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Governo de São Paulo abre consulta pública para certificação estadual de biometano

A Secretaria Estadual de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (Semil) de São Paulo, abriu, nesta terça-feira (29/7), uma consulta pública sobre o Certificado de Garantia de Origem de Biometano Paulista. O objetivo do governo do estado é lançar, até o fim do ano, um conjunto de diretrizes para emissões dos certificados, que comprovam a origem renovável do gás e permitem às empresas comprovarem o uso de energia renovável nas suas operações. Atualmente, São Paulo é o maior centro consumidor do Brasil e tem o maior potencial de produção de biometano do país. De acordo com um estudo da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), em parceria com a Semil, o potencial de produção é de cerca de 6,4 milhões de m³/dia, mas hoje são produzidos menos de 1 milhão de m³/dia. A certificação paulista ocorre em paralelo à política nacional para o biometano criada pela lei do Combustível do Futuro. Sancionada em outubro de 2024, a legislação também prevê a emissão dos Certificados de Garantia de Origem de Biometano (CGOBs), que serão utilizados para comprovação da meta obrigatória de descarbonização do consumo de gás a partir de 2026. No caso de São Paulo, a intenção é viabilizar um mercado voluntário, complementar ao obrigatório nacional. Com isso, espera dar mais opções aos produtores de biometano em suas estratégias de monetização, e atrair investimentos tanto na produção da molécula quanto na cadeia de fornecedores para o setor. A consulta pública fica aberta até o dia 27 de agosto. Interessados podem participar nesta página.

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Questões a resolver com os EUA passam por etanol e terras raras, diz Simone Tebet

