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Petróleo e derivados ficam isentos de tarifa dos EUA contra produtos brasileiros

Petróleo e derivados estão isentos das tarifas de 50% impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, contra produtos brasileiros, confirmou a ordem executiva publicada pela Casa Branca na quarta-feira (30/7). Também ficaram isentos minério de ferro, celulose e aeronaves, entre dezenas de outros produtos listados como sujeitos às regras de isenção anteriores à publicação do decreto. Veja a lista completa. Não há menção a etanol ou açúcar entre as isenções. Portanto, a princípio, esses produtos estão sujeitos às taxas. As tarifas vão entrar em vigor dentro de sete dias. Na prática, a medida foi adiada, já que estava prevista para começar na próxima sexta-feira (01/8), conforme anunciado por Trump no começo de julho. No decreto, Trump cita como razão para a aplicação das taxas medidas do Supremo Tribunal Federal, incluindo medidas de regulação sobre conteúdos em redes sociais. Cita ainda os processos criminais em curso contra o ex-presidente Jair Bolsonaro pelas tentativas de interferência nos resultados das eleições de 2022. O petróleo bruto é, atualmente, um dos principais produtos exportados pelo Brasil aos EUA. Dados da Petrobras divulgados na noite de terça (29/7) mostraram que as vendas para as refinarias norte-americanas aumentaram no segundo trimestre de 2025. O Instituto Brasileiro do Petróleo e do Gás (IBP) vinha defendendo uma flexibilização das taxas para o petróleo, por ser uma commodity global. Entretanto, analistas apontavam que o Brasil conseguiria encontrar outros mercados para o petróleo, caso os EUA aplicassem as tarifas sobre o produto. Etanol é alvo de tensões A primeira rodada de tarifas dos EUA sobre produtos brasileiros ocorreu em abril, com uma taxa de 10%. Na ocasião, a tarifa era menor do que a aplicada a outras regiões, como China e União Europeia. Entretanto, em fevereiro a Casa Branca já havia citado o etanol brasileiro como um dos exemplos de políticas tarifárias consideradas eldquo;injustaserdquo; pelos estadunidenses. Os EUA aplicam uma taxa de 2,5% sobre o etanol brasileiro, enquanto o Brasil cobra 18% sobre o produto estadunidense. Ainda assim, o Brasil é deficitário na relação comercial com os EUA, no cálculo geral.

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Petróleo sobe 1% com atuação de Trump em relação à Rússia e ameaças de tarifas

Os preços do petróleo fecharam com alta de 1% nesta quarta-feira, com os investidores concentrados nos desdobramentos do prazo mais apertado dado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para que a Rússia encerre a guerra na Ucrânia e suas ameaças de tarifas aos países que comercializam seu petróleo. O contrato de setembro do petróleo Brent, que deve expirar na quinta-feira, fechou com alta de 1,01%, a US$73,24. O petróleo West Texas Intermediate (WTI) dos EUA subiu 1,14%, a US$70, com os investidores em grande parte ignorando os dados mistos dos EUA sobre os estoques de petróleo e combustível. Ambos os contratos haviam caído quase 1% no início do dia. O contrato mais ativo do Brent para outubro subiu 1,1%, a US$72,47. Na terça-feira, Trump disse que começaria a impor medidas à Rússia, como tarifas secundárias de 100% sobre os parceiros comerciais, se ela não fizesse progressos para acabar com a guerra na Ucrânia dentro de 10 a 12 dias, passando de um prazo anterior de 50 dias. Ele impôs uma tarifa de 25% sobre os produtos importados da Índia a partir de 1º de agosto, juntamente com uma penalidade não especificada para a compra de armas e petróleo russos. Os EUA também advertiram a China, o maior comprador de petróleo russo, que poderia enfrentar tarifas enormes se continuasse comprando. Os analistas do JP Morgan escreveram que, embora seja improvável que a China cumpra as sanções dos EUA, a Índia sinalizou que o faria, o que poderia afetar 2,3 milhões de barris por dia (bpd) das exportações de petróleo russo. "Os operadores parecem mais focados nas tarifas (relacionadas à Rússia) e o cumprimento por parte da Índia está sendo considerado positivo para os preços do petróleo", Dennis Kissler, vice-presidente sênior de negociações da BOK Financial. (Reuters)

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Brasil deve retomar envio de petróleo aos EUA com isenção de tarifas, diz IBP

