Ano:
Mês:
article

Produção de petróleo do Brasil recua 4,8% em abril versus março, aponta ANP

A produção de petróleo do Brasil somou 3,194 milhões de barris de petróleo ao dia em média, em abril, queda de 4,8% na comparação com março, de acordo com dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Foi o quinto mês consecutivo de recuo na produção mensal, segundo os dados da ANP. Em relação a abril do ano passado, a ANP registrou um aumento de 1,69% na produção brasileira de petróleo. (Reuters)

article

Nissan não investirá mais em motores a gasolina e a diesel

A Nissan deve entrar de vez no segmento de carros elétricos, já que agora não investirá mais em modelos a combustão. Pelo menos é o que afirmou François Bailly, vice-presidente e diretor de planejamento da Nissan na região chamada de AMIEO (África, Oriente Médio, Índia, Europa e Oceania), ao site Drive. "Nosso futuro é elétrico. O e-Power é um meio de chegar até lá e cada mercado terá seu próprio ritmo. Com certeza não investiremos em um novo powertrain para modelos a combustão", afirmou Bailly. Ele também ressaltou que, apesar da chegada de novos modelos a combustão, os veículos estão aptos para receberem a tecnologia e-Power no futuro. A tecnologia e-Power ainda não chegou ao Brasil, mas já está disponível em outros mercados. Por meio do sistema, o veículo é impulsionado por um motor 100% elétrico alimentado por uma bateria. Assim, o e-Power possibilita que o carro seja um híbrido flex com "zero emissão". O Nissan Kicks e-Power, por exemplo, entrega 136 cv com 28,5 kgfm de torque - e já está disponível no mercado mexicano. Nissan tem meta para eletrificar carros No primeiro trimestre deste ano, o CEO da Nissan, Makoto Uchida, informou que a marca lançará ao menos 30 carros novos em mercados ao redor do mundo até 2026. Deste total, 16 modelos serão elétricos. Apesar do equilíbrio entre o lançamento de modelos a combustão (14) e eletrificados (16), a marca destacou que os investimentos em eletrificação vão aumentar em 70% até 2026. O objetivo da montadora é lançar 34 modelos eletrificados entre 2024 e 2030, atuando em praticamente todos os segmentos. Assim, o portfólio global da marca será composto por 40% de híbridos e elétricos até 2026 - número que subirá para 60% até 2030. O Kicks e-Power, por exemplo, deverá ser o primeiro eletrificado da Nissan por aqui. Inclusive, a empresa anunciou o investimento na fábrica brasileira, em Resende (RJ), no ano passado. Parceria com Honda e Mitsubishi Uma parceria fechada entre Honda e Nissan terá como foco a produção de carros elétricos com preço acessível. Inicialmente, o projeto deve valer apenas para a China e a ideia é desenvolver métodos para reduzir custos de desenvolvimento e produção. Assim, com a ampliação da escala, há a possibilidade de produzir (e vender) carros mais baratos. Vale lembrar que a Nissan foi a primeira das primeiras grandes montadoras a apostar em um modelo elétrico, com o lançamento do Leaf, em 2010. A montadora japonesa também anunciou uma parceria com a Mitsubishi para desenvolver novos carros nos EUA. O foco do acordo será produzir híbridos e elétricos. O CEO Makoto Uchida, inclusive, confirmou a produção de três novos modelos - entre eles, uma picape elétrica. Afinal, é um segmento em que as duas marcas têm tradição com as picapes Frontier e L200 Triton (Estadão Conteúdo)

article

Crescente demanda de petróleo pode fazer Opep rever cortes de produção, diz analista

