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Etanol/Cepea: Com vendedor firme, preço do hidratado sobe em SP

Depois de recuarem por cinco semanas consecutivas, os preços do etanol hidratado subiram no mercado spot do estado de São Paulo de 16 a 20 de junho. Segundo pesquisadores do Cepea, a postura firme do vendedor e os estoques menores de etanol deram sustentação ao valor do hidratado. De acordo com pesquisadores, vendedores abriram preços mais altos no começo da semana, e as cotações se sustentaram ao longo do período. A forte valorização externa do barril do petróleo foi um fator que influenciou essa postura de agentes. Do lado comprador, alguns estiveram ativos, mas negociaram de forma pontual. Nesse cenário, no mercado spot do estado de São Paulo, entre 16 e 20 de junho, o Indicador CEPEA/ESALQ do etanol hidratado fechou em R$ 2,5696/litro (líquido de ICMS e PIS/Cofins), alta de 1,15% frente ao do período anterior. O Indicador CEPEA/ESALQ do etanol anidro fechou a R$ 2,9134/litro, valor líquido de impostos (sem PIS/Cofins), elevação de 0,39% no mesmo comparativo.

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Petrobras pode anunciar parceria em etanol até o fim do ano, diz gerente executivo

A Petrobras pode anunciar uma parceria na área de etanol no segundo semestre de 2025, disse o gerente executivo de gestão integrada da transição energética da companhia, William Nozaki, nesta terça-feira (24). "O objetivo da Petrobras é fazer uma parceria para entrar de maneira relevante no segmento, não de forma majoritária", disse Nozaki a repórteres durante o evento Energy Summit, no Rio de Janeiro. "Nós estamos prospectando entre os players relevantes do setor, que ainda têm interesse em ser parceiros da Petrobras para atuar nessa frente". Nozaki afirmou que a Petrobras não tem uma preferência sobre qual matéria-prima do etanol poderá apostar. "Tanto cana quanto milho nos interessam desde que parem de pé do ponto de vista logístico, do ponto de vista do preço, do ponto de vista da companhia", explicou. A Petrobras havia dito anteriormente que estava em conversas com várias empresas do setor de etanol a respeito de uma possível joint venture. Nozaki destacou que após a aprovação da Lei do Combustível do Futuro, no ano passado, as empresas estão se movimentando com cautela e medindo o que vai acontecer com o segmento nos próximos meses. "Tem várias empresas prospectando o segmento", disse o gerente executivo da Petrobras, citando ainda a perspectiva de aumento da mistura do etanol na gasolina. A Folha publicou na segunda-feira (22) que o Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) discutirá na próxima quarta-feira um aumento da mistura de etanol anidro na gasolina dos atuais 27% para 30%, de acordo com fontes do governo com conhecimento do assunto. Nozaki reiterou que quando a Petrobras ambiciona entrar em um segmento, "entra de maneira consistente e robusta e a nossa ambição não é diferente do caso do etanol". O gerente executivo adicionou que a companhia também poderá ter anúncios "relevantes" no segundo semestre sobre outros biocombustíveis, como biodiesel e biometano. Notícias indicaram recentemente que Nozaki estaria cotado para assumir o comando da diretoria executiva de Transição Energética e Sustentabilidade da Petrobras, após Mauricio Tolmasquim deixar a posição para integrar o Conselho de Administração da Eletrobras por indicação do governo. Nozaki disse a jornalistas nesta terça-feira que não foi indicado, mas reconheceu que a especulação envolvendo seu nome seria natural, uma vez que ajudou em programa de energia do governo e integra os quadros da Petrobras. (Com Reuters)

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Elevação da mistura de etanol na gasolina será avaliada na 4ª feira

O CNPE (Conselho Nacional de Política Energética) do Ministério de Minas e Energia votará na 4ª feira (25.jun.2025) a proposta para elevar a mistura de etanol na gasolina. Com a mudança, o percentual da mistura irá de 27% para 30%. O índice da mistura de biodiesel no diesel passará de 14% para 15%. A tensão no Oriente Médio aumenta a chance de aprovação da medida. O Parlamento do Irã aprovou, no domingo (22.jun), o fechamento do estreito de Ormuz endash;principal rota de exportação de produtos dos países do Golfo Pérsico, que inclui, além do Irã, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Omã, Iraque e Kuwait. O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, já havia falado sobre o encontro do CNPE durante evento realizado pela Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo). Ele afirmou que a mudança na mistura entraria em debate para ajudar o Brasil a deixar de depender da importação de gasolina e fortaleceria a produção interna de biocombustível. Para ler esta notícia, clique aqui.

