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Petróleo fecha em queda em sessão volátil após EUA anunciarem tarifas para o sábado

Os contratos futuros do petróleo fecharam em queda nesta sexta-feira, 31, após sessão volátil, com a Casa Branca oficializando a implementação de tarifas de 25% contra o México e Canadá e 10% à China a partir do sábado, 1º de fevereiro. Investidores temem um impacto significativo nos preços da commodity com o tarifaço do presidente Donald Trump. Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para março fechou em queda de 0,27% (US$ 0,20), a US$ 72,53 o barril, enquanto o Brent para abril, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), recuou 0,28% (US$ 0,22), a US$ 75,53 o barril. Na semana o WTI e o Brent recuaram 2,85% e 2,42%, respectivamente. No mês, os preços tiveram baixa de aproximadamente 0,28%. O petróleo tinha queda forte no começo da tarde, com a Reuters noticiando que, segundo fontes, as tarifas para os vizinhos dos EUA começariam somente a partir de 1º de março, com inclusão de um processo para que os países buscassem isenções específicas em determinadas importações. Contudo, a commodity arrefeceu as perdas depois que a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, rechaçou a matéria e confirmou as medidas para este sábado. Os principais bancos de Wall Street, como Goldman Sachs, JPMorgan e Morgan Stanley, elevaram suas previsões de preços do petróleo para o ano em meio a crescentes incertezas sobre o impacto da política comercial e energética dos EUA, segundo uma pesquisa compilada. É esperado que o barril do Brent tenha uma média de US$ 73,01, ante US$ 71,57 da última pesquisa, e o WTI se mantenha em US$ 68 96, ante US$ 67,44 registrado anteriormente. Para o primeiro trimestre, os preços do Brent e WTI são previstos em US$ 75,33 e US$ 71,22 o barril, respectivamente. Ainda nesta sexta, o presidente americano deve tomar uma decisão específica sobre tarifas para o petróleo canadense e mexicano. (Estadão Conteúdo)

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Aceleração da produção de petróleo depende de países da OPEP

O presidente americano Donald Trump vem prometendo combater a inflação no país por meio da redução do custo da energia e combustíveis. O plano, entretanto depende de petróleo mais barato ou ampliação da produção nacional, o que demanda investimento e tempo. Trump vem ameaçando o mercado global uma série de tarifações que, se implementadas, vai tornar a energia e derivados de petróleo mais caros. Nesta quinta, o republicano confirmou tarifas de 25% para produtos provenientes de Canadá e México, que passam a vigorar a partir deste sábado (1º/2). Os dois países, que são vizinhos dos EUA, são grandes exportadores de petróleo para o mercado americano que, por enquanto, não estão no rol da taxação. Ainda que o presidente americano consiga por em prática as políticas pró-exploração de petróleo, os investimentos demandam tempo até que o produto esteja disponível, conforme explicou o analista. Durante a campanha, o presidente batizou o seu programa energético de drill, baby, drill (perfure, baby, perfure), focado na facilitação de projetos de óleo e gás, incluindo exploração não convencional. eldquo;Vai demorar para que eles consigam aumentar a própria produção e outros países também não vão conseguir fazer isso de maneira abrupta. A não ser os países da OPEP, que tem uma capacidade ociosa muito grande. Sem os países da OPEP, não há espaço para acelerar a produçãoerdquo;, comentou o analista da Hedgepoint Global Markets, Victor Arduin. Para Arduin, a política protecionista de Trump vai tentar atacar a inflação reduzindo o preço dos combustíveis. A principal plataforma de campanha do republicano para o setor de energia é voltada para facilitar a exploração e produção de petróleo e gás natural em território americano. eldquo;Aumentar a tarifa para esses países consequentemente vai fazer os EUA pagarem mais caro pelo petróleo. O que a gente está vendo neste momento é que as políticas protecionistas vão ser mais graduais e nem todas elas implementadaserdquo;, disse Arduin. Tarifação Trump anunciou aumento nas tarifas de importação de produtos oriundos de vários países, com destaque para Canadá e México endash; vizinhos dos EUA e grandes exportadores endash; e a China, que tem um grande mercado consumidor de combustíveis fósseis e fornece uma ampla gama de produtos industrializados para os EUA. Segundo a analista de inteligência de mercado da StoneX, Isabela Garcia, a imposição de tarifas pretendida por Trump gera preocupações quanto aos impactos no crescimento da demanda global por petróleo que uma guerra comercial traria. eldquo;A demanda por petróleo está muito atrelada ao crescimento econômico chinês. A China é um importante consumidor e driver do consumo no mundoerdquo;, disse Garcia. As importações do Canadá representam cerca de 50% de todo o petróleo externo que entra nos EUA. eldquo;Tarifas de 25%, como Trump havia mencionado, teriam um impacto bastante significativo no curto prazo e isso tem contribuído para a volatilidadeerdquo;, afirmou a especialista. O presidente americano planeja para fevereiro a tarifa de 10% sobre os produtos importados na China, menor do que os 60% inicialmente anunciados. A medida pode não apenas encarecer as atividades relacionadas à cadeia produtiva do petróleo e combustíveis como refletir diretamente no aumento da inflação americana, segundo a analista. eldquo;O papel dos Estados Unidos no fluxo global de comércio é muito importante. Então, isso pode afetar as perspectivas de crescimento econômico e, consequentemente, a demanda por petróleoerdquo;.

