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Petrobras abre mão de renováveis na contramão do mundo, diz entidade de petroleiros

Levantamento feito pelo Observatório Social do Petróleo, entidade ligada à Federação Nacional dos Petroleiros, afirma que a Petrobras vem reduzindo sua atuação no setor de energias renováveis nos últimos anos. Até 2016, a companhia mantinha quatro frentes de produção nesse campo, investindo em energia eólica, solar, hidrelétricas e biocombustíveis. Desde então, houve privatizações que diminuíram a capacidade da estatal de produzir energia renovável, como as vendas de um complexo de energia eólica em Mangue Seco (BA) e a participação em uma hidrelétrica em Tocantins. Só na produção de biocombustíveis, a participação da Petrobras caiu de 16% em 2018 para 4,81% em 2020, segundo o Observatório. "É um absurdo o Brasil, que tem uma empresa pública do setor e enorme potencial hídrico, eólico, solar e de biocombustíveis, deixar de investir nesses modais estratégicos", afirma o economista Tiago Silveira, do Observatório e do Instituto Brasileiro de Estudos Políticos e Sociais. Segundo ele, o Plano Estratégico 2022-2026 da estatal prevê investimento de US$ 560 milhões ao ano em sustentabilidade, cifra considerada modesta. Por outro lado, a estatal planeja aumentar em 19% a produção de petróleo até 2026, alcançando a marca de 3,2 bilhões de barris por dia.

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Fecombustíveis apoia aprovação da redução de impostos sobre os combustíveis

O presidente da Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e de Lubrificantes ( Fecombustíveis), James Thorp Neto, e 27 representantes dos sindicatos filiados reuniram-se, ontem (14), com o presidente da República, Jair Bolsonaro, e com o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, para manifestarem apoio às mudanças tributárias propostas pelo Projeto de Lei Complementar 18/2022 - que altera a Lei 5.172 - e considera combustíveis, energia elétrica, comunicações e transporte coletivo, como bens e serviços essenciais, juntamente com as demais propostas do governo para reduzir os preços dos combustíveis nas bombas. A Fecombustíveis entende que a redução da carga tributária será benéfica ao país e a toda a sociedade, por minimizar os efeitos inflacionários e impulsionar a economia.

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Secretário-adjunto de Petróleo, Gás e Biocombustíveis do Ministério de Minas e Energia é exonerado

O secretário-adjunto de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (SPG) do Ministério de Minas e Energia (MME), Pietro Mendes, informou ter sido exonerado nesta segunda-feira, 13, pelo ministro Adolfo Sachsida. Segundo comunicado divulgado por ele, ao qual o Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) teve acesso, a demissão teria ocorrido por causa de entrevista ao Valor e por declarações dadas em um simpósio do setor, na semana passada, nas quais ele explica como deve ser o diferencial tributário para os biocombustíveis, na Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que versa sobre o setor de renováveis no pacote que tramita no Congresso. eldquo;Comunico que fui exonerado pelo Ministro Adolfo Sachsida na data de hoje em função da entrevista. Entendo que não falei nada demais, mas não cabe essa discussão. Faz parte da dinâmica de quem aceita os cargos de livre nomeação/exoneraçãoerdquo;, relatou Mendes na mensagem. Nas declarações, ele avaliou que o diferencial tributário entre renováveis e fósseis e o teto da alíquota dos biocombustíveis seria inferior ao dos derivados do petróleo. eldquo;São medidas estruturantes, que têm que vir para racionalizar a tributaçãoerdquo;, avaliou Mendes durante simpósio organizado pela União Nacional de Bionenergia (Udop), em Campo Grande (MS). eldquo;Foi muito bom ter feito parte da família da SPG. Fizemos muitas coisas em conjunto e agradeço demais a parceria ao longo desse tempoerdquo;, relatou Mendes na mensagem. No texto, ele cita vários programas da Pasta, e a consolidação do RenovaBio. eldquo;O cargo sempre foi o meio para implementar medidas e nunca foi para mim um fim em si mesmo. Agradeço de coração a todo o apoio recebido e ao ótimo ambiente de trabalho que vocês me proporcionaram. Muita gratidão a todoserdquo;, conclui.

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Petróleo fecha em leve alta, com temores sobre a oferta dando suporte aos preços

Os contratos futuros do petróleo fecharam uma sessão de volatilidade elevada em leve alta nesta segunda-feira (13), pressionados, por um lado, pelos temores de desaceleração da demanda, enquanto problemas com a oferta da commodity dão suporte aos preços. O contrato do petróleo Brent, a referência global da commodity, para agosto fechou em leve alta de 0,21%, a US$ 122,27 por barril, depois de oscilar entre ganhos e perdas ao longo da sessão, enquanto o contrato do petróleo WTI americano para o mesmo mês subiu 0,11%, a US$ 118,25 por barril. Ambos os contratos da commodity continuam oscilando entre ganhos e perdas nas negociações eletrônicas pós-fechamento, com o Brent recuando 0,25% e o WTI caindo 0,09% às 16h. Os preços do petróleo seguem sob pressão em meio aos temores de que os bancos centrais serão forçados a acelerar o processo de aperto monetário para conter a disparada da inflação, o que pode prejudicar o crescimento econômico e prejudicar a demanda pela commodity. Estes temores foram agravados pelos dados de inflação ao consumidor dos EUA divulgados na última sexta-feira (10), que indicaram uma alta inesperada dos preços em maio. Hoje, os dados mensais do Produto Interno Bruto (PIB) do Reino Unido surpreenderam negativamente ao indicar uma queda de 0,3% em abril, na comparação com a leitura de março, contrariando a expectativa, que era de alta de 0,1% no período. Do outro lado da balança, porém, a possibilidade de cortes da oferta da Líbia, em meio à instabilidade política no país, assim como as dificuldades enfrentadas pelos membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) em cumprir os aumentos das cotas de produção, alimentam os receios em relação à oferta, dando suporte aos preços. Para Edward Moya, analista sênior de mercado da Oanda, eldquo;alguns investidores estão no modo de fuga do risco, uma vez que as perspectivas para a economia global pioram, mas muitos não querem abandonar a melhor aposta do ano, que é o petróleo e as ações de empresas de energiaerdquo;, avalia.