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Preço da gasolina sobe nos postos apesar de corte de valor nas refinarias, diz ANP

O preço médio da gasolina nos postos brasileiros registrou leve alta na semana passada, segundo a ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis), contrariando a expectativa de repasse do corte promovido nas refinarias da Petrobras no início do mês. O litro do combustível foi vendido a R$ 6,23, aumento de R$ 0,01 em relação ao verificado pela agência na semana anterior. Assim, a queda acumulada nas bombas após a redução de preços pela Petrobras é de R$ 0,04 por litro, um terço do estimado pela estatal. A demora nos repasses de cortes de preços das refinarias é alvo de críticas do governo e da própria estatal. A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, chegou a pedir que consumidores pressionem donos de postos a baixar os preços. Governo e mercado esperavam que a redução do preço da gasolina ajudasse a aliviar a inflação de junho, já que o produto tem o maior peso dentro do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), que baliza a política monetária do Banco Central. No início de junho, o economista André Braz, da FGV (Fundação Getúlio Vargas), estimou que, caso o repasse estimado pela Petrobras fosse atingido, levaria a um impacto negativo de 0,10 ponto percentual no indicador. A alta da gasolina ocorre em um momento de elevação da cotação do etanol anidro, que também subiu R$ 0,01 na semana passada. Mas o movimento não explicaria totalmente a frustração de expectativas com a falta de repasses, já que o produto representa apenas 27% da mistura vendida nos postos. O etanol hidratado seguiu em queda nas bombas, sendo vendido na semana passada pelo preço médio de R$ 4,20 por litro, ou R$ 0,01 a menos do que o verificado na semana anterior. Nas usinas, porém, o preço do produto subiu R$ 0,03, para R$ 2,57 por litro. Segundo a ANP, o preço do diesel S-10 nos postos brasileiros ficou estável na semana passada, em R$ 6,02 por litro. Após três cortes nas refinarias, o preço do produto acumula queda de R$ 0,45 por litro desde o pico atingido em meados de fevereiro.

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Manifesto pela revisão de cortes na ANP

As entidades representativas do setor de combustíveis e biocombustíveis lamentam profundamente a notícia divulgada pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) de suspensão do Programa de Monitoramento da Qualidade dos Combustíveis (PMQC) durante o mês de julho e aeldquo;redução dos recursos destinados à fiscalizaçãoerdquo;. Por isso, requerem, com urgência, a revisão dos cortes orçamentários impostos às agências reguladoras para normalização dos serviços. As medidas anunciadas pela agência são ainda mais trágicas para o setor neste momento em que se observa claramente o escalonamento do mercado irregular. Além disso, a redução dos recursos destinados à fiscalização ocorre depois de verdadeira coalizão para doação de equipamentos de fiscalização. A defesa da legalidade, qualidade e segurança no mercado de combustíveis é quem mais sofre com o enfraquecimento da ANP, comprometendo seriamente sua capacidade de fiscalizar o setor, coibir irregularidades e garantir a proteção do consumidor. Uma ANP enfraquecida fica limitada em ações essenciais, o que o histórico já mostrou, abre espaço para o aumento de riscos à segurança veicular, à integridade dos motores e à saúde pública, além de favorecer concorrência desleal e prejuízos à arrecadação tributária, sendo um atrativo para criminosos no setor de combustíveis. A ausência de fiscalização também fragiliza o ambiente de negócios e transmite insegurança jurídica aos investidores e operadores do setor, com efeitos diretos na confiança e estabilidade do mercado. O programa realiza mais de 16 mil análises mensais e orienta as fiscalizações da ANP. Na última suspensão por 2 meses, em 2024, irregularidades chegaram a 40% em algumas regiões. Sem o PMQC, a capacidade de identificar e combater fraudes fica comprometida. Para o consumidor, os impactos são diretos e severos: sem uma agência reguladora atuante, aumentam os riscos de abastecimento com combustível de má qualidade endash; seja diesel, gasolina, biodiesel e etanol. As entidades signatárias reforçam, por fim, que investir na estrutura das agências é investir na proteção do consumidor, na segurança energética do país e na credibilidade do ambiente regulatório brasileiro. ABICOM - Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis BRASILCOM endash; Federação Nacional das Distribuidoras de Combustíveis, Gás Natural e Biocombustíveis FECOMBUSTÍVEIS endash; Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e de Lubrificantes IBP endash; Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás ICL endash; Instituto Combustível Legal SINDICOM endash; Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e de Lubrificantes SINDTRR endash; Sindicato Nacional Transportador Revendedor Retalhista Brasília (DF), 24 de junho de 2025.

