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Petrobras e Gerdau discutem parceria para projetos de descarbonização

A Petrobras e a Gerdau anunciaram que firmaram um Memorando de Entendimento (MoU) de caráter não vinculante (não obrigatório), com prazo de dois anos, para avaliar oportunidades comerciais e potenciais parcerias em projetos de descarbonização; combustíveis de baixo carbono; hidrogênio e seus produtos; captura, transporte e armazenamento de carbono (CCUS); além de projetos de pesquisa e desenvolvimento relativos à integridade de materiais em ambiente marítimo e de produção de aço via eldquo;redução diretaerdquo; (sem ultrapassar a temperatura de fusão como ocorre com uso de forno) a gás natural. O processo de redução direta é uma alternativa ao processo de produção de aço convencional, que utiliza gás natural em vez de carvão. eldquo;A Gerdau se destaca na indústria global do aço com uma das menores intensidades de emissões de gases de efeito estufa, atualmente 0,91 tCOe#8322;e (tonelada de COe#8322; equivalente) por tonelada de aço, que corresponde a aproximadamente 50% da média global, e tem como meta atingir 0,82 tCOe#8322;e por tonelada de aço até 2031eamp;Prime;, diz o comunicado da siderúrgica. As companhias afirmaram ainda que a iniciativa está alinhada aos seus objetivos de descarbonizar operações de ambas e promover a transição energética.

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ExpoPostos & Conveniência 2024 começa hoje e será a maior edição de sua história

Mais de 250 expositores de referência no mercado participarão da 21ª ExpoPostos eamp; Conveniência, maior feira de postos de serviços, equipamentos, lojas de conveniência e food service da América Latina. Destinado às empresas e profissionais do segmento, o evento, que em sua última edição movimentou R$ 180 milhões, vai ocorrer de hoje a quinta-feira (10 a 12) e receberá soluções inéditas e inovadoras, além de possibilitar uma ampla expansão de negócios. A feira, que terá em 2024 a maior edição de sua história, contará com três pavilhões do São Paulo Expo e mais de 30 mil visitantes, vai contar com muitas inovações tecnológicas e tendências de mercado, proporcionando novas experiências aos expositores. Dentre estas soluções, estão sistema e medidor para descarga de combustível, oferecidos pela MTX Filtros. Além disso, outros destaques são os sistemas para gestão de postos, que é a proposta da AtonSystems. Há outras tendências como clube de assinatura de combustível, ofertado pela ClubGas, modelo de franquia compacta, disponibilizado pela rede de fast food Bobersquo;s; sistema de integração das maquininhas de cartão com as bombas de combustível, onde é possível integrar o abastecimento e realizar a venda e emitir a nota fiscal eletrônica, ofertado pela RFID Moura, chamam a atenção. De acordo com Tatiana Zaccaro, diretora de unidade da GL events, responsável pela promoção e organização da ExpoPostos, algumas mudanças realizadas foram pensadas de forma estratégica, visando possibilitar aos expositores a expansão dos negócios. eldquo;Em 2024 contaremos com mais de 250 expositores referência, que vão viabilizar soluções inovadoras para que o mercado permaneça sempre atualizado e pronto para sempre se manter competitivo. Associados ABIEPS, com tecnologias e inovações para o mercado de combustíveis, a qualidade do conteúdo até os palestrantes que estarão em nosso Fórum e Arena do Conhecimento. Temos a honra e estamos orgulhosos em promovermos, em parceria com a Fecombustíveis e GL events, a maior feira do segmento de postos de combustíveis da América Latina.erdquo; Para James Thorp Neto, presidente da Fecombustíveis, eldquo;é essencial que o revendedor se mantenha atualizado, adote novas práticas de gestão e adeque seu posto e equipamentos às legislações, visando otimizar o negócio. Ao trazer novidades, tendências e novas ideias, a visita à ExpoPostos pode ser um diferencial para o sucesso da revenda.erdquo; Clique aqui e confira a programação completa

