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Abrasileiramos preço sem desconectar a Petrobras do mercado, diz um dos pais da política de reajuste

Um dos responsáveis pela adoção da nova política de preços da Petrobras durante a gestão de Jean Paul Prates, o diretor de Logística, Comercialização e Mercados, Claudio Schlosser, mantido pela atual presidente, Magda Chambriard, considera que a nova estratégia comercial deu certo e a avaliação eldquo;é a melhor possívelerdquo;. Ele destacou a importância de não trazer para o mercado interno a volatilidade externa, como ocorria com o uso da paridade de preços de importação (PPI), principalmente em períodos de grande turbulência geopolítica, como o atual. Schlosser concedeu a entrevista antes de ganhar força no Congresso a proposta de alterar a metodologia de cálculo do Preço de Referência do Petróleo (PRP) para garantir ao governo mais receita. A seguir, a íntegra da entrevista com o executivo no aniversário de dois anos da nova política de preços. Passados dois anos da nova estratégia de preços, como a empresa avalia a mudança? A nossa avaliação é a melhor possível. Nesses dois anos com a nossa estratégia comercial, nós aumentamos a utilização das nossas refinarias, batemos recordes de produção, batemos recordes de processamento de petróleo nacional, e apresentamos resultados operacionais e financeiros sólidos. Ao mesmo tempo, geramos valor para os nossos clientes e para a sociedade, proporcionando períodos de estabilidade de preços para as distribuidoras mesmo em momentos de alta volatilidade externa devido aos diversos conflitos geopolíticos em aberto. Como foi feita a mudança do sistema de reajustes? De onde surgiu a ideia e como foi implantada? A Petrobras tinha uma política de preços que só olhava para fora da companhia. A única referência era um tipo de concorrente, um importador hipotético, representado pelo preço de paridade de importação. Então, a nossa ideia foi trazer para a precificação um olhar interno, da própria Petrobras, das nossas melhores condições, considerando o nosso parque de refinarias, dutos, terminais, navios, a nossa escala, as sinergias existentes entre as nossas operações no mercado interno e externo etc. Tudo isso, que antes era ignorado pela política de preços, passou a ser considerado na nossa estratégia comercial. É importante dizer que isso não fica apenas no discurso qualitativo. Tudo isso é parametrizado e transformado em valores objetivos através do nosso processo de planejamento operacional, coordenado pela diretoria de Logística, Comercialização e Mercado, com a participação de diversas áreas da companhia. E, reforço, tudo isso já existia dentro da companhia. Nós apenas deixamos de ignorar e passamos a considerar para a precificação. Dessa forma, podemos dizer que eldquo;abrasileiramoserdquo; nossos preços, sem nos desconectarmos com o mercado. O que é levado em conta na nova política? É muito simples. Nós usamos duas referências de mercado. A primeira é o custo alternativo do cliente, que representa os nossos competidores, sejam fornecedores dos mesmos produtos, sejam de produtos substitutos. A outra referência é o valor marginal da Petrobras, que vai representar o nosso custo de oportunidade, dadas as nossas alternativas que, como dito anteriormente, vão considerar as nossas melhores condições de refino e logística. Com base nessas referências, nós temos mais flexibilidade para praticar preços competitivos, e disputar mercado com outros atores, sejam produtores ou importadores, buscando uma participação de mercado que possibilite a operação dos nossos ativos de forma segura, rentável e sustentável. Qual foi o ganho com vendas de derivados nesse período e qual seria o ganho se a empresa ainda praticasse o PPI? Muito difícil fazer uma comparação direta dessas. Ninguém pode afirmar o que aconteceria se a empresa ainda praticasse a política de preços anterior, em especial nesses dois últimos anos de alta volatilidade de preços internacionais, e com a ameaça do diesel russo que passou a atingir o mercado brasileiro com descontos frente a outras origens, até porque um preço alto, muito acima do praticado pelos concorrentes, nos faz perder mercado. Então, eu prefiro reforçar aqui alguns pontos diretamente relacionados a nossa gestão. Nós aumentamos a utilização das nossas refinarias, quebramos recordes de produção, refinamos mais petróleo nacional, e obtivemos resultados operacionais e financeiros sólidos. Ao mesmo tempo, nós, de fato, conseguimos mitigar a volatilidade externa e não repassar esse nervosismo para os nossos preços às distribuidoras no mercado interno, como já foi feito no passado. Em 2024, nós fizemos um único reajuste de preços de gasolina, e já estamos há mais de 300 dias sem reajustes. No diesel, nós passamos o ano de 2024 inteiro com preços estáveis e chegamos a mais de 400 dias sem reajustes. Interessante notar também que mais recentemente, quando o diesel no mercado internacional apresentou uma mudança de patamar mais forte em um curto intervalo de tempo, nós tivemos uma atuação mais dinâmica e aplicamos três reduções de preços seguidas desde 1º de abril, acumulando uma queda de R$ 0,45 por litro em menos de um mês. Infelizmente, essa nossa redução foi absorvida pelos agentes econômicos encarregados da distribuição e não chegou aos consumidores finais. Houve alguma resistência por parte dos clientes para a implantação da nova regra? Não houve resistência. Essa estratégia é utilizada em outros países? Quais? Os conceitos da nossa estratégia comercial são universais. O que a Petrobras faz é o que outras empresas que operam em mercados abertos e competitivos fazem no Brasil ou no exterior. Nós olhamos o que é valor para os nossos clientes e o que é valor para a Petrobras. Então, considerando as nossas melhores condições de refino e logística, e dentro dos nossos limites operacionais e econômicos, nós buscamos ser a melhor alternativa de mercado.

