Ano:
Mês:
article

Preços do diesel, etanol e gasolina atingem máximas do ano no Brasil, aponta Ticket Log

Os valores dos principais combustíveis comercializados no Brasil emdash; diesel, gasolina e etanol emdash; atingiram os patamares mais elevados do ano na primeira quinzena de dezembro, com um dólar mais forte que impacta os custos dos importados e pelo maior consumo de final de ano, de acordo com o Índice de Preços Edenred Ticket Log (IPTL). Os preços médios do diesel comum e do S-10 alcançaram 6,19 reais e 6,27 reais o litro, com altas de 0,65% e 0,97%, respectivamente, na comparação com a cotação média da segunda quinzena de novembro, segundo levantamento com base nos abastecimentos realizados nos 21 mil postos credenciados da Edenred Ticket Log. Já a gasolina apresentou alta de 0,48% em seu preço médio nacional na mesma comparação, para 6,29 reais o litro, na primeira alta após três meses de estabilidade. O valor da quinzena iguala o patamar visto em agosto deste ano, após a Petrobras realizar seu último reajuste em julho. O etanol hidratado registrou preço médio de 4,26 reais o litro, registrando alta de 0,95% em relação à média da segunda quinzena de novembro. eldquo;O aumento nos preços médios dos combustíveis no país na primeira quinzena de dezembro, segundo dados do IPTL, pode ser explicado por um conjunto de fatores econômicos de infraestrutura, como as recentes altas do dólar, já que os preços dos combustíveis no Brasil estão ligados ao mercado internacional e os custos logísticos, que mudam de acordo com as distâncias percorridas e da infraestrutura de cada regiãoerdquo;, afirmou o diretor-geral de Mobilidade da Edenred Brasil, Douglas Pina, à Reuters. eldquo;Além disso, essa época de fim de ano também costuma ter uma demanda de transporte maior do que nos meses anteriores, o que pode afetar os preços encontrados nas bombaserdquo;, afirmou. A demanda por diesel, o combustível mais consumido no país, vai aumentar 3,4% para um recorde de quase 68 bilhões de litros em 2024, segundo estimativa da consultoria StoneX, divulgada esta semana. Da mesma forma, as vendas de combustíveis do Ciclo Otto (etanol e gasolina) caminham para crescimento em 2024, impulsionas pela demanda pelo etanol hidratado. Em relação à cotação média da primeira quinzena de janeiro, os preços do diesel aumentaram 2,12% para o S-10, 3,3% para o comum, enquanto o etanol hidratado saltou 18%, contra alta de 9% da gasolina no mesmo período, segundo dados do IPTL. A alta nos combustíveis, ainda que mais suave no diesel, acontece com a Petrobras mantendo a cotação do produto aos distribuidores desde dezembro do ano passado, quando reduziu o valor em quase 8%. O país, contudo, conta com outros produtores de combustíveis e importa cerca de 30% do diesel que consome, e o produto nas bombas ainda conta com uma mistura de 14% de biodiesel, que está sujeito a oscilações dos preços das suas matérias-primas, como o óleo de soja. No caso da gasolina, a Petrobras não altera os valores aos distribuidores desde julho, quando elevou o preço em suas refinarias em 7%. A gasolina vendida nas bombas também conta com uma mistura de 27% de etanol anidro, cujos preços também oscilam, conforme os do biodiesel. eldquo;A gasolina já vinha sendo negociada por valores elevados, mesmo não tendo sofrido variações em seu preço entre os meses de setembro e novembro. Com a alta registrada neste início de dezembro, o combustível passa a pesar ainda mais no bolso do motoristaehellip;erdquo;, disse Pina. Segundo o diretor-geral de Mobilidade da Edenred Brasil, neste cenário de alta dos combustíveis, o etanol hidratado ainda se apresenta como uma alternativa financeiramente mais viável na maior parte dos Estados, se comparado à gasolina, atraindo motoristas em busca de economia. eldquo;Além disso, o etanol também oferece mais vantagens ambientais, emitindo menos poluentes na atmosfera, contribuindo para uma mobilidade de baixo carbonoerdquo;, disse Pina. O etanol mais caro encontrado entre os Estados brasileiros na última pesquisa do IPTL foi o registrado no Amapá, valendo 5,39 reais o litro, mesmo preço registrado na segunda quinzena de novembro. São Paulo, maior produtor brasileiro, foi o Estado com o etanol mais barato: 4,04 reais o litro, mesmo após alta de 1%, de acordo com o IPTL. (Reuters)

article

EPE afirma que abrir mão de petróleo de novas fronteiras trará vulnerabilidade energética ao Brasil

