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Novo biocombustível da Be8 atrai grandes empresas

O novo biocombustível da Be8, companhia líder na venda de biodiesel no país, tem despertado o apetite de grandes consumidores. Patenteado como BeVant, o produto, um bidestilado do biodiesel, tem baixa pegada de carbono e pode substituir o diesel fóssil sem nenhuma adaptação nos motores a combustão. No intervalo de poucos dias, cinco novos clientes acertaram contratos para testar o produto em suas operações. A Be8 acertou as vendas com Gerdau, Ambipar, Centro Tecnológico Randon (CTR), Aeroporto de Congonhas e Grupo Abreu, que controla a maior frota de ônibus da cidade de São Paulo. Com esses acordos, a empresa já está colocando no mercado entre 2 milhões e 3 milhões de litros do renovável. A empresa não revela os preços, mas indica que o valor do BeVant no mercado deve ficar entre 8% e 15% acima do preço do diesel e do biodiesel, a depender da logística, segundo Erasmo Carlos Batistella, dono e presidente da Be8. As vendas vão começar a cobrir os gastos da Be8 para construir a linha de produção. A companhia projeta alcançar o breakeven (equivalência entre custo e receita) dessa operação em 2026. O apelo do BeVant Os novos consumidores farão os testes ao longo deste ano. Para esses clientes, a adoção do BeVant é uma espécie de eldquo;via expressaerdquo; de descarbonização, já que se trata de um produto já disponível emdash; diferentemente do diesel verde (HVO), biocombustível que ainda não tem produção na América Latina. O BeVant emite 50% menos carbono equivalente do que o diesel na chamada análise do ciclo de vida (ACV), intervalo que vai da produção do combustível à queima nos motores. Se consideradas as emissões só na combustão, o BeVant tem pegada de carbono 90% menor, diz Camilo Adas, diretor de transição energética da Be8. No ano de operação comercial do BeVant, a Be8 espera garantir a venda de toda a capacidade produtiva da planta de Passo Fundo (RS). A unidade consegue produzir 50 milhões de litros por ano. eldquo;Nós esperamos fechar a venda de toda essa unidade e já fazer contratos futuroserdquo;, afirmou Batistella. Quando a comercialização prévia alcançar a capacidade instalada, a Be8 pretende já investir em ampliação industrial. Segundo ele, a empresa tem buscado clientes no Brasil e no exterior. Como a Be8 tem a patente do BeVant já identifica mais demanda potencial, o empresário abriu conversas para acelerar o aumento da produção via parcerias. eldquo;Espero que até o fim de 2025, ou no mais tardar em 2026, possamos anunciar algumas parceriaserdquo;, afirmou. A Be8 oficializou parte dos acordos de fornecimento na Casa Brasil, espaço organizado por empresas brasileiras em paralelo ao Fórum Econômico Mundial, em Davos. A Gerdau, uma das patrocinadoras do espaço fará os testes iniciais em sua unidade de mineração em Minas Gerais. eldquo;Temos expectativa de obter o melhor resultado possível, mas nosso foco agora está em evoluir nessa parceriaerdquo;, disse Pedro Torres, diretor global de Comunicação, Marca e Relações Institucionais da Gerdau. Desenvolvimento de veículos Um dos acordos mais importantes é com o CTR. Localizado em Farroupilha (RS), o centro atrai dezenas de montadoras e fabricantes da indústria automotiva para testes de desenvolvimento de produto. Com o acordo com a Be8, a empresa terá uma bomba dedicada à oferta de BeVant em seu posto de combustíveis, que poderá abastecer todos os veículos e implementos que utilizam o espaço. eldquo;A maior parte dos nossos parceiros são grandes empresas que têm compromissos de redução de emissões. A oferta de BeVant passa a ser um diferencial, porque se [a empresa] vier ao CTR, terá um biocombustível de última geração para adotar em sua estratégia e seus processos de desenvolvimento de produtoerdquo;, diz Cesar Ferreira, diretor de tecnologia e inovação da Randoncorp, dona do CTR. Com isso, o local pode funcionar como um eldquo;efeito multiplicadorerdquo;, já que diversas empresas do ramo automotivo terão contato com a tecnologia e poderão testá-la em seus veículos. Nos testes que a Be8 fez durante o desenvolvimento do produto, o BeVant apresentou um desempenho próximo ao do diesel fóssil, com um consumo 1% a 2% maior. O Grupo Abreu, de São Paulo, ainda está calculando quantos de seus mais de 2 mil ônibus testarão o BeVant. eldquo;Estamos avaliando com as equipes técnica e comercial a melhor estratégia e a melhor logísticaerdquo;, disse Roberto Pereira de Abreu, presidente do grupo. A companhia já usou o diesel com 20% de biodiesel em sua frota e hoje tem ônibus elétricos.