A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, afirmou nesta terça-feira, 29, em entrevista à Globonews, que o pacote de medidas para fazer frente à tarifa de 50% sobre as exportações brasileiras aos EUA, a entrar em vigor na sexta-feira, 1º, representa uma eldquo;reaçãoerdquo;, e não uma eldquo;retaliaçãoerdquo;. O Estadão/Broadcast mostrou na segunda-feira, 28, que a avaliação interna, no Palácio do Planalto, é de cautela sobre qualquer ação contra a medida dos Estados Unidos e os efeitos econômicos de uma guerra comercial entre as duas potências. Sem citar o Brasil, o presidente dos EUA, Donald Trump, disse na segunda-feira que as tarifas com a maior parte dos países ficarão no intervalo de 15% a 20%. Para a ministra, o governo Trump está sendo eldquo;induzido a erroerdquo; por mentiras da família Bolsonaro, em referência à carga política do anúncio do presidente norte-americano. eldquo;O governo Lula não saiu da mesa de conciliação com EUA porque não conseguiu sentar na mesaerdquo;, afirmou. eldquo;Trump ainda não quer conversar com Brasil por uma estratégia.erdquo; A ministra disse acreditar que a sobretaxa de 50% imposta pelos EUA ao Brasil tem como alvo principalmente o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e não o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. eldquo;Acho que a questão é muito mais Alexandre de Moraes do que presidente Lulaerdquo;, afirmou. Ela avaliou que Trump eldquo;uniu a fome com a vontade de comererdquo;, ou seja, o fator econômico com a questão ideológica. Tebet ainda disse que Lula eldquo;não tem problemaerdquo; em ligar para Trump para negociar a reversão das tarifas, mas que é preciso cautela. eldquo;O presidente Lula não tem problema de pegar o telefone e ligar, mas é preciso minimamente de um ponto de partida para que o elsquo;pósersquo; telefonema não fique pior do que estavaerdquo;, disse a ministra. eldquo;Qual é o ponto de partida, o que efetivamente vem de lá para cá, o que efetivamente o governo americano quer do Brasil que o Brasil ainda não tenha se prontificado; o que o Brasil tem a oferecer e que ainda não foi divulgadoerdquo;, exemplificou a ministra em relação aos pontos indefinidos na relação com Trump. Tebet também mencionou que é preciso esperar 1º de agosto para qualquer reação, olhando para dois caminhos: se haverá prorrogação da vigência da tarifa ou se os EUA vão diminuir alíquotas de setores específicos. Riquezas do Brasil Ela afirmou, porém, que questões a serem resolvidas com EUA passam por etanol e terras raras. eldquo;Nos interessam a tecnologia que não temos e o capital estrangeiroerdquo;, disse. A transferência de tecnologia entre os dois países, além de ampliação de investimentos no setor, é uma pauta defendida pelos empresários desse mercado no Brasil. O governo Lula discute lançar uma política nacional voltada à atração de investimentos em minerais críticos antes da COP-30, em Belém (PA), segundo apurou o Estadão/Broadcast. O segmento é alvo de interesse dos Estados Unidos, em meio às negociações do tarifaço imposto aos produtos brasileiros pelo presidente norte-americano, Donald Trump. A ministra explicou que eventual acordo entre Brasil e EUA sobre os minerais críticos e terras raras seriam dentro de parâmetros aceitáveis pelo governo, incluindo atenção ao meio ambiente. eldquo;Não vamos minerar na Amazônia, não vamos aceitar o que não atenda às regras brasileiraserdquo;, ponderou. eldquo;Minerar no Brasil requer que seja dentro das nossas regras, com sustentabilidadeerdquo;, acrescentou. A ministra disse que o Brasil tem o que oferecer aos EUA, mas eldquo;as portas estão fechadaserdquo;. Tebet afirmou que pacote de medidas para fazer frente à tarifa de 50% sobre as exportações brasileiras aos EUA tem um caráter eldquo;menos fiscal do que se esperaerdquo;. Todo o esforço, segundo o governo, é para evitar a taxa proibitiva prevista para entrar em vigor no dia 1º de agosto. Se vigorar a taxa de 50%, há medidas já sendo ventiladas como abertura de crédito. Além disso, as ações defendidas pelo setor industrial incluem a eldquo;proteção ao mercado brasileiroerdquo; de produtos que estão entrando com preços inferiores ao custo de produção ou aos preços praticados no mercado interno. Ou seja, medidas antidumping. eldquo;Temos condições de socorrer afetados por tarifa de 50% por um a dois anoserdquo;, avaliou a ministra. Ela disse ainda que há grande preocupação com a indústria do aço, como eventual sobretaxa para além do que já tinha sido anunciado. eldquo;A grande pergunta é o que EUA querem, o que ainda não têm do Brasil, balança é superavitáriaerdquo;, ressaltou. A ministra também afirmou que democracia e soberania são valores inegociáveis e não serão colocadas na mesa com os EUA. eldquo;Lula sai fortalecido com defesa de soberania nacionalerdquo;, afirmou. A ministra também afirmou que é inegociável, em relação a big techs, a regulamentação da apologia ao crime. eldquo;O Supremo foi muito equilibrado em decisão sobre big techserdquo;, disse. (Estadão Conteúdo)

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Ameaças de Trump contra Rússia fazem petróleo subir

