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Opep+ considerará novo aumento da produção de petróleo no domingo, dizem fontes

A Opep+ considerará aumentar ainda mais a produção de petróleo em uma reunião no domingo, disseram duas fontes familiarizadas com as discussões, conforme o grupo de produtores busca recuperar sua participação de mercado. A Opep+ reverteu sua estratégia de cortes na produção a partir de abril e já aumentou as cotas em cerca de 2,5 milhões de barris por dia, aproximadamente 2,4% da demanda mundial, para elevar a participação de mercado e sob pressão do presidente dos EUA, Donald Trump, para reduzir os preços do petróleo. Mas esses aumentos não conseguiram derrubar os preços do petróleo, que são negociados perto de US$70 por barril, apoiados pelas sanções ocidentais contra a Rússia e o Irã, incentivando novos ganhos de produção em rivais como os Estados Unidos. Outro aumento na produção significaria que a Opep+, que bombeia cerca de metade do petróleo do mundo, estaria começando a desfazer uma segunda camada de cortes de cerca de 1,65 milhão de barris por dia, ou 1,6% da demanda mundial, mais de um ano antes do previsto. Oito países da Opep+ devem realizar uma reunião on-line no domingo para decidir sobre a produção de outubro. A Opep+ inclui a Organização dos Países Exportadores de Petróleo, além da Rússia e outros aliados. Há também uma chance, segundo alguns analistas e uma fonte da Opep+, de que o grupo possa pausar os aumentos para outubro. Uma decisão final ainda não foi tomada, disse a fonte da Opep+. A sede da Opep e as autoridades da Arábia Saudita não responderam imediatamente aos pedidos de comentários. O petróleo bruto Brent estava sendo negociado perto de US$ 68 nesta quarta-feira, uma queda de mais de 1% no dia, mas acima da mínima de 2025 de US$ 58 alcançada em abril. (Reuters)

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Biometano ajudará a reduzir ainda mais a pegada de carbono do etanol e açúcar brasileiros

Substituir o diesel pelo biometano na frota de caminhões da indústria sucroalcooleira pode ajudar a reduzir ainda mais a pegada de carbono do açúcar e etanol brasileiros, na visão do diretor de novos negócios da Copersucar, Daniel do Valle. Em entrevista ao estúdio eixos no 12º Fórum do Biogás, o executivo disse a troca é uma eldquo;oportunidade já latenteerdquo; e que o biometano já consegue ser competitivo, hoje, contra o diesel endash; e com o diferencial da descarbonização. Assista na íntegra acima Ele cita que de 3% a 4% do consumo do diesel no Brasil vem do setor sucroenergético. eldquo;Então nós, como somos, obviamente, líderes de usinas, de unidades, temos o potencial de substituir, primeiro, o diesel que transporta a cana do campo para a unidade de processamento. E isso, além de economizar, traz o benefício de gente, também, descarbonizar mais um pouquinho o etanol e o açúcar com pegada de carbonoerdquo;, comentou. Daniel do Valle conta, ainda, que existe um potencial interessante de substituição do diesel pelo biometano na frota própria de caminhões da Copersucar e que movimenta o açúcar e o etanol para os clientes endash; além da descarbonização da frota de terceiros. eldquo;Pela nossa relação de fornecimento de açúcar no mercado doméstico, temos mais de 400 clientes, dentre os grandes consumidores industriais de açúcar. Então por que não esses clientes receberem o açúcar com pegada de carbono na distribuição usando biometano e também, na frota deles, substituírem por biometano? Então esse é um outro pilarerdquo;, afirmou.

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Etanol cai em 15 estados e DF e é competitivo em seis

Os preços médios do etanol hidratado caíram em 15 estados e no Distrito Federal na semana de 24 a 30 de agosto, subiram em 5 e ficaram estáveis em 6 estados. Os dados são da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), compilados pelo AE-Taxas. Nos postos pesquisados pela agência em todo o país, o preço médio do etanol recuou 0,48% na comparação com a semana anterior, a R$ 4,15 o litro. Em São Paulo, principal estado produtor, consumidor e com mais postos avaliados, o preço subiu 0,25% na comparação semanal, a R$ 3,98 o litro. A maior queda porcentual na semana, de 6,41%, foi registrada em Goiás. A maior alta no período, no Acre, foi de 13,66%. O preço mínimo registrado na semana para o etanol em um posto foi de R$ 3,19 o litro, em São Paulo. O maior preço, de R$ 6,49, foi observado em Pernambuco. Já o menor preço médio estadual, de R$ 3,86, foi registrado em Mato Grosso do Sul, enquanto o maior preço médio foi verificado no Acre, de R$ 5,99 o litro. Etanol é mais competitivo em seis estados O etanol mostrou-se mais competitivo em relação à gasolina em seis estados na última semana de agosto. Na média dos postos pesquisados no país, o etanol tinha paridade de 67,26% ante a gasolina no período, portanto favorável em comparação com o derivado do petróleo, conforme o levantamento da ANP compilado pelo AE-Taxas. Executivos do setor observam que o etanol pode ser competitivo mesmo com paridade maior do que 70%, a depender do veículo em que o biocombustível é utilizado. O etanol é mais vantajoso em relação à gasolina nos seguintes estados: Goiás (65,89%); Mato Grosso (65,98%); Mato Grosso do Sul (65,00%); Minas Gerais (68,47%); Paraná (67,64%) e São Paulo (65,89%). (Estadão Conteúdo)

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Exclusão de biodiesel de leilão de energia suspende investimento de R$ 500 milhões, diz Binatural