A Empresa de Pesquisa Energética (EPE) afirmou nesta sexta-feira (13) que não avançar em novas fronteiras exploratórias de petróleo, como a Margem Equatorial, colocará o país em situação de vulnerabilidade energética, que pode implicar em aumento de preços da energia com impactos sobre as camadas vulneráveis da sociedade brasileira. A entidade divulgou uma nota em resposta a artigos de opinião publicados pelo Valor no dia 11 de dezembro e pelo jornal "O Globo" no dia 21 de novembro contrários à exploração de petróleo na região. Clique aqui para continuar a leitura.

article

Petróleo sobe 2% e bate máxima de 3 semanas com chances de sanções à Rússia e ao Irã

Os preços do petróleo subiram cerca de 2% nesta sexta-feira, atingindo uma máxima de três semanas, sob expectativas de que sanções adicionais à Rússia e ao Irã possam restringir a oferta e que as taxas de juros mais baixas na Europa e nos Estados Unidos possam impulsionar a demanda por combustível. Os contratos futuros do Brent subiram 1,08 dólar, ou 1,5%, a 74,49 dólares por barril. O petróleo West Texas Intermediate dos EUA subiu 1,27 dólar, ou 1,8%, a 71,29 dólares. Esse foi o maior fechamento do Brent desde 22 de novembro e colocou o contrato com alta acumulada de 5% na semana. O WTI registrou um ganho de 6% na semana e fechou em seu valor mais alto desde 7 de novembro. eldquo;Essa força está sendo impulsionada por (ehellip;) expectativas de sanções mais rígidas contra a Rússia e o Irã, orientação econômica chinesa mais favorável, caos político no Oriente Médio e perspectivas de um corte nas taxas do Fed (Federal Reserve, banco central dos EUA) na próxima semanaerdquo;, disseram analistas da empresa de consultoria em energia Ritterbusch and Associates em uma nota. Os embaixadores da União Europeia concordaram em impor um 15º pacote de sanções à Rússia nesta semana por causa de sua guerra contra a Ucrânia, tendo como alvo sua frota de navios-tanque. Os EUA estão considerando medidas semelhantes. Reino Unido, França e Alemanha disseram ao Conselho de Segurança das Nações Unidas que estavam prontos, se necessário, para retomar sanções internacionais contra o Irã para evitar que o país adquira armas nucleares. Dados chineses desta semana mostraram que as importações de petróleo no maior importador do mundo cresceram anualmente em novembro, pela primeira vez em sete meses. Elas devem permanecer elevadas até o início de 2025, uma vez que as refinarias optam por aumentar a oferta do principal exportador, a Arábia Saudita, atraídas pelos preços mais baixos, enquanto as refinarias independentes correm para usar sua cota. A Agência Internacional de Energia (AIE) aumentou sua previsão para o crescimento da demanda global de petróleo em 2025 para 1,1 milhão de barris por dia (bpd), de 990.000 bpd no mês passado, citando as medidas de estímulo da China. (Reuters)

article

Postos de combustíveis de métodos não ortodoxos: fraude com controle remoto

As grandes distribuidoras do setor de combustíveis já têm um novo tipo de fraude mapeado, mas ela continua correndo solta em alguns postos de gasolina de métodos não muito ortodoxos. Neles, sofisticou-se por meio da tecnologia a ideia de vender gato por lebre. Ou, no caso, vender 25 litros como se fossem 30 litros, por exemplo: os donos desses postos instalam um equipamento que pode ser manipulado à distância, por controle remoto, e que ajusta o medidor de combustível para a medição correta quando chega a fiscalização.