Os preços do petróleo tiveram um forte aumento nesta terça-feira (29), impulsionados pelas repetidas ameaças do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de endurecer as sanções contra a Rússia por não pôr fim a mais de três anos de guerra na Ucrânia. O barril de Brent do Mar do Norte para entrega em setembro subiu 3,53%, a US$ 72,51. Seu equivalente americano, o West Texas Intermediate, para entrega no mesmo mês, avançou 3,75%, a US$ 69,21. O petróleo prolongou sua alta de segunda-feira depois que Trump encurtou o prazo para que o presidente russo, Vladimir Putin, encerre sua guerra na Ucrânia para 7 ou 9 de agosto, caso contrário aplicará medidas punitivas. Após dar um ultimato de 50 dias a Putin, Trump disse nesta terça-feira que considera tomar medidas indiretas contra o comércio russo. O republicano falou em impor tarifas de 100% às importações de países que compram produtos da Rússia, especialmente hidrocarbonetos, para atingir sua economia. "Se Trump ameaça agora sancionar um país, este poderia estar mais inclinado a reduzir ao menos suas compras de petróleo russo", disse à AFP Andy Lipow, da Lipow Oil Associates. As ameaças dos Estados Unidos somam-se "às sanções da União Europeia contra não apenas as compras de petróleo bruto russo, mas também os produtos refinados derivados do petróleo russo", destacou o analista, ao apontar que "isso tem um impacto nas refinarias da China, Índia e Turquia". "A China tem importado uma média de 1,99 milhão de barris por dia de petróleo bruto russo" e a Índia aproximadamente "1,75 milhão de barris por dia" desde o início do ano, segundo especialistas do ING. Os analistas, no entanto, expressaram dúvidas sobre a aplicação dessas sanções do modo como estão formuladas. Essas medidas "provocariam um aumento significativo no preço do petróleo bruto, que repercute no consumidor na forma de um aumento do preço da gasolina, uma situação política que Donald Trump não deseja que ocorra", explicou Lipow. (AFP)

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Petrobras eleva em 7,6% produção de petróleo no Brasil no 2º tri

A produção de petróleo da Petrobras no Brasil cresceu 7,6% entre abril e junho ante igual período do ano passado, com o avanço operacional de novas plataformas, apesar de paradas programadas e declínio em campos maduros, informou a companhia nesta terça-feira. A Petrobras produziu uma média de 2,32 milhões de barris de petróleo por dia (bpd) no país no segundo trimestre, versus 2,16 milhões de bpd nos mesmos três meses de 2024, mostrou a empresa em seu relatório de produção e vendas. Na comparação com o primeiro trimestre, houve uma alta de 4,8% na produção de petróleo da Petrobras no Brasil. "Neste trimestre, tivemos o topo de produção do FPSO Duque de Caxias (Mero 3), com 180 mil bpd, e a entrada em operação do FPSO Alexandre de Gusmão (Mero 4), além da continuação do ramp-up do FPSO Almirante Tamandaré, no campo de Búzios", disse no relatório a diretora de Exploração e Produção, Sylvia Anjos. "Além disso, neste primeiro semestre, tivemos um aumento de produção no campo de Tupi, quando comparado ao mesmo período do ano passado, reforçando o cuidado com os campos em operação", acrescentou a diretora, pontuando que os trabalhos em curso na petroleira sustentam a projeção de produção futura da companhia. O campo de Tupi, embora já esteja em declínio, é o maior produtor do Brasil. Durante o segundo trimestre, entraram em operação 14 novos poços produtores, sendo sete na Bacia de Campos e sete na Bacia de Santos, informou o relatório. Somente no pré-sal, a Petrobras produziu 1,97 milhão de bpd nos meses de abril a junho, crescimento de 8,8% na comparação com o mesmo período do ano passado e avanço de 6,5% em relação ao primeiro trimestre. As exportações de petróleo da estatal somaram 690 mil bpd no segundo trimestre, alta de 6% ante o mesmo período do ano passado e avanço de 25,2% na comparação com o primeiro trimestre. A China, principal destino das exportações de petróleo da Petrobras, representou 54% das vendas externas da empresa, contra 50% no mesmo período de 2024 e 36% no primeiro trimestre. "No segundo trimestre, a China aumentou sua participação nos destinos das nossas exportações, pressionada, em parte, pelas novas sanções à Russia. Consequentemente, houve redução das exportações para a Europa e o restante da Ásia, outros dois importantes mercados para óleos brasileiros", disse a companhia. A Europa ficou em segundo lugar, representando 19% das vendas externas, enquanto países da Ásia (fora a China) somaram 12% e os Estados Unidos, 8%. PRODUÇÃO E VENDAS TOTAIS Considerando a produção total de óleo e gás natural no Brasil e no exterior, a Petrobras bombeou uma média diária de 2,91 milhões de barris de óleo equivalente (boed) entre abril e junho, alta de 7,8% ante o mesmo período de 2024 e avanço de 5% versus o primeiro trimestre deste ano. Como operadora, a companhia produziu um recorde de 4,19 milhões de boed no segundo trimestre, crescimento de 12,1% ante igual período do ano passado e avanço de 5,3% na comparação com o trimestre anterior, considerando o volume total produzido pelos campos operados pela empresa, incluindo parcelas que pertencem a eventuais parceiros nos ativos. A Petrobras também informou que suas vendas totais de petróleo, gás e derivados cresceram 1,6% no segundo trimestre ante o mesmo período do ano passado, para 2,98 milhões de bpd, com vendas domésticas respondendo por 2,07 milhões de bpd. DERIVADOS O fator de utilização total (FUT) do parque de refino da Petrobras atingiu 91% no segundo trimestre, estável ante o mesmo período de 2024 e contra 90% no trimestre anterior. A produção de derivados do petróleo da Petrobras somou média de 1,73 milhão de bpd no segundo trimestre, queda de 0,8% ante o mesmo período de 2024 e alta de 1,4% em relação ao primeiro trimestre. As importações de diesel no segundo trimestre totalizaram 122 mil bpd, alta de 229,7% ante o mesmo período do ano passado e avanço de 84,8% na comparação com o primeiro trimestre, em razão da preparação para o período de maior demanda, segundo a empresa. Todavia, houve uma alta de 0,6% nas vendas de diesel no segundo trimestre ante o mesmo período do ano passado e uma redução de 1,8% na comparação com o primeiro trimestre, principalmente pelo aumento das importações por terceiros, majoritariamente com origem na Rússia, e pela menor demanda do segmento agrícola, segundo a Petrobras. Já as vendas de gasolina no período registraram crescimento de 3,1% na comparação anual e de 1,5% na base trimestral, com impulso de aumento da demanda total de combustíveis do ciclo Otto e maior participação da gasolina frente ao etanol entre períodos. (Reuters)

