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Etanol/Cepea: Indicador do hidratado se estabiliza neste encerramento de mês

Segundo pesquisadores do Cepea, distribuidoras voltaram a ficar um pouco mais ativas no mercado spot do estado de São Paulo neste encerramento de setembro. No entanto, a maior parte desses demandantes ainda adquire volumes pontuais e insuficientes para causar reações nos preços de negociação. Do lado das usinas, a participação de vendedores também está limitada, com agentes atentos aos resultados finais do desempenho da safra 2025/26. Nesse cenário, entre 22 e 26 de setembro, os valores do hidratado ficaram praticamente estáveis. O Indicador CEPEA/ESALQ do etanol hidratado para o estado de São Paulo fechou em R$ 2,7416/litro (líquido de ICMS e PIS/Cofins), ligeira desvalorização de 0,2% no comparativo ao período anterior.

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Etanol sobe mais de 1% em setembro e faz gasolina ser melhor opção

O preço do etanol subiu em média 1,15% nos postos de abastecimento em setembro, na comparação com agosto, chegando à média nacional de R$ 4,41 o litro, maior valor desde junho deste ano. Já a gasolina registrou estabilidade no mesmo período, mantendo o preço médio de R$ 6,34 registrado no mês anterior, segundo o Índice de Preços Edenred Ticket Log (IPTL), que mede os preços de 21 mil postos brasileiros. eldquo;Enquanto a gasolina permaneceu estável em setembro, o etanol voltou a subir, refletindo tanto a pressão de demanda com a mudança regulatória, que elevou a mistura obrigatória de etanol anidro na gasolina de 27% para 30%, quanto as condições de oferta no mercado internoerdquo;, explica o diretor de Rede Abastecimento da Edenred Mobilidade, Renato Mascarenhas, informando que, com a alta do etanol, a gasolina foi a melhor opção para o motorista este mês. Na análise por regiões, a maioria acompanhou a alta para o etanol, com exceção do Nordeste, a única a registrar queda para o biocombustível, de 0,20% (R$ 4,94). O Sudeste apresentou a maior alta do período, de 1,65%. Mesmo assim, a região segue com o etanol mais em conta: R$ 4,30. Já o etanol com média mais alta segue sendo registrado na Região Norte: R$ 5,20 (+0,19%). Em relação à gasolina, apesar da estabilidade na média nacional, a maioria das regiões registrou leves quedas, com destaque para o Nordeste, com redução de 0,47% (R$ 6,42). Na análise por regiões, a maioria acompanhou a alta para o etanol, com exceção do Nordeste, a única a registrar queda para o biocombustível, de 0,20% (R$ 4,94). O Sudeste apresentou a maior alta do período, de 1,65%. Mesmo assim, a região segue com o etanol mais em conta: R$ 4,30. Já o etanol com média mais alta segue sendo registrado na Região Norte: R$ 5,20 (+0,19%). Em relação à gasolina, apesar da estabilidade na média nacional, a maioria das regiões registrou leves quedas, com destaque para o Nordeste, com redução de 0,47% (R$ 6,42). Apenas o Sudeste teve alta para o combustível no período, de 0,32%, fazendo com que a média da região emdash; ainda a mais em conta do País emdash; chegasse a R$ 6,21. A gasolina mais cara entre regiões segue sendo a do Norte: R$ 6,83 (-0,15%). Na análise por Estados, o etanol apresentou sua maior alta do período em Rondônia, onde passou a custar R$ 5,26, após alta de 3,75%. O Estado com o etanol mais em conta para o motorista no período foi São Paulo, onde o preço médio registrado foi de R$ 4,18, mesmo após aumento de 2,20%. Alagoas apresentou a maior queda para o biocombustível em setembro, de 1,87%, recuando ao preço médio de R$ 5,25. O etanol mais caro em setembro foi o do Amazonas, com preço médio de R$ 5,47; o valor representa alta de 0,18% em relação a agosto. Já a gasolina teve o maior aumento no Espírito Santo, de 0,79%, chegando ao preço médio de R$ 6,41. A maior queda da gasolina, de 2,12%, ocorreu em Alagoas, que registrou média de R$ 6,46. O Rio de Janeiro teve a gasolina mais em conta: R$ 6,12 (estável). O Acre seguiu como Estado com a gasolina mais cara do Brasil em setembro, com preço médio de R$ 7,44 (-0,53%). eldquo;Em setembro, graças ao cenário de alta do etanol, a gasolina se destacou como a alternativa mais econômica para os motoristas na maior parte dos estados brasileiros, sobretudo os das regiões Nordeste, Sul e Norte. Ainda assim, vale lembrar que o etanol carrega uma vantagem ambiental relevante: por emitir menos poluentes, contribui para uma mobilidade mais limpa e alinhada às metas de descarbonizaçãoerdquo;, afirmou Mascarenhas.

