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Escala 6x1: Erika Hilton se reúne com Gleisi Hoffmann para discutir estratégia para aprovar jornada

A deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP) se reuniu nesta terça-feira com a ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, para discutir a estratégia para tentar aprovar Proposta de Emenda Constitucional (PEC) para acabar com a escala 6x1 no Brasil. Por essa escala, trabalhadores de setores como o comércio só têm um dia semanal de descanso. O texto foi apresentado em fevereiro. A discussão ganhou força com a repercussão nas redes sociais no fim do ano passado. Após uma campanha pelo fim da escala de trabalho prevista pela Constituição, Hilton conseguiu 234 assinaturas de outros parlamentares para conseguir protocolar a proposta na Câmara dos Deputados. Erika disse que a ministra se colocou como uma mediadora com as outras pastas, como Fazenda, Trabalho e Previdência, para buscar estudos mais aprofundados, como impactos, análise sobre pequeno empreendedor. emdash; Nós tratamos desse texto, nós tratamos do futuro desse texto, da tramitação dele aqui no Congresso e da maneira com a qual o governo pretende se posicionar e como vai, de maneira mais forte, entrar nessa discussão emdash; afirmou. Entenda o projeto que quer diminuir a carga horária de trabalho de 44 para 36 horas. O que é a escala 6x1? É um modelo de trabalho previsto na Constituição brasileira que permite que o trabalhador possa atuar 6 dias na semana, com apenas um dia de folga. A legislação brasileira, no entanto, delimita que a carga horária máxima deve ser de 44 horas por semana, ou seja, cerca de 7,3 horas por dia na escala 6x1. O que a proposta quer mudar? O projeto que será protocolado nesta terça é o mesmo que foi anunciado pela deputada no final do ano passado. A proposta prevê o fim deste modelo de trabalho, em que o funcionário trabalha 6 vezes na semana. A PEC reduz a carga horária máxima de trabalho semanal das atuais 44 horas para 36 horas. O texto propõe não apenas acabar com a escala 6x1, como também adotar a eldquo;jornada de trabalho de 4 dias na semanaerdquo;, ou seja, uma jornada de trabalho 4x3, com 4 dias de trabalho e três de descanso. Apesar de defender o modelo de apenas 4 dias de trabalho, a deputada Erika Hilton admite que essa proposta foi feita para negociar um meio-termo, como a escala 5x2.

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Greve de 24 horas dos petroleiros da Petrobras começa nesta 4ª

Começa nesta 4ª feira (26.mar.2025), à meia-noite, uma eldquo;greve de advertênciaerdquo; com duração de 24 horas dos trabalhadores da categoria dos petroleiros da Petrobras. Segundo o Sindipetro Unificado (Sindicato dos Petroleiros Unificado), as reivindicações estão ligadas à remuneração, ao regime de teletrabalho e à dificuldade de diálogo com a gestão da presidente da estatal, Magda Chambriard. A paralisação foi aprovada de forma conjunta no sábado (24.mar) pela FUP (Federação Única dos Petroleiros) e pela FNP (Federação Nacional dos Petroleiros), entidades da categoria petroleira, em assembleias. De acordo com o comunicado divulgado pela FUP e pela FNP, a medida foi tomada em razão da dificuldade de dialogar com Magda Chambriard. eldquo;O movimento é um protesto contra a postura da atual gestão da empresa, que tem esvaziado os fóruns de negociação coletiva e desrespeitado o princípio negocialerdquo;, afirma o texto. Presidente da Petrobras desde maio de 2024, Chambriard substituiu Jean Paul Prates, demitido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Ela foi diretora-geral da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) durante a gestão da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), de 2012 a 2016. Antes, trabalhou por 22 anos na própria Petrobras, como funcionária de carreira. A principal reivindicação dos grevistas é o respeito às negociações e a garantia do pagamento da remuneração variável, que sofreu uma redução de 31%. A remuneração variável refere-se a um pagamento adicional ao salário base que varia de acordo com o desempenho do funcionário ou da empresa. Além disso, os petroleiros exigem uma solução para o deficit dos planos de Previdência, que afeta a remuneração de aposentados e pensionistas, bem como a contratação de pessoal, drasticamente reduzida depois das denúncias da Lava Jato. REGIME DE TELETRABALHO Outro ponto importante para a mobilização foram as mudanças no regime de teletrabalho. O sindicato exige a suspensão do cronograma de retorno ao trabalho presencial negociado individualmente e a abertura de eldquo;negociações coletivas sobre as novas regras que contemplem os impactos sobre os trabalhadoreserdquo;. Para ler esta notícia, clique aqui.