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Petróleo sobe 1%, em correção após quedas recentes e de olho em tempestade nos EUA

São Paulo, 9 endash; O petróleo avançou mais de 1% nesta segunda-feira, 9, em correção após o forte tombo de semana passada, e também diante da possibilidade de petrolíferas americanas interromperem parte de sua produção conforme uma tempestade se aproxima da região de Louisiana, nos EUA. Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para outubro fechou em alta de 1,54% (US$ 1,04), a US$ 68,71 o barril, enquanto o Brent para novembro, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), teve ganho de 1,09% (US$ 0,78), a US$ 71,84 o barril. Os preços do petróleo nesta segunda-feira operaram voláteis durante o pregão e chegaram a cair no fim da manhã, mas se recuperaram logo depois. No radar de investidores, a demanda fragilizada da China permanece no radar, depois da inflação ao consumidor na China avançar 0,6% na taxa anual em agosto, abaixo do esperado, o que sustenta temores de uma possível deflação no país, com enfraquecimento de consumo e demanda. No início da tarde, traders repercutiam rumores de que a tempestade tropical Francine, que se aproxima da costa do México, pode evoluir para um furacão conforme se aproxima da região de Louisiana. Há relatos de que petrolíferas da região devem interromper sua produção com a aproximação da tempestade. Segundo analistas do ING, os preços do petróleo seguem sofrendo pressões descendentes no curto prazo. O banco holandês enxerga sinais de superávit de oferta para o ano que vem. eldquo;Fraqueza de demanda e enfraquecido equilíbrio do mercado ainda são claramente uma preocupaçãoerdquo;, alerta. O banco ANZ escreve que, para esta semana, há expectativas de traders para a divulgação dos relatórios mensais da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e da Agência Internacional de Energia (AIE). Razan Hilal, do City Index, concorda, e destaca que, além de Opep e AIE, esta semana traz uma leitura de inflação dos EUA e dados de empréstimos chineses, todos estes com potencial de exercer novas pressões baixistas sobre os preços. (Estadão Conteúdo)

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ExpoPostos & Conveniência começa amanhã

São Paulo vai se tornar a capital do setor de serviços, equipamentos, lojas de conveniência e food service entre os dias 10 e 12 de setembro. A cidade vai receber o 16º Fórum Internacional ExpoPostos eamp; Conveniência, evento referência do segmento que vai promover o debate sobre temas importantes para o setor, como a expansão do varejo de conveniência, as operações nas revendas na América Latina e o mercado brasileiro de lubrificantes no Brasil. Promovido pela ExpoPostos, feira oficial dos representantes de distribuição e revenda de derivados de petróleo, o evento contará com a presença de grandes nomes do mercado nacional e internacional, como Tadashi Suzuki, diretor de Entrada em Novos Mercados da 7-Eleven Internacional, Roberto Díaz de León, vice-presidente do Consejo Mexicano de Energia (COMENER), Roberto Ardenghy, CEO do Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás, Antonio Saborió, engenheiro agrônomo, zootecnista e vice-presidente da IRAMARI TECHNOLOGY S.A., uma subsidiária da Prime Tech Chile S.A, dentre outros especialistas. Neste ano, nos três dias de evento, acontecerão importantes debates sobre os novos Rumos do Mercado. Entre as palestras e painéis apresentados figuram temas como eldquo;Desafios e oportunidades do cenário político-econômico do Brasilerdquo;, eldquo;Energia do Futuro: perspectivas sobre a matriz energética brasileira na próxima décadaerdquo;, eldquo;Novas tecnologias: as inovações que impactam o mercado de postos de combustíveiserdquo; e eldquo;Lojas de Conveniência e Mercados de Proximidade: o que