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Dados preliminares da Raízen (RAIZ4) mostram ano difícil

A Raízen (RAIZ4) divulgou, na última quinta-feira (24), seus dados operacionais preliminares para o quarto trimestre de 2025. De acordo com um relatório do BTG Pactual da sexta-feira passada (25), os números refletem um ano difícil com volumes menores em todas as áreas. Os analistas afirmam que o quarto trimestre costuma apresentar volumes menores e a moagem de cana caiu 7%, totalizando cerca de 78,3 milhões de toneladas no ano. Entre os fatores que prejudicaram o desempenho estão o clima seco e incêndios que reduziram a produtividade. Após o anúncio, as ações da Raízen (RAIZ4) fecharam a semana com queda de 2,70% na sexta-feira. Por outro lado, os papéis da companhia registram avanço de 0,55% a R$ 1,81 nesta segunda-feira (28.) Setor de açúcar e etanol abaixo do esperado A comercialização de açúcar e etanol ficou abaixo das previsões, impactada por estoques mais altos do que o esperado. O mix anual de produção também sofreu alterações: 46% do ATR foi destinado ao açúcar, enquanto 54% ficou com o etanol. Outro destaque foi a produção de etanol de segunda geração (E2G), que atingiu 9,1 milhões de litros no trimestre, acumulando 58,8 milhões no ano, abaixo das projeções. Perspectivas para 2025 e avaliação do BTG Pactual De acordo com o BTG Pactual, mesmo com a retração dos resultados, a recomendação para a ação da Raízen permanece em compra. O preço-alvo da ação passou para R$ 7 em doze meses, com um expectativa de valorização de 243%. A expectativa é de que o EBITDA anual de 2025 alcance R$ 12,4 bilhões. Conforme informado pelos analistas, essa é eldquo;uma rara queda anual desde a criação da empresa há quinze anoserdquo;. eldquo;Melhores produtividades agrícolas, monetização do E2G e margens mais altas no downstream são essenciais para estabilizar a situação, mas uma redução mais rápida da dívida pode exigir medidas além da geração de caixa orgânicaerdquo;, completaram.

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Vibra (VBBR3) conclui saída da ZEG Biogás após aprovação do CADE

A Vibra (VBBR3) comunicou ao mercado e a seus acionistas, nesta segunda-feira (28), a conclusão de sua saída definitiva da sociedade ZEG Biogás e Energia S.A.. A informação foi divulgada em continuidade ao Fato Relevante publicado em 10 de março de 2025. A operação contou com a aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). Como parte da transação, a Vibra realizou aportes e capitalizou créditos na ZEG no valor de R$ 40 milhões, além de efetuar o pagamento de R$ 20 milhões aos atuais acionistas da companhia. Em comunicado oficial, a Vibra Energia destacou que a conclusão da operação: A empresa reiterou seu compromisso de manter o mercado e os acionistas informados sobre eventuais desdobramentos relacionados ao tema.

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Salário mínimo teve reajuste de 7,5% em 2025; confira valor atual

O salário mínimo tem o valor de R$ 1.518 em 2025. O montante representa um acréscimo de R$ 106 sobre os R$ 1.412 vigentes em 2024, totalizando um aumento de 7,5%. O reajuste de 7,5% é resultado da combinação da inflação acumulada até novembro de 2024 (4,84% pelo INPC) com o crescimento real de 2,5% do Produto Interno Bruto (PIB). A política que define essa forma de cálculo foi aprovada pelo Congresso Nacional em 2023 e está em vigor desde 2024. Um contingente de aproximadamente 59 milhões de brasileiros tem seus rendimentos diretamente ligados ao valor do salário mínimo. A categoria abrange desde empregados com carteira assinada e trabalhadores domésticos até empregadores, profissionais por conta própria e os beneficiários do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Impacto O valor do salário mínimo tem impacto direto em despesas do governo federal. Veja algumas abaixo: Pagamentos das pessoas aposentadas ou pensionistas, cerca de 19 milhões de pessoas; Aqueles com direito ao Benefício de Prestação Continuada (BPC), mais de 4,7 milhões; Trabalhadores com carteira dispensados do serviço e que acionaram o seguro-desemprego; Trabalhadores que têm direito ao abono salarial (PIS/Pasep).

