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Petróleo fecha em queda, em meio a temores de recessão nos EUA

Os contratos futuros mais líquidos do petróleo fecharam em queda hoje, em sessão volátil, à medida que investidores ponderam sobre o aperto monetário do Federal Reserve (Fed) e a possibilidade de uma recessão nos Estados Unidos, em meio às turbulências bancárias. Além disso, houve fôlego limitado, após ganhos recentes do óleo. O petróleo WTI para maio fechou em queda de 1,32% (US$ 0,94), a US$ 69,96 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para junho recuou 1,15% (US$ 0,88), a US$ 75,50 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE). Para a Oanda, existe muito eldquo;pessimismoerdquo; nos mercados de petróleo neste momento, refletindo o temor de investidores de que a demanda não deve melhorar o suficiente para reduzir os estoques da commodity. eldquo;A principal mensagem da reunião monetária do Fed para o mercado de energia é que o banco central provavelmente levará a economia americana a uma recessãoerdquo;, indica a Oanda. A consultoria analisa que, neste cenário, a reabertura chinesa fica em segundo plano, o que mantém o óleo em torno do nível de US$ 70 o barril. Ontem, a decisão do banco central americano de elevar os juros em 25 pontos-base lançou diversas incertezas sobre o mercado de ativos. Em coletiva após a decisão, o presidente do Fed, Jerome Powell, afirmou que as recentes turbulências no sistema bancário devem impactar as condições de crédito para famílias e empresas, pressionando a atividade econômica e pesando sobre a demanda. Em relatório, a Capital Economics avalia que a crise bancária reforça o coro de uma recessão nos Estados Unidos, levantando até mesmo a possibilidade de o Fed cortar os juros em breve. A perspectiva de que o BC americano poderia pausar o aperto monetário chegou a pressionar o dólar. O enfraquecimento da moeda americana no exterior chegou a oferecer algum suporte para o petróleo, ao lado também de dados sugerindo mercado de trabalho resiliente nos EUA, mas o movimento se desfez.

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Anfavea apresenta a Haddad cenário de queda de demanda

O presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Márcio de Lima Leite, afirmou ontem que a crise de produção nas montadoras no País deixou de ser pela falta de semicondutores para ser puxada pela desaceleração da demanda. A declaração foi dada após reunião com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em Brasília. Segundo ele, o mercado de veículos automotores inverteu a lógica de funcionamento. eldquo;O mercado (de carros zero quilômetro) há dois anos e meio tinha 70% das suas vendas a prazo e 30% à vista. Agora, neste mês, estamos vendendo 70% à vista e 30% a prazo. Significa que esse consumidor (que recorre ao crédito) desapareceu e está indo para mercado de usados, e usados com mais de dez anos de usoerdquo;, disse ele após o encontro. eldquo;O mercado começou o ano dando sinais não tão positivos quanto gostaríamos, e apresentamos ao ministro o diagnóstico, passando tanto pelo mercado, por reindustrialização, e perspectivas futuraserdquo;, acrescentou. Como antecipou o Estadão/Broadcast, só na segunda-feira passada três grandes grupos endash; General Motors, Hyundai e Stellantis (dona de Fiat, Jeep, Peugeot e Citroën) endash; suspenderam linhas de produção e decidiram dar férias coletivas, diante de indicações de queda de vendas. As empresas citam a desaceleração da atividade econômica, inflação alta e juros elevados como fatores que levaram ao ajuste nos planos de produção. No fim de fevereiro havia 187,4 mil carros nos pátios das montadoras e das concessionárias, suficientes para 40 dias de vendas, acima da média normal, de 30 a 35 dias. Os preços dos carros usados, que haviam apresentado alta valorização no período de escassez dos novos, pararam de subir e até promoções nas vendas dos zero-quilômetro, que estavam raras nos últimos meses, estão de volta. TRIBUTÁRIA. Leite afirmou que o setor apoia os planos de reforma tributária do governo federal, que, segundo ele, pode eliminar eldquo;problemaserdquo; que atrasam novos investimentos, como o uso de créditos imobiliários. eldquo;Procuramos trazer ao ministro algumas sugestões e contribuições, mas sempre dentro da normalidade, e respeitando o texto que está sendo propostoerdquo;, disse ele, negando que tenham sido discutidas formas de compensação ao setor por eventuais perdas. eldquo;O setor tem hoje R$ 15 bi de créditos de tributos que poderiam ser usados em investimentos, geração de empregos, e hoje fica o dinheiro como um dinheiro sem fazer a economia girar.erdquo; ebull;