A exclusão de biocombustíveis como biodiesel de um leilão de reserva de capacidade de energia elétrica no Brasil levou à suspensão de um investimento de meio bilhão de reais da Binatural, disse o CEO da empresa à Reuters. Segundo André Lavor, a Binatural estava em fase avançada de negociação com uma das maiores termelétricas do Brasil, localizada no Nordeste, para viabilizar o que ele chamou de primeiro complexo termelétrico sustentável do Brasil. "A construção de uma usina de biodiesel atrelada a uma termoelétrica existente... Esse investimento robusto foi suspenso pela exclusão do biodiesel nos leilões", disse o executivo. Além do investimento, a usina de biodiesel projetada ampliaria a produção nacional em 540 milhões de litros por ano. Esse biocombustível é feito majoritariamente com óleo de soja no Brasil. A Binatural atua há cerca de 19 anos no setor, operando atualmente duas usinas emdash;uma em Formosa (GO) e outra em Simões Filho (BA), com capacidade produtiva conjunta superior a 600 milhões de litros por ano. Procurado, o Ministério de Minas e Energia afirmou que as diretrizes do leilão de reserva de capacidade, previsto para 2026, "foram propostas no sentido de oferecer maior flexibilidade operacional ao sistema elétrico, estimular a competição entre as diferentes fontes incluídas no planejamento do certame e, consequentemente, trazer maior benefício ao consumidor". O ministério afirmou ainda que já existem políticas públicas endereçadas para o setor de biodiesel, como os mandatos do E30 e do B15, que aumentaram a adição do etanol anidro na gasolina e de biodiesel no diesel. A nota do ministério acrescentou que, só com o B15, estão previstos mais de R$5 bilhões em novos investimentos em usinas e unidades de esmagamento de soja, além da geração de mais de 4 mil postos de trabalho, "sem contar as 5 mil novas famílias da agricultura familiar que devem ser incorporadas ao Programa Selo Biocombustível Social". BAIXO CARBONO A exclusão do biocombustível, afirmou a Binatural, ocorreu ao mesmo tempo em que o governo abriu espaço para combustíveis fósseis, incluindo carvão mineral, óleo combustível e óleo diesel para movimentar as termelétricas. "Essa decisão ocorre justamente quando o Brasil se prepara para sediar a COP30, em Belém, e busca apresentar ao mundo uma agenda climática centrada na redução de emissões e na transição para uma economia de baixo carbono. O cenário gera uma percepção de contradição...", disse Lavor. Segundo a Binatural, até o momento não foram apresentados estudos detalhados que justifiquem a exclusão dos biocombustíveis. As Notas Técnicas nº 84 e 85/2025 citam aspectos de custos, prazos e logística, "mas de forma genérica", disse a empresa, que refutou também posições contra a viabilidade do biodiesel em grandes motores. O leilão de reserva de capacidade está atualmente em consulta pública. A companhia afirmou que o biodiesel já é um ativo estratégico para a segurança energética nacional. Hoje, o setor conta com mais de 60 usinas em todas as regiões, com capacidade produtiva superior a 15 bilhões de litros por ano e que operou em 2024 com apenas 59,5% de ocupação, segundo dados citados pela Binatural. (Reuters)

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BNDES ajuda na criação da segunda maior reciclagem de óleo do mundo

O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) aprovou um financiamento de R$ 400 milhões para a Lwart Soluções Ambientais expandir sua fábrica de rerrefino de óleo lubrificante usado. Esse é o maior projeto de economia circular na indústria já apoiado pela instituição financeira. A empresa processa lubrificantes usados ou contaminados, recolhidos em postos de combustíveis, oficinas mecânicas e indústrias, e o transforma em óleo mineral sustentável. Posteriormente, esse óleo é revendido para outras indústrias, que o transformam em lubrificante para a venda ao consumidor final. Parte dos recursos saiu do Fundo Clima (R$ 320 milhões) e outra parcela, do Finem (R$ 80 milhões), que representam 56% do total previsto de investimento (R$ 713 milhões) na expansão da fábrica, localizada em Lençóis Paulista (SP). Segundo o BNDES, com o crédito, a Lwart ampliará sua capacidade anual de processamento em 144 mil m³, tornando-se a segunda maior empresa do mundo nesse ramo. Atualmente, a unidade processa cerca de 240 mil m³ de óleo, que resultam em 178 mil m³ do insumo a ser recondicionado antes da venda final ao consumidor. "Este projeto evitará a emissão de 501.707,36 toneladas de COe#8322; equivalente por ano que seria gerada caso o óleo mineral básico fosse obtido via refino de petróleo virgem", diz o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante.

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Defasagem do diesel dispara no Brasil apesar de alta no mercado interno

Apesar da alta do diesel no mercado interno, o preço médio do combustível nas refinarias da Petrobras continua bem abaixo do praticado no mercado internacional, segundo dados da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom). No fechamento de terça-feira, 3, o diesel registrava defasagem de 13% nas unidades da estatal, mantendo as janelas de importação fechadas, e abrindo espaço para uma alta de R$ 0,43/litro. O último reajuste do diesel pela Petrobras, empresa responsável por 80% do mercado de refino brasileiro, foi em maio deste ano, uma queda de R$ 0,16/l. Já a gasolina está com o preço próximo à paridade de importação (PPI), viabilizando importações, custando 1% a mais nas refinarias brasileiras do que no Golfo do México, região usada como parâmetro pelos importadores. O último reajuste do combustível foi em junho deste ano, também uma redução, de R$ 0,17/l. A Acelen, controladora da Refinaria de Mataripe, na Bahia, única refinaria privada relevante do País, manteve o preço estável dos combustíveis na semana passada. A defasagem do diesel na unidade baiana foi de 6% no fechamento do mercado de petróleo de terça-feira, e da gasolina estava em 3%, segundo a Abicom.

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