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Diesel segue em queda nas bombas, mas repasse de corte da Petrobras é lento

O preço do diesel nos postos brasileiros caiu R$ 0,03 por litro nos postos brasileiros na semana, ainda com repasses dos cortes promovidos pela Petrobras em suas refinarias. Foi a quarta semana consecutiva de queda. Segundo a ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis), o litro do diesel S-10 foi vendido na semana passada, em média, a R$ 6,26. Desde o primeiro corte na Petrobras, no início de abril, a queda acumulada é de R$ 0,16 por litro. O valor ainda é mais baixo do que os R$ 0,25 por litro projetados pela Petrobras ao anunciar os ajustes de preços nas refinarias. O segundo corte foi anunciado no último dia 17, ainda em resposta à queda das cotações internacionais provocada pelo tarifaço do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Apesar das reduções, o preço médio do diesel vendido pela Petrobras ainda está acima das cotações internacionais. Na abertura do mercado desta segunda-feira (28), estava R$ 0,02 por litro acima da paridade de importação calculada pela Abicom (Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis). Na gasolina, a diferença era de R$ 0,06 por litro. A estatal não mexe no preço desse combustível desde julho de 2024. Segundo a ANP, a gasolina nos postos custava, em média, R$ 6,31 por litro na semana passada, R$ 0,02 a menos do que na semana anterior. O produto tem o maior peso no IPCA, o indicador oficial de inflação do país e vem ajudando a segurar o índice nos últimos meses. Em abril, por exemplo, o grupo combustíveis teve queda de 0,38% no cálculo do IPCA-15, que serve como prévia do IPCA, que foi pressionado por altas de alimentos e remédios. Já o preço do etanol, diz a ANP, ficou estável em relação à semana anterior, em R$ 4,32 por litro.

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Vibra pode ganhar mercado de concorrentes no etanol com mudança trazida pela reforma tributária

A chamada monofasia do Pis e do Cofins sobre o etanol, que passa a vigorar a partir da quinta-feira, 1º de maio, conforme a regulamentação da reforma tributária, é aguardada pelo setor de combustíveis por diminuir o espaço para sonegação ao concentrar o imposto na etapa de produção (com menos agentes do que a distribuição). No caso do álcool hidratado, vendido nos postos à frota flex, reduz os tributos em quase R$ 0,05 por litro. Operadores do setor afirmam que uma distribuidora em especial, a Vibra, poderá ter um ganho adicional na comparação com as principais concorrentes, Raízen e Ipiranga. O Estadão/Broadcast apurou que executivos da Vibra enxergam potencial para ganhar fatia de mercado no etanol e até tomar a dianteira, hoje da Raízen. A empresa já lidera o mercado de combustíveis fósseis. Atualmente, o Pis/Cofins incidente sobre o etanol hidratado é de R$ 0,13 por litro a ser recolhido pelo produtor e de R$ 0,11 por litro pelo distribuidor. Com a mudança, esses impostos serão concentrados no produtor, a R$ 0,19 por litro, e as empresas distribuidoras se verão livres do recolhimento. Segundo estudo da FGV Energia, isso pode levar a uma redução de 1,3% no preço final do produto ao consumidor. Já no etanol anidro, que compõe 27% da gasolina, a nova regra impõe um aumento de R$ 0,06 (também para R$ 0,19) no imposto que já era cobrado somente ao produtor, o que deve ter impacto pequeno no preço final da gasolina ao consumidor (+0,3%). As mudanças se devem à vigência do artigo 537 da lei complementar 214, que regulamenta a reforma tributária. Por que a Vibra pode ter vantagem agora Acontece que, nos últimos anos, a Vibra adotou caminho diferente das outras duas grandes empresas do setor, recolhendo integralmente a parcela do imposto que cabia à etapa de distribuição (R$ 0,11 por litro), enquanto Raízen e Ipiranga se valeram de créditos tributários sob a tese de que o imposto devido já estaria embutido em valores pagos aos produtores. Especialistas ouvidos pelo Estadão/Broadcast dizem que essa opção adotada por Raízen e Ipiranga é comum, mas embute um risco de cobranças futuras. De fato, informações e previsões sobre glosa de créditos de Pis/Cofins aparecem discriminadas em balanços financeiros das duas distribuidoras. Na prática, com a nova regra, a Vibra vai parar de recolher Pis e Cofins e receberá um álcool mais caro do produtor, que vai repassar o novo valor do imposto. Ainda assim, o novo total dos tributos federais, R$ 0,19 por litro, será menor do que o atual, de R$ 0,24, na soma das duas etapas (produção e distribuição). Já Raízen e Ipiranga seguirão sem recolher, mas vão parar de aproveitar créditos tributários e lidar com o repasse do imposto maior no preço praticado pelo produtor. Só a Vibra, portanto, poderá se valer da redução do imposto, o que pode ter efeito em seu preço final, potencialmente mais competitivo e capaz de ganhar mercado. Raízen tem hoje algo em torno de 20% do mercado brasileiro de etanol, seguida da Vibra com 18% e da Ipiranga, que flutua mais próximo dos 17%. Pessoas com conhecimento do assunto minimizam o efeito da mudança da regra tributária sobre os preços dessas empresas e apontam efeito tímido ao consumidor final, em linha com a FGV Energia. Mas, em um mercado de margens apertadas, por vezes inferiores a R$ 0,10 por litro, poucos centavos podem fazer a diferença na corrida por mercado. Reeditando o passado O cenário futuro, de maior isonomia na tributação do etanol pode reproduzir, ainda que em patamar final de preços superior, o verificado entre 23 junho de 2022 e 28 de fevereiro de 2023, quando Pis e Cofins estiveram zerados por decisão do governo Jair Bolsonaro, que buscava reduzir o preço final dos combustíveis para segurar a inflação. Dados compilados pelo Instituto Brasileiro de Petróleo (IBP) mostram que, nesse período, a participação de mercado da Vibra cresceu, chegando a tocar os 20,4% em outubro de 2022, e depois se estabilizando na casa dos 19,5% na maior parte daqueles meses, à frente da Raízen. Essa liderança, mostram os números do IBP, durou até abril de 2023, quando Pis e Cofins foram parcialmente reabilitados e a diferença de conduta tributária entre as empresas voltou a pesar. Após junho de 2023, com os impostos integralizados, Vibra estacionou em 18% e Raízen voltou a superá-la, crescendo paulatinamente, até a casa dos 20% em fatia de mercado. O que dizem as empresas? Procurada, a Vibra não comentou a disputa por mercado com as concorrentes diretas. Limitou-se a dizer, em nota, que a adoção da tributação federal monofásica sobre o etanol eldquo;representa grande vitória para a Vibra, que sempre cumpriu rigorosamente suas obrigações fiscaiserdquo;. Mas o presidente da Vibra, Ernesto Pousada, já falou publicamente a este respeito, citando expectativa de aumento da rentabilidade após a entrada em vigor da nova regra tributária. Em teleconferência com analistas sobre os resultados do quarto trimestre de 2024, no fim de fevereiro, Pousada disse esperar ganhar margens e participação de mercado no produto. De sua parte, a Raízen informou que não comenta o assunto. Já a Ipiranga respondeu que cumpre suas obrigações tributárias seguindo à risca pareceres jurídicos elaborados por especialistas de primeira linha, inclusive no caso em questão. eldquo;Acreditamos que a sociedade se beneficia quando todos os participantes do mercado estão sujeitos às mesmas regras e competem em igualdade de condiçõeserdquo;, disse a Ipiranga em nota.