A decisão da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (OPEP+) na última reunião, realizada domingo (2), de eliminação gradual dos cortes de produção voluntária, estabelece novos cenários ao setor. Helena Kelm, analista de óleo, gás e petroquímicos da XP, que participou nesta terça (4) do Morning Call da XP, afirma que o mercado já esperava uma extensão dos cortes de produção, mas não conforme proposto. OPEP: Corte Gradual eldquo;Esse prolongamento mostra um comportamento que ela (a Opep) está comprometida em fornecer (petróleo), continuar monitorando e dar suporte para o preço de petróleoerdquo;, avalia Kelm. A Opep+ decidiu estender os cortes de produção de 2,2 milhões de barris por dia até setembro, com eliminação gradual dos cortes voluntários a partir de outubro até setembro de 2025. Já o corte oficial de oferta de 3,6 milhões de barris por dia segue até o fim de 2025. eldquo;Durante todo esse tempo que a Opep vem fazendo cortes de produção, a oferta global foi complementada pelos países não membros da Organização endash; principalmente, os Estados Unidos, a Guiana e o Brasilerdquo;, destaca. eldquo;Mas a gente já tem alguns indícios de que, a partir do segundo semestre de 2024, esse crescimento (de fornecimento por países não membros) já não vai vir tão robustoerdquo;, complementa. É que EUA, Guiana e Brasil não tem perspectiva de incremento de produção de petróleo para fornecer para o mercado global além do que já realiza. Aumento de volume eldquo;Como há uma demanda global de petróleo crescente, pode ser que abra algum espaço para a Opep voltar com os seus volumeserdquo;, afirma a analista. Kelm vê, em outra vertente, que o fato da Opep ter anunciado um programa gradual de eliminação do corte de produção, ela apresenta uma perspectiva de aumento futuro de oferta. eldquo;Apesar desses cortes terem sido estendidos, a gente teve alguns países que foram concedidos algum aumento de sua cota de produção, como a Rússia e o Iraqueerdquo;, ressalta. eldquo;Esses dois fatores indicam que existe uma vontade da Opep de voltar com seus volumes, atendendo uma impaciência de parte do grupo com a capacidade ociosa, que vem aumentando cada vez mais entre eleserdquo;, disse. Condições do mercado Além disso, a Opep frisou, segundo a analista da XP, que tudo depende das condições do mercado. eldquo;Se o preço do petróleo cai muito, esse programa pode ser adiadoerdquo;, disse. Helena Kelm mantém visão positiva para as produtoras de petróleo no Brasil. eldquo;Mesmo que alguma se beneficie com aumento do preço de petróleo, a estabilidade dos preços talvez seja benéfica, porque são preços que já estão promovendo uma boa rentabilidade para parte dessas empresas, inclusive a Petrobras (PETR4)erdquo;, acrescentou.

article

Petróleo fecha em queda com dúvidas sobre capacidade da Opep+ em reduzir oferta

Os preços do petróleo recuaram nesta terça-feira, 4, em continuação ao movimento de queda visto após a última reunião da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+). Investidores seguem preocupados com a capacidade do cartel de reduzir significativamente a oferta e manter o mercado petrolífero equilibrado. O WTI para julho fechou em baixa de 1,31% (US$ 0,97), em US$ 73,25 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para agosto recuou 1,07% (US$ 0,84), a US$ 77,52 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE). Apesar da Opep+ ter anunciado cortes na produção, analistas do TD Securities avaliam que, após o fim da redução voluntária em 2025, os preços devem cair mais acentuadamente. Além disso, a produção de petróleo fora do grupo deve continuar aumentando até lá, o que também pesa do lado do excesso de oferta. Na esteira do possível excesso na oferta de petróleo, o preço do contrato futuro do gás natural europeu para julho recuou 5,33% nesta terça, na ICE. Na análise da Capital Economics, a Opep+ pode não seguir com seu plano detalhado de começar a reduzir seus cortes voluntários neste ano e concluí-los no ano que vem, mas os membros estão cada vez mais ansiosos para continuar ampliando a produção, e a preocupação com a cota de mercado do cartel deve pesar para fazer os países flexibilizarem os cortes no horizonte próximo. Com isso, a consultoria calcula que o barril do WTI deve terminar este ano a US$ 80 o barril, enquanto o Brent pode concluir 2024 perto dos US$ 70. O City Index afirma que, mesmo com os cortes da Opep+, a oferta deve permanecer abundante, dada a fraqueza da demanda global. Para a Capital Economics, O Danske, por sua vez, diz que o avanço de um aparente cessar-fogo em Gaza também pesa contra os preços. (Estadão Conteúdo)