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Com rombo bilionário, Petros quer pagar R$ 9,3 milhões em bônus a diretores indicados por Bolsonaro

Os participantes da fundação Petros (fundo de pensão dos trabalhadores da Petrobras) tentam barrar o pagamento de um bônus de R$ 9,3 milhões a quatro diretores, que integram a diretoria-executiva da entidade, por metas alcançadas. O problema é que o fundo vem amargando resultados negativos, e cerca de 50 mil ativos e assistidos dos planos de previdência vão pagar até o fim de suas vidas uma contribuição adicional de 30% para ajudar a cobrir o rombo de cerca de R$ 30 bilhões, decorrente de má gestão. O assunto será discutido em uma reunião extraordinária do conselho deliberativo da Petros, nesta quinta-feira. O fundo de pensão evita comentar a pauta, os valores envolvidos e se parte dos bônus já foi desembolsada. Os R$ 9,3 milhões se referem à soma de R$ 2,2 milhões de ICP (incentivo de curto prazo) com R$ 7,1 milhões de ILP (incentivo de longo prazo). A Petros tem um diretor-executivo, que é o presidente da entidade, um diretor de investimentos, um diretor de riscos de finanças e tecnologia, e um diretor de seguridade. Todos foram indicados na gestão anterior da Petrobras, no governo de Jair Bolsonaro. Em carta enviada à direção do fundo em 17 de março, a Federação Nacional dos Petroleiros (FNP) cobra explicações sobre os critérios utilizados no pagamento do bônus milionário. No ofício, a entidade requer informações sobre os critérios adotados para cálculo do abono, atas de aprovação e estudos previamente realizados e metas estabelecidas, "visando observar a legalidade do mesmo, com esteio na lei da transparência e o dever de fidúcia desta entidade com seus participantes". Segundo interlocutores, a Petros ainda não respondeu ao pedido. Em outra frente, o Grupo em Defesa dos Participantes da Petros (GDPAPE) registrou denúncia na Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc), órgão regulador dos fundos de pensão. A queixa está sendo examinada pela área de fiscalização. Integrantes do governo afirmam de modo reservado que o bônus não deveria ser pago se a entidade apresentou déficit. A avaliação é que as metas estão desalinhadas com os interesses da entidade e dos participantes, que têm uma contribuição extraordinária vitalícia para arcar. A avaliação é que falta uma regulamentação para alinhar as metas e os indicadores com os objetivos do fundo, evitando a distribuição de bônus sem condicionantes. Entre elas, redução de custos administrativos, rentabilidade acumulada nos últimos 36 meses; e inexistência de déficits. Procurada, a assessoria de imprensa da Petros informou em nota que os bônus são uma remuneração variável, criada em 2005 e reformulada em 2019, para atrair executivos de mercado: "Como é de conhecimento público e divulgado a cada ano em nosso Relatório Anual, a Petros tem uma política de remuneração variável, desde 2005, para todo o seu quadro profissional, uma prática comum em organizações de grande porte e em outros fundos de pensão, com o objetivo de atrair e reter profissionais qualificados". No texto, a Petros argumenta ainda que a atual diretoria foi contratada com normas vigentes. "Este modelo remuneratório foi aprovado em junho de 2019 pelo Conselho Deliberativo, instância máxima de governança da Fundação, sendo a atual Diretoria da Petros contratada dentro desses termos". A entidade alega ainda que a contribuição extraordinária dos participantes faz parte de um plano para equacionar déficits de gestões anteriores. Mas, em 2022, a entidade registrou resultado negativo, o que pode exigir mais sacrifícios dos trabalhadores. O fundo argumenta ainda que caso a situação se reverta e a entidade volte a ter superávits, os participantes ganharão um alívio. "Por fim, a Petros reitera seu compromisso com uma gestão responsável, profissional e transparente, assegurando o cumprimento de sua missão junto aos participantes", diz a nota.