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Margem Equatorial: Ibama fará novo simulado após ajustes da Petrobras

Há cerca de um mês, tivemos um dos momentos mais significativos do setor de combustíveis, com as operações da Receita Federal, Polícia Federal, ANP, entre outros órgãos, que unidos, que colocaram à mostra todo esquema do crime organizado. De lá para cá, acompanhamos os desdobramentos da Operação Carbono, com a operação Square e também a interdição da Refinaria de Manguinhos. Ibama fará um novo simulado para confirmar as mudanças feitas pela Petrobras no atendimento à fauna em caso de vazamento de petróleo na bacia da Foz do Amazonas, na Margem Equatorial brasileira, segundo parecer do órgão. A operação, porém, não afetará o processo de licenciamento para a estatal explorar a região, explica o Ibama no documento, depois que a Avaliação Pré-Operacional (APO) foi aprovada na semana passada. A expectativa de pessoas próximas ao assunto é de que a licença deva sair nos próximos dez dias. A sonda que fará a exploração, a ODN II, já está posicionada, segundo apurou o Estadão/Broadcast, mas nem sempre o primeiro poço traz o resultado esperado, diz uma pessoa a par do assunto que pediu anonimato. No caso da bacia de Campos, por exemplo, que garantiu a maior parte da produção da estatal desde a década de 1970 até recentemente emdash; hoje responde por apenas 20% do total produzido no País emdash;, a descoberta de petróleo significativo ocorreu apenas na perfuração do nono poço. Na bacia da Foz do Amazonas, devem ser perfurados pelo menos oito poços. eldquo;Um novo exercício de fauna deverá ser executado, sem prejuízo da continuidade do processo de licenciamento em cursoerdquo;, explica o Ibama em parecer obtido pelo Estadão/Broadcast. eldquo;No decorrer do transbordo noturno de fauna ocorreram três incidentes: atropelamento de petrecho de pesca, encalhe em banco de areia e abalroamento de embarcações que participavam da atividade. Cabe uma reconsideração na forma como foi conduzida a avaliação de risco, conjecturando também aspectos de segurança da equipe envolvidaerdquo;, diz o documento. Receita fácil de pipoca caramelizada deliciosa Durante o simulado houve, por exemplo, um dano real em uma das embarcações utilizadas (Mineral III) com uma rede de pesca do barco Bambam, que será ressarcido em R$ 12 mil. eldquo;O procedimento de identificação do pescador responsável pela embarcação e petrecho perdido foi considerado apropriado e célereerdquo;, de acordo com o parecer do Ibama sobre a atuação da Petrobras no incidente. Expectativas A proximidade de uma possível liberação para o início da exploração do primeiro poço pela estatal na região, o FZA-M-59, tem empolgado os defensores da busca por petróleo no Norte do País. A exploração da nova fronteira é necessária para que a Petrobras aumente suas reservas da commodity e garanta a manutenção do nível de produção após o declínio do pré-sal, previsto para a próxima década. Por outro lado, o avanço na região provoca a reação de opositores à atividade petrolífera no local, considerado zona sensível pela biodiversidade.