article

Após adiamento, Senado deve votar "taxa da blusinha" e Mover nesta terça

O plenário do Senado Federal deve iniciar, nesta terça-feira (4), a discussão sobre o projeto de lei que, entre outros pontos, estabelece taxação de 20% sobre compras internacionais de até US$ 50. O texto foi aprovado no plenário da Câmara na última terça-feira (28). A votação no Senado ficou para esta semana porque o presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), pediu mais tempo para que os senadores analisassem o projeto. A relatoria ficou com o senador Rodrigo Cunha (Podemos-AL). Antes de debaterem o mérito do projeto, os senadores deverão votar um requerimento de urgência para que o texto seja analisado diretamente pelo plenário, sem necessidade de ser avaliado por comissões temáticas. O projeto de lei em análise cria o Programa de Mobilidade Verde (Mover), que trata de incentivos à indústria automotiva. O dispositivo que trata da taxação de importações até US$ 50 é considerado um eldquo;jabutierdquo; entre os parlamentares endash; quando trechos estranhos ao texto original são incluídos em uma proposta. Na semana passada, a cúpula da Câmara fechou um acordo com o Palácio do Planalto para prever que o projeto estabeleça uma alíquota de cobrança de 20% sobre compras internacionais de até US$ 50. Atualmente, importações nessa faixa de preço são isentas de impostos. Além disso, a Câmara ainda aprovou uma emenda que estabelece uma política de conteúdo local para as atividades de exploração e produção de petróleo, gás natural e outros hidrocarbonetos fluidos, aplicável ao regime de concessão. Hoje, o conteúdo local é estipulado por meio de cláusulas contratuais acordadas entre a Agência Nacional de Petróleo (ANP), as empresas que vencem as licitações, e a Petrobras, durante as etapas de exploração e desenvolvimento na produção de petróleo, gás natural e biocombustíveis. O objetivo da emenda é transformar esse processo em lei. Planalto quer manter texto Na segunda-feira (3), o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, afirmou que o governo trabalha para manter no Senado o texto que foi aprovado pela Câmara. O ministro também disse que discutirá com o Senado os jabutis incluídos de última hora no texto do Mover, eldquo;sem a anuência do governoerdquo;, como o que cria a política de conteúdo local para o setor de petróleo. Nesse caso, o Planalto analisará a possibilidade de supressão desses itens na votação dos senadores ou, caso sejam aprovados, sinalizará que não há compromisso de sanção presidencial. eldquo;Vamos tratar também de emendas que foram feitas na Câmara sem anuência do governo e, como trabalhar (para retirar) isso. Pode ser emenda de redação (para suprimir do texto) ou, eventualmente, sinalizarmos que não tem compromisso de sanção, para que a gente possa finalizar a votação no Senado do Mover, que é um projeto muito importante para a indústria automobilísticaerdquo;, declarou Padilha. Governo tem pressa O Programa de Mobilidade Verde trata de incentivos à indústria automotiva e foi instituído pelo governo federal por meio de uma medida provisória (MP) em dezembro passado. Essa MP perdeu a validade na última sexta-feira (31) e será substituída pelo PL que tramita no Senado. Por isso, o governo federal tem pressa para que o texto seja aprovado rapidamente. Na última semana, o líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), afirmou que os contratos firmados durante a vigência da MP não deixarão de vigorar. Em entrevista na segunda, Pacheco alertou para a importância de debater amplamente o projeto. Ele lembrou que, caso haja alterações, o projeto deverá retornar à Câmara dos Deputados. eldquo;Haverá um debate no plenário do senado. Sabemos da urgência dissoerdquo;, disse Pacheco. eldquo;Qualquer alteração que se dê ao texto, inclusive supressão, o texto voltará à Câmara dos Deputadoserdquo;, alertou o presidente do Senado.