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Estado de São Paulo substituiu mais de 60% da gasolina por etanol em novembro de 2024

O consumo de etanol hidratado no Estado de São Paulo alcançou 847 milhões de litros em novembro de 2024, o maior volume registrado para o mês desde 2020, aumento de 6,9% em relação a novembro de 2023, informa a consultoria Datagro. No acumulado de janeiro a novembro de 2024, o consumo somou 9,391 bilhões de litros, avanço de 27,0% na comparação com o mesmo período de 2023, sendo o segundo maior da série histórica, atrás apenas do mesmo intervalo de 2019. Em contrapartida, o consumo de gasolina C no estado recuou 12,3% no comparativo anual, totalizando 701 milhões de litros em novembro de 2024. Participação do etanol no mercado total em SP chega a 60,45% em novembro Segundo a consultoria, entre janeiro e novembro, o consumo acumulado foi de 8,361 bilhões de litros, queda de 12,9% em relação ao mesmo período do ano anterior. Com isso, a participação do etanol (hidratado + anidro) no mercado total do ciclo Otto no estado de São Paulo atingiu 60,45% em novembro de 2024, o maior valor mensal no ano, comparado aos 56,9% registrados um ano antes. No acumulado de janeiro a novembro de 2024, o índice de substituição da gasolina por etanol foi de 59,1%, acima da média de 52,5% observada no mesmo período de 2023. Competitividade do biocombustível melhora A taxa de substituição de gasolina por etanol chegou a ficar abaixo dos 50% em maio de 2023, pouco antes da começar a vigorar o novo cálculo do ICMS sobre a gasolina em junho, que passou a ter uma alíquota fixa para todo o Brasil. Após a alteração no ICMS, a competitividade do etanol hidratado melhorou, com a relação de preços entre etanol e gasolina ficando consistentemente abaixo de 70%, atingindo 59,2% de paridade em janeiro de 2024. A manutenção dessa competitividade, combinada com a recuperação do consumo de etanol no estado, está levando os níveis de participação do etanol no mercado do ciclo Otto a patamares semelhantes aos observados entre 2018 e 2020, período marcado por forte competitividade do etanol e recordes de consumo.

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Aumento do ICMS não resolve defasagem nos preços dos combustíveis

A partir de 1º de fevereiro, a gasolina e o diesel ficarão mais caros em razão do reajuste na alíquota do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) sobre combustíveis. O aumento será de R$ 0,10 por litro para a gasolina e o etanol, elevando a alíquota para R$ 1,47, enquanto o diesel e o biodiesel terão um acréscimo de R$ 0,06 por litro, passando para R$ 1,12. O reajuste, que será aplicado em todos os estados do Brasil, foi justificado pelo Comsefaz (Comitê Nacional de Secretários de Fazenda, Finanças, Receita ou Tributação dos Estados e do Distrito Federal) como uma medida para promover equilíbrio fiscal. No entanto, especialistas alertam que a mudança não resolve a defasagem nos preços praticados pela Petrobras em relação ao mercado internacional. Aumento do ICMS não resolve a defasagem nos preços De acordo com a Abicom (Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis), a defasagem nos preços da gasolina e do diesel em relação ao mercado internacional é de 9% e 18%, respectivamente. Essa diferença afeta diretamente a Petrobras, comprometendo sua capacidade de investimento em infraestrutura e atrasando a transição para fontes de energia alternativas. eldquo;O aumento do ICMS não resolve a defasagem nos preços. Todos os impostos incidem de forma igual sobre o produto nacional e o importado, impactando apenas o consumidor finalerdquo;, explicou Sérgio Araújo, presidente da Abicom. O último reajuste nos preços da gasolina pela Petrobras ocorreu em julho do ano passado, o que tem gerado críticas por parte do mercado e importadores, que apontam a necessidade de alinhamento aos preços globais para evitar perdas na competitividade. Impactos na Economia e na Inflação O aumento do ICMS também deve agravar o efeito cascata na economia, pressionando ainda mais a inflação. A gasolina já registrou alta de 9,71% no último ano, sendo o subitem com maior impacto no IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo). O etanol, por sua vez, subiu 17,58%, o que pode afetar sua competitividade como alternativa à gasolina. Os setores produtivo e logístico também serão atingidos, especialmente devido ao impacto no preço do diesel, combustível essencial para o transporte de cargas. Com o aumento dos custos logísticos, espera-se um encarecimento generalizado de bens e serviços. Discussão em Curso O tema deve ser debatido na próxima reunião do Conselho Administrativo da Petrobras. Enquanto isso, consumidores, especialistas e representantes do setor seguem atentos aos desdobramentos da política de preços, que continua sendo uma questão central na busca por equilíbrio econômico e sustentabilidade no mercado de combustíveis.

