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Etanol continua menos competitivo ante gasolina em todas as unidade da Federação

O etanol não era competitivo em relação à gasolina em nenhum dos 26 Estados ou no Distrito Federal, na semana passada, encerrada no sábado, 28. Conforme levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) compilado pelo AE-Taxas, referente à semana passada, na média dos postos pesquisados no País, o etanol está com paridade de 76,06% ante a gasolina, portanto desfavorável em comparação com o derivado do petróleo. Executivos do setor observam que o etanol pode ser competitivo mesmo com paridade maior do que 70%, a depender do veículo em que o biocombustível é utilizado.

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Pressão sobre preços será teste para novo CEO da Petrobras

O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, que assumiu o cargo na quinta-feira (26), poderá ser testado a curto prazo sobre um tema sempre delicado na estatal, o reajuste dos combustíveis. A pressão vem de dois lados: no mercado doméstico, existe a perspectiva do fim da desoneração dos impostos federais sobre o setor. No cenário externo, novas sanções da União Europeia à Rússia, previstas para o começo de fevereiro, tendem a restringir a oferta de derivados de petróleo, o que pode contribuir para uma alta das cotações. O que deve ajudar Prates a adiar decisões sobre preços, dizem analistas, é a desaceleração da economia mundial e a queda do dólar frente ao real. Para ler esta notícia, clique aqui.

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Renault vai reduzir de 40% para 15% participação na Nissan

A Renault deve reduzir de 40% para 15% a participação acionária na Nissan, segundo comunicado da fabricante japonesa divulgado nesta segunda-feira, 30. A decisão teria sido tomada após eldquo;vários meses de discussões construtivaserdquo; para redefinir os termos da parceria. A nota também aponta que a questão ainda precisa passar pelo conselho de diretores das duas empresas. Segundo o comunicado, a intenção é fortalecer a aliança e maximizar a criação de valor, com abordagem em três frentes: reforçar a parceria com projetos operacionais de alta criação de valor; garantir maior agilidade estratégia com novas iniciativas nas quais parceiros possam também atuar; e uma governança equilibrada, com mudanças na participação acionária de uma empresa na outra. Sobre este último ponto, a Renault deve passar a ter 15% de participação na Nissan, reduzindo o nível atual de mais de 40%, e essa diferença seria transferida para um trust francês, no qual os votos seriam eldquo;neutralizadoserdquo; para a maioria das decisões, mas com os direitos econômicos beneficiando a Renault sempre que alguma ação fosse vendida. Já sobre o primeiro ponto, uma das áreas citadas para projetos é a América Latina, sem mais detalhes. Os acordos ainda seriam finalizados e a transação depende do aval dos diretores dos conselhos da Renault e da Nissan, acrescenta o texto. Após o anúncio, a ação da Renault recuava 1,85% na Bolsa de Paris, perto das 8h (de Brasília).

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Mercado eleva para 5,74% projeção de inflação no ano

As previsões do mercado financeiro para a inflação neste e nos próximos anos voltou a subir, segundo o Boletim Focus divulgado ontem. A estimativa para o IPCA (o índice oficial de inflação) neste ano saltou de 5,48% para 5,74%. Para 2024, horizonte que fica cada vez mais relevante para a estratégia de convergência à inflação do BC, a previsão foi de 3,84% para 3,90%. Segundo analistas, esses resultados ainda refletem as declarações recentes do presidente Luiz Inácio Lula da Silva questionando a autonomia do BC e acenando com mudanças nas metas de inflação. Para Lula, as metas deveriam ser mais altas, de forma a aliviar a pressão dos juros na economia. Outro fator foi a surpresa com o IPCA-15 de janeiro, considerado uma prévia da inflação no mês, que registrou alta de 0,55% endash; acima das estimativas do mercado.

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Haddad diz a empresários que governo fará reformas com 'alta intensidade'