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Vibra vai testar venda de diesel marítimo com até 30% de biodiesel em São Paulo

A Vibra vai comercializar diesel marítimo com até 30% de biodiesel para a Svitzer, no período entre janeiro de 2025 e dezembro de 2026. A previsão é que serão consumidos 230 m³/mês. A Svitzer vai utilizar o combustível em sua frota própria de rebocadores de apoio portuário, em Santos (SP). A princípio, o teor de biodiesel será de 2%, com aumento gradual de acordo com os resultados do monitoramento de desempenho das embarcações. As informações foram enviadas à Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Por se tratar de um projeto piloto, passa por uma autorização especial da agência, já concedida. A Vibra fornecerá o produto a partir de sua base em Cubatão (SP), com destino ao Estaleiro Sudeste Guarujá (SP). Embarque do biodiesel no mercado marítimo Em 2024, a Transpetro, subsidiária da Petrobras, validou o uso do combustível marítimo com biodiesel após uma série de testes, com diferentes percentuais, em navios próprios. A Raízen, do grupo Cosan, também está testando a comercialização de bunker com 24% de biodiesel. Em janeiro deste ano, a Petrobras obteve certificação internacional para comercializar bunker com biodiesel no Terminal de Rio Grande (Terig), no Rio Grande do Sul. O VLS (sigla em inglês para baixo teor de enxofre) B24, produzido pela companhia, tem 24% de biodiesel em sua composição. O certificado ISCC EU RED atesta a conformidade do combustível com as diretrizes da União Europeia, aplicável para a rastreabilidade e cálculo das emissões de gases de efeito estufa de matérias-primas e bioprodutos sustentáveis. Petrobras e Transpetro realizaram testes de abastecimento no Terminal de Rio Grande, em navio transportador de GLP. O combustível foi testado pela companhia em diferentes percentuais de biodiesel, sendo o teste mais recente com 24% de mistura, executado após piloto bem sucedido com a adição de 10%. Além do aumento do volume, a companhia acrescentou sebo de boi como matéria-prima renovável, no percentual de 30%. O restante é óleo vegetal de soja. O óleo vegetal e o sebo de boi são insumos habituais da produção do biodiesel veicular no Brasil.

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Fecombustíveis e entidades assinam nota conjunta sobre testes com teor de 25% de biodiesel