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Alagoas entra no mapa dos combustíveis neutros em carbono

Com o anúncio de investimentos de R$ 1,5 bilhão para a produção de etanol, biometano e biofertilizantes neutros em carbono, a biorrefinaria Exygen I, em São Miguel dos Campos (AL), promete inaugurar no estado nordestino uma nova fase na indústria de biocombustíveis. O lançamento da pedra fundamental do empreendimento ocorreu nesta segunda (27/1) emdash; reveja a transmissão ao vivo emdash; e a expectativa é que, no próximo ano, a usina esteja produzindo 160 milhões de litros de etanol por ano, utilizando resíduos do açúcar como matéria-prima, além de 50 milhões de metros cúbicos anuais de biometano para uso industrial e veicular. Já a segunda etapa do projeto mira o e-metanol, um combustível sintético que combina hidrogênio renovável e CO2 capturado para substituir derivados de petróleo no abastecimento de navios. A Exigen I é uma nova rodada de investimentos da Granbio com as usinas Caeté e Santo Antônio, além da Impacto Bioenergia (Ibea). A intenção é marcar posição para capturar o mercado que será criado pelo Combustível do Futuro e por regulações e acordos internacionais que miram o setor de transportes. O Combustível do Futuro, por exemplo, define que, a partir de 1º de janeiro de 2026, o setor de gás natural deverá reduzir as emissões de GEE utilizando biometano. A meta inicial é de 1%, podendo chegar a 10% de redução de emissões nos próximos anos. A escolha de Alagoas, líder na produção de cana no Nordeste, não foi ao acaso. Segundo os investidores, a oferta de gás natural do estado e uma política de incentivos fiscais favorável influenciaram a decisão endash; em agosto de 2024, o governador Paulo Dantas assinou um decreto que institui o programa Exigen I, que dá incentivos à produção do etanol de baixo carbono. eldquo;Esse projeto vai estar a menos de 1,5km da tubulação de gás da Origem, que é um importante player local. [Está] a menos de 4km da [malha de gasodutos] TAG. Nós vamos conseguir produzir um metano neutro em carbono aqui e vender para qualquer cliente no Brasil graças ao arcabouço legal criado pela lei do Combustível do Futuro e do arcabouço do biometano. Quando a lei certa aparece e a segurança jurídica é estabelecida, o investimento aconteceerdquo;, comenta o presidente da GranBio, Bernanddo Gradin. Mercado internacional no horizonte O complexo alagoano de biorrefinarias pretende fornecer COe#8322; biogênico para indústrias de bebidas e outros setores e até 110 milhões de litros/ano de e-metanol para descarbonizar o transporte marítimo. Este último é um combustível sintético que combina hidrogênio e CO2 deve atender a uma demanda internacional que começa a se desenhar. A indústria brasileira de etanol está atenta a isso e enxerga uma gama de oportunidades. Mas é preciso romper barreiras. Após uma sucessão de vitórias no Congresso Nacional, o setor sucroenergético se volta às discussões internacionais que serão sediadas no Brasil para fechar lacunas de financiamento e ampliar seu mercado. Em entrevista à agência eixos, o diretor de Inteligência Setorial da Unica, Luciano Rodrigues, conta que a expectativa é de um intenso debate em torno da regulamentação de marcos como o Combustível do Futuro e busca por financiamento para projetos de combustível sustentável de aviação (SAF) e biometano, além de discussões em defesa dos biocombustíveis na Cúpula dos Brics e na COP30, ambas sob a presidência brasileira e sediadas no Brasil este ano. Na esfera internacional, a entidade acredita que o grande desafio será seguir o debate para a derrubada de barreiras que impedem a adoção de biocombustíveis na descarbonização global do transporte marítimo e da aviação. eldquo;Temos que continuar o trabalho que já temos feito de disseminar o etanol como solução de descarbonização em outros paíseserdquo;, afirma Rodrigues. Leia na matéria de Gabriel Chiappini. Feito no Brasil e com CO2 da cana No cenário nacional, Petrobras, Acelen e Raízen são outras potenciais fornecedoras de novos combustíveis para aviões e navios, produzidos a partir de biomassa. No início do mês, a Petrobras elegeu o estado de São Paulo para desenvolver o projeto de hub de hidrogênio de baixa emissão e fornecer soluções para descarbonização da indústria local. Além de possuir quatro refinarias no estado, a petroleira também está de olho na disponibilidade de cana-de-açúcar na região. Hoje o estado é o maior produtor do Brasil, com 383,4 milhões de toneladas na safra 2023/2024. Além do etanol, a biomassa da cana é capaz de gerar o carbono biogênico que serve de matéria-prima para produção de combustíveis sintéticos.