article

BC permite pagamento de boleto via Pix e cria boleto dinâmico

O Banco Central aprovou nesta quinta-feira (12) uma resolução que possibilita o pagamento de boletos via Pix e estabelece a criação de uma nova modalidade de cobrança, o chamado boleto dinâmico. Segundo a autarquia, o pagamento de boletos via Pix será feito por meio de QR Code específico inserido no próprio boleto. A resolução entra em vigor em 3 de fevereiro de 2025. O BC informou que a regulamentação do novo modelo será aprofundada a partir de 2025, mas instituições já ofertam, de forma experimental, a possibilidade de pagamento de boletos por Pix com o uso de QR Code. "Dessa forma, incorpora-se na experiência do uso do boleto de pagamento, instrumento amplamente utilizado e objeto de diversos aperfeiçoamentos de segurança ao longo dos últimos anos, a agilidade, conveniência e grande aceitação do Pix", disse o BC em nota. Já o boleto dinâmico é voltado para pagamentos de dívidas em cobrança representadas por certos tipos de títulos, como duplicatas escriturais, e permite alterar a instituição destinatária, assim como o beneficiário, que passa a ser o titular de direitos. A autarquia informou que o boleto dinâmico deve entrar em operação em até seis meses após a aprovação de ao menos um dos sistemas de escrituração ou de registro que darão suporte digital a esses títulos ou ativos. Ambos ainda estão em processo de implementação. "A criação do boleto dinâmico representa, portanto, enorme avanço no sentido de modernizar o sistema financeiro e dar mais segurança na negociação de importantes tipos de títulos essenciais ao fomento de uma ampla gama de empresas integrantes da economia real, principalmente as de pequeno e médio porte", disse o BC.