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Nova política de preços da Petrobras ainda divide opiniões dois anos depois de adotada

A decisão de eldquo;abrasileirarerdquo; os preços dos combustíveis praticados pela Petrobras completa dois anos e ainda divide opiniões. Um apelo do então recém-eleito presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, a mudança em uma das principais mudanças na rotina da empresa foi adotada durante o comando de Jean Paul Prates na estatal. Com isso, a petroleira substituiu a política de paridade de importação (PPI), implantada no governo Temer, por uma nova estratégia comercial. A ideia seria priorizar o eldquo;custo alternativo do clienteerdquo; e o eldquo;valor marginal para a Petrobraserdquo; na formação dos preços dos combustíveis. Foi com a nova política que a estatal definiu que, a partir desta terça-feira, 3, reduzirá seus preços de venda de gasolina para as distribuidoras em 5,6%. O dia do anúncio da nova política de preços foi de muita tensão no mercado financeiro. Após conhecer as mudanças, no entanto, as ações da petroleira subiram mais de 5% com a percepção de que a solução encontrada foi melhor do que se esperava. Afinal, durante a campanha à presidência, Lula acenava com preços mais baixos para o consumidor, um sinal de que os ganhos da empresa poderiam minguar, e com eles a distribuição dos bilionários dividendos dos anos anteriores. eldquo;Conseguimos implementar uma nova política e explicá-la a todos: preços que levam em conta as vantagens de se produzir todo o petróleo no Brasil e retirar a grande maior parte também no País. Ou seja, um preço de mercado, mas de mercado brasileiro, como qualquer país que luta para diminuir e conquistar sua autonomia em relação à dependência de importaçõeserdquo;, disse Prates ao Estadão/Broadcast. Para o executivo, a mudança permitiu atender ao mesmo tempo Lula e os acionistas privados, além de fazer a empresa conquistar fatias de mercado e eficiências comerciais desperdiçadas nos anos anteriores. Uma análise do Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (Ineep) mostra que a política conseguiu atingir o objetivo de evitar o repasse da volatilidade do mercado internacional de petróleo para o consumidor brasileiro. eldquo;Até aqui, (a estratégia comercial) cumpriu seu objetivo de mitigar o repasse da volatilidade dos preços internacionais para o mercado interno, moderar as pressões sobre os preços dos derivados, em especial do diesel, e contribuir para geração de valor e bom desempenho financeiro da companhiaerdquo;, diz o Ineep. Em 2023, foram efetuados quatro reajustes no preço do diesel, sendo três para baixo e um para cima, em contraste com as 18 alterações em 2021 e 10 em 2022. De acordo com o instituto, as mudanças comerciais e operacionais da Petrobras resultaram em uma redução dos preços do diesel e da gasolina nas refinarias da estatal de, respectivamente, 20,9% e 4,0%, entre janeiro de 2023 e abril de 2025. No entanto, a redução foi menor nos preços aos consumidores finais. eldquo;No caso do diesel, houve uma estabilização dos preços de revenda, com queda de 0,3% no período analisado, saindo de R$ 6,44 por litro, em janeiro de 2023, para R$ 6,42, em abril de 2025. No caso da gasolina, o efeito foi um aumento dos preços de revenda de 25,5%, que saltaram de R$5,05 por litro para R$ 6,34 no mesmo períodoerdquo;, avaliou o Ineep. O efeito não foi mais efetivo, ressaltou, devido a fatores conjunturais, como choques geopolíticos e desvalorização cambial, assim como estruturais da indústria nacional de produção, distribuição e comercialização de combustíveis, como a trajetória da tributação federal e estadual e as dinâmicas de propriedade das empresas desse segmento. Como é visto o acompanhamento de preços Para o analista da Genial Vitor Sousa, o que se observa desde a adoção da nova política é um razoável acompanhamento em relação ao que é estimado como preço da paridade e a execução dos preços da empresa emdash; exceto em um ou dois momentos muito pontuais", observou. eldquo;Fora isso, o que eu posso dizer é que, apesar dos discursos, a empresa tem sido muito razoável no acompanhamento de preços dos derivadoserdquo;, disse. A Genial chegou a criar uma espécie de eldquo;termômetroerdquo; da percepção de risco político em relação à Petrobras, em 2023, comparando os reajustes da estatal com o PPI, mas já deixou de publicar, segundo Vitor. Perda de interesse por investir no refino Já Ilan Arbetman, analista da Ativa Investimentos, considera que toda política de preços tem seus prós e contras, inclusive o PPI. Mas avalia que a mudança eldquo;colocou uma pá de calerdquo; no interesse de qualquer empresa do setor de refino em se instalar no