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Petróleo sobe com exportações paralisadas na Líbia e alta esperada na oferta da Opep+

Os preços do petróleo subiram nesta segunda-feira, recuperando algumas perdas do final da semana passada, já que as exportações de petróleo da Líbia permaneceram interrompidas e as preocupações sobre o aumento da produção da Opep+ a partir de outubro diminuíram. Os futuros do petróleo Brent fecharam com alta de US$ 0,59, ou 0,77%, a US$ 77,52 o barril. Na sexta-feira, o Brent e o petróleo West Texas Intermediate dos Estados Unidos perderam 1,4% e 3,1%, respectivamente. As exportações de petróleo nos principais portos da Líbia estavam interrompidas nesta segunda-feira e a produção foi reduzida em todo o país, disseram seis engenheiros à Reuters, em continuidade ao impasse entre facções políticas rivais sobre o controle do banco central e a receita do petróleo. A National Oil Corp (NOC) do país também declarou força maior no campo de petróleo El Feel a partir de 2 de setembro. eldquo;As atuais perturbações na produção de petróleo da Líbia podem dar espaço para oferta adicional da Opep+. Mas essas flutuações se tornaram bastante normais nos últimos anos, o que significa que quaisquer interrupções provavelmente serão de curta duração; com o fluxo de notícias indicando que os sinais para um reinício da produção já foram dadoserdquo;, disse Bjarne Schieldrop, analista chefe de commodities da SEB. A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e seus aliados, conhecidos como Opep+, devem prosseguir com os aumentos planejados na produção de petróleo a partir de outubro, disseram seis fontes do grupo produtor à Reuters. (Reuters)

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Desempenho fraco de refinaria privatizada na Bahia deve influenciar recompra pela Petrobras, diz FUP

A Refinaria de Mataripe, na Bahia, privatizada em 2021 pelo governo Bolsonaro, apresenta um desempenho operacional inferior ao registrado antes da venda, segundo a Federação Única dos Petroleiros (FUP). A carga de processamento de petróleo caiu de 300 mil barris/dia para 200 mil barris/dia, e o Fator de Utilização Total (FUT) está em 67%, comparado aos 93% das refinarias administradas pela Petrobras. Esses dados devem influenciar as negociações em curso para a possível recompra da refinaria pela estatal, conforme apontou o coordenador-geral da FUP, Deyvid Bacelar. Bacelar criticou a gestão do fundo Mubadala, proprietário atual da refinaria, destacando o monopólio regional da Acelen, que resulta em preços elevados de combustíveis, além de problemas operacionais que causaram desabastecimento de derivados de petróleo na Bahia. "O fraco desempenho operacional da refinaria aliado ao monopólio regional privado da Acelen que pratica preços de combustíveis o segundo mais elevados do país - só perde para a também privatizada refinaria do Amazonas -, mostram que o fundo Mubadala Capital jamais deveria ter entrado na Rlam", afirmou Bacelar. O coordenador da FUP também mencionou que o fundo Mubadala pode estar ansioso para vender a refinaria devido às perdas financeiras e à conjuntura política desfavorável. "Quem deve estar ansioso para vender a refinaria da Bahia é o próprio fundo Mubadala porque está perdendo muito dinheiro, pois fez um negócio mal feito, sem avaliar a conjuntura política nacional," concluiu Bacelar.

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Vendas de diesel no Brasil atingem em julho 2º maior volume da história, aponta ANP

As vendas de diesel B por distribuidoras no Brasil somaram 6,06 bilhões de litros em julho, alta de 5,9% ante o mesmo mês do ano passado, marcando o segundo maior volume mensal da série histórica, apontaram dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) nesta sexta-feira. Foi apenas a segunda vez que as vendas de diesel, combustível mais comercializado do Brasil, superaram 6 bilhões de litros em um mês. Em agosto do ano passado, as distribuidoras comercializaram 6,22 bilhões de litros, de acordo com dados da ANP. O impulso, segundo a consultoria StoneX, vem com o volume de bens exportados pelo Brasil, que registrou crescimento de 16%, com destaque para o setor extrativista (+20%), ampliando assim o uso de caminhões para transportar esses produtos aos terminais exportadores. "Esse cenário é observado desde o início do ano, conforme as vendas externas pelo Brasil em volume no acumulado de 2024 cresceram 8% em relação ao acumulado de 2023, elevando a demanda pelo diesel B, que no mesmo período mostrou avanço de 4,5%", , disse em nota o analista de Inteligência de Mercado da StoneX, Bruno Cordeiro. Em meio à forte demanda por diesel B (já com mistura de biodiesel) e ao avanço da mistura do biocombustível iniciada em março, o consumo do combustível renovável feito em sua maioria a partir de óleo de soja seguiu fortalecido no Brasil em julho, totalizando 769 milhões de litros, destacou a StoneX, alta de 12,6% em relação ao mesmo período do ano passado. GASOLINA X ETANOL HIDRATADO As vendas de gasolina em julho atingiram 3,7 bilhões de litros, queda de 1,4% ante o mesmo mês do ano passado Apesar de ainda seguir abaixo no comparativo com os resultados de 2023, tratou-se de uma recuperação frente o volume dos últimos meses, sendo quase 6,3% acima do nível de junho, observou a analista de Inteligência de Mercado da StoneX, Isabela Garcia. "Em geral, o mês de julho costuma registrar um aumento sazonal da demanda por combustíveis leves, o que impacta positivamente as vendas de gasolina C", afirmou a especialista. "Entretanto, parte do maior consumo no mês pode estar associado a uma recuperação dos níveis da paridade de preços em algumas regiões devido a menor competitividade do hidratado nas bombas --apesar do reajuste dos preços de revenda da Petrobras no período", disse ela. Já o etanol hidratado, concorrente direto da gasolina nas bombas, somou 1,72 bilhões de litros em julho, alta de 47,9% na comparação com o mesmo mês de 2023. No acumulado do ano, as vendas de etanol hidratado por distribuidoras tiveram alta de 50,1% frente ao mesmo período do ano passado. (Reuters)