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Bioenergia já é 30% de toda a matriz energética do Brasil

A energia que o agronegócio produz, seja com a geração de eletricidade a partir de matérias-primas agropecuárias, seja via biocombustíveis que substituem combustíveis fósseis, que representava menos de 10% de toda a energia produzida no Brasil na década de 1970, passou a responder por 30% de toda a oferta nacional entre 2020 e 2023, segundo estudo do Observatório de Bioeconomia da Fundação Getulio Vargas (FGV). O aumento da participação da bioenergia, que refletiu o crescimento da frota de veículos flex e do programa de mistura de biodiesel, foi central para que a matriz de energia do país ficasse mais renovável. Em 2023, as fontes renováveis representavam 49,1% de toda a matriz energética brasileira (somando a energia oriunda da eletricidade e dos combustíveis). Sem a energia que se gerou com as matérias-primas do campo, a parcela renovável da matriz energética teria sido de 20% emdash; mais próximo da média mundial, de 15%, segundo os cálculos conduzidos pelo pesquisador Luciano Rodrigues. Para definir o escopo de bioenergia no estudo, o pesquisador reuniu nos cálculos eldquo;toda energia solar que é capturada pela biomassa e convertida em alguma forma de energia útil para a sociedadeerdquo;, disse Rodrigues. eldquo;A oferta da matriz de energia não é só de energia elétrica, a eletricidade é um pedaçoerdquo;. Para comparar a energia gerada de cada fonte e conforme cada uso, o estudo converteu todas as fontes em tonelada equivalente de petróleo (TEP). O estudo considera entre as fontes de energia do agronegócio a biomassa de cana-de-açúcar emdash; seja para produzir etanol, seja para gerar eletricidade emdash;, lenha e carvão vegetal, lixívia (ou liquor negro, um resíduo da indústria de papel e celulose), óleos vegetais (que servem de matéria-prima para a produção de biodiesel), o biogás gerado a partir de resíduos agrossilvopastoris e outras biomassas. A biomassa de cana-de-açúcar foi responsável por 16,87% da oferta de energia no Brasil em 2023, somando eletricidade e combustíveis. A parcela foi maior do que a contribuição da hidreletricidade na matriz energética no mesmo ano, de 12,01%. O etanol é o principal responsável pela liderança da bioenergia da cana na matriz, já que a eletricidade gerada da queima do bagaço ainda é inferior à hidreletricidade. Na última década, uma das fontes de bioenergia que mais cresceram foi o etanol de milho. Nesse período, 25 unidades novas entraram em operação, 16 já estão autorizadas a operar e devem começar a produzir em breve e outras 16 estão sendo construídas ou logo entrarão em obras. Os aumentos da mistura de biodiesel também tiveram grande peso no aumento da participação do campo na matriz. Do ano passado para cá, as indústrias de processamento de soja planejavam fazer investimentos de R$ 5,7 bilhões. Apesar do crescimento estrutural da produção de bioenergia ao longo das décadas, houve altos e baixos pontuais em alguns anos, como em 2017, 2020 e 2021. Rodrigues avaliou, porém, que não é possível afirmar que a bioenergia está mais suscetível a oscilações do que outras fontes. eldquo;Há algumas matérias-primas que são menos afetadas pela conjuntura de cada safra, como a lixívia, de papel e celulose, porque a floresta plantada demora anos para crescer. A lenha e o carvão também são menos impactadoserdquo;, observou. eldquo;Mesmo no caso de culturas de ciclo curto, como soja e milho, é possível armazenar e ter a matéria-prima disponível. O mesmo ocorre com o etanol de canaerdquo;. Ele avalia que há eldquo;diversidadeerdquo; nas matérias-primas energéticas do agronegócio, além de diversificação geográfica da produção, o que atenua eventuais impactos de problemas climáticos sobre a produção. eldquo;Outras fontes [de energia], como a hídrica, também são impactadas por condições climáticaserdquo;, comparou. O estudo identificou também que o setor da economia que mais utiliza a bioenergia do agronegócio é a indústria. Em 2023, a indústria consumia metade da energia que o campo gera, representando uma parcela até maior do que o setor de transportes, que utiliza fontes de energia mais populares, como o etanol e o biodiesel. eldquo;Tem um pedaço grande desse consumo que vem da indústria de alimentos e bebidas, além das indústrias de floresta plantada, carvão mineral, cerâmicas e metalurgiaerdquo;, detalhou Rodrigues.

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