pensam os executivos de grandes redes brasileiras do setorerdquo;. De acordo com Tatiana Zaccaro, diretora de unidade da GL Events, responsável pela promoção e organização da ExpoPostos, o Fórum tem como proposta debater sobre a amplitude de atuação do segmento, além de apresentar experiências, discussões e práticas para fomentar o futuro deste mercado no Brasilerdquo;, explica. Para a executiva, eldquo;o grande diferencial de um evento deste porte está na expertise dos profissionais e de todos os players e expertises envolvidas, que são compartilhadas de forma extremamente profissional, ampliando a visão do setor, o que possibilita a expansão e ascensão dos negócioserdquo;, finaliza. O Fórum Internacional será realizado de forma integrada à ExpoPostos, que é uma realização da GL events, da Fecombustíveis e da Associação Brasileira das Empresas de Equipamentos e de Serviços para o Mercado de Combustíveis e de Conveniência (ABIEPS). Serviço 16º FÓRUM EXPOPOSTOS eamp; CONVENIÊNCIA Data: de 10 a 12 de setembro de 2024. Horário: Feira, das 13h às 22h. Fórum: das 08h30 às 13h30. Local: São Paulo Expo (Rodovia dos Imigrantes Km 1,5 endash; Vila Água Funda, São Paulo endash; SP) Mais informações: https://expopostos.com.br/ | facebook.com/ExpoPostos | @expopostos Programação do Fórum: https://expopostos.com.br/programacao-forum-internacional-2024/ Credenciamento Imprensa: Link Mais informações: www.expopostos.com.br | @expopostos Sobre a ExpoPostos eamp; Conveniência A ExpoPostos eamp; Conveniência é o evento oficial dos representantes de distribuição e revenda de derivados de petróleo, lojas de conveniência e food service do Brasil. A feira apresenta as últimas tendências e novidades do mercado, incluindo novos produtos, equipamentos, serviços e tecnologias voltadas ao setor. O evento recebe em paralelo, o Fórum Internacional de Postos de Serviços, Equipamentos, Lojas de Conveniência e Food Service, que aborda temas relevantes para o mercado, junto aos especialistas nacionais e internacionais do segmento. O evento acontece de 10 a 12 de setembro de 2024, no São Paulo Expo, em São Paulo. Sobre a GL events A multinacional francesa GL events é um dos principais players do mercado de eventos no mundo. Presente em 27 destinos nos cinco continentes, a companhia gerencia 52 espaços e é especialista no atendimento à toda cadeia do setor endash; desde a concepção à realização de eventos, passando pela produção e oferta de serviços. Sua experiência foi construída em mais de 40 anos de atuação. O grupo possui 315 festivais e feiras proprietários. Sobre a Fecombustíveis A Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e de Lubrificantes (Fecombustíveis) é formada por 34 sindicatos patronais e a Abragás e representa os interesses de aproximadamente 43 mil postos revendedores de combustíveis que atuam em todo o território nacional, além do segmento de Transportadores-Revendedores-Retalhistas (TRRs), revendedores de GLP e o mercado de lubrificantes. A Federação é filiada à CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo) e faz parte da CLAEC (Comissão Latino-Americana de Empresários de Combustíveis).Presente na cadeia há mais de 63 anos, a Fecombustíveis implementa diferentes ações a fim de defender os legítimos interesses de seus associados, incentiva a realização de seminários, congressos e estudos, por meio de seus sindicatos filiados, em prol da qualificação do empresariado da revenda, com difusão de valores de cidadania corporativa, estudos, além de acesso às mais novas tendências de gestão e tecnologias de informação. Sobre a Abieps Desde agosto de 2001, a Associação Brasileira das Empresas de Equipamentos e de Serviços para o Mercado de Combustíveis e de Conveniência (ABIEPS) reúne os fabricantes de equipamentos, distribuidores, representantes comerciais e os prestadores de serviço que atuam no segmento de postos de combustíveis e suas lojas de conveniência.