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Diesel, gasolina e etanol recuam em julho, aponta ValeCard

Os preços médios de diesel, gasolina e etanol recuaram nos postos de combustíveis do Brasil de 1º a 26 julho ante o mesmo período do mês passado, apontou pesquisa da ValeCard, empresa especializada em meios de pagamento, soluções de mobilidade e benefícios corporativos. O diesel S-10, tipo mais comercializado do país, teve leve recuo de 0,1% no período, para R$6,278 o litro, segundo a pesquisa, com base em valores apurados em mais de 25 mil postos de combustíveis em todo o país no período. Já o valor médio da gasolina recuou 0,36%, para R$6,388 o litro, enquanto o etanol hidratado -- seu concorrente direto nas bombas -- caiu 0,92%, a R$4,404 o litro. A ValeCard apontou ainda que o etanol está mais competitivo que a gasolina em oito Estados brasileiros, sendo eles Acre, Amapá, Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Paraná, Rondônia e São Paulo. (Reuters)

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Exclusivo: Cosan tem R$ 15 bi em ativos à venda até o fim do ano

O grupo Cosan tem um pacote de cerca de R$ 15 bilhões de vendas de ativos até o fim do ano emdash; boa parte dentro da Raízen, joint venture com a Shell. O negócio mais valioso está na Argentina, que abrange uma refinaria e postos de distribuição de combustíveis, seguido pelas usinas de etanol, cujo processo de venda já está em curso pela companhia. O Valor apurou que o empresário Rubens Ometto Silveira Mello não quer abrir do controle da Rumo (ferrovias), Moove (lubrificantes) e Compass (gás natural). Outros negócios, contudo, podem mudar de mãos, a depender da proposta. Clique aqui para continuar a leitura.

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