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Vibra divulga estratégia para os próximos cinco anos

A Vibra promoveu o Vibra Investor Day nesta quinta-feira (29) e divulgou seu plano de crescimento com cinco eixos estratégicos para consolidar sua liderança no setor. São eles: expansão da rede de postos; ampliação significativa do seu portfólio de clientes no segmento B2B com olhar especial para o agronegócios; ampliação de sua infraestrutura logística; reforço em renováveis com retorno ao acionista e crescimento em lubrificantes. Por meio dessas cinco avenidas de crescimento, a companhia se posiciona como a maior plataforma multienergia do Brasil. "Estamos em um novo momento na companhia. Nos últimos quatro trimestres, tivemos uma entrega de resultados bastante consistentes: arrumamos a casa e colocamos a Vibra em um outro patamar operacional. Nos preparamos com processos e gestão para esse novo cicloerdquo;, afirma Ernesto Pousada, CEO da Vibra. eldquo;Queremos, agora, nos consolidar como a maior plataforma multienergia do Brasil por meio de uma nova etapa de crescimento, sustentando os resultados que conseguimos até aquierdquo;, afirma. Os cinco eixos estratégicos vão colocar a companhia em um patamar de liderança bem acima de seus pares de mercado.eldquo;A Vibra não apenas lidera o mercado, mas também se posiciona como uma referência em gestão e inovação, comprometida em entregar soluções de alto valor e em evoluir continuamente para atender às demandas de um mercado dinâmico e competitivoerdquo;, diz Ernesto Pousada. Rede de Postos A companhia anunciou sua estratégia de crescimento para a rede de postos com a oferta de um portfólio completo e soluções integradas em cada revenda para atrair e fidelizar o consumidor final. O objetivo é expandir a rede de postos, as marcas franqueadas e gerar crescimento de volume e margem. Uma das estratégias mais fortes adotadas, por exemplo, é embandeirar postos com potencial de crescimento. A empresa tem a meta também de dobrar a quantidade de lojas BR Mania nos postos nos próximos anos, chegando a ter presença em mais de 25% da rede, com ganhos de até 16% de volume por cada posto com novas lojas. O combate à ilegalidade é outro pilar relevante e traz benefícios tanto para a companhia como para o revendedor. Agronegócio Parte do crescimento da Vibra passa pelo agronegócio. A empresa planeja expandir a venda de lubrificantes e combustíveis, sobretudo diesel, nas regiões em que o agro está mais presente, além de criar soluções específicas para o mercado. Para suportar esse crescimento, foram investidos R$150 milhões em infraestrutura logística no Arco Norte, no Centro Oeste e no Matopiba, e a empresa irá investir outros R$ 300 milhões nos próximos anos. Além disso, a empresa criou uma diretoria específica para o setor. Crescimento em lubrificantes No mercado de lubrificantes, a Vibra tem a ambição de dobrar o Ebitda. Somente nos últimos 3 anos, o Ebitda de Lubrax no mercado brasileiro cresceu 35%, e a companhia vê grande potencial de crescimento por meio de parcerias com montadoras e concessionárias e também avançando no mercado na América Latina. A inauguração da nova fábrica de lubrificantes, com capacidade para produzir 500 milhões de litros de óleo lubrificante por ano, suporta esse potencial de crescimento. Comerc e reforço em renováveis A companhia destacou a importância da aquisição da totalidade da Comerc para consolidar sua plataforma multienergia. Considerando apenas as sinergias imediatas, a Vibra estima que cerca de R$1,4 bi sejam capturados, com otimização de estrutura fiscal, de contratos de seguro, de licenças e com a redução de custo de dívida, com o custo de captação da Vibra. Com a Comerc, Vibra dá um passo importante em projetos de geração distribuída e eficiência energética, além de focar em opções de crescimento em geração centralizada e na reciclagem de ativos.