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Carro elétrico: evolução rápida e concorrência chinesa aceleram desvalorização e dificultam revenda

A recente reviravolta no mercado global de carros elétricos, atualmente em desaceleração em países da Europa e nos Estados Unidos, provoca uma intensa queda nos preços de revenda e excesso de estoques nas lojas e fábricas. No Brasil, onde as vendas desses modelos estão aquecidas, ainda que sobre uma base pequena de comparação, a desvalorização de modelos 100% a bateria também preocupa. Automóveis com dois a três anos de uso e baixa quilometragem foram vendidos nos últimos meses com até 45% de deságio e, dependendo do modelo, por menos da metade do valor pago pelo novo. Barros reconhece, contudo, ter eldquo;pago o preço por estar entre os primeiros a ter um carro 100% elétrico, quando não havia muitas opções e todos os modelos eram caroserdquo;. Seu consolo é ter adquirido um BYD Yuan Plus novo, com mais itens de tecnologia e 480 km de autonomia, ante 320 km do e-208. O modelo custou R$ 209 mil porque a marca deu desconto de R$ 30 mil para aquela versão. A rapidez na evolução tecnológica dos automóveis elétricos, a deficiência na infraestrutura de recarga e a guerra de preços intensificada pelas empresas chinesas a partir do ano passado, que levou as demais marcas a baixarem seus preços, são os principais fatores que levam à desvalorização dos seminovos. Já os preços dos modelos híbridos usados têm comportamento mais próximo ao dos carros a combustão. Um Nissan Leaf Tekna 2023 zero, por exemplo, tem preço sugerido pela fabricante de R$ 298,4 mil, mas pode ser encontrado nas concessionárias com 15% de desconto, ou R$ 252,1 mil, de acordo com a consultoria automotiva Kelley Blue Book (KBB). A versão do mesmo ano com 14 mil km rodados custa, nas revendas, R$ 196,1 mil, um deságio de 22%. Já na troca por outro carro, os lojistas pagam 37% menos (R$ 158,8 mil). Híbrido tem deságio menor Com cerca de 33 milhões de visitas por mês e 1,5 milhão de leads (propostas de compra), a maior plataforma de venda online de veículos do País, a Webmotors, registra desvalorização média de 12% nos preços dos carros elétricos neste ano e de 6% para os híbridos. Os modelos convencionais têm perda média de 2,25%, informa o CEO Eduardo Jurcevic. Os elétricos são apenas 1,2% dos cerca de 400 mil veículos em estoque na plataforma. Os híbridos são 2,3%. Híbrido tem deságio menor Com cerca de 33 milhões de visitas por mês e 1,5 milhão de leads (propostas de compra), a maior plataforma de venda online de veículos do País, a Webmotors, registra desvalorização média de 12% nos preços dos carros elétricos neste ano e de 6% para os híbridos. Os modelos convencionais têm perda média de 2,25%, informa o CEO Eduardo Jurcevic. Os elétricos são apenas 1,2% dos cerca de 400 mil veículos em estoque na plataforma. Os híbridos são 2,3%. A demanda por elétricos na Webmotors é 12% menor em relação aos tradicionais. Os motivos, na opinião de Jurcevic, são o desafio da infraestrutura e, em muitos casos, o receio da duração da bateria de um carro já usado ou da necessidade de manutenção. O tempo médio para venda é 26% maior em comparação aos automóveis a combustão ou híbridos. No mês passado, a revenda Amazon, autorizada da Volkswagen em São Paulo, suspendeu as compras de elétricos devido ao longo período em que permanecem nas lojas. A concessionária tem cinco Nissan Leaf em estoque há um ano e meio, chegou a anunciá-los pela metade do preço da tabela Fipe (referência em preços de carros usados) e não teve interessados. eldquo;Nossos lojistas parceiros também pararam de comprar elétricos por causa da depreciação altaerdquo;, diz Marcelo Jallas, diretor da Amazon. A Volkswagen tem dois veículos elétricos no Brasil, o ID.4 e o ID Buzz, disponíveis apenas para a modalidade de assinatura. Frota de locadoras Nem mesmo as locadoras de veículos - tradicionalmente responsáveis por metade das vendas totais