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'Combustível do Futuro' impulsiona mercado de biometano, que atrai investimentos

O mercado brasileiro de biometano, gás renovável idêntico ao gás natural, que pode ser usado tanto nos veículos, como GNV, quanto na indústria, vive um momento de otimismo. A publicação, neste mês, do decreto que regulamenta a Lei do Combustível do Futuro anima o setor e deverá estimular investimentos. Uma das maiores produtoras de biometano da América Latina, a Gás Verde, dona da usina instalada no Aterro Sanitário de Seropédica, que recebe os resíduos do Rio, planeja aumentar sua produção de 160 mil metros cúbicos por dia (m3/d) para 650 mil m3/d, até 2028, com novas plantas em seis estados. Marcel Jorand, CEO da empresa, explica que a companhia espera ampliar a oferta de biometano para outras regiões e apoiar a transição energética de indústrias e do transporte rodoviário no país: emdash; Também estamos prontos para apoiar o setor de gás natural fóssil no atendimento das metas colocadas pela Lei do Combustível do Futuro, seja com o biometano certificado ou com o CGOB (Certificado de Garantia de Origem do Biometano). A nova regulamentação prevê a adição do biometano ao gás natural no país emdash; num modelo mais ou menos semelhante à mistura de etanol anidro na gasolina emdash;, começando com 1%, a partir de 2026, até chegar a 10%. emdash; Além do biometano, vamos começar a produzir, em breve, o CO2 verde, oriundo da corrente de biometano, fechando um ciclo completo de circularidade emdash; conta Jorand. A Gás Verde fornece biometano para grandes indústrias como Ambev, Saint Gobain e Nestlé, entre outras. Já o CO2 é usado, principalmente, na indústria de bebidas. emdash; Também abastecemos veículos e frotas de empresas, como, por exemplo, o do Grupo Lersquo;Oréal, para quem montamos o primeiro ponto de abastecimento dedicado para atender toda a frota da empresa, possibilitando a descarbonização dos transportes emdash; completa Jorand. Renata Isfer, presidente da ABiogás, destaca que a chamada pública da Petrobras, lançada em janeiro, para o fornecimento de 600 mil m3/d de biometano atraiu um grande volume de oferta, o que demonstra o apetite dos investidores. Ela explica que o Brasil tem hoje uma capacidade instalada para produção de biometano de 1 milhão de m3/d, mas o potencial no curto prazo é de até 34 milhões de m3/d: emdash; Podemos crescer até oito vezes em apenas cinco anos. Segundo Renata, a maior parte desse crescimento virá do aproveitamento de resíduos da produção de açúcar e etanol, cuja decomposição gera o biogás. emdash; Além de fornecer maior potencial de aproveitamento energético, a maior parte da produção de cana se concentra em São Paulo, onde está a maior demanda, com clientes industriais que buscam a descarbonização emdash; explica a presidente da ABiogás. emdash; É onde também se concentra a maior infraestrutura para o transporte e a distribuição do biometano. Faltam postos Para que as expectativas se concretizem, ainda será preciso vencer alguns desafios, como a instalação de postos com o combustível, diz Renata. Gasolina terá mais etanol? O diesel vai mudar? Entenda o e#39;combustível do futuroe#39; A operadora de gasodutos TBG desenvolve um projeto de Hub de Biometano, para incrementar a oferta do biocombustível emdash; como o biometano é idêntico ao gás natural, pode ser injetado nos gasodutos. Segundo Jorge Hijjar, diretor-presidente da TBG, o plano é construir um ou dois hubs, com capacidade de 200 mil m3/d cada um. emdash; O transporte pode ser por meio de caminhões-tanque de GNC (Gás Natural Comprimido), GNL (Gás Natural Liquefeito) ou por meio de conexão entre o hub e a rede de gasodutos emdash; diz Hijjar.