A expectativa é de que as companhias do setor de petróleo do Brasil retomem as exportações aos Estados Unidos após a indicação nesta quarta-feira de que o produto ficará isento das tarifas de 50% anunciadas neste mês, disse o presidente do Instituto Brasileiro do Petróleo (IBP), Roberto Ardenghy, à Reuters. As petroleiras haviam optado por estocar o petróleo nas plataformas de produção ou em navios próprios maiores, nas últimas semanas, após o presidente dos EUA, Donald Trump, ter anunciado em 9 de julho as novas tarifas, sem detalhar eventuais isenções. Em decreto nesta quarta-feira, os EUA excluíram várias das principais exportações brasileiras da tarifa, como suco de laranja, algumas aeronaves, celulose e produtos de energia. eldquo;Pela nossa primeira leitura petróleo e derivados (capítulo 27) ficaram de fora. Mas nossa equipe técnica está confirmandoerdquo;, disse Ardenghy, presidente do IBP, que representa as petroleiras no Brasil, como Petrobras, Shell, TotalEnergies, ExxonMobil e Equinor. eldquo;Nosso setor é muito específico. Colocar tarifas sobre nossos produtos é um jogo de perde/perdeerdquo;, acrescentou Ardenghy. O petróleo é o principal produto da pauta de exportação do Brasil aos Estados Unidos. Antes do anúncio tarifário de Donald Trump contra o Brasil neste mês, o produto também estava isento da tarifa de 10% aplicada mais cedo neste ano para as exportações brasileiras aos EUA. Ardenghy explicou ainda que a data considerada para a eventual cobrança de tarifas seria a da chegada na alfândega do porto nos EUA. Dessa forma, o envio de cargas ficou suspenso desde a época do anúncio da nova tarifa, em 9 de julho, uma vez que o tempo estimado de uma carga sair do Brasil e chegar nos portos americanos é de 21 dias. Ele ponderou, no entanto, que algumas cargas que já estavam no mar podem ter sido desviadas para chegarem antes da data válida para as tarifas. Mais cedo, o presidente do IBP havia reiterado que o petróleo brasileiro, por ser de baixo teor de enxofre e CO2, é muito valorizado no mercado. Disse que as empresas encontrariam outros destinos, caso não houvesse isenção. Em 2024, o Brasil exportou um total de 1,78 milhão de barris por dia (bpd), sendo que 243 mil bpd foram destinados aos EUA, segundo dados do governo compilados pela consultoria StoneX. Em termos de receita, as vendas de petróleo do Brasil ao exterior somaram US$44,96 bilhões, sendo US$5,83 bilhões ao país norte-americano. Já a Petrobras, maior produtora de petróleo do Brasil, tem uma exposição menor. A companhia publicou na terça-feira que os EUA representaram 8% de suas exportações no segundo trimestre, contra 5% no mesmo período de 2024 e 4% no primeiro trimestre deste ano. Especialistas afirmaram à Reuters anteriormente que o Brasil teria flexibilidade logística e comercial para preservar a competitividade do seu petróleo no mercado internacional, caso a commodity brasileira não fosse isenta das novas tarifas. A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, disse à Reuters em meados do mês que poderia redirecionar o petróleo que vende para os Estados Unidos, enviando mais cargas para os mercados da Ásia e da Ásia-Pacífico com tarifas mais altas anunciadas pelos EUA sobre o Brasil. (Reuters)

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Inpasa se posiciona sobre anúncio de unidade de etanol em Goiás; saiba aqui

A Inpasa, maior fabricante de etanol de milho da América Latina, se posiciona, com nota, sobre a anunciada unidade no Estado de Goiás. O JornalCana publicou notícia sobre a unidade goiana a partir de anúncio do governador Ronaldo Caiado, em 15 de julho, de que a companhia vai instalar sua primeira unidade goiana em Rio Verde. A informação do governador está em publicação da Agência Cora Coralina de Notícias, vinculada à Secretaria de Comunicação do Estado de Goiás. O investimento privado será de R$ 2,5 bilhões para a construção de uma refinaria, com expectativa de geração de cerca de 3 mil empregos, dos quais mil serão diretos. Caiado recebeu a confirmação diretamente do CEO da empresa, José Lopes, enquanto cumpria agendas da missão internacional ao Japão. Em uma videoconferência com o empresário, ele celebrou a escolha por Goiás, ao lado do prefeito de Rio Verde, Welington Carrijo; do secretário municipal de Indústria e Comércio, Denimarcio Borges; do ex-prefeito, Paulo do Vale; e do deputado estadual Lucas do Valle. O governador destacou que a Inpasa vai comprar parte da produção goiana de milho para o processamento de etanol. Inpasa em Goiás: Detalhes da Nova Unidade Confira a nota da Inpasa sobre a unidade de Goiás: eldquo;A Inpasa avalia constantemente oportunidades de expansão que estejam alinhadas ao seu plano estratégico de crescimento sustentável, reafirmando seu compromisso com o desenvolvimento das regiões agrícolas brasileiras. A empresa confirma que tem a intenção de instalar uma unidade no Estado de Goiás. No entanto, o projeto ainda está em fase de estudos de viabilidade estrutural e industrial, portanto, ainda não há confirmação oficial ou cronograma definido para sua implementação.erdquo;