País, movimento que poderia levar à maior concorrência e, por consequência, à tão almejada redução de preços para o consumidor. eldquo;O principal ponto é que, quando você foge da lógica do mercado, você sempre deixa alguém insatisfeito. O PPI não era perfeito, você tinha de fato períodos que precisava fazer bastante alteração nos preços. Mas a política era mais transparente, hoje ela é opaca. Isso do ponto de vista do planejamento das companhias, e até numa lógica de investimentos, para ter mais racionalidade, é complicadoerdquo;, avaliou. Ele explica que, quando o preço está mais baixo do que o mercado internacional, as janelas de importação são fechadas e prejudica importadores e regiões que não tem acesso fácil aos combustíveis. Já quando os preços estão mais altos que o PPI, isso facilita a importação, mas prejudica as distribuidoras que alegam perda de competitividade, além dos consumidores, que pagam mais caro. Além disso, afirmou, só este ano já foram realizados quatro reajustes no diesel, três para baixo e um para cima, trazendo a volatilidade de fora para o mercado interno. Também o presidente da Associação dos Importadores de Combustíveis (Abicom), Sérgio Araújo, reclama da falta de transparência na nova política e disse que, após a sua implantação, as distribuidoras de combustíveis tiveram de passar a trabalhar com um eldquo;mixerdquo; entre as refinarias da Petrobras, a importação e das refinarias privatizadas, para conseguir um custo médio e viabilizar a operação. eldquo;Nesses últimos dois anos, a estatal não teve uma política de preços muito clara, ela considera parâmetros que não são bem acompanhados ou medidoserdquo;, disse Araújo. eldquo;As distribuidoras aprenderam a trabalhar com esse mix no fornecimento. O que ainda atrapalha na parte da previsibilidade das distribuidoras são os leilões que a Petrobras tem feito regularmente, em que ela não acata os pedidos das distribuidoras, que então recorrem aos agentes privados. Nesse meio-tempo, a estatal oferece o produto em leilões, atrapalha.erdquo;

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ANP divulga resultados de ações de fiscalização em 13 unidades da Federação (26 a 29/5)

Entre os dias 26 e 29/5, a ANP fiscalizou o mercado de abastecimento em 13 unidades da Federação. Nas ações, os fiscais verificaram a qualidade dos combustíveis, o fornecimento do volume correto pelas bombas medidoras, a adequação dos equipamentos e dos instrumentos necessários ao correto manuseio dos produtos, bem como as documentações de autorização de funcionamento das empresas e as relativas às movimentações dos combustíveis e lubrificantes. No período, destacou-se a participação da ANP na Operação Ágata, uma ação conjunta das Forças Armadas e órgãos de segurança do Brasil, coordenada pelo Ministério da Defesa, com o objetivo de fortalecer a presença do Estado nas fronteiras e combater crimes transfronteiriços e ambientais. Veja abaixo mais informações sobre essa operação, bem como sobre as principais ações nas demais unidades federativas do país: Amazonas No período, destacou-se a participação da ANP na Operação Ágata, uma ação conjunta das Forças Armadas e órgãos de segurança do Brasil, coordenada pelo Ministério da Defesa, com o objetivo de fortalecer a presença do Estado nas fronteiras e combater crimes transfronteiriços e ambientais. Durante a operação, os fiscais da ANP ficaram embarcados em navio da Marinha. Além das ações de fiscalização, eles realizaram visitas a comunidades ribeirinhas para orientar sobre a correta comercialização de combustíveis e os canais de acesso à ANP. As ações foram realizadas nos municípios de Jacitara, Acanauê, Japurá, Saracura e Vila Bittencourt. Em Japurá, dois postos de combustíveis sofreram autos de infração, por comercializar combustível de agente não autorizado e por não apresentar tabela de preços. Também foi lavrado auto de infração a um posto flutuante por não exibir os preços dos combustíveis e realizada a apreensão de 8 mil litros de óleo diesel sem nota fiscal em uma draga (embarcação flutuante que faz extração de britas da margem do rio e armazena grande quantidade de combustível). Bahia Os fiscais da ANP estiveram em Camaçari, Candeias, Lauro de Freitas e Valença. Foram fiscalizados 20 postos de combustíveis e nove revendas de GLP. Em Camaçari, dois postos sofreram autos de infração e interdição, um por comercializar combustíveis em desacordo com as especificações técnicas e o outro por romper lacre de interdição da ANP. Um posto de combustíveis sofreu auto de infração e interdição em Valença por apresentar instalações e equipamentos em desacordo com o exigido por lei. Foram lavrados autos de infração e interdição em dois postos de combustíveis em