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Silveira cobra redução no preço dos combustíveis da Petrobras

O Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou eldquo;estar confianteerdquo; para a redução nos preços dos combustíveis nos próximos dias durante uma entrevista à CNN na manhã desta quarta-feira (26). Quando questionado sobre a queda do valor internacional do petróleo e a queda do Dólar, Silveira afirmou que é necessário respeitar a liderança eldquo;própriaerdquo; da Petrobras, porém, destacou a obrigação do governo de rever os preços dos combustíveis. Ainda segundo o ministro, essas reduções podem resultar em boas condições para a queda nos preços de combustíveis como a gasolina e o diesel, algo importante para o círculo virtuoso da economia. "Eu tenho muita convicção que essa estabilidade do dólar, mais a queda do Brent, reúne todas as condições para menores preços de combustíveis na bomba para todos os consumidores brasileiroserdquo;. Japão Silveira também comentou sobre a importância da participação do ministério no Fórum Empresarial Brasil endash; Japão. Para ele, o Brasil é o líder da transição energética global, tanto pela matriz no setor elétrico, quanto pelas políticas de descarbonização nos setores de mobilidade e transporte. Ainda segundo Silveira, as políticas se alinham com as do Japão e, abrir o mercado de etanol no país asiático é fundamental para a indústria nacional. O ministro destacou que a parceria para até 2030 ter 10% de etanol nos combustíveis japoneses é uma eldquo;grande vitóriaerdquo; da visita de Lula ao Japão. eldquo;O Japão tem muita sinergia conosco em todas essas políticas, em especial nos biocombustíveis. O Japão quer cumprir o acordo de Paris, o que a gente vem reivindicando do resto dos países industrializados, que eles possam investir para que a gente possa descarbonizar o planeta, possa fazer desenvolvimento econômico com sustentabilidadeerdquo;.

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'Não há limites para a Total investir no Brasil', diz Patrick Pouyanné, CEO da petroleira francesa