de automóveis das montadoras - estão buscando os elétricos. Juntas, elas têm 4,3 mil modelos com essa tecnologia e 6,8 mil híbridos em suas frotas, informa Paulo Miguel Junior, vice-presidente da Associação Brasileira das Locadoras de Automóveis (Abla). O número equivale a menos de 1% da frota total. A maior empresa do setor, a Localiza, encerrou 2023 com 2,7 mil elétricos e híbridos em uma frota de 631 mil veículos. As primeiras unidades de elétricos adquiridas pelo setor há cerca de três anos, principalmente de marcas tradicionais, foram revendidas a preços eldquo;muito abaixo do esperado, com cerca de 40% a 45% de depreciaçãoerdquo;, diz Miguel Junior. Esses veículos, segundo a Abla, foram comprados por valores altos e em dois anos tiveram significativa desvalorização após a chegada das marcas chinesas, com ofertas mais competitivas e tecnologias mais avançadas. As montadoras tradicionais tiveram de reduzir seus preços para não perderem competitividade e quem comprou antes ficou com a conta do deságio. Uma das pioneiras em ter frota de elétricos, a Movida adquiriu, a partir de 2021, cerca de 600 modelos Leaf, Renault Zoe, Fiat 500e e BMW i3. Em menos de dois anos, a maior parte estava parada nos pátios por falta de demanda e foi colocada à venda. Segundo fontes do mercado, alguns ficaram até seis meses encalhados. Vários foram vendidos com preços até 40% abaixo da tabela Fipe. O grupo suspendeu a compra da maior parte de um lote de 250 BYD Tan prevista para 2022. A Movida não comentou o tema. Fora do Brasil o cenário é ainda pior. Uma das maiores locadoras dos EUA, a Hertz, desistiu neste ano da aquisição de 100 mil carros da Tesla por causa da desvalorização rápida dos seminovos. O comércio dos automóveis usados sempre foi importante fonte de receita para as locadoras. Uso maior por aplicativos Grande parte da frota atual de elétricos das locadoras brasileiras tem, em média, menos de um ano de uso e não completou o ciclo para revenda, tradicionalmente de até dois anos. Por isso, o presidente da Abla não sabe qual será o parâmetro de preços dessa nova leva, principalmente dos modelos chineses. Juntas, BYD e GWM são responsáveis por 58% das vendas de elétricos e híbridos novos neste ano. A maioria dos carros eletrificados está alugada para frotas de empresas, motoristas de aplicativos e por assinatura (em contratos de dois a quatro anos). Poucos estão disponíveis para locação diária pois não há demanda, informa Miguel Junior. A 99, por exemplo, tem 4,8 mil motoristas com carros elétricos em São Paulo e 1,2 mil com híbridos. O diretor sênior da 99, Thiago Hipolito, explica que a plataforma tem parcerias com várias empresas como BYD, Movida, Santander, Osten e Dahruj para fomentar o uso de veículos eletrificados entre os motoristas parceiros. Há ofertas de descontos nos preços para aquisição ou locação, juros mais baixos nos financiamentos, vouchers de recarga e instalação de carregadores nas residências. Enilson Sales, presidente da Fenauto, associação dos revendedores de carros usados, afirma que, apesar da desvalorização, as vendas de eletrificados (elétricos e híbridos) cresceram 90% de janeiro a julho, somando 33 mil unidades. Desse total, 83% têm até três anos de uso. Já os negócios com veículos a combustão foram 9% superiores em relação a 2023 (8,8 milhões unidades). Ele pondera que a comparação eldquo;é injusta, pois os eletrificados estão em franca ascensãoerdquo;. Segundo Sales, é cedo para se ter uma sinalização mais forte sobre esse segmento, pois ainda é um nicho de mercado. eldquo;Mas é possível dizer que a desvalorização será maior do que a dos modelos a combustão nesses primeiros anos.erdquo; Estratégias contra o deságio As chinesas BYD e GWM, marcas que agitaram o mercado com carros elétricos e híbridos importados, prometem iniciar produção local no próximo ano, em princípio fazendo apenas a montagem de kits trazidos da China. Atentas ao movimento de desvalorização principalmente dos