Lauro de Freitas também por possuírem instalações e equipamentos em desacordo com o exigido por lei. Foram ainda lavrados autos de infração, sem interdições, em outros 17 postos, nos quatro municípios onde ocorreram as ações, por motivos como: não efetuar a drenagem e o registro regular dos resultados em seus tanques de óleo diesel; não possuir em perfeito estado de funcionamento medida-padrão de 20 litros (equipamento para o teste de volume); apresentar bomba medidora em más condições de uso e conservação e instalações e equipamentos em desacordo com o exigido por lei. No estado, foram coletadas 13 amostras de combustíveis para análise em laboratório. Distrito Federal Em ação conjunta com a Polícia Civil do Distrito Federal, a ANP lavrou auto de infração e interdição em um posto de combustíveis que operava sem autorização. Foram apreendidos 19.470 litros de combustíveis que estavam armazenados de forma precária, sem condições mínimas de segurança e com alto risco de explosão e contaminação ambiental do solo. Espírito Santo Foram fiscalizados dez postos de combustíveis, nas cidades de Linhares, São Mateus, Cariacica e Vila Velha. Foram lavrados autos de infração em dois postos, em São Mateus e Vila Velha, por não efetuar o controle de drenagem dos tanques de diesel e não exibir adesivo com o CNPJ e o endereço completo do estabelecimento, respectivamente. Não foram encontradas irregularidades nas demais cidades. No estado, foram coletadas 12 amostras de combustíveis para análise em laboratório. Goiás No período, foram fiscalizados três postos de combustíveis em Rio Verde, em conjunto com o Procon municipal. Foi lavrado auto de infração em um posto por não apresentar o adesivo com o CNPJ e nem o 0800 da ANP na bomba de combustível. Mato Grosso A ANP participou de operação integrada de fiscalização no Mato Grosso, realizada em força-tarefa com a Funai, a Polícia Federal, a Força Nacional e Polícia Rodoviária Federal, com ações de fiscalização direcionadas para instalações de armazenamento de combustíveis com indícios de fornecimento de combustíveis para áreas de garimpo ilegal dentro da terra indígena Sararé, que abrange vários municípios. As ações resultaram em quatro autos de infração, em Pontes e Lacerda e em Vila Bela da Santíssima Trindade, por operação de tanques de abastecimento em pontos sem autorização da ANP, por destinação irregular de combustíveis praticada por um transportador-revendedor-retalhista e por armazenamento de combustíveis fora dos tanques subterrâneos. Nesse último estabelecimento, foram apreendidos 12 mil litros de óleo diesel. Também foi realizada fiscalização em um posto de combustível em Várzea Grande, em parceria com o Procon municipal, sem registro de irregularidades. Minas Gerais Foram realizadas ações em quatro postos de combustíveis e uma distribuidora de combustíveis. As ações ocorreram nos municípios de Belo Horizonte, Governador Valadares, Guaxupé, Monte Belo e Uberlândia. Em Belo Horizonte, em força-tarefa com o Ministério Público de Minas Gerais/Procon, o Instituto de Pesos e Medidas (IPEM) e o Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais (CBMMG), foi lavrado auto de infração em um posto de combustíveis por não possuir dados cadastrais atualizados na ANP. Não foram encontradas irregularidades nas demais cidades. No estado, foram coletadas quatro amostras de combustíveis para análise em laboratório. Rio de Janeiro Foram fiscalizados 17 postos de combustíveis. As ações ocorreram nas cidades do Rio de Janeiro, Guapimirim, Niterói, São Gonçalo, Magé e Itaguaí. Na capital, em ação realizada com Polícia Civil (Delegacia de Defesa dos Serviços Delegados-DDSD), o Instituto de Pesos e Medidas (IPEM/RJ) e a Naturgy, um posto de combustíveis sofreu auto de infração e interdição de três bombas e tanque de gasolina, por apresentar esse produto fora das especificações, além de interdição de seis bicos de GNV por falta de segurança e desligamento desses equipamentos durante a ação, impedindo a verificação completa pelos fiscais. Foram ainda lavrados autos de infração em três postos, sem interdições, em São Gonçalo e em Niterói, por não realização pelos revendedores do controle de drenagem dos tanques de diesel. Não foram encontradas irregularidades nas demais localidades. No estado, foram coletadas 17 amostras de combustíveis para análise em laboratório. Rio Grande do Norte No estado, foram fiscalizados 14 postos de combustíveis, duas revendas de GLP, um agente não regulado e um transportador-revendedor-retalhista. As ações aconteceram em Natal, Parnamirim e São Gonçalo do Amarante. Em Natal, foi lavrado auto de infração e interdição em uma revenda de GLP por armazenar botijões sem observar as condições mínimas de