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Cortes na fiscalização: Sete de 11 agências reguladoras federais terão em 2026 orçamento menor

As dificuldades do governo em fechar as contas e o orçamento engessado por gastos obrigatórios têm refletido em cortes de verbas das agências reguladoras, responsáveis por fiscalizar e impor regras para diversos setores da economia, como energia elétrica e petróleo. As agências federais terão em 2026 até 37% menos verbas do que há dez anos, de acordo com a proposta orçamentária enviada ao Congresso. As autarquias enfrentam dificuldades para manter seus serviços em pleno funcionamento neste ano e pressionam por uma autonomia financeira e orçamentária. Entre as 11 agências reguladoras federais, sete delas terão uma diminuição no orçamento em comparação com dez anos atrás emdash; embora, em praticamente todas elas, o Orçamento previsto para o ano que vem seja maior do que o deste ano. Olhando no longo prazo, as autarquias contarão com menos recursos no ano que vem do que em 2016. Os números evidenciam um processo de sucateamento das agências na última década, com cortes orçamentários sucessivos, na contramão do aumento de suas atribuições e folhas salariais. Diante da dificuldade orçamentária, os órgãos regulatórios alegam insuficiência de verba no próximo ano e trabalham nos bastidores para tentar uma recomposição dos recursos. Demanda por autonomia O presidente da Associação Brasileira de Agências Reguladoras (Abar), Vinícius Benevides, entregou, em julho, ao vice-presidente e ministro de Desenvolvimento, Indústria, Comércio Serviços, Geraldo Alckmin, um documento assinado por 80 órgãos públicos, que demanda a autonomia administrativa, financeira e orçamentária. Benevides lembrou que as reguladoras também são uma fonte de renda para o Tesouro, com a realização de leilões de concessão e a coleta de taxas de fiscalização, mas essa arrecadação não fica com elas. De 2010 a 2022, as agências arrecadaram R$ 179 bilhões, e receberam R$ 75 bilhões nos orçamentos, segundo a Abar. emdash; Eu sei o que os governos passam, mas eu acho que chegou já no limite do limite, está na hora de as agências terem mais autonomia emdash; disse Benevides. Entre os 11 órgãos federais, a Agência Nacional de Petróleo (ANP) é a que terá o orçamento mais reduzido. Em 2016, o gasto total previsto na Lei Orçamentária Anual (LOA) era de R$ 798 milhões, em valores corrigidos pela inflação, ante os R$ 449 milhões para o ano que vem, queda de 37%. O novo diretor-geral da ANP, Arthur Watt, disse que o orçamento é eldquo;muito inferiorerdquo; ao necessário. emdash; Vamos tentar, com muito diálogo, demonstrar que estão sendo cortadas funções essenciais da ANP, que geram recursos públicos, como os leilões, além de atividades fundamentais para a sociedade, como fiscalização e monitoramento da qualidade dos combustíveis emdash; disse Watt a jornalistas. A ANP chegou a interromper, neste ano, o programa de monitoramento da qualidade do combustível, após as agências federais sofrerem um contingenciamento linear de 25% dos seus recursos. Parte da verba foi recomposta, e o programa voltou a funcionar. A agência participou da megaoperação que investigou um suposto esquema do crime organizado no setor de combustíveis. Em nota, a ANP afirmou que em atuado para buscar suplementação de recursos que, segundo o órgão, estão em valor eldquo;inferior ao necessário para a manutenção integral das atividadeserdquo;. eldquo;Apesar das restrições, a agência se empenhará para não interromper ações essenciaiserdquo;. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) também deverá pedir recomposição dos recursos previstos para o ano que vem, após ter que interromper serviços de fiscalização neste ano e ter que demitir funcionários terceirizados. Em nota, a autarquia diz que o orçamento necessário para o ano que vem era de R$ 256 milhões, frente aos R$ 141 milhões previstos. eldquo;Se nada se alterar, a operação da agência em 2026 já se encontra parcialmente comprometidaerdquo;, diz a nota da Aneel. A Agência Nacional dos Transportes Terrestres (ANTT) terá um orçamento 24% menor do que o de dez anos atrás. eldquo;Apesar dos desafios impostos pelos contingenciamentos e tendo em vista que a previsão de orçamento para 2026 apenas cobriria as despesas correntes, a agência está empenhada em continuar executando seus projetos regulatórios e manter a qualidade dos serviços prestadoserdquo;, disse o órgão, em nota, defendendo a proposta de autonomia administrativa. Funcionários de menos A Agência Nacional das Águas (ANA) terá uma perda de 25% em comparação com 2016, com R$ 491 milhões. Isso exigirá rever prioridades e realizar ajustes. A lei de criação da ANA previa 395 funcionários, número nunca atingido emdash; hoje, são 320. eldquo;A ANA pode ser obrigada a reduzir em até 30% a quantidade de pontos de monitoramento na Rede Hidrometeorológica Nacionalerdquo;, informou a agência, em nota. eldquo;A solução estrutural passa pela consolidação do tripé de autonomia das agências reguladoras: decisória, técnica e financeira. Hoje, o ponto frágil é justamente a autonomia financeira.erdquo; A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) também precisou parar atividades essenciais neste ano, após ter parte da verba bloqueada em maio. Em 2026, a autarquia terá um orçamento 12% menor do que há dez anos. Um dos serviços atingidos foi o agendamento dos exames teóricos para obtenção de licenças e habilitações de pilotos e mecânicos. Em julho, a autarquia recebeu um aporte de R$ 15 milhões do Ministério de Portos e Aeroportos (MPor), para reduzir os impactos do contingenciamento. eldquo;O valor liberado está sendo utilizado, prioritariamente, para a retomada da aplicação de provas aos profissionais de aviação civil e nas atividades de certificação e fiscalizaçãoerdquo;, informou a Anac, em nota.