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Fiscalização do abastecimento: ANP debate com mercado revisão de normas

A ANP realizou, em 25/4, o primeiro de três workshops para debater a revisão da Resolução nº 688/2017, relativa a medidas reparadoras de conduta (MRC). O encontro do dia 25/4 teve como público postos de combustíveis e transportadores-revendedores-retalhistas (TRR). Os próximos serão com os demais agentes econômicos, como revendas de GLP (gás de cozinha), distribuidores de combustíveis e GLP, entre outros. A MRC é um instrumento pelo qual a ANP concede um prazo para o agente econômico reparar uma irregularidade de menor gravidade, sem sofrer penalidades. Caso o problema não seja corrigido, a Agência aplica, em uma próxima fiscalização, um auto de infração, que dá início a um processo administrativo sancionador. eldquo;A ideia é reparar uma conduta não conforme de baixo poder lesivo e não repeti-laerdquo;, explicou o superintendente de Fiscalização do Abastecimento da ANP, Julio Nishida, na abertura do workshop. eldquo;O objetivo não é abrandar a fiscalização, mas dar oportunidade de a empresa corrigir uma conduta não conforme de baixo poder lesivo e voltar a operar na normalidadeerdquo;, afirmou. A revisão da norma tem como objetivo adequar a aplicação da MRC a resoluções recentes da ANP e às novas ferramentas tecnológicas utilizadas pela Agência. Nishida esclareceu que infrações que podem lesar o consumidor não poderão receber MRC, como já ocorre hoje. eldquo;Algumas questões são fundamentais e não podem ser objeto de medida reparadora, como as envolvendo qualidade de produtos, vício de quantidade, segurança operacional e demais que envolvem um potencial lesivo ao consumidor. A premissa da revisão da resolução é não comprometer as informações que são relevantes ao consumidor nem as que são importantes para a eficiência da fiscalização da ANP". No evento, o superintendente apresentou o histórico das normas que abordam a medida reparadora de conduta e as regras que estão em vigor atualmente, relativas a: prazos de cumprimento; quais tipos de infração podem ou não ser objeto de MRC; que tipos de agentes econômicos podem recebê-la (atualmente, são 17 segmentos, como postos, revendas de GLP, TRRs, distribuidores de combustíveis e GLP, entre outros); e critérios para que a MRC possa ser utilizada pelos fiscais. Após a apresentação da ANP, foram ouvidos os representantes dos postos e TRRs participantes. O objetivo foi coletar subsídios para a futura revisão da resolução, propiciando participação do mercado no processo e possibilitando a identificação de aspectos relevantes a serem considerados pela Agência. Além dos workshops, os interessado também podem enviar contribuições, até 30/5, por meio deste formulário. Após essa etapa de envio de contribuições iniciais, os próximos passos, antes da possível publicação de nova resolução, serão a realização, pela ANP, de análise de impacto regulatório (AIR), elaboração da minuta de resolução revisora, e consulta e audiência públicas sobre a minuta.

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