segurança estabelecidas e possuir balança decimal com prazo de utilização vencido. Oito postos de combustíveis sofreram autos de infração sem interdições em Natal e São Gonçalo do Amarante por: ausência de medida-padrão de 20 litros (equipamento para o teste de volume) em perfeito estado de funcionamento; não atender às normas mínimas de segurança; deixar de efetuar atualização cadastral; não possuir todos os instrumentos para o teste de qualidade dos combustíveis; e não prestar ao consumidor todas as informações exigidas por lei. Não foram encontradas irregularidades em Parnamirim. Foi coletada uma amostra de combustível para análise em laboratório. Rio Grande do Sul A ANP fiscalizou quatro postos de combustíveis e nove transportadores-revendedores-retalhistas (TRR). As ações foram realizadas nos municípios de Cacequi, Rosário do Sul, São Gabriel, Alegrete, Barra do Quaraí, Uruguaiana e Caçapava do Sul. Um posto de combustíveis foi interditado em Uruguaiana por indício de combustível não conforme, detectado pelo Programa de Monitoramento da Qualidade de Combustíveis (PMQC), tendo amostra coletada para confirmação em laboratório. Em Caçapava do Sul, um TRR sofreu auto de infração por comercializar óleo diesel fora das especificações exigidas por lei. Foi lavrado auto de infração em um posto de combustíveis em Barra do Quaraí por armazenar 5 mil litros de gasolina fora dos tanques subterrâneos. Não foram encontradas irregularidades nos demais municípios. No estado, foram coletadas 18 amostras de combustíveis para análise em laboratório. Santa Catarina No estado, foram fiscalizados seis transportadores-revendedores-retalhistas (TRR), nos municípios de Pouso Redondo, Rio de Sul, São Cristóvão do Sul, Catanduvas, Treze Tílias e Caçador. Em Pouso Redondo, um transportador-revendedor-retalhista sofreu auto de infração por não fornecer livre acesso as suas instalações. Não foram encontradas irregularidades nas demais localidades. Oito amostras de combustível foram coletadas para análise em laboratório. São Paulo A ANP fiscalizou 70 postos de combustíveis, dois pontos de abastecimento, duas revendas de GLP e dois revendedores de óleo lubrificante acabado em São Paulo. As ações foram realizadas na capital e em outras 20 cidades: Jundiaí, Guarulhos, Arujá, Itaí, Arandu, Cerqueira César, Praia Grande, Valinhos, Ferraz de Vasconcelos, Santos, Sorocaba, Botucatu, Lençóis Paulista, Itaquaquecetuba, Poá, Jaú, Boracéia, Dois Córregos, Pardinho e Itú. Em Praia Grande, em ação conjunta com a Polícia Civil, um posto de combustíveis sofreu autuação e foi interditado totalmente por exercer a atividade de revenda sem autorização da ANP, ter rompido os lacres, removido faixas de interdição e por dar destinação não autorizada aos combustíveis de suas instalações. Um posto de combustíveis de Ferraz de Vasconcelos sofreu interdição em um bico de óleo diesel S10 e auto de infração por fornecer combustível em quantidade menor do que a registrada na bomba ("bomba baixa"). Em uma ação conjunta com a Polícia Civil em Santos, um posto de combustíveis teve uma bomba de etanol interditada e sofreu auto de infração por: fornecer ao consumidor volume diverso do indicado na bomba medidora, não efetuar regularmente a drenagem de fundo do tanque de diesel e o registro dos resultados encontrados na verificação semanal de presença de água e exibir marca de distribuidor de combustíveis diversa da comercializada. Foram ainda lavrados autos de infração, sem interdições, em outros oito postos, nos municípios de São Paulo, Ferraz de Vasconcelos, Santos, Praia Grande, Poá, Itaquaquecetuba, Boracéia e Dois Córregos por motivos como: não efetuar a drenagem e o registro regular dos resultados em seus tanques de óleo diesel; não possuir em perfeito estado de funcionamento medida-padrão de 20 litros (equipamento para o teste de volume); não manter no estabelecimento documentos obrigatórios; não possuir todos os instrumentos necessários à realização das análises de qualidade dos combustíveis e ostentar marca de distribuidora estando cadastrado como bandeira branca. Em Valinhos, foi lavrado auto de infração em uma revenda de GLP por exceder o limite de capacidade total de armazenamento de sua classe. Não foram encontradas irregularidades nas demais cidades. Em todo o estado, foram coletadas 30 amostras de combustíveis para análise em laboratório. Tocantins Foi realizada ação em Couto Magalhães em conjunto com o Procon estadual. Dois postos de combustíveis sofreram autos de infração por não prestarem informações ao consumidor sobre diferença de preços e condições de pagamento, sendo que um deles também fornecia combustível em quantidade diferente da registrada na bomba. Consulte os resultados das ações