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Programa Mover já tem 121 empresas habilitadas, diz Alckmin

Ao participar da abertura do 13º Fórum Nordeste, em Recife, nesta segunda-feira (2/8), o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, afirmou que o programa Mover (Mobilidade Verde e Inovação) já habilitou 121 empresas. Com isso, elas estão autorizadas a receber créditos financeiros como contrapartida de investimentos em inovação e descarbonização na indústria automotiva. A notícia foi um dos destaques do eixo Sustentabilidade da Nova Indústria Brasil, a política industrial lançada pelo presidente Lula em janeiro deste ano. Alckmin apresentou os eixos da NIB e os avanços já obtidos aos participantes do fórum, que é promovido pelo Grupo EQM e contou com a presença de cerca de 500 executivos das áreas de etanol, biocombustíveis, investidores, comunidade acadêmica e autoridades emdash; entre elas os ministros Luciana Santos (Ciência, Tecnologia e Inovação), José Múcio (Defesa), a governadora de Pernambuco, Rachel Lyra, o prefeito de Recife João Campos, e o presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial, Ricardo Capelli. Nesta edição, o evento discute a descarbonização da economia, transição energética e novos negócios na área. Ainda sobre o Mover, o vice-presidente celebrou o fato de o programa ter impulsionado investimentos privados de R$ 130 bilhões da indústria automotiva no Brasil. eldquo;Todas [as montadoras] praticamente já investiram. E foram R$ 12 bilhões somente aqui em Goianaerdquo;, lembrou o vice-presidente O município de Goiana, em Pernambuco, é sede do polo automotivo da Stellantis. Alckmin lembrou que, no ano passado, o governo brasileiro acabou com a isenção de Imposto de Importação do etanol, que privilegiava os produtores dos Estados Unidos. A prejudicando a indústria local de açúcar e etanol. A medida contribuiu para o fortalecimento dessa indústria no Brasil, em especial na região Nordeste. Ainda no eixo Sustentabilidade, foco do fórum, o ministro destacou, entre outros, o projeto de lei do Combustível do Futuro, prestes a ser aprovado no Congresso, e que dará grande impulso aos biocombustíveis. eldquo;Prevê biogás, o biometano, o SAF, biodiesel, etanol, enfim, ele vem ao encontro do compromisso do Brasil com o combate às mudanças climáticas e a descarbonização ou desfossilização, que é o que nós todos desejamoserdquo;, disse Alckmin. O vice-presidente também falou dos demais eixos da NIB emdash; inovação, competitividade e exportações. No eixo inovação, o vice-presidente anunciou avanços na redução do prazo de avaliação de registro de patentes no país. eldquo;O INPI (Instituto Nacional de Propriedade Industrial) estava levando quase sete anos para registrar uma patente. Reduzimos para 4,5 anos. No ano que vem, chegaremos a 3 anos e, em 2026, a 2 anos, que é o padrão internacionalerdquo;, afirmou Alckmin No eixo de competitividade, foram destaques a criação da Letra de Crédito do Desenvolvimento (LCD) e o programa Depreciação Acelerada, que permitirá a modernização do parque fabril do país. Segundo Alckmin, até o final desta semana deve sair a definição dos setores industriais a serem contemplados. Por fim, o vice-presidente reforçou a importância da desburocratização em curso para simplificar e reduzir custos no processo exportador. Entre os avanços estão o Portal Único de Comércio Exterior e a Licença Flex, que permite que uma mesma licença sirva para várias operações. eldquo;Essa desburocratização é extremamente relevante para a gente reduzir custos e poder avançar ainda maiserdquo;, concluiu.

