normativa que fixa, para o exercício de 2024, os percentuais individuais de participação dos Estados, do Distrito Federal e dos municípios na distribuição do produto da arrecadação da Cide-Combustíveis. Trata-se da contribuição de intervenção no domínio econômico relativa às atividades de importação ou comercialização de petróleo e seus derivados, gás natural e seus derivados e álcool combustível. A Cide-Combustíveis está prevista na Constituição Federal (art. 177, § 4º, CF). Mesmo sendo um tributo da União (federal), uma parte considerável do produto da arrecadação da Cide-Combustíveis deverá ser entregue aos demais entes da federação. Por determinação da CF, 29% vão para os Estados e o DF, distribuídos na forma da lei. Do montante de recursos que cabe a cada Estado, 25% serão destinados aos seus municípios. O modo de calcular a distribuição da Cide-Combustíveis é estabelecido pela Lei 10.336/2001, com previsão de o TCU publicar os percentuais individuais de cada Estado, DF e município até o dia 15 de fevereiro de cada ano. A distribuição dos valores observará quatro critérios. O fator que mais pesa é a extensão da malha viária federal e estadual pavimentada existente em cada Estado e no Distrito Federal, conforme estatísticas elaboradas pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit). Serão destinados 40% da Cide-Combustíveis proporcionais a essa extensão de pistas pavimentadas. O consumo de combustíveis é critério relevante também, pois 30% da Cide será distribuído proporcionalmente ao consumo, em cada Estado e no Distrito Federal, dos combustíveis. Aqui as estatísticas são elaboradas pela Agência Nacional do Petróleo (ANP). A população de cada Estado e do DF é o terceiro parâmetro para o cálculo da Cide-Combustíveis. São 20% distribuídos proporcionalmente à população de cada ente, conforme apurado pela Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O quarto fator de cálculo da Cide é o mais simples de se aferir. São 10% do total distribuídos em parcelas iguais entre os Estados e o Distrito Federal. Ou seja, basta pegar um décimo da arrecadação da Cide-Combustíveis e dividir por 27, pois são 26 Estados e mais o DF. Como exemplo, São Paulo e Acre receberão o mesmo valor de 0,37% do total por esse último critério. Mas no todo da Cide-Combustíveis, com os quatro parâmetros utilizados, o Acre receberá apenas 0,78% do bolo. Enquanto o Estado de São Paulo tem direito a receber 16,99% do total da Cide-Combustíveis, o maior valor a ser entregue pela União a um ente federado. O menor percentual será para o Estado do Amapá, com 0,59% do total da Cide-Combustíveis que cabe aos Estados e DF. O Acre é o segundo menor (0,78%). E o pódio se completa com Roraima, o terceiro, só com 0,82%. Entre os Estados com as maiores participações na Cide-Combustíveis, a segunda posição é de Minas Gerais, com 10,76% do total entregue pela União, só atrás de SP (16,99%). A honrosa terceira posição fica com a Bahia, que tem direito a 6,42%, seguida de perto pelo Paraná, que faz jus a 6,36% do montante destinado aos Estados e DF. A unidade técnica do TCU responsável pela fiscalização foi a Unidade de Auditoria Especializada em Orçamento, Tributação e Gestão Fiscal (AudFiscal), que integra a Secretaria de Controle Externo de Contas Públicas (SecexContas). O relator é o ministro Jhonatan de Jesus.

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