da ANP em todo o Brasil As ações de fiscalização da ANP são planejadas a partir de diversos vetores de inteligência, como informações da Ouvidoria da ANP com manifestações dos consumidores, dados do Programa de Monitoramento da Qualidade dos Combustíveis (PMQC) da Agência, informações de outros órgãos e da área de Inteligência da ANP, entre outros. Dessa forma, as ações são focadas nas regiões e agentes econômicos com indícios de irregularidades. Para acompanhar todas as ações de fiscalização da ANP, acesse o Painel Dinâmico da Fiscalização do Abastecimento. Os estabelecimentos autuados pela ANP estão sujeitos a multas que podem variar de R$ 5 mil a R$ 5 milhões, além de penas de suspensão e revogação de sua autorização. As sanções são aplicadas somente após processo administrativo, durante o qual o agente econômico tem direito à ampla defesa e ao contraditório, conforme definido em lei. Já a interdição é uma medida cautelar, aplicada para proteger o consumidor, evitando a comercialização de combustíveis fora das especificações, fornecimento de combustível em quantidade diferente da marcada na bomba, entre outras irregularidades. Caso o posto comprove à ANP que o problema foi sanado, a Agência realiza a desinterdição, sem prejuízo do processo administrativo e possíveis penalidades." Denúncias sobre irregularidades no mercado de combustíveis podem ser enviadas à ANP por meio do Fale Conosco ou do telefone 0800 970 0267 (ligação gratuita).

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Biocombustíveis são tema central para o Brasil na COP30, afirma Corrêa do Lago

Os biocombustíveis serão um tema central na agenda brasileira à frente da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP30), afirmou nesta segunda (2/6) o presidente da cúpula, André Corrêa do Lago. Em entrevista exclusiva à agência eixos, durante o Encontro sobre Transição Energética do Fórum Econômico Mundial, no Rio de Janeiro, Corrêa do Lago disse que o evento marcado para novembro de 2025, em Belém (PA), é uma forma de mostrar ao mundo soluções de diferentes regiões para a transição energética. eldquo;Os biocombustíveis são um tema central, porque o Brasil tem mostrado que o mundo tem que encontrar soluções compatíveis com as circunstâncias de cada país, e, no caso do Brasil, nós sabemos que um carro híbrido brasileiro, que é com etanol e elétrico, emite menos do que um carro elétrico na Europa, porque nós temos uma matriz elétrica mais limpa do que a europeiaerdquo;. O Brasil tem tentado, em fóruns internacionais como o G20, o Brics e a Organização Marítima Internacional (IMO), derrubar barreiras aos biocombustíveis de origem agrícola e conquistar reconhecimento como solução climática. Entretanto, o projeto da Lei Geral do Licenciamento Ambiental (PL 2159/2021), já aprovado pelo Senado, facilita a licença a empreendimentos de grande impacto e beneficia segmentos do agronegócio e da indústria energética, o que pode gerar desconfiança internacional sobre a produção brasileira. Questionado sobre essas possíveis repercussões, o embaixador foi diplomático: eldquo;O Brasil é uma democracia. Esses debates internos são necessários, mas tem que ser preservada a forma. (ehellip;) Existem formas de fazer as coisas e as formas são extremamente importantes de mantermoserdquo;. Clima tenso Fora do Brasil, guerras tarifárias e violentas, além de inflação, adicionam dificuldades ao multilateralismo. Corrêa do Lago reconhece que o cenário geopolítico e econômico de diversos países está desfavorável para discussões sobre o clima, mas defende que é preciso diálogo para construir acordos em Belém e cumpri-los. eldquo;Como nós podemos integrar o clima, por exemplo, à economia? Esse eu acho que é o grande tema. (ehellip;) Nós temos que integrar o clima e tornar natural o combate à mudança do clima em tudo que está sendo feito.erdquo;, continuou. Agenda das ações da COP30 O embaixador pretende apresentar até o dia 15 de junho a agenda das ações da COP30. Será a quarta Carta Aberta da Presidência Brasileira. eldquo;Estamos ouvindo muito os outros países também, do que eles esperam, porque a agenda de ação é (ehellip;) uma forma de você mostrar como você vai implementar o que você assinou e há, eu acho, uma grande frustração do mundo com relação à implementação, então, vamos ter que mostrar issoerdquo;, disse. Na primeira carta, a presidência propõe um eldquo;mutirãoerdquo; global contra a mudança do clima, ao mesmo tempo em que reforça a visão brasileira sobre transição justa. Já na segunda, ela propõe um novo modelo de governança a partir de eldquo;círculos de liderançaerdquo;. Na terceira carta, houve, enfim, a primeira menção explícita de uma agenda para a transição dos combustíveis fósseis.

