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Desmentido da ANP vira processo contra executivo da Raízen na CVM

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) está processando um diretor da Raízen depois que a Agência Nacional do Petróleo (ANP) desmentiu uma informação divulgada ao mercado pela companhia. O acusado é Carlos Alberto Bezerra de Moura, diretor de finanças e relações com investidores da empresa. Em casos de infrações originadas por informações divulgadas pela companhia, é praxe que o acusado pela área técnica seja o diretor de RI, responsável por assinar os fatos relevantes. O processo começou após a Raízen anunciar ao mercado, em 5 de outubro de 2023, que "iniciou as operações da nova planta de etanol de segunda geração (E2G) no Parque de Bioenergia Bonfim, na cidade de Guariba (SP)". A planta era descrita como "a maior planta de etanol celulósico do mundo" e havia recebido um investimento total de R$ 1,2 bilhão. O problema surgiu quando, imediatamente após o anúncio, a ANP entrou em contato com a CVM para informar que "a empresa ainda não estava autorizada a produzir etanol de segunda geração e que, no momento da assinatura deste ofício, ainda se encontrava em processo de atendimento às exigências prévias da ANP necessárias ao início da produção." Explicações Diante da negativa, a CVM solicitou explicações à Raízen, que respondeu afirmando que "informou, de forma simples e concisa, o início da operação da nova planta de E2G, tendo em vista a conclusão das obras de construção e o início do processo de comissionamento, em que os equipamentos já se encontram em disponibilidade operacional para essa fase do processo." "O Comunicado ao Mercado não informou o início da fase de produção, que depende de autorização da ANP, nos termos da legislação aplicável", ponderou Bezerra de Moura na ocasião. No entanto, a abertura do processo indica que a área técnica entendeu que a explicação não foi suficiente. O processo é do tipo sancionador emdash; ou seja, contém uma acusação formal e será levado a julgamento, a menos que o réu proponha um acordo para encerrá-lo. Bezerra de Moura acaba de ser formalmente citado pelo órgão e terá um prazo para apresentar sua defesa.

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Carro a etanol é mais limpo que 100% elétrico, diz especialista

O economista Plinio Nastari, 68 anos, avalia que as vantagens dos carros movidos a etanol sobre os 100% elétricos, que usam só baterias, deverão crescer nos próximos anos por causa do aprimoramento tecnológico. Ele menciona vantagens ambientais, de custo e de facilidade de abastecimento dos carros a etanol em comparação com os que são exclusivamente elétricos. No caso dos carros híbridos a etanol, as vantagens são ainda maiores, afirma. Os híbridos são carros com motores elétricos movidos a baterias que são carregadas pela frenagem ou desaceleração do motor principal, a combustão. Os híbridos flex produzidos no Brasil podem usar etanol e gasolina. As baterias dos híbridos têm só 2% do peso das baterias dos carros exclusivamente elétricos. Nastari avalia que as vendas de carros híbridos flex serão maiores no Brasil do que as dos exclusivamente elétricos até 2035. Nastari é presidente da Datagro, consultoria especializada no agronegócio. Foi presidente do conselho da AEA (Associação Brasileira de Engenharia Automotiva) de 2000 a 2002. Integrou o CNPE (Conselho Nacional de Política Energética) de 2016 a 2020. O Brasil tem uma matriz de energia elétrica das mais limpas. Mesmo assim, a energia consumida por veículos elétricos vem, em parte, de fontes fósseis. Para ler esta notícia, clique aqui.

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O PCC e os postos de gasolina do Rio de Janeiro

A Polícia Civil do Rio de Janeiro abriu um inquérito, em julho deste ano, para investigar se o Primeiro Comando da Capital (PCC) tem controle de postos de gasolina no Rio de Janeiro. A facção paulista, segundo investigações do Ministério Público de São Paulo, investe em postos de combustível para lavagem de dinheiro. Um documento obtido pela coluna mostra que a corporação pediu à Junta Comercial do Rio de Janeiro todas as transações de compra e venda de postos de combustíveis no estado. As informações, segundo a Polícia Civil, serão destinadas ao inquérito que apura uma possível atuação do PCC em território fluminense. A presença da facção no Rio de Janeiro não é descartada pela corporação. As investigações ainda estão em estágio inicial e ainda não foram enviadas para o Ministério Público do Rio de Janeiro.

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Petrobras acelera planos para retornar ao setor de fertilizantes