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Petróleo recua pela 8ª sessão consecutiva, com tarifas, China e Opep+ no radar

Os contratos futuros de petróleo fecharam em baixa próxima de 2% nesta segunda-feira, 27, em sua oitava queda consecutiva, pressionados por uma aversão a riscos no mercado. A sessão contou com uma liquidação de ações ligadas à tecnologia, temores por novas tarifas de Washington após as ameaças do presidente Donald Trump contra a Colômbia, além de indicadores industriais mais brandos que o esperado na China. Investidores observaram ainda as perspectivas para a postura da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+), com renovados sinais de uma manutenção da postura do grupo por agora. Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para março fechou em queda de 2,00% (US$ 1,49), a US$ 73,17 o barril, enquanto o Brent para abril, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), recuou 1,77% (US$ 1,37), a US$ 76,18 o barril. Os preços do petróleo bruto subiram até 20% entre meados de dezembro e o meio de janeiro, mas vem em um ritmo de queda, e estendeu o recuo nesta sessão, também atingido por outro conjunto de números suaves do PMI da China, aponta Ipek Ozkardeskaya, analista sênior do Swissquote Bank. Nesta segunda-feira, a Bloomberg publicou que os traders do mercado de petróleo esperam que a Opep+ mantenha a sua atual política de abastecimento numa reunião de revisão na próxima semana, resistindo à pressão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para abrir as torneiras e reduzir os preços do petróleo. É pouco provável que a aliança liderada pela Arábia Saudita e pela Rússia se desvie do seu atual roteiro, que prevê a continuação das restrições à oferta neste trimestre, antes de as reduzir gradualmente a partir de abril, de acordo com todos, exceto um, dos 15 traders e analistas consultados pela Bloomberg. Vários delegados da Opep+ disseram o mesmo em privado. Enquanto isso, a Reuters divulgou que a refinaria de petróleo de Ryazan, na Rússia, interrompeu as operações após um ataque de drones da Ucrânia no fim da semana passada. De acordo com fontes, o armazenamento do óleo foi incendiado e, dentre os equipamentos danificados, estavam uma estrutura de carga ferroviária e uma unidade de hidrotratamento usada para remover impurezas de produtos refinados. Já a Bloomberg divulgou que a produção de petróleo no campo de Rumaila, no Iraque, foi reduzida em 300 mil barris por dia após um incêndio na estação DS5 na semana passada. Segundo Mohammed Al-Najjar, representante do Iraque na Opep, ainda não há prazo definido para a recuperação completa dos níveis anteriores, que eram de 1,2 milhão de barris por dia. (Estadão Conteúdo)

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Novo biocombustível da Be8 atrai grandes empresas