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MME aprova regime especial para projetos de biometano em MS e RS

O Ministério de Minas e Energia (MME) aprovou o Regime Especial de Incentivos para o Desenvolvimento da Infraestrutura (Reidi) para dois projetos de biometano, um deles em Nova Alvorada do Sul (MS) e outro em São Leopoldo (RS). As portarias com as habilitações estão publicadas na edição desta segunda-feira (2) do Diário Oficial da União (DOU). No Rio Grande do Sul, o projeto da Biometano São Leopoldo visa benefícios a projeto de planta de purificação de biogás para produção de biometano, a partir de aterro sanitário, com capacidade de 36,7 mil m³/dia. O projeto da Atvos Bioenergia, no Mato Grosso do Sul, consiste na implantação de uma planta de biometano anexa à Usina Santa Luzia. A unidade terá capacidade de produção de 110,1 mil m³/dia e uma estimativa anual de 28 milhões de m³, obtido a partir do aproveitamento da vinhaça e da torta de filtro geradas pela usina. O incentivo fiscal do Reidi consiste na suspensão da incidência das contribuições para PIS (1,65%) e Cofins (7,6%) sobre as receitas decorrentes de aquisições previstas na lei 11.488/2007, destinadas à utilização ou incorporação em obras de infraestrutura destinadas ao seu ativo. Biometano e Combustível do Futuro No fim de março, a Atvos (ex-Odebrecht Agroindustrial) recebeu a licença de instalação para a construção da sua primeira fábrica de biometano, a partir de resíduos da cadeia produtiva da cana-de-açúcar. A expectativa é de que a planta de biomateno entre em operação até o fim de 2026 endash; ano que marca o início de vigência do mandato do Combustível do Futuro. A unidade será instalada anexa à Unidade Santa Luzia, responsável pela produção de etanol e que também gera energia elétrica a partir da biomassa da cana. A unidade de São Leopoldo (RS) é a segunda da Companhia Riograndense de Valorização de Resíduos (CRVR) em aterros endash; a outra será instalada em Minas do Leão. Juntas, as plantas da CRVR irão produzir mais de 100 mil m³ do gás renovável por dia

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Petrobras diz que gasolina caiu 7,3% em dois anos e meio de governo Lula

A Petrobras anunciou redução de 5,6% no preço da gasolina A vendida às distribuidoras, a partir de terça-feira (3/6). Com o ajuste, a estatal acumula redução de R$ 0,22 por litro desde dezembro de 2022 emdash; queda de 7,3% no preço nominal. Ajustada pela inflação do período, essa retração chega a R$ 0,60 por litro, ou 17,5% em termos reais, segundo destacou a companhia no comunicado desta segunda (2/6). O valor médio nas refinarias passará a R$ 2,85 por litro, queda de R$ 0,17. A Petrobras afirma que, para o consumidor, considerando a mistura obrigatória de 27% de etanol anidro, a parcela Petrobras na gasolina C recua para R$ 2,08/litro, R$ 0,12 a menos por litro. eldquo;Considerando a inflação do período de dezembro de 2022 até hoje, a redução dos preços da gasolina nas refinarias da Petrobras é de 17,5%erdquo;, afirmou a companhia. Veja o comunicado. Essa é a primeira mudança no preço da gasolina em 328 dias. Na semana passada, a presidente da Petrobras, Magda Chambriard, afirmou que tanto a gasolina quanto o diesel estão sendo vendidos pelas refinarias da estatal abaixo do preço de paridade internacional. Em entrevista após participar de evento do Dia da Indústria no BNDES, na segunda (26/5), Chambriard reforçou que, caso os preços do petróleo continuem em queda e o real se valorize, a companhia eldquo;por certoerdquo; reduziria os valores dos combustíveis. eldquo;Estamos monitorando os preços a cada 15 dias e buscando eliminar a volatilidade do mercado. Temos visto o petróleo recuar e o real se