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Campos Neto: Galípolo vai passar por pressão como eu passei

O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, disse nesta noite de quinta-feira, 29, que o seu sucessor, Gabriel Galípolo, vai sofrer pressão porque, à frente da autarquia, nenhum dirigente passa por calmaria emdash; e que isso ele aprendeu com seu antecessor, Ilan Goldfajn. eldquo;Não tem calmaria no Banco Central e Galípolo vai passar pelo que passeierdquo;, disse o presidente do BC, ao participar, em São Paulo nesta noite, do painel Os Caminhos para o Crescimento: Estratégias para o Brasil, no evento CNN Talks. Ao reforçar que a pressão faz parte do cotidiano de um presidente da autarquia, Campos Neto frisou que tem uma dimensão positiva desta pressão, porque é nela que se aprende também. eldquo;Mas o importante é a gente entender que a institucionalidade está melhorando, a gente precisa é tirar o Banco Central dessa polarizaçãoerdquo;, afirmou. eldquo;Eu sempre digo que eu espero que o nosso sucessor não seja julgado nem pela camisa, nem pelo jantar, nem pelo evento que participou, e sim pelas decisões técnicas que tomouerdquo;, acrescentou Campos Neto, ao se referir a críticas que recebeu por ter votado com a camisa da Seleção Brasileira, associada a seguidores do ex-presidente Jair Bolsonaro, e por ter ido a jantar oferecido pelo governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, no Palácio dos Bandeirantes. Mas, de acordo com ele, o governo vai ser mais colaborativo, o que fará com que Galípolo atravesse outro mandato, que pode ser do mesmo governo ou não. eldquo;Então é importante entender que isso faz parte da história do BC daqui pra frente, de conviver com, em alguns casos, com um executivo que não foi aquele que o indicouerdquo;, disse também o presidente do BC. De acordo com Campos Neto, com o amadurecimento institucional, ao longo do tempo o presidente do Banco Central vai ser menos conhecido. eldquo;Espero que seja menos conhecido e menos faladoerdquo;, acrescentou. Tecnologia Perguntado sobre que legado vai deixar na autarquia, o banqueiro central disse: eldquo;Não sou eu quem deixa legado, nosso trabalho é em equipeerdquo;. Mas citou algumas das conquistas na área tecnológica digital e, entre outras, citou o Pix como legado. Voltando a falar da agenda de tecnologia do BC, Campos Neto disse que a parte da inovação, da engenharia de tecnologia, afeta muito a vida das pessoas no dia a dia, como o Pix, o Open Finance e novidades que ainda virão. eldquo;Eu acho que isso, sim, levou o Banco Central para mais próximo da sociedade. A sociedade hoje olha o Pix, olha as coisas que acontecem, e entende que o Banco Central fez um trabalho que melhorou a vida das pessoaserdquo;, disse.

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PCC usa máquinas de cartão para lavar dinheiro do tráfico, aponta investigação

A facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) é suspeita de utilizar empresas de maquininhas de cartão de crédito para lavagem de dinheiro e ocultar bens, segundo investigações do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado de São Paulo (Gaeco), braço do Ministério Público de São Paulo, em parceria com Receita Federal, Polícia Federal e Ministério Público Federal (MPF). A Operação Concierge, deflagrada anteontem, traz indícios de que a Yespay Soluções de Pagamentos Ltda teria sido utilizada por um dos líderes da facção endash; João Aparecido Ferraz Netto, o João Cabeludo endash; para atuar na lavagem de capitais de interesse do PCC. A empresa foi alvo de busca e apreensão em 2022, em uma operação da Polícia Civil. O Estadão não conseguiu contato com a defesa dos citados nas operações. A I9Pay negou relação com crimes. Os Bancos Bonsucesso e Rendimento, também citados, disseram colaborar com as investigações. DETALHAMENTO. Em 2021, Inácio Cezar Marques de Souza entrou no quadro societário da Y9pay. Ele foi citado em uma operação policial por suspeita de lavar dinheiro para João Cabeludo e usar documentos falsos. Ao entrar para a empresa, Marques de Souza depositou R$ 122 mil na conta empresarial. eldquo;Além disso, transferiu o veículo Mercedes Benz 2018/2019, avaliado em cerca de R$ 660 mil, para a empresa Smart Money Investimentos e Participações, de propriedade de Aedi Cordeiro dos Santos, provável sócio oculto de Denis Arruda na Yespay. O veículo foi apreendido nos autos da Operação Black Flag em maio de 2021, na posse de Aedierdquo;, cita relatório da Polícia Federal. A Smart é apontada como empresa de fachada fundada por Aedi Santos. Denis Arruda é citado como líder do T10 Bank, um dos alvos da Operação Concierge, que é investigado por auxiliar pessoas físicas e jurídicas com criação de contas invisíveis para evitar rastreamento das autoridades públicas, o que permite lavagem de dinheiro e evita bloqueio de valores. O PCC é apontado como cliente do grupo. A I9Pay também é uma fintech investigada. De acordo com os dados da apuração, as empresas eram hospedadas em instituições financeiras de grande porte autorizadas pelo Banco Central (Bancos Bonsucesso e Rendimento). Entre a Smart Money e a Cedro Preparação de Documentos e Serviços Ltda, empresa também com participação de Denis Arruda, há apenas uma transação, de R$ 225 mil, realizada em novembro de 2020, eldquo;que também pode ser pagamento pelo veículo, inclusive não há transação entre a Smart Money e Marques de Sousaerdquo;, apontam os investigadores. Nos documentos encaminhados à Justiça, há citação de que a estreita relação entre Aedi Santos e Denis Arrruda, por empresas de fachada, tem como objetivo eldquo;operar o branqueamento de capitais para terceiros e obter lucro, ainda que seus clientes sejam integrantes da facção PCCerdquo;. ÔNIBUS. Admar de Carvalho Martins é apresentado como um dos maiores acionistas da UPBus, de acordo com balanço apresentado em 2016. eldquo;De 2015 a 2022, enquanto a UPBus teve prejuízo na casa dos R$ 5 milhões, Admar recebeu quase R$ 15 milhões em lucros distribuídos, valores absolutamente incompatíveis com o quadroerdquo;, diz o Gaeco. A UPBus, que está sob intervenção da Prefeitura de São Paulo desde abril, por determinação da 1.ª e da 2.ª Varas de Crimes Tributários, Organização Criminosa e Lavagem de Bens e Valores da Capital, também aparece na Operação Concierge como suspeita de abrir uma subconta na T10 Bank para ocultar patrimônio e, assim, evitar penhoras, considerando a dívida milionária da empresa com a União e a operação Fim da Linha, de abril. eldquo;O fato de a UPBus possuir mais de R$ 61 milhões em débitos tributários inscritos em dívida ativa da União, justificaria a utilização dos elsquo;serviçosersquo; fornecidos pela T10 Bank, de elsquo;impenhorabilidadeersquo; de suas contas bancáriaserdquo;, diz trecho da investigação citada na decisão da juíza Valdirene Ribeiro de Souza Falcão, da 9.ª Vara Criminal Federal de Campinas, que determinou prisões, buscas e apreensões. A UPBus é apontada como a 11.ª no ranking de maiores remetentes d T10 Bank. eldquo;Observou-se, portanto, que ao que tudo indica a subconta da UPBus no T10 Bank serviu como intermediária, quebrando a cadeia de análise do percurso dos recursoserdquo;, diz trecho do documento elaborado pelos investigadores. ebull;

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Senado deveria atuar para reduzir alíquota de CBS/IBS