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Aporte na Cosan deixa a situação da Raízen mais indefinida

A Cosan anunciou na última semana um aporte bilionário de investidores institucionais. A cifra é alta e os investidores são pesados: R$ 10 bilhões injetados por BTG Pactual, Perfin e Aguassanta (family office de Rubens Ometto, presidente do conselho de administração da Cosan). Se por um lado a injeção de capital ajuda a aliviar a pressão sobre a alavancagem da companhia, por outro, o aporte coloca em xeque o futuro da Raízen endash; joint-venture criada pela Cosan em parceria com a Shell e que também busca dinheiro no mercado. Isso porque o capital levantado pela Cosan não será destinado a capitalizar a Raízen. A controladora já informou que os recursos irão reforçar sua própria estrutura de capital. Ao fim do segundo trimestre, a Cosan registrava dívida líquida de R$ 17,5 bilhões, com alavancagem próxima de 3,4 vezes a geração de caixa. Com o aporte, a Cosan consegue limpar quase 60% de sua dívida. O movimento de captação também vai permitir que a empresa reduza sua despesa financeira anual com a holding. No caso da Raízen, os números não são nada triviais. A dívida líquida da companhia somava cerca de R$ 49,2 bilhões no mesmo período, com alavancagem em torno de 4,5 vezes. O aporte na Cosan coloca a Raízen em compasso de espera. É pouco provável que o BTG Pactual endash; que vinha sendo especulado como potencial investidor na Raízen endash; coloque mais dinheiro na mesa após ter entrado no capital da holding. No que diz respeito a uma captação, restam ainda algumas opções. A japonesa Mitsubishi, sócia minoritária na Raízen, poderia ampliar sua posição. Outros potenciais investidores estratégicos, como fundos soberanos árabes ou canadenses, também são cogitados, embora a janela de mercado não ajude: o setor sucroenergético enfrenta margens pressionadas, e a percepção de risco sobre a companhia está elevada. Além de buscar por capital externo, a Raízen também adotou um plano de enxugar o negócio. Em março, a companhia contratou o banco americano JPMorgan para auxiliá-la na negociação de venda de ativos, principalmente na Argentina. Até julho, contando os ativos também no Brasil, a empresa já tinha liberado R$ 2,7 bilhões em desinvestimentos. A tendência é de que essa cifra aumente até o fim do ano. No ano, as ações da Cosan acumulam queda de 22%. A desvalorização, no entanto, acelerou após o aporte: as ações cedidas aos investidores tiveram desconto agressivo. O preço fechado foi de R$ 5,00 por ação, enquanto os papéis beiravam R$ 8,00 no mercado. Já os papéis da Raízen amargam perda de 50% em 2025. A queda está ligada à frustração de investidores com a desalavancagem lenta, à dificuldade em monetizar ativos de energia renovável e ao ambiente de juros altos, que pressiona empresas muito endividadas.

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