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Preço do etanol sobe em 8 estados na última semana de agosto e cai em 14 e no DF, diz ANP

Os preços médios do etanol hidratado subiram em 8 estados, caíram em 14 e no Distrito Federal e ficaram estáveis em 4 na semana de 25 a 31 de agosto. Os dados são da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) compilados pelo AE-Taxas. Nos postos pesquisados pela Agência em todo o país, o preço médio do etanol caiu 0,49% na comparação com a semana anterior, de R$ 4,06 para R$ 4,04 o litro. Em São Paulo, principal estado produtor, consumidor e com mais postos avaliados, a cotação média caiu 0,77%, para R$ 3,89. A maior alta porcentual na semana, de 3,43%, foi registrada no Paraná, onde o litro passou de R$ 4,08 para R$ 4,22. O preço mínimo registrado na semana para o etanol em um posto foi de R$ 3,29 o litro, em São Paulo. O maior preço, de R$ 6,06, foi registrado em Santa Catarina. Já o menor preço médio estadual, de R$ 3,67, foi observado em Mato Grosso, enquanto o maior preço médio foi registrado no Rio Grande do Norte, de R$ 5,12 o litro. (Estadão Conteúdo)

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Stellantis defende combinação de etanol e eletrificação para descarbonizar frota

O Polo Automotivo Stellantis de Goiana, complexo industrial localizado na Zona da Mata Norte de Pernambuco, tem papel fundamental no processo de descarbonização da empresa. A informação foi do vice-presidente de Assuntos Regulatórios da Stellantis, João Irineu Medeiros, durante sua participação na 13ª edição do Fórum Nordeste realizada nesta segunda-feira (2). No evento, Medeiros realizou a palestra eldquo;Estratégia de Descarbonização e Desenvolvimento Localerdquo;, que ainda teve como mediador o presidente da Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg) e do Sindicato da Indústria de Fabricação de Etanol do Estado de Goiás (Sifaeg), André Rocha. Também participaram o presidente-executivo do Sindálcool Paraíba, Edmundo Coelho Barbosa; o presidente da Alcopar Paraná, Miguel Rubens Tranin; e o secretário de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do Ministério de Minas e Energia, Pietro Adamo Mendes. Segundo Medeiros, o processo de descarbonização deve ser feito de forma equilibrada, incluindo os carros de entrada até os veículos premium. "Precisamos encontrar uma descarbonização equilibrada do ponto de vista ambiental, social e econômico", disse. Ele lembrou que a emissão de gás carbônico (CO2) é feita durante todo o ciclo de vida dos automóveis e o momento que o carro mais emite carbono é no uso. eldquo;São 300 mil quilômetros que o carro está emitindo CO2, mas a emissão começa na mineração e termina na reciclagem do carroerdquo;, reiterou. Segundo o vice-presidente, com base em dados de 2021, o mundo emite 50 gigatoneladas (Gt) de CO2 todos os anos. Desses 12,8 são da China; 5,6 dos Estados Unidos; e 3,6 da Europa. O Brasil é responsável por emitir 1,5 gigatoneladas. eldquo;O Brasil não é um dos maiores emissores de CO2. Mas se a gente não fizer nada, esse número vai dobrar ou triplicar só com o crescimento da população e dos negócios e, no ano de 2100, vamos emitir 100 ou 150 gigatoneladaserdquo;, mencionou. O excesso de CO2 que penaliza a camada de proteção que existe na atmosfera agrava o efeito estufa. eldquo;A temperatura que hoje está em torno de 1,5 graus acima do período pré-industrial vai chegar a 5 acima do período pré-industrialerdquo;, reiterou. Com isso, de acordo com Medeiros, os cientistas apontam que em uma determinada área perto da Linha do Equador, a temperatura será, todos os dias, de 44 graus e de alta umidade, fazendo com que a região fique inabitável. eldquo;Cientistas calculam 3 bilhões de refugiados do clima em 2100erdquo;, alertou o vice-presidente da Stellantis. Segundo ele, os transportes representam 14% das emissões de gás carbônico no Brasil. Por isso, a Stellantis tem um compromisso de redução de CO2 firmado durante a última Conferência do Clima (COP 28) com objetivos de reduzir as emissões em 53% até 2030 e chegar a Net Zero (compromisso de zerar as emissões de gases de efeito estufa) até 2050. Diante dos desafios de migrar os carros a combustão para 100% elétricos, a fim de descarbonizar a frota, João Irineu destacou que a empresa pretende combinar o etanol com os diferentes níveis de eletrificação para a criação de novos veículos. "Combinar biocombustível com eletrificação é a chave do sucesso", reiterou. A empresa montou um programa chamado Bio-Hybrid que combina biocombustível com hibridização. Os esforços de desenvolvimento das plataformas Bio-Hybrid começaram em 2022, com a criação do Bio-Electro, uma plataforma destinada a acelerar tecnologias de motopropulsão baseadas na hibridização, combinando eficiência térmica e eletrificação. O Bio-Electro está baseado em três pilares: Academy, que abrange informação, formação e recrutamento; Lab, com incubação de ideias e desenvolvimento de ecossistema; e Tech, com a parte de materialização de soluções e da inovação. O Fórum Nordeste 2024 teve patrocínio da Neoenergia, Copergás, Banco do Nordeste, Caixa Econômica Federal, Sudene, FMC, Grunner e Cahu Beltrão; e apoio do Governo de Pernambuco, Fertine e Novabio.

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