No final de 2023, foi aprovada a emenda constitucional 132, que altera de forma bastante profunda o sistema tributário brasileiro. Com a reforma, cinco tributos emdash;IPI, PIS, Cofins, ICMS e ISSemdash; serão substituídos, entre 2026 e 2032, por outros três (CBS, IBS e o Imposto Seletivo, IS). Quem está no Simples não será afetado. CBS e IBS possuem a mesma base de incidência, mas as receitas com o primeiro ficam com a União, ao passo que aquelas do segundo são partilhadas entre estados e municípios. O IS corresponde a uma taxação extra sobre produtos que geram danos à saúde humana e ao meio ambiente (40% para União, 60% para governos regionais). Os impactos favoráveis tendem a ser expressivos: o FMI estimou recentemente que o PIB será 6% a 11% maior, ao passo que outros estudos indicam ganhos de até 20%. Eles virão com o fim da cumulatividade (desonerando a produção, os investimentos produtivos e as exportações), a extinção de regimes especiais distorcivos, a redução da sonegação e da litigância, entre outros efeitos. Foi definido que o montante arrecadado pelos novos tributos não poderá superar o valor efetivamente arrecadado, na média de 2012 a 2021, com os cinco tributos que serão substituídos (em % do PIB). Isso correspondeu a 12,5% do PIB, já deduzindo a parcela do IPI referente à Zona Franca de Manaus (que continuará existindo). Estimativas feitas no ano passado apontavam que a alíquota de referência de CBS+IBS necessária para manter essa arrecadação seria de cerca de 22%, caso ela fosse aplicada uniformemente em todos os bens e serviços e levando em conta uma sobretaxação, via IS, de cigarros e bebidas alcoólicas. Trata-se de uma alíquota relativamente próxima da média dos países da OCDE, que era de 19,2% em 2022. Contudo, ao longo da tramitação no Congresso, tanto da emenda 132/2023 como do PLP 68/2024 (que regulamenta a reforma tributária e ainda vai tramitar no Senado), foram incorporados tratamentos diferenciados para diversos produtos, levando a alíquota de referência estimada a 28% emdash;que superaria os 27% da Hungria, hoje a maior alíquota entre os membros da OCDE. Não se trata de um aumento da carga tributária agregada ante o que se paga hoje, uma vez que há um teto para a arrecadação. Contudo, muitas das alterações promovidas pelo Congresso são altamente questionáveis, como aquela que dá um desconto de 30% na alíquota para profissionais liberais (economistas, advogados, contadores, médicos, dentistas, engenheiros, entre outros) que faturam mais de R$ 4,8 milhões por ano (teto do Simples). Agora, no Senado, o ideal seria não somente evitar a concessão de mais tratamentos diferenciados mas também reavaliar muitos daqueles que foram introduzidos recentemente pela Câmara. Também deveria ser ampliada a lista dos produtos sujeitos ao IS, incluindo armas e munições, alimentos processados e ultraprocessados, apostas online e combustíveis de origem fóssil endash;algo que poderia gerar um triplo ganho ao permitir uma redução da alíquota de referência sobre os demais produtos, ao melhorar o bem-estar da sociedade brasileira e ao reduzir, no médio prazo, gastos públicos e privados com saúde.

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Como as mudanças do clima podem reduzir a produção de cana e etanol no Brasil

As mudanças climáticas em curso podem provocar queda de até 20% na produção de biomassa de cana-de-açúcar no Brasil em apenas dez anos, com grande impacto na fabricação de etanol e na geração de energia renovável. A conclusão é de estudo feito por pesquisadores do Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM) e da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). O trabalho é pioneiro no detalhamento de impactos negativos do aquecimento global na cultura da cana no País. Nos últimos dias, o interior de São Paulo viu uma amostra dos extremos climáticos, com a destruição de lavouras pelas queimadas impulsionadas pelo tempo seca e quente. O número de focos de incêndio registrados em agosto no Estado foi o maior para qualquer mês nas cidades paulistas desde 1998, quando os registros começaram a ser computados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) indicam que a queda na produção já começou a ser sentida e pode se agravar rapidamente, caso não sejam adotadas ações para mitigar os impactos ambientais. Os números mostram redução de 3,8% na safra de 2024/2025 em relação à anterior, em consequência dos baixos índices de chuva e das altas temperaturas registradas no Centro-Sul do País, onde se concentram 90% do cultivo de cana. Essa redução da produção resultará em queda de 4% na produção de etanol. Os cientistas já sabiam que, em geral, as fontes renováveis de energia são altamente vulneráveis às mudanças climáticas, mas acreditavam que eventual aumento de temperatura não teria impacto negativo na cultura da cana-de-açúcar -- um cultivo tropical bem adaptado ao clima quente. No entanto, as projeções revelam uma alteração significativa no volume e na frequência das chuvas que produziria consequência grave no cultivo da cana. Além disso, o aumento das temperaturas pode extrapolar os limites aos quais a planta está adaptada; de 19ºC a 38ºC. Parte do mestrado do engenheiro agrícola Gabriel Petrielli na Unicamp, o trabalho analisou o impacto das mudanças climáticas na produtividade da região que engloba os Estados de São Paulo, Goiás, Minas Gerais, Paraná, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. O estudo considerou também o impacto em uma potencial área de expansão do cultivo. A análise combinou simulações de crescimento da cana-de-açúcar com dois modelos climáticos diferentes, um otimista e outro mais pessimista, ambos do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas das Nações Unidas (IPCC, na sigla em inglês). Os cientistas também usaram dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). No cenário mais pessimista endash; que prevê redução de até 20% em dez anos endash; a queda nas receitas pode alcançar US$ 1,9 milhão por bilhão de litros de etanol ao ano, sóem créditos de descarbonização. Ou seja, os créditos recebidos pelas emissões de CO2 (um dos principais gases do efeito estufa) evitadas pelo uso do biocombustível em vez do combustível fóssil. Mesmo no cenário mais otimista, em que as emissões de CO2 teriam de ser reduzidas, a produção de cana-de-açúcar recuaria 5%. O Brasil é líder mundial na produção e no consumo de biocombustível. Segundo a Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o País produziu 43 bilhões de litros de etanol e biodiesel em 2023. A biomassa de cana, por sua vez, responde por 16% da geração de energia do País. O novo trabalho mostra que, até o fim do século, a queda na produção pode chegar a 26%. eldquo;Se repassarmos o impacto dessa redução para a energia da biomassa de cana, teríamos redução de 40% do consumo da iluminação pública de todo o Brasil por anoerdquo;, afirmou Gabriel Petrielli, principal autor do estudo. eldquo;Precisamos reduzir emissões para evitar que esses cenários aconteçam e também pensar em planejamento de adaptação se esses cenários se concretizarem.erdquo; Secretário executivo do Observatório do Clima, Márcio Astrini lembra que o Brasil é muito dependente do clima em setores cruciais da economia, como a agropecuária e a geração de energia. eldquo;Os novos dados mostram como o Brasil é frágil e está mal preparado para as mudanças climáticas e como elas vão afetar esses setoreserdquo;, afirma o ambientalista. eldquo;Mas o sofrimento não será igual para todo mundo. Quem tem dinheiro terá acesso a mais tecnologias de adaptação; outros não. A agricultura familiar será atingida em cheio.erdquo; A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) já trabalha em adaptações possíveis para o cultivo de cana que poderiam mitigar as perdas. eldquo;São desafios que já são sentidos hoje no Cerradoerdquo;, aponta Santiago Cuadra, pesquisador da instituição. eldquo;Diante desse cenário, já trabalhamos com alternativas para o setor, uma delas é a irrigação suplementar do cultivo, logo depois da rebrota da cana, que já está sendo usado. Mas temos de ter outras práticas, melhorar a eficiência do plantio, investir no programa de melhoramento genético, que nos traria exemplares mais tolerantes à secaerdquo;, afirma Cuadra. eldquo;Temos de ter em nosso radar que vamos enfrentar um cenário de aumento das temperaturas e de redução hídrica. Nosso foco deve ser nas práticas que trarão maior resiliência ao setor produtivoerdquo;, acrescenta.