article

Governo quer restringir uso de créditos do PIS/Cofins para compensar desoneração da folha

O governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vai propor restringir o uso de créditos tributários do PIS/Cofins e permitir seu aproveitamento apenas para abater o próprio imposto. A medida deve ser anunciada nesta terça-feira (4) como compensação para bancar a desoneração da folha para empresas de 17 setores, além de municípios. O Ministério da Fazenda convocou uma entrevista coletiva para detalhar a compensação. A proposta foi apresentada pelo governo na semana passada a algumas lideranças do Congresso Nacional, como mostrou a Folha. Se aprovada pelo Congresso Nacional, a medida permitirá o aumento da arrecadação federal, ajudando a financiar a perda de receitas com a desoneração da folha, com custo calculado pela Fazenda em R$ 25,8 bilhões neste ano. Hoje, os créditos do PIS/Cofins, uma espécie de benefício fiscal concedido com a intenção de fomentar algumas atividades econômicas e mitigar o efeito cumulativo dos impostos, podem ser usados para abater o saldo devedor de outros tributos emdash;inclusive contribuições à Previdência. Esse crédito é usado, sobretudo, pelas empresas da agroindústria na compra de insumos de pessoas físicas. Os setores de combustíveis e transportes também podem ser atingidos. Segundo técnicos a par das discussões, restringir o uso dos créditos apenas ao âmbito do PIS/Cofins é uma medida forte e dura, com impacto relevante sobre as contas da União. Com as receitas obtidas até o fim de 2024, o governo espera conseguir repor toda a perda com a desoneração neste ano. Em 2025, com o impacto cheio, durante os 12 meses, o incremento na arrecadação pode beirar os R$ 50 bilhões, segundo estimativas do governo. Os valores ainda dependerão da confirmação da medida pelo Congresso, que pode desidratá-la. A restrição do uso dos créditos também tem a vantagem de não precisar respeitar a chamada noventena, prazo de 90 dias entre a edição de medida que eleva um imposto e a efetivação da cobrança sobre os contribuintes. Ou seja, os impactos sobre a arrecadação tendem a ser imediatos. Além disso, PIS e Cofins são contribuições sociais, cujo produto da arrecadação não é dividido com estados e municípios. Isso significa que a União vai absorver todo o ganho esperado com a medida. Além do impacto da desoneração em 2024, a Fazenda já vinha lidando com a necessidade de encontrar R$ 50 bilhões em receitas extras para cumprir a meta fiscal zero para as contas públicas de 2025. As medidas precisam estar em vigor ou constar em projetos de lei para serem incluídas na proposta de Orçamento, a ser encaminhada até 31 de agosto deste ano. A desoneração da folha das empresas foi criada em 2011, na gestão Dilma Rousseff (PT), e prorrogada sucessivas vezes. A medida permite o pagamento de alíquotas de 1% a 4,5% sobre a receita bruta, em vez de 20% sobre a folha de salários para a Previdência. A desoneração vale para 17 setores da economia. Entre eles está o de comunicação, no qual se insere o Grupo Folha, empresa que edita a Folha. Também são contemplados os segmentos de calçados, call center, confecção e vestuário, construção civil, entre outros. No caso dos municípios, a desoneração foi aprovada pelos parlamentares em 2023, vetada por Lula e reinstituída pelo Congresso a partir da derrubada do veto. O governo editou uma medida provisória para revogar o corte nas alíquotas para 8%, mas sofreu resistências e precisou fechar um acordo para manter a cobrança reduzida em 2024.

Como posso te ajudar?