A Petrobras está acelerando um plano para retornar ao setor de fertilizantes à medida que o setor agrícola brasileiro cresce, de acordo com pessoas familiarizadas com o assunto. As iniciativas incluem o desenvolvimento de tecnologias inovadoras e a avaliação de um investimento estimado em US$ 800 milhões (cerca de R$ 4,4 bi) para concluir obras na planta conhecida como UFN-III, em Três Lagoas, no Mato Grosso do Sul, disseram as pessoas, que pediram para não serem identificadas porque as discussões são privadas. A empresa vê uma oportunidade dentro do setor, já que o Brasil é uma potência agrícola e extremamente dependente da importação de fertilizantes. A Petrobras era uma produtora significativa, mas decidiu sair do negócio em 2018 sob o governo anterior. A guerra na Ucrânia interrompeu as importações de fertilizantes e levou os preços a máximas de vários anos, estimulando o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a reconstruir a indústria nacional. As obras da UFN-III foram interrompidas em 2014, com cerca de 80% do total concluídos. A administração da Petrobras analisa se há necessidade de ajustes na estimativa inicial de US$ 800 milhões em investimentos, ao mesmo tempo em que discute potenciais parcerias, disseram as pessoas. A expectativa é que os investimentos na unidade sejam detalhados no plano de gastos da Petrobras para 2025-2029, previsto para novembro, acrescentaram, sem descartar a retomada das obras em dezembro. A Petrobras disse em resposta a um pedido de comentário que ainda está avaliando o projeto e não tem estimativa de valor. A retomada das operações em ativos que já pertencem à empresa é a prioridade da estatal. Juntas, as quatro plantas de fertilizantes atualmente paralisadas têm capacidade para suprir 35% da demanda brasileira por ureia, um dos fertilizantes mais utilizados no país. A Petrobras anunciou no mês passado a retomada de sua unidade de fertilizantes Araucária, o que deve acontecer até maio de 2025. Também está negociando com a fabricante de fertilizantes Unigel uma solução para duas unidades de fertilizantes nitrogenados arrendadas na Bahia e em Sergipe. A Petrobras também está de olho em inovações no segmento, como formas de produzir amônia verde. A gigante do petróleo anunciou, nesta sexta-feira (6), uma parceria com a Embrapa para pesquisa de matérias-primas renováveis para obtenção de produtos de baixo carbono, incluindo biocombustíveis, química verde e fertilizantes. A empresa tem interesse em "aumentar a disponibilidade de produtos fertilizantes no mercado nacional e atender às metas do Plano Nacional de Fertilizantes", afirmou a presidente Magda Chambriard disse em nota. (Bloomberg)

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Gasolina no Brasil está 5% mais cara do que no mercado internacional, diz levantamento

Com a queda do preço do petróleo no mercado internacional, em meio a grande instabilidade, os preços dos derivados da commodity no Brasil ficaram mais caros do que os praticados no Golfo do México, usado como parâmetro pelos importadores. Segundo a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), o preço da gasolina está 5% mais caro em todas as refinarias brasileiras, mantendo as janelas abertas para importação. Para se equiparar ao mercado internacional seria possível uma redução em média de R$ 0,16 por litro. Em menor intensidade, o diesel também está em média mais caro no Brasil, puxado pela Refinaria de Mataripe, na Bahia, única unidade privada do País. Nas refinarias da Petrobras o preço na média está estável, enquanto em Mataripe, a diferença em relação ao mercado internacional é de 3% para cima. Na média, o diesel registra defasagem positiva de 1%. Na quarta-feira, 4, a presidente da Petrobras, Magda Chambriard, afirmou que não há, no momento, perspectiva de redução do preço da gasolina e do diesel em razão da queda do petróleo no mercado internacional. eldquo;Não vamos fazer nada com isso. Estamos confortáveis com o nível dos preçoserdquo;, afirmou a jornalistas após um evento em Brasília.

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Itaú projeta avanço de 25% para etanol de milho; combustível deve representar 1/5 do consumo em 2022

O Itaú BBA espera que a produção de etanol de milho do Brasil cresça 25% na safra 2024/2025, para 7,8 bilhões de litros. Para 2025/2026, a expectativa é de um incremento de 11%, para 8,7 bilhões de litros. Os dados são do eldquo;Radar Agroerdquo; para setembro feito pelo banco. Dessa forma, o volume de milho consumido para a produção de etanol deve alcançar 17,3 milhões de toneladas em 2024 (avanço de 29% ante 2023), representando 21% do consumo doméstico. Em 2025, o banco estima que serão consumidos 19,4 milhões de toneladas. Para o DDGs (Grãos Secos de Destilaria), que podem ser obtidos a partir da produção do biocombustível, a expectativa é que a produção alcance 5,2 milhões de toneladas em 2024 (crescimento de 28%), sendo que o Brasil deve exportar 14% desse volume (740 mil toneladas). O Itaú reforça que as exportações do DDGs tem crescido de maneira importante, com o volume exportado atingindo 491,5 mil toneladas de janeiro a agosto de 2024, um avanço de 24% frente ao mesmo período de 2023. Considerando essa mesma taxa de crescimento para o restante do ano, teríamos um volume total de 744 mil toneladas, acima das 600 mil de 2023. A nova fronteira na produção de etanol Segundo dados da UNICA (União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia), o Brasil possui 21 usinas de etanol que utilizam o milho como matéria-prima em funcionamento atualmente, sendo 11 no Mato Grosso, 6 em Goiás, 2 no Mato Grosso do Sul, 1 no Paraná e 1 em São Paulo. Dessas 21 unidades, 11 são exclusivamente de milho, enquanto as demais produzem etanol de cana-de-açúcar e de milho, denominadas usinas flex. De acordo com o banco, a próxima fronteira a ser conquistada parece ser a produção do biocombustível a base de trigo, sendo que usinas de etanol de trigo já começaram a ser construídas. eldquo;Pelo mapeamento do Itaú BBA, a capacidade de produção dos três projetos (todos no RS) é de aproximadamente 385 milhões de litros por ano. No entanto, no horizonte do nosso cenário, apenas 15 milhões de litros por ano deverão estar funcionais em 2025erdquo;, apontam analistas.

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