article

Elétricos chineses entopem portos do Brasil e indicam desafios

Os portos brasileiros ficaram congestionados este ano com mais de 70 mil veículos elétricos chineses não vendidos, em um sinal de quão difícil está se tornando para que as montadoras chinesas mantenham níveis de crescimento robustos. Empresas como a BYD e a GWM têm ambições globais, e o Brasil se tornou um campo de provas crucial com outras grandes economias se voltando ao protecionismo. O país é o sexto maior mercado automotivo do mundo e o sucesso aqui pode contribuir com as perspectivas em toda a região. Mas depois de tomar o segmento emergente de veículos elétricos do Brasil de assalto, as fabricantes chinesas estão enfrentando desafios crescentes. O excesso de carros nos portos decorre da tentativa de evitar novas alíquotas do imposto de importação. Os concorrentes nacionais responderam com opções eletrificadas adicionais e investimentos. E as taxas de crescimento de veículos elétricos no país estão desacelerando. "A lua de mel acabou agora", afirmou Alexander Seitz, presidente-executivo da Volkswagen na América do Sul, que vende carros no Brasil desde a década de 1950 e produz alguns dos modelos a combustão mais vendidos do país. A BYD é um caminho para ultrapassar US$ 100 bilhões em vendas de carros elétricos neste ano, e o Brasil é uma grande parte disso. É o maior mercado externo da empresa por uma ampla margem, enquanto enfrenta a resistência de governos nos EUA e na Europa. Na década passada, o Brasil zerou o imposto de importação de 35% sobre os veículos elétricos e híbridos em uma tentativa de estimular o setor. Isso atraiu as montadoras da China, e elas realizaram essencialmente o próprio mercado em um país com mais de 200 milhões de habitantes. Os fabricantes locais estabelecidos emdash;todas as partes integrantes de empresas globais como a GMemdash; ignoraram amplamente os modelos elétricos e híbridos. A BYD dinamizou seus primeiros carros no Brasil em 2021 e acelerou as exportações no ano passado. Com seu modelo de menor valor, de R$ 115,8 mil (US$ 19,1 mil), a empresa rapidamente ganhou participação do mercado por ser mais barata do que alguns dos veículos a combustão da concorrência. A resposta dos fabricantes nacionais foi a redução dos preços de alguns modelos em até 30%. As montadas brasileiras fizeram pressão para trazer de volta o imposto de importação e receberam apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que voltou ao poder em janeiro de 2023. O governo começou a restabelecer as alíquotas do imposto um ano depois com planos de aumentá-lo gradualmente para 35% até julho de 2026. (A indústria nacional pressiona para acelerar isso.) Em resposta, a BYD inundou o Brasil com veículos antes da elevação tarifária. No início de novembro, um executivo da montadora chinesa disse que havia 35 mil carros sobrando nos portos, respondendo por cerca de quatro meses de vendas. Alexandre Baldy, vice-presidente sênior da BYD no Brasil, comentou que tudo isso faz parte de um plano para se antecipar à elevação das alíquotas, para manter os preços e fortalecer o que chamou de uma indústria nacional "ultrapassada". "Nós abalamos esse mercado automobilístico brasileiro a ponto de colocar tanto medo nos nossos concorrentes", avaliou Baldy. "É um desespero completo da concorrência." A participação de modelos eletrificados nas vendas totais de veículos no Brasil quase dobrou, para 7%, em janeiro em relação ao ano anterior, mas ocorreu aproximadamente nesse nível desde então, de acordo com dados da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores). Até outubro, as montadoras venderam cerca de 2 milhões de veículos, sendo cerca de 140 mil unidades eletrificadas. Encontrar novos clientes que desejam comprar um veículo elétrico em um país que está apenas começando a construir redes de estações de recarga está se tornando mais difícil. Somando-se à preocupação sobre a quilometragem que um carro elétrico pode ter com uma única carga, o Brasil é um país grande com grandes distâncias entre seus centros urbanos. "Precisamos expandir nossa infraestrutura", disse Ricardo Bastos, diretor de assuntos institucionais da GWM no Brasil. "As vendas são boas hoje, mas elas têm um potencial de crescer ainda mais se a infraestrutura também acompanhar." Para acelerar a adoção, a BYD e a GWM estão adotando mais orientações em direção a 2025. Ambos planejam abrir fábricas no Brasil. Para a BYD, isso deve acontecer em março, quando sua primeira fábrica de carros elétricos fora da Ásia deverá começar a produzir. No local onde já funcionou uma fábrica da Ford, a BYD está investindo R$ 5,5 bilhões e espera que em dois anos a fábrica produza 300 mil carros anualmente. A montadora chinesa também informou que está dobrando o número de consultorias no país. Eles promoverão uma gama com mais de 12 modelos. Isso inclui o que a empresa diz ser a primeira picape híbrida do mercado, lançada em outubro. Enquanto isso, a GWM, que deve ultrapassar US$ 28 bilhões em vendas este ano, espera começar a operar em maio em uma antiga fábrica da Daimler, como parte de um plano para investir R$ 10 bilhões ao longo de aproximadamente uma década. Outras empresas chinesas também anunciaram recentemente planos de expansão para o Brasil, em meio a uma onda de fortes barreiras na Europa e nos EUA. No início deste ano, o governo Biden aumentou as tarifas sobre veículos elétricos importados da China de 25% para 100% para proteger a indústria automobilística dos EUA do que alegou serem práticas comerciais desleais. Omoda e Jaecoo, marcas de propriedade da Chery, planejam lançar vários modelos no Brasil até 2026. A GAC promete investir cerca de R$ 6 bilhões. A Neta, vinculada ao grupo Hozon New Energy Automobile, está entrando atualmente no mercado. E a Zeekr, da Geely Automotive Holdings, começou recentemente a apresentar modelos premium no país. "Os chineses tentarão conquistar este país do ponto de vista automotivo, e temos que ver como lidar com isso", analisou Seitz. "No final das contas, a competição é sempre boa, nos obriga a reconsiderar as coisas." Concorrentes estabelecidos, incluindo Volkswagen, Toyota e Renault, anunciaram mais de R$ 100 bilhões em investimentos até o final desta década. A maior parte do dinheiro é planejada para desenvolver híbridos, incluindo soluções flexíveis que combinam eletricidade com um motor a combustão movido a gasolina e etanol. A Stellantis, dona de marcas tradicionais como Fiat, Jeep e Peugeot, planeja começar a vender modelos elétricos de sua parceira chinesa Leapmotor no Brasil no início do ano que vem. Antes da retomada do imposto sobre veículos eletrificados importados, os chineses não "jogavam nas mesmas condições", disse Emanuele Cappellano, presidente da Stellantis na América do Sul. Assim como o restante da indústria automobilística brasileira, Cappellano aposta que isso ajudará a nivelar as condições de concorrência.

Como posso te ajudar?