preços da concorrência, ambas adotaram estratégias de recompra de seminovos a valores próximos aos da tabela Fipe. Assim que completam um ano de mercado, os carros da BYD são aceitos pelas concessionárias por 90% do valor da Fipe na troca pelo mesmo modelo zero. eldquo;Estamos fazendo isso com o Song Plus (híbrido plug-in) e com o Tan (elétrico) e vamos incluir o Dolphin (também elétrico), que neste mês completa um ano de lançamentoerdquo;, diz Alexandre Baldy, vice-presidente sênior da montadora. Segundo ele, todos os modelos que forem lançados no País serão incluídos nesse plano. Baldy vê as informações sobre a desvalorização dos elétricos como eldquo;distorcidaserdquo;, pois atrapalham o mercado e assustam o consumidor. eldquo;Isso é o que as grandes montadoras que não têm produto para vender fazem questão de difundir porque não conseguem concorrererdquo;. Para ele, avaliações envolvendo modelos com poucas unidades comercializadas, e vários deles já fora do mercado, não são justas pois não representam o mercado como um todo. A GWM também tem um programa de recompra por 80% do valor da Fipe para os dois modelos à venda no País, o Haval nas versões híbrida e híbrida plug-in e o elétrico Ora. A promoção é válida para carros com até dois anos de uso na troca por outro da marca. A empresa também expandiu a estratégia de manter seus produtos valorizados ao fazer acordos com locadoras e seguradoras. Conforme Ricardo Bastos, diretor de Relações Institucionais da GWM, o valor da apólice de seguro de modelos da marca caiu quase 50% após a empresa assumir qualquer eventual despesa com a bateria, item que representa cerca de 40% do custo dos elétricos. Para as locadoras, a garantia de oito anos para as baterias oferecida ao consumidor se estende aos contratos de assinatura. Além disso, a locadora não fica com o carro em seu estoque, que só é adquirido após o cliente fechar o contrato. A manutenção também fica por conta da GWM. eldquo;Nossa preocupação é que o valor de revenda do carro não desabeerdquo;, diz Bastos. Segundo o executivo, que também preside a Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE), não há desvalorização generalizada de preços dos eletrificados, mas uma questão pontual de algumas marcas, principalmente relacionada à chegada de novas tecnologias. eldquo;Cada vez mais os carros vão ter saltos tecnológicos e o modelo antigo deixa de ser referência de preço para o zero.erdquo; Bastos não acredita que a desvalorização dos eletrificados usados altere o interesse dos consumidores pelos novos. Em sua opinião, o mercado está em expansão e este ano deve chegar a 150 mil unidades, quase 60% a mais ante 2023. Desse total, a ABVE prevê que 110 mil serão de elétricos e híbridos plug-in (também podem ser carregados na tomada) e 40 mil híbridos. Defasagem vai continuar A perda maior de valor dos elétricos em relação aos veículos convencionais tende a continuar, segundo Ricardo Roa, sócio-líder do setor Automotivo da KPMG no Brasil. eldquo;Acho que vai ocorrer bastante dessa desvalorização nos próximos dois a três anos por conta da celeridade da tecnologia e da maior autonomia, além do aumento de portfólio por parte das fabricanteserdquo;. Para ele, esse movimento só diminuirá quando as mudanças no segmento ficarem mais estabilizadas. Roa também avalia que a tendência de deságio nos usados não terá impacto no mercado de novos. eldquo;É como a mudança de uma tecnologia do celular; o novo continua sendo muito atrativo.erdquo; De janeiro a agosto foram vendidos 41 mil automóveis elétricos zero-quilômetro no Brasil, todos importados, número quase oito vezes maior que o de igual período do ano passado. De híbridos e híbridos plug-in foram quase 70 mil, alta de 58%. Hoje, há cerca de 316 mil veículos leves eletrificados em circulação, 0,6% da frota total do País. As vendas de seminovos 100% a bateria aumentaram 34% até julho, para 4,7 mil unidades. O descompasso com o mercado de zero tem a ver com a baixa