valorizar. Tanto a gasolina quanto o diesel estão com preços abaixo da paridade internacional. Por enquanto, acompanhamoserdquo;, disse a executiva. De lá para cá, as cotações do petróleo Brent no mercado internacional caíram de US$ 64,12 para US$ 63,93 nos fechamentos do mercado de 26 de maio e 1º de junho. Nesta segunda (2/6), contudo, o barril é negociado em alta de 3,4%, próximo dos US$ 65. eldquo;Se o petróleo cair mais, certamente vamos reduzir o preço dos combustíveis endash; não só da gasolina, mas também do diesel, do QAV e do GLPerdquo;, disse Magda Chambriard na semana passada. Petrobras faz primeiro reajuste de preço da gasolina em 11 meses A Petrobras manteve o preços da gasolina sem reajustes por 328 dias, desde 9 de julho de 2024, quando havia elevado os preços médios em R$ 0,20 por litro. A Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom) faz o balanço diário de preços domésticos e da paridade de importação (PPI), com a consultoria Stonex. Segundo o boletim desta segunda (2/6), o mercado internacional e o câmbio pressionam os preços domésticos e o PPI acumula uma redução de R$ 0,49 por litro desde o último reajuste nos preços da Petrobras. eldquo;Os preços médios da gasolina A operam acima ou abaixo da paridade a depender dos polos analisadoserdquo;, informa. A janela de importação ficou aberta por quatro dias até o fechamento do mercado na sexta (30/5). Isto é, a Abicom calculava que era possível importar combustíveis com preços competitivos em relação aos praticados pelas refinarias nacionais em razão da diferença de R$ 0,03 a R$0,17 por litro, a depender do polo. A Refinaria de Mataripe, da Acelen, na Bahia, vende a gasolina A para as distribuidoras no polo de Aratu por R$ 2,8772 por litro, enquanto o preço de paridade (PPI) no mesmo polo está em R$ 2,8986, defasagem de 1% (R$ 0,0214 por litro), segundo a Abicom. Concorrência da Petrobras com o etanol hidratado A Petrobras anunciou o corte em 5,6% nos preços da gasolina após os preços do etanol hidratado caírem em 18 estados na semana de 25 a 31 de maio, segundo dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) compilados pela AE-Taxas. Nos postos pesquisados e#8203;e#8203;pela agência em todo o país, o preço médio do etanol cedeu 0,23% na comparação com a semana anterior, para R$ 4,27 o litro, diz o Estadão. Em São Paulo, principal estado produtor, consumidor e com mais posições avaliadas, a cotação média caiu 0,25%, de R$ 4,08 para R$ 4,07 o litro. A maior queda percentual na semana, de 1,31%, foi registrada no Ceará, onde o litro passou de R$ 5,35 para R$ 5,28. A maior alta no período, na Bahia, foi de 1,04%, para R$ 4,87 o litro. O preço mínimo registrado na semana para o etanol em um posto foi de R$ 3,38 o litro, em São Paulo. O maior preço, de R$ 6,49, foi distribuído em Pernambuco. Já o menor preço médio estadual, de R$ 3,89, foi registrado em Mato Grosso, enquanto o maior preço médio foi verificado no Amazonas, de R$ 5,49 o litro. Assim, o etanol mostrou-se mais competitivo em relação à gasolina em seis estados na semana de 25 a 31 de maio. Na média das pesquisas postadas no país, o etanol tinha paridade de 68,10% ante a gasolina no período, portanto favorável em comparação com o derivado do petróleo, conforme levantamento da ANP elaborado pela AE-Taxas. Executivos do setor observam que o biocombustível pode ser competitivo mesmo com paridade maior que 70%, a depender do veículo em que é utilizado. O etanol é mais competitivo em relação à gasolina nos seguintes estados: Acre (69,56%); Mato Grosso (63,25%); Mato Grosso do Sul (65,29%); Minas Gerais (69,67%); Paraná (68,09%) e São Paulo (66,29%). Com informações do Estadão Conteúdo.

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