Durante participação em reunião da diretoria da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou ontem que as reformas terão eldquo;alta intensidadeerdquo; no novo governo e que ele enxerga receptividade tanto na Câmara quanto no Senado em relação à agenda do Executivo. eldquo;Não vejo intenção de postergar aquilo que precisa ser discutidoerdquo;, disse o ministro, que tem sido pressionado pelos empresários a adotar medidas de cortes de gastos e de desoneração de impostos. Especificamente em relação à reforma tributária, disse que a ideia eldquo;é copiar o que deu certoerdquo; em outros países e, numa crítica a seu antecessor, acrescentou que a mudança na estrutura dos impostos não prosperou antes porque a estratégia do governo Bolsonaro foi propor a volta de tributo nos moldes da antiga CPMF para compensar a desoneração da folha de pagamentos. eldquo;Não houve vontade política de aprovar a reforma tributária. Havia entendimento na Câmara e no Senado de que a reforma estava no caminho certoerdquo;, disse Haddad. Sem dar detalhes, Haddad afirmou ainda que o governo vai eldquo;desengavetarerdquo; iniciativas de democratização do crédito apresenadas pelo Banco Central (BC), e que ficaram paradas no governo anterior. Segundo ele, o assunto já foi discutido com o presidente do BC, Roberto Campos Neto. O objetivo, acrescentou ele, é encaminhar esses projetos até março para a Casa Civil. eldquo;A notícia que recebi é de que várias iniciativas ficaram pelo caminho por questões formaiserdquo;, declarou Haddad, ao falar das medidas na Fiesp. eldquo;A Selic é uma trava para todos nós, e para a democratização do crédito, mas sabemos do potencial que isso teria na economia brasileiraerdquo;, disse. elsquo;ACORDO DE PAZersquo;. O presidente da Fiesp, Josué Gomes, aproveitou a reunião da diretoria para estender a bandeira branca na federação. Ele convidou o ex-presidente da Fiesp Paulo Skaf, líder da oposição na entidade, para compor a mesa que recebeu o ministro da Fazenda. Na semana passada, os dois selaram um acordo de paz que encerrou a crise na entidade patronal endash; e que envolveu uma tentativa de destituição de Josué. O discurso de abertura de Josué repetiu ao ministro as queixas do setor aos juros altos, eldquo;a maior taxa real do mundoerdquo;, e à pesada carga tributária, que reduz a disponibilidade de recursos para investimentos. Segundo Josué, a indústria de transformação deixou de ser a locomotiva do PIB brasileiro, condição que ostentava até a década de 1980, por conta das condições eldquo;inóspitaserdquo; para o setor endash; responsável, lembrou ele, por 30% do total de tributos recolhidos no País. ebull;

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Governo espera eleição no Congresso para definir passos de reforma tributária

Favorito à reeleição para o comando da Câmara, o deputado Arthur Lira (PP-AL) já sinalizou que vai apoiar a reforma tributária para ser a marca da sua gestão, mas prefeitos das capitais e representantes dos setores mais resistentes à proposta querem negociar com o governo antes de a tramitação ser retomada no Congresso. A reforma é a agenda número 1 da equipe econômica no Congresso. O governo já intensificou o diálogo com os Estados. Há uma preocupação com a pressa do governo em aprovar a reforma ainda no primeiro semestre espremer o espaço para o diálogo. Um dos riscos é de a proposta ir direto para o plenário, como já aconteceu na votação recente de Propostas de emenda à Constituição (PECS). A equipe do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, já foi alertada para a necessidade de chamar logo para conversar os grupos de maior resistência, para não fomentar o crescimento de um movimento antirreforma. Os detalhes do caminho da tramitação da proposta só vão sair depois da votação das presidências e das mesas diretoras da Câmara e do Senado, prevista para amanhã. A preocupação é maior no caso do Senado, onde Rogério Marinho (PL-RN), ex-ministro do governo Bolsonaro, disputa o cargo contra o atual presidente, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). A definição das prioridades da agenda econômica e as relatorias dos principais projetos fazem parte também dos acordos de apoio na eleição de amanhã. Um desses pontos é de onde a tramitação será retomada: pelo Senado ou pela Câmara. Um grupo de trabalho poderá ser criado pelo presidente da Câmara para discutir os pontos mais sensíveis. Lira prefere que a reforma seja retomada pela Câmara, onde está a PEC 45, de autoria do presidente do MDB, Baleia Rossi (SP), e que teve como relator o deputado Aguinaldo Ribeiro (PPPB). Ribeiro teve reuniões com o time de Haddad e é candidato a ficar com a relatoria. Já o relatório da PEC 110, que tramita no Senado, é resultado de um amadurecimento da PEC 45 e tem apoio dos Estados. Até o momento, a maior chance é de que a tramitação seja feita pela Câmara, com um texto que misture os pontos das duas propostas. ARRECADAÇÃO. Presidente do Fórum dos Secretários de Fazenda e Finanças das grandes e médias cidades, Giovanna Victer destacou que as grandes cidades apoiam a reforma tributária e reconhecem sua importância para o crescimento da economia do País, mas há preocupação com possíveis choques na arrecadação. eldquo;As cidades possuem compromissos constitucionais com a manutenção do ensino fundamental, da atenção básica da saúde e assistência social, além de toda zeladoria e manutenção das cidadeserdquo;, disse ela, que é secretária da Fazenda de Salvador. No campo da negociação política, João Hummel, diretor da consultoria Action Relações Governamentais, disse que o governo vai ter de sentar à mesa com os setores do agronegócio e de serviços, mas ponderou que há espaço de negociação para um acordo. eldquo;É uma necessidade. A única pauta para dar visibilidade em pouco espaço de tempo é a reforma tributária e já está maduraerdquo;, avaliou. ebull;

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