O novo biocombustível da Be8, companhia líder na venda de biodiesel no país, tem despertado o apetite de grandes consumidores. Patenteado como BeVant, o produto, um bidestilado do biodiesel, tem baixa pegada de carbono e pode substituir o diesel fóssil sem nenhuma adaptação nos motores a combustão. No intervalo de poucos dias, cinco novos clientes acertaram contratos para testar o produto em suas operações. A Be8 acertou as vendas com Gerdau, Ambipar, Centro Tecnológico Randon (CTR), Aeroporto de Congonhas e Grupo Abreu, que controla a maior frota de ônibus da cidade de São Paulo. Com esses acordos, a empresa já está colocando no mercado entre 2 milhões e 3 milhões de litros do renovável. A empresa não revela os preços, mas indica que o valor do BeVant no mercado deve ficar entre 8% e 15% acima do preço do diesel e do biodiesel, a depender da logística, segundo Erasmo Carlos Batistella, dono e presidente da Be8. As vendas vão começar a cobrir os gastos da Be8 para construir a linha de produção. A companhia projeta alcançar o breakeven (equivalência entre custo e receita) dessa operação em 2026. O apelo do BeVant Os novos consumidores farão os testes ao longo deste ano. Para esses clientes, a adoção do BeVant é uma espécie de eldquo;via expressaerdquo; de descarbonização, já que se trata de um produto já disponível emdash; diferentemente do diesel verde (HVO), biocombustível que ainda não tem produção na América Latina. O BeVant emite 50% menos carbono equivalente do que o diesel na chamada análise do ciclo de vida (ACV), intervalo que vai da produção do combustível à queima nos motores. Se consideradas as emissões só na combustão, o BeVant tem pegada de carbono 90% menor, diz Camilo Adas, diretor de transição energética da Be8. No ano de operação comercial do BeVant, a Be8 espera garantir a venda de toda a capacidade produtiva da planta de Passo Fundo (RS). A unidade consegue produzir 50 milhões de litros por ano. eldquo;Nós esperamos fechar a venda de toda essa unidade e já fazer contratos futuroserdquo;, afirmou Batistella. Quando a comercialização prévia alcançar a capacidade instalada, a Be8 pretende já investir em ampliação industrial. Segundo ele, a empresa tem buscado clientes no Brasil e no exterior. Como a Be8 tem a patente do BeVant já identifica mais demanda potencial, o empresário abriu conversas para acelerar o aumento da produção via parcerias. eldquo;Espero que até o fim de 2025, ou no mais tardar em 2026, possamos anunciar algumas parceriaserdquo;, afirmou. A Be8 oficializou parte dos acordos de fornecimento na Casa Brasil, espaço organizado por empresas brasileiras em paralelo ao Fórum Econômico Mundial, em Davos. A Gerdau, uma das patrocinadoras do espaço fará os testes iniciais em sua unidade de mineração em Minas Gerais. eldquo;Temos expectativa de obter o melhor resultado possível, mas nosso foco agora está em evoluir nessa parceriaerdquo;, disse Pedro Torres, diretor global de Comunicação, Marca e Relações Institucionais da Gerdau. Desenvolvimento de veículos Um dos acordos mais importantes é com o CTR. Localizado em Farroupilha (RS), o centro atrai dezenas de montadoras e fabricantes da indústria automotiva para testes de desenvolvimento de produto. Com o acordo com a Be8, a empresa terá uma bomba dedicada à oferta de BeVant em seu posto de combustíveis, que poderá abastecer todos os veículos e implementos que utilizam o espaço. Com isso, o local pode funcionar como um eldquo;efeito multiplicadorerdquo;, já que diversas empresas do ramo automotivo terão contato com a tecnologia e poderão testá-la em seus veículos. Nos testes que a Be8 fez durante o desenvolvimento do produto, o BeVant apresentou um desempenho próximo ao do diesel fóssil, com um consumo 1% a 2% maior. eldquo;A maior parte dos nossos parceiros são grandes empresas que têm compromissos de redução de emissões. A oferta de BeVant passa a ser um diferencial, porque se [a empresa] vier ao CTR, terá um biocombustível de última geração para adotar em sua estratégia e seus processos de desenvolvimento de produtoerdquo;, diz Cesar Ferreira, diretor de tecnologia e inovação da Randoncorp, dona do CTR". O Grupo Abreu, de São Paulo, ainda está calculando quantos de seus mais de 2 mil ônibus testarão o BeVant. eldquo;Estamos avaliando com as equipes técnica e comercial a melhor estratégia e a melhor logísticaerdquo;, disse Roberto Pereira de Abreu, presidente do grupo. A companhia já usou o diesel com 20% de biodiesel em sua frota e hoje tem ônibus elétricos.

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