Entre as maiores empresas de energia do mundo, a francesa TotalEnergies encara o Brasil como praça estratégica, a ponto de seu presidente global, Patrick Pouyanné, afirmar não ter limites para investimentos no País. Há uma década no cargo, o francês de 61 anos falou com exclusividade ao Estadão/Broadcast. Bem-humorado, disse ter voltado ao Rio menos de seis meses depois da última visita em função do carnaval. Teve reuniões com o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, a quem apelou por baterias na geração renovável, e com Magda Chambriard, presidente da Petrobras, sócia na produção de petróleo do pré-sal. Pouyanné diz que em 2025 a operação brasileira será a primeira da empresa em fluxo de caixa e diz estar pronto para tomar mais riscos, tanto nos fósseis quanto em renováveis. A seguir, trechos da conversa: Petroleiras frearam o ritmo de investimentos em energia renovável, mas a TotalEnergies tem mantido. Por quê? Estabelecemos uma estratégia em 2020 com dois pilares: óleo e gás e eletricidade. Ao contrário de alguns dos meus colegas, nós continuamos a desenvolver, investir e expandir a energia do petróleo. Em GNL (gás natural liquefeito), somos a terceira maior empresa do mundo. Nunca dissemos que reduziríamos esse negócio como os outros disseram. Porque esse é o nosso ganha-pão. Depois, no segundo pilar, cerca de 70% dos elétrons que geramos são renováveis, mas também vêm a partir do gás. Porque a energia renovável é intermitente, e o cliente não quer isso. Ele quer energia confiável 24 horas por dia, 7 dias por semana. Com esse mix, ganhamos mais dinheiro. Mais lucrativo... Em 2024, tínhamos cerca de US$ 20 bilhões em ativos ( de eletricidade integrada) e lucramos US$ 2,5 bilhões, rentabilidade superior a 10%. Em 2025, o negócio de eletricidade será 10% do negócio de petróleo e gás, o que é significativo. Portanto, temos uma estratégia clara, que estamos tornando lucrativa. Não vejo motivo para mudar. Em energia, é muito importante manter o ritmo ( do investimento). Amamos óleo e gás e gostamos de eletricidade. Vamos manter assim porque investimos a longo prazo. O presidente da Shell no Brasil já disse que a última gota de petróleo da empresa sairá daqui. Isso vale para vocês? Acho que não ( risos). Talvez ( a última gota) seja de Abu Dhabi para nós. Vejo mais 40 ou 50 anos de operação em Abu Dhabi. No Brasil, a operação é em águas profundas. É enorme e temos orgulho disso. Algo que surpreendeu muito os investidores é que, em 2025, o país número um do portfólio em termos de fluxo de caixa será o Brasil. Mas em águas profundas você produz e tem um declínio mais acentuado. Não é como na Arábia Saudita e nos Emirados Árabes, onde há um longo platô de produção. Por isso, sou mais cauteloso ( sobre essa última gota). Quais são os próximos passos da operação de Oeamp;G no eldquo;Em breve, devemos investir em baterias no Brasil, porque elas são úteis quando você tem muito vento para armazenar e, depois, entregar. Não temos usinas a gás por enquanto no Brasil, mas talvez tenhamos um dia. O mesmo vale para hidrelétricas. Estamos abertoserdquo; Brasil? Discuti i sso com a Magda Chambriard. Hoje, estamos desenvolvendo muitos ativos paralelamente ( nos campos de) Mero, Sépia e Atapu. Mas devemos pensar no que vem a seguir. E voltamos para a exploração e a tecnologia. Na exploração, ainda há coisas a descobrir. Este ano, vamos perfurar um poço interessante com a Petrobras no verão, Água Marinha. E, na tecnologia, o que acontece no Brasil é que tem muito petróleo e gás associado a muito CO .Encontramos pe2 tróleo com 30% de CO , 20% 2 de CO . E o CO não é muito 2 2 bom. Não é ruim apenas para o planeta. Também é ruim em termos de corrosão de metais. Altos teores de CO exigem me2 tais muito caros para transporte do produto. E esse é um dos tópicos em que devemos trabalhar juntos. Se conseguirmos encontrar as tecnologias certas, poderemos ter um futuro muito longo no Brasil e aí, talvez, o meu colega da Shell esteja certo ( risos). A TotalEnergies vai participar dos próximos leilões de área? Na rodada de partilha da produção, tenho certeza de que participaremos. Vi alguns itens e minhas equipes estão motivadas. Então, iremos. Na outra, de concessão, eu não sei. Ainda preciso discutir com eles. O Brasil é importante, e isso está claro. Na minha cabeça, não há limite para investir no Brasil. Então, é uma questão de oportunidade técnica. Confio nos meus geólogos e, se eles estão dispostos a explorar, nós nunca cortamos o orçamento de exploração. Desde que sou CEO, estamos gastando cerca de US$ 1 bilhão por ano com exploração e mantenho esse orçamento. Em renováveis, o sr. fala muito em soluções integradas. Isso vale para o Brasil? Sim. Estamos olhando para isso. Integração significa atuar em toda a cadeia: produzir eletricidade a partir de fontes renováveis ou plantas de gás, fazer a comercialização, ir até os clientes para fechar contratos. É o que fazemos no Brasil. Em breve, devemos investir em baterias no Brasil, porque elas são úteis quando você tem muito vento para armazenar e, depois, entregar. Não temos usinas a gás por enquanto no Brasil, mas talvez tenhamos um dia. O mesmo vale para hidrelétricas. Estamos abertos. Como será o investimento em baterias? Ainda não fazemos isso aqui, mas acho que é o próximo passo. Pretendo tratar disso com o ministro de Minas e Energia ( Alexandre Silveira), e estamos dispostos a discutir com os reguladores para estabelecer um bom caminho. É preciso encontrar uma maneira de incentivar a colocação de baterias porque, quando se coloca muita energia renovável na rede, há um problema de estabilidade que leva a elsquo;curtailmentsersquo; ( cortes compulsórios na geração), que já são um problema no Brasil. Com as baterias, você resolve isso. É o que já fazemos na Alemanha, na Espanha e nos Estados Unidos. Então, é só uma questão de trazer essa experiência para o Brasil. Espero que não demore muito, porque significaria perda de dinheiro, e os cortes já são prejudiciais a todos. Quero ser o primeiro a instalar baterias no Brasil. ebull;

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Petrobras bate recorde de reinjeção de gás carbônico em reservatórios do pré-sal