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Relator recua e propõe desonerar tributos sobre etanol só até dezembro de 2022

O relator do projeto de lei que limita em 17% o ICMS sobre combustíveis, energia elétrica, comunicações e transporte público, senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), apresentou uma complementação de voto hoje. Na nova versão do texto, ele recuou da decisão de estender até junho de 2027 a desoneração do PIS/Cofins e da Cide sobre o etanol e etanol Bezerra explicou em seu parecer que vai deixar essa discussão para a proposta de emenda à Constituição (PEC) do Etanol, que também deve ser votada pelo Senado nos próximos dias. "Modificamos nosso entendimento em relação à tributação do etanol. Faremos a desoneração somente até 31 de dezembro de 2022, depositando, na PEC 15/2022, a confiança em uma solução definitiva para o setor. Quanto aos créditos, utilizaremos a fórmula negociada com o governo e com a Receita Federal", escreveu Bezerra. Na semana passada, Bezerra admitiu que a decisão de estender a desoneração até junho de 2027 foi um "arranjo político" feito no Senado, sem o conhecimento da equipe econômica. Como mostrou o Valor, a extensão maior para o etanol tem relação com uma pressão do setor sucroalcooleiro, que é forte em Estados como São Paulo, Pernambuco, berço eleitoral de Bezerra, e Alagoas, Estado do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL). A preocupação das usinas é que, com a limitação dos impostos sobre a gasolina, a cadeia do etanol perca competitividade. Inflação Fernando Bezerra incluiu na proposta um dispositivo para que, no gatilho pelo qual a União terá de compensar os Estados quando a perda de receita associada a cada bem ou serviço afetado for superior a 5%, o cálculo leve em consideração a variação da inflação. A medida visa facilitar que o gatilho seja disparado e os entes, compensados. A emenda acolhida é de autoria do senador José Serra (PSDB-SP). eldquo;Eu vou fazer isso. Eu vou incorporar, disse ao governo, disse ao presidente da Câmara. Eu quero aqui, como Casa da Federação, dar todas as garantias de que, se houver, de fato, uma redução de receita desproporcional, que a gente possa assegurar as condições para que a gente possa assegurar as condições para que os Estados e os municípios brasileiros possam cumprir com as suas obrigaçõeserdquo;, disse Bezerra. Pelo texto, a União deduzirá, do valor das parcelas do serviço da dívida dos Estados, as perdas de arrecadação de ICMS ocorridas em cada mês do exercício de 2022 em relação ao mesmo mês de 2021. O cálculo das perdas considerará as arrecadações mensais de 2021 corrigidas pelo IPCA e serão apuradas individualmente, para cada um dos bens e serviços.

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Abastecer com etanol é mais vantajoso em pelo menos 4 estados, apontam dados da ANP

Com alta no preço da gasolina e as quedas consecutivas no custo do etanol, abastecer o tanque com álcool já começa ser mais vantajoso para o consumidor. De acordo com último levantamento de preços da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o preço do etanol nível nacional foi verificado em R$ 5,00, enquanto a gasolina estava em R$ 7,24. Vale destacar que a gasolina tem a capacidade de fazer o veículo rodar mais quilômetros do que com o etanol. Em média, um litro de gasolina rende até 14 quilômetros (km), enquanto a mesma quantidade de etanol percorre em média 9 km. Para verificar o combustível com melhor custo benefício, o consumidor deve dividir o valor do etanol pelo preço da gasolina. Se o resultado for abaixo de 0,7, a melhor opção é o álcool. Entretanto, segundo levantamento da CNN com base nos dados divulgados pela ANP, nem todos os estados apresentam preços abaixo ou na mesma linha da média nacional. Os estados de Minas Gerais, Mato Grosso, Goiás e São Paulo são os quatro em que já podem ser verificados a vantagem do etanol em relação à gasolina. Preço médio dos combustíveis nos estados em que o etanol é vantajoso: Minas Gerais (Etanol: R$ 5,12 X Gasolina: R$ 7,47) Goiás (Etanol: R$ 4,92 X Gasolina: R$ 7,49) Mato Grosso (Etanol: R$ 4,87 X Gasolina: R$ 7,04) São Paulo (Etanol: R$ 4,65 X Gasolina: R$ 6,85) Segundo o último levantamento de preços da ANP, a gasolina comum voltou a crescer nos postos de combustíveis do país após três semanas consecutivas de queda. Conforme o boletim divulgado nesta sexta-feira (10), o preço médio do litro da gasolina subiu na casa dos centavos e chegou a R$ 7,24, frente aos R$ 7,21. O etanol, alternativa para motoristas em tempo de alta da gasolina, permanece em tendência de queda. Nesta semana, o preço médio do litro chegou a R$ 5,00, após seis quedas consecutivas no preço.

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