oferta de modelos que já tenham completado o primeiro ciclo de revenda. Defasagem elsquo;justificávelersquo; O vice-presidente da Associação Brasileira dos Proprietários de Veículos Elétricos Inovadores (Abravei), Thiago Garcia, vê a defasagem dos usados como eldquo;justificávelerdquo; pois muitos dos automóveis novos estão chegando ao mercado com mais tecnologia e mais baratos em relação àqueles vendidos a partir de 2018 e 2019, além da disputa de mercado promovida pelas marcas chinesas. Em sua avaliação, falta informação adequada aos compradores principalmente relacionadas às mudanças tecnológicas e ao preconceito com os modelos usados. A questão das baterias é um deles. As fabricantes dão garantia de cinco a oito anos para as baterias e, na maioria dos casos, a degradação é pequena. eldquo;Um amigo tem um Volvo XC40 que já rodou 210 mil km e a degradação da bateria foi de 10%erdquo;, exemplifica Garcia. A falta de infraestrutura também é um problema, mas ele vem diminuindo, segundo a Abracei. Maurício de Barros, que utilizou seu Peugeot e-208 por mais de dois anos, conta que fez várias viagens, inclusive para Buenos Aires, na Argentina, e nunca ficou parado por falta de energia. Segundo Barros, é necessário ter um plano de viagem traçando todos os locais onde há postos de recarga, usar aplicativos que mostram os carregadores e se estão livres, e também verificar se hotéis e pousadas disponibilizam tomadas. Ele tem um carregador portátil que funciona em tomadas normais e um adaptador. Seu plano para março de 2025 é percorrer 16 mil km com um carro elétrico. eldquo;Vou subir a Cordilheira dos Andes, passar pela costa do Pacífico, deserto do Atacama e vários países.erdquo;

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Desmentido da ANP vira processo contra executivo da Raízen na CVM

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) está processando um diretor da Raízen depois que a Agência Nacional do Petróleo (ANP) desmentiu uma informação divulgada ao mercado pela companhia. O acusado é Carlos Alberto Bezerra de Moura, diretor de finanças e relações com investidores da empresa. Em casos de infrações originadas por informações divulgadas pela companhia, é praxe que o acusado pela área técnica seja o diretor de RI, responsável por assinar os fatos relevantes. O processo começou após a Raízen anunciar ao mercado, em 5 de outubro de 2023, que "iniciou as operações da nova planta de etanol de segunda geração (E2G) no Parque de Bioenergia Bonfim, na cidade de Guariba (SP)". A planta era descrita como "a maior planta de etanol celulósico do mundo" e havia recebido um investimento total de R$ 1,2 bilhão. O problema surgiu quando, imediatamente após o anúncio, a ANP entrou em contato com a CVM para informar que "a empresa ainda não estava autorizada a produzir etanol de segunda geração e que, no momento da assinatura deste ofício, ainda se encontrava em processo de atendimento às exigências prévias da ANP necessárias ao início da produção." Explicações Diante da negativa, a CVM solicitou explicações à Raízen, que respondeu afirmando que "informou, de forma simples e concisa, o início da operação da nova planta de E2G, tendo em vista a conclusão das obras de construção e o início do processo de comissionamento, em que os equipamentos já se encontram em disponibilidade operacional para essa fase do processo." "O Comunicado ao Mercado não informou o início da fase de produção, que depende de autorização da ANP, nos termos da legislação aplicável", ponderou Bezerra de Moura na ocasião. No entanto, a abertura do processo indica que a área técnica entendeu que a explicação não foi suficiente. O processo é do tipo sancionador emdash; ou seja, contém uma acusação formal e será levado a julgamento, a menos que o réu proponha um acordo para encerrá-lo. Bezerra de Moura acaba de ser formalmente citado pelo órgão e terá um prazo para apresentar sua defesa.

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