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Gasolina, diesel e etanol ficam mais baratos em julho; veja preços médios

Os preços médios de diesel, gasolina e etanol recuaram nos postos de combustíveis do Brasil de 1º a 26 julho ante o mesmo período do mês passado, apontou pesquisa da ValeCard, empresa especializada em meios de pagamento, soluções de mobilidade e benefícios corporativos. O diesel S-10, tipo mais comercializado do país, teve leve recuo de 0,1% no período, para R$6,278 o litro, segundo a pesquisa, com base em valores apurados em mais de 25 mil postos de combustíveis em todo o país no período. Já o valor médio da gasolina recuou 0,36%, para R$6,388 o litro, enquanto o etanol hidratado emdash; seu concorrente direto nas bombas emdash; caiu 0,92%, a R$4,404 o litro. A ValeCard apontou ainda que o etanol está mais competitivo que a gasolina em oito Estados brasileiros, sendo eles Acre, Amapá, Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Paraná, Rondônia e São Paulo. (Reuters)

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'Tarifaço está sendo tratado com seriedade, mas seriedade não exige subserviência', diz Lula

Em entrevista ao jornal norte-americano The New York Times, publicada nesta quarta-feira, 30, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que o Brasil está tratando a tarifa de 50% aos produtos brasileiros anunciadas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, com seriedade, o que não significa subserviência ao país. eldquo;Tenham certeza de que estamos tratando isso com a máxima seriedade. Mas seriedade não exige subserviênciaerdquo;, disse o presidente. eldquo;Trato a todos com muito respeito. Mas quero ser tratado com respeito.erdquo; A nova tarifa começa a valer na sexta-feira, 1º de agosto. Segundo a publicação, foi a primeira entrevista de Lula ao The New York Times em 13 anos, eldquo;em parte porque queria falar com o povo americano sobre sua frustração com o Sr. Trumperdquo;, escreveu o jornal. Para o presidente brasileiro, Donald Trump está violando a soberania nacional ao tentar interferir no Judiciário, especialmente no julgamento de Jair Bolsonaro (PL) por tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. Segundo a publicação, foi a primeira entrevista de Lula ao The New York Times em 13 anos, eldquo;em parte porque queria falar com o povo americano sobre sua frustração com o Sr. Trumperdquo;, escreveu o jornal. Para o presidente brasileiro, Donald Trump está violando a soberania nacional ao tentar interferir no Judiciário, especialmente no julgamento de Jair Bolsonaro (PL) por tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. No texto, o jornal norte-americano diz que eldquo;talvez não haja nenhum líder mundial desafiando o presidente Trump tão fortemente quanto o Sr. Lulaerdquo;. O chefe do Executivo brasileiro afirmou ter eldquo;preocupaçãoerdquo; com as consequência das tarifas, mas afirma que isso não causa eldquo;medoerdquo; no governo. Lula também disse que está estudando tarifas retaliatórias aos Estados Unidos, caso Trump eldquo;cumpra suas ameaçaserdquo;. Em nenhum momento o Brasil negociará como se fosse um país pequeno contra um país grandeerdquo;, disse Lula. eldquo;Conhecemos o poder econômico dos Estados Unidos, reconhecemos o poder militar dos Estados Unidos, reconhecemos a dimensão tecnológica dos Estados Unidos.erdquo; Na entrevista, Lula também comparou o episódio do ataque aos Três Poderes em Brasília, em 8 de janeiro de 2022, ao ataque ao Capitólio nos Estados Unidos, em 6 de janeiro de 2021. O petista afirma que caso a invasão ao Congresso norte-americano tivesse ocorrido no Brasil, Trump estaria enfrentando um processo judicial, assim como Bolsonaro. eldquo;Quero dizer a Trump que brasileiros e americanos não merecem ser vítimas da política, se a razão pela qual o presidente Trump está impondo esse imposto ao Brasil é por causa do processo contra o ex-presidente Bolsonaro. O povo brasileiro pagará mais por alguns produtos, e o povo americano pagará mais por outros. E eu acho que a causa não merece isso. O Brasil tem uma Constituição, e o ex-presidente está sendo julgado com pleno direito de defesaerdquo;, disse o chefe do Executivo brasileiro. Segundo o The New York Times, a Casa Branca foi procurada para comentar sobre o tema, mas não houve resposta.

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