A Petrobras reinjetou 14,2 milhões de toneladas de CO2 nos reservatórios do pré-sal da Bacia de Santos no ano passado, superando o volume de 13 milhões de toneladas reinjetado em 2023. A técnica contribui para o aumento da eficiência da extração de óleo das jazidas do pré-sal ao pressurizar os reservatórios subterrâneos, além de reduzir as emissões de CO2, de acordo com a companhia. O programa é o maior em operação no mundo,e#8239;considerando a quantidade de gás carbônico reinjetada anualmente, segundo a Petrobras. A estatal afirma que o valor corresponde a mais de um quarto (28%) da capacidade global reportada para 2024, com base em dados do relatório da Global CCS Institute. Atualmente, 22 plataformas que produzem e armazenam petróleo no pré-sal da Bacia de Santos estão equipadas com sistemas para captura e reinjeção do CO2. (Coluna por Mônica Bergamo)

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Vibra se torna primeira empresa a disponibilizar combustível sustentável de aviação no Brasil

A Vibra Energia, maior distribuidora de combustíveis do Brasil, tornou-se a primeira companhia a disponibilizar combustível de aviação sustentável (SAF, na sigla em inglês) no país, após importar o biocombustível, informou a companhia em nota à imprensa nesta terça-feira (25). O SAF da Vibra já está disponível em base localizada no aeroporto internacional Tom Jobim (GIG), o Galeão, na cidade do Rio de Janeiro. Ao todo, em janeiro, foram importados pela empresa 23 contêineres tanque com cerca de 550 mil litros de SAF, que embarcaram do porto de Antuérpia, na Bélgica, disse a empresa. Inicialmente, a distribuidora planeja misturar o biocombustível ao combustível de aviação convencional, na proporção de 10% de SAF e 90% de combustível fóssil, reduzindo as emissões de carbono nos voos abastecidos pela Vibra com a mistura. Futuramente, entretanto, poderá elevar a mistura até o limite de 50%, conforme permitido por normas internacionais. Em nota, a companhia afirmou que, por meio da BR Aviation emdash;unidade de negócios da Vibra para serviços de abastecimento de aeronavesemdash;, mantém conversas avançadas com diferentes companhias da aviação comercial e executiva para fornecimento do produto. Com 60% de participação no mercado de aviação, a Vibra afirmou que a importação do produto "demonstra a viabilidade de adoção do SAF na aviação brasileira". Estudos apontam que atualmente o SAF exige custos de produção mais elevados do que o combustível de aviação convencional, o que traz desafios para o desenvolvimento desse mercado. O SAF é produzido a partir de fontes renováveis e reduz em cerca de 80% as emissões de gases de efeito estufa em comparação ao combustível de aviação convencional, segundo a Vibra. O produto disponibilizado pela Vibra foi produzido a partir de óleo de cozinha usado (UCO endash;Used Cooking Oil), uma das matérias-primas de menor intensidade de carbono, já que se trata de um resíduo, disse a companhia. "Como líderes, estamos preparados para ampliar a oferta de SAF no mercado brasileiro, utilizando nossa infraestrutura em mais de 90 aeroportos e nossa expertise para entregar soluções seguras e competitivas", frisou Bragança. A Vibra afirmou que o planejamento e a execução do processo, que envolveu desde a busca pelo fornecedor, importação, certificações, até a mistura do SAF com o combustível de origem fóssil na base da Vibra no Galeão, durou dez meses. Como parte importante da operação, a Vibra destacou que obteve a certificação ISCC (International Sustainability eamp; Carbon Certification) para as bases da empresa em Cubatão (SP) e no Galeão, que permite o rastreio da sustentabilidade de toda a cadeia de fornecimento do produto emdash;da matéria-prima, passando pela produção na biorrefinaria até a distribuição via base do aeroporto carioca. No ano passado, foi sancionada a lei do Combustível do Futuro, que atende a demandas do setor de petróleo e gás e incentiva a produção de combustíveis mais sustentáveis. A assinatura da lei ficou marcada por uma reviravolta curiosa: a cerimônia previa o pouso de um avião da Azul movido a SAF, que seria a demonstração prática do novo mundo aberto pela legislação. No entanto, a Azul não conseguiu SAF para abastecer o avião, que faria a rota doméstica de Campinas a Brasília usando exclusivamente combustível sustentável. (Reuters)

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