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Banco Central mantém Selic em 13,75%, em meio a críticas do governo Lula

O Banco Central decidiu manter a taxa básica de juros (Selic) em 13,75% ao ano na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) concluída nesta quarta-feira. Essa é a quinta manutenção da taxa nesse nível e ocorre após repetidas críticas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e aliados ao efeito dos juros sobre a atividade econômica. A votação desta quarta-feira foi unânime entre todos os oito diretores e o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. A decisão mantém a taxa no maior patamar desde 2016. A decisão já era esperada pelos agentes financeiros. Tem pesado sobre as decisões do BC o aumento das expectativas de inflação, principalmente para o ano que vem, e a demora do governo Lula em apresentar o arcabouço fiscal que será determinante para o comportamento das contas públicas. A inflação - medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) - acumula alta de 5,60% em 12 meses encerrados em fevereiro. Já a expectativa para este ano é de 5,95%, bem acima da meta de 3,25% e acima também do teto de 4,75%. Para 2024, a expectativa para o IPCA é de 4,11%, acima da meta de 3%, mas dentro do limite de tolerância de 4,5%. Pelas projeções do mercado, até o fim do ano, haverá uma redução de 1 ponto percentual nos juros, de acordo com o Boletim Focus. Ou seja, a expectativa é que o ano termine com uma taxa de 12,75%. Cenário A decisão do Copom reflete incertezas tanto no cenário doméstico quanto no contexto externo. Em paralelo à pressão do governo Lula pela queda nos juros, o Ministério da Fazenda conclui a modelagem do novo regramento para as contas públicas - o chamado arcabouço fiscal. A proposta pode traçar a perspectiva de gastos públicos e definir o grau de eldquo;sustentaçãoerdquo; das contas do governo no longo prazo. Na prática, ajudaria na redução dos juros. O anúncio do arcabouço ficou para depois da viagem de Lula à China, com agenda entre 26 e 31 de março. Inicialmente, a Fazenda esperava divulgar a proposta antes da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), e lançar perspectiva para queda nos juros. A proposta pode traçar a perspectiva de gastos públicos e definir o grau de eldquo;sustentaçãoerdquo; das contas do governo no longo prazo. Na prática, ajudaria na redução dos juros. O anúncio do arcabouço ficou para depois da viagem de Lula à China, com agenda entre 26 e 31 de março. Inicialmente, a Fazenda esperava divulgar a proposta antes da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), e lançar perspectiva para queda nos juros. A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, declarou nesta quarta-feira que o regramento para as contas públicas elaborado pela equipe econômica do governo Lula - o chamado arcabouço fiscal - levará à redução na taxa básica de juros em 45 dias. Do lado externo, há forte tensão no sistema financeiro global, desencadeada após a quebra de bancos nos Estados Unidos (Silicon Valley Bank e o Signature Bank), e a crise no Credit Suisse (da Suíça). A turbulência gerou pressão nos bancos centrais sobre o papel da política monetária restritiva e os efeitos nas instituições financeiras. No anúncio também desta quarta-feira, o Federal Reserve - BC americano - aumentou a taxa de juros em 0,25 pontos e reconheceu que a crise bancária terá impactos, especialmente com as condições de crédito mais restritivas.

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Após resultados positivos, veja comentários de analistas sobre balanço da Vibra