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Rede de combustíveis é alvo de ataque hacker milionário; PF prende três

Uma empresa do ramo de combustíveis, com atuação em todo o Brasil, foi alvo de um ataque hacker massivo de uma organização criminosa que atua na internet, apurou a CNN. Segundo as investigações, que se iniciaram na Polícia Federal de Goiás, o grupo acessou a rede da empresa e desviou uma quantia milionário para contas pessoais dos criminosos. O dinheiro, no entanto, foi bloqueado pelo banco em razão de suspeita de irregularidades. Dois dias após o crime, dois suspeitos foram à instituição financeira e tentaram desbloquear o valor para retirada. Para tentar liberar o dinheiro, os suspeitos apresentaram um falso contrato de compra e venda de imóvel ao banco. A partir daí, a dupla foi denunciada e presa em flagrante pela Força Integrada de Combate ao Crime Organizado de Goiás (Ficco-GO), que tem PF e polícias Rodoviária Federal, Militar, Civil, Penal Federal e Penal do estado. Já na noite desta quarta-feira (28), um terceiro envolvido no roubo milionário foi preso, na zona rural de Porto Alegre do Tocantins (TO), pelas polícias de Goiás, do Tocantins e da Bahia. Segundo as investigações, ele participou do ataque hacker e participou da confecção dos falsos contratos. Ele já foi investigado por participação em outras fraudes praticadas pela internet e possuía um mandado de prisão preventiva em aberto pelo crime de organização criminosa. Os nomes dos presos, da empresa e o valor total hackeado não foram informados pela Polícia Federal. A investigação conseguiu recuperar até o momento R$ 2,2 milhões do montante desviado. O valor, porém, é maior, mas a cifra é mantida sob sigilo, bem como o nome da rede de combustíveis para que não atrapalhe as investigações. De acordo com investigadores, os três presos até ontem são braços da rede de criminosos responsável pelo ataque hacker. Outros suspeitos são investigados em mais estados brasileiros.

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