A Vibra Energia reportou queda de 45% no lucro líquido no quarto trimestre de 2022 no comparativo anual, para R$ 566 milhões. No acumulado de 2022, a companhia registrou redução de 38,4% no lucro, para R$ 1,537 bilhão. BTG A Vibra Energia apresentou resultados operacionais melhores que o esperado e geração de fluxo de caixa livre robusta mesmo em um quarto trimestre difícil para o setor de combustíveis, diz o BTG Pactual. Os analistas Thiago Duarte e Pedro Soares escrevem que retirando efeitos não recorrentes de perdas com estoques e operações de proteção cambial, as margens vieram acima do esperado. eldquo;As perdas com estoque da Vibra foram o dobro dos competidores e a estratégia de elsquo;hedgeersquo; da companhia se mostrou arriscada, com a empresa tentando arbitrar oportunidadeserdquo;, comentam. O banco diz que a Vibra conseguiu adicionar novos postos à sua rede e os volumes se mantiveram em patamares saudáveis mesmo com a comparação anual complicada, o que mostra a força competitiva da companhia. Neste ano, a empresa ainda deve ficar inserida em um contexto de volatilidade do setor, mas pode ser impulsionada por novas iniciativas da companhia. No entanto, os papéis continuam sem gatilhos de curto prazo, reduzindo sua atratividade. O BTG Pactual tem recomendação de compra para Vibra Energia, com preço-alvo em R$ 28. Há pouco, as ações caíam 7,09%, cotadas em R$ 13,24. Citi Os resultados da Vibra Energia no quarto trimestre foram fracos, o que já era esperado, impactados por perda com estoques e com operações de proteção cambial (eldquo;hedgeerdquo;), diz o Citi. Os analistas Gabriel Barra, Andrés Cardona e Joaquim Alves Atie escrevem que os volumes da companhia não apresentaram crescimento anual, com queda em óleo combustível compensando a alta em gasolina, etanol e querosene de aviação. O lucro líquido foi afetado por uma liberação de capital de giro menor que o esperado e as margens decepcionaram, com as dinâmicas do mercado de combustíveis mais desafiadoras do que as empresas do setor projetavam, afirma o banco. eldquo;Apesar dos resultados fracos, ainda vemos a Vibra como a melhor opção de investimento no setor de distribuição de combustíveis, com múltiplos descontados na comparação com pares e perspectiva de dividendos interessantes em 2023erdquo;, comentam. O Citi tem recomendação de compra para Vibra Energia, com preço-alvo em R$ 27, potencial de alta de 89,4% sobre o fechamento de ontem. Ativa A Vibra entregou um resultado dentro das expectativas no quarto trimestre de 2022, ainda enfrentando relevantes desafios à melhor execução de sua proposta comercial em função da volatilidade das condições de mercado, de acordo com a Ativa Investimentos, em relatório. eldquo;Em um trimestre ainda marcado por volatilidade nos preços de derivados e menores volumes devido à frustração de demanda em diesel, as margens continuaram a se mostrar apertadas e resultaram em condições ainda desafiadoras para Vibraerdquo;, escreve o analista Ilan Arbertman. Segundo ele, devido à uma boa performance em despesas operacionais, a Vibra conseguiu apresentar uma margem de lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) acima de seus pares, embora levemente inferior às expectativas. O analista diz ainda que, com um resultado financeiro em linha com a projeção, o lucro da Vibra também se mostrou próximo às estimativas, com fluxo de caixa livre positivo, o que somado à evolução nos postos de serviço e manutenção de participação de mercado, deve contribuir para que uma recepção neutra dos resultados da empresa. Credit Suisse Os resultados da Vibra no quarto trimestre trouxeram sinais contraditórios, que devem ser vistos como negativos pelo mercado, diz o Credit Suisse. O banco, porém, tem uma visão positiva, pois atribui maior peso à geração de caixa real e ao lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) recorrente como indicador de desempenho futuro. Os analistas Regis Cardoso e Marcelo Gumiero escrevem, em relatório, que o Ebitda veio forte, mas o Ebitda ajustado veio abaixo das expectativas, enquanto o Ebitda recorrente parece animador. Já o lucro líquido superou as projeções mas impulsionado por eventos pontuais, dizem eles. O fluxo de caixa, por sua vez, foi um destaque positivo, embora ajudado pelo capital de giro, e a dívida líquida caiu substancialmente, apesar do pagamento de dividendos, assim como a alavancagem, escrevem os analistas. Para eles, ganhos extraordinários de balanço provavelmente se traduzirão em forte fluxo de caixa em 2023. O Credit Suisse tem recomendação de compra para as ações da Vibra, com preço-alvo de R$ 25, potencial de alta de 75% ante o fechamento de ontem na B3. Santander Os resultados da Vibra Energia no quarto trimestre superaram expectativas conservadoras para o período, com margens acima do esperado, refletindo a robustez operacional da companhia, diz o Santander. Os analistas Christian Audi e Eduardo Muniz escrevem que o quarto trimestre foi complexo e volátil para o setor de combustíveis. Eles veem poucos gatilhos de curto prazo para as ações da Vibra. O banco destaca que a empresa precisa avançar na geração de fluxo de caixa livre das aquisições recentes, incluindo Comerc, para convencer o mercado da sua proposição de valor, além de retomar pagamento de dividendos mais elevados. O Santander tem recomendação neutra para Vibra Energia, com preço-alvo em R$ 17,50. Há pouco, as ações caíam 1,12%, cotadas em R$ 14,09.

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Ream anuncia nova redução de preços da gasolina e diesel a distribuidoras

A Refinaria da Amazônia (Ream) informa a redução média nos preços da gasolina A em R$ 0,12 (3,72%) e das várias modalidades de óleo diesel em R$ 0,13 (de 3,49% a 3,60%) para as distribuidoras, a partir desta quinta-feira (23). É a segunda redução em duas semanas seguidas e a nona nos preços de produtos vendidos às distribuidoras em três meses desde que a Ream assumiu a gestão da Refinaria da Amazônia, em dezembro do ano passado. Os preços da Ream seguem critérios objetivos e transparentes de paridade internacional e são ajustados e divulgados aos distribuidores semanalmente, conforme variações dos preços do petróleo e seus derivados no mercado internacional, além de alterações do câmbio e dos custos de frete do petróleo e insumos para a região.

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