Ao Ministério de Minas e Energia (MME), As entidades abaixo assinadas demonstram preocupação das discussões acerca de misturas B25, realizadas pelo Ministério de Minas e Energia no âmbito do Workshop para discutir os desdobramentos da Lei Combustível do Futuro (Lei 14.993/2024) e as novas políticas do setor de óleo e gás. Consideramos fundamental evitar nos desdobramentos da Lei, a falta de consenso observada pelo MME em relação aos resultados dos testes efetuados com o B15 em 2019. Reiteramos o nosso compromisso em promover diálogos técnicos visando estabelecer bases sólidas que garantam a viabilidade técnico-operacional para o avanço da política nacional de biocombustíveis para os veículos do ciclo diesel e a consolidação do protagonismo brasileiro no uso de biomassas renováveis. Nesse sentido, passamos a apresentar algumas considerações que, em nosso entender, poderão contribuir tecnicamente com os debates e ampliar nessa discussão a participação de todos os setores envolvidos na cadeia do combustível nacional. Consideramos que a viabilidade técnica prevista na citada Lei diz respeito à realização de testes. Observamos, no entanto, com preocupação algumas manifestações feitas na ocasião que podem desqualificar a necessidade de realização de testes abrangentes e rigorosos de bancada e de campo. Vale lembrar que os relatores da matéria no Congresso reconheceram, repetidamente, a intenção do Legislativo de requerer a comprovação da viabilidade por meio da realização de testes, o que veio a se materializar no texto final da Lei 14.993/2024. Assim, não deixando margem para que eles não ocorram. Defendemos, assim, a sua realização para diferentes condições de uso e tecnologias veiculares. A mera afirmação de que o produto atende às especificações não garante a sua adequação ao uso em diferentes tipos de veículos e motores. É fundamental que o MME invista em testes transparentes para avaliar o impacto do aumento da mistura em diferentes cenários, sobretudo para cadeias mais longas e a frota mais antiga ainda em operação. Os resultados devem ser públicos e acessíveis a todos os interessados. Ressaltamos que, caso os ensaios apontem a necessidade de revisão e maior rigor nos requisitos de qualidade do biodiesel, os novos parâmetros de combustível também precisam ser objeto de comprovação. Concordamos com a manifestação da ANP de que a realização de testes poderá apontar a necessidade de aprimoramento das especificações. Contudo, entendemos que eventuais revisões também precisam ser validadas a fim de assegurar sua aplicabilidade. Vale lembrar que o art. 4º da Resolução CNPE 16/2018 estabelece a necessidade de garantir que eldquo;o combustível disponibilizado comercialmente tenha as mesmas especificações técnicas do combustível utilizado nos testes e ensaios. erdquo; Acreditamos que a observância a este princípio é condição fundamental para o sucesso dos testes. Reafirmamos a importância de um debate amplo e inclusivo, com a participação de todos os stakeholders. Por isso, defendemos a participação de todas as partes interessadas nas discussões subsequentes sobre o eventual aumento de teor com base em rigores técnicos em benefício da legitimidade do processo. Acreditamos que o aumento da mistura de biodiesel pode trazer benefícios para o país, mas somente se for feito de forma responsável e transparente. O MME precisa garantir que a política de biocombustíveis seja baseada em dados técnicos sólidos e que atenda aos interesses de toda a sociedade. Assim, solicitamos ao MME que: Realize testes abrangentes e transparentes, de bancada e de campo, para avaliar o impacto do eventual aumento da mistura de biodiesel em diferentes condições e aplicações; Inclua no escopo a possível atualização das especificações do biodiesel promovidas pela ANP, realizando testes comprovatórios de mudanças efetivas; e Promova um debate amplo e inclusivo com todos os stakeholders. Contamos com a atenção do MME e nos colocamos à disposição para contribuir com a construção de uma política de biocombustíveis justa, segura e sustentável. Assinam essa nota (30/01/2025): Abicom endash; Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis Brasilcom endash; Federação Nacional das Distribuidoras de Combustíveis, Gás Natural e Bicombustíveis CNT endash; Confederação Nacional do Transporte Fecombustiveis endash; Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e de Lubrificantes IBP endash; Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás SindTRR endash; Sindicato Nacional dos Transportadores Revendedores Retalhistas (TRR)

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Petrobras contratará 1.780 empregados em 2025 enquanto expande investimentos

A Petrobras vai contratar 1.780 novos empregados em 2025, sendo 700 profissionais já no primeiro semestre, informou a companhia em nota nesta quinta-feira (30), enquanto trabalha para atender demanda do governo federal pela retomada e expansão de investimentos. As convocações tiveram início na quarta e as contratações se somarão aos cerca de 1 mil funcionários convocados pela Petrobras ao longo de 2024, adicionou a estatal. O grupo foi selecionado em processo seletivo cujas provas foram realizadas no ano passado, voltado para cargos de nível técnico, nas vagas do cadastro de reserva. "Tenho certeza que esses empregados convocados ao longo de 2025 serão fundamentais para novos projetos de investimentos, que desenvolveremos em diferentes áreas da Petrobras nos próximos anos. Temos compromisso com o crescimento da empresa e o desenvolvimento do país", disse a presidente da Petrobras, Magda Chambriard, na nota. A previsão é que os candidatos admitidos em 2025 sejam direcionados, em sua maioria, para as áreas de Processos Industriais e de Exploração e Produção. O processo seletivo tem cotas de 20% para pessoas com deficiência e 20% para pessoas negras. Em governos anteriores à gestão atual do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a Petrobras fez um amplo programa de demissão voluntária, desligando milhares de empregados, enquanto vendia ativos diversos para focar na produção de petróleo em campos de alta rentabilidade. Ao assumir o comando da Petrobras, em maio de 2024, Magda Chambriard afirmou que recebeu de Lula a missão de movimentar a economia brasileira. "As contratações atendem às necessidades da Petrobras em um momento de retomada e expansão de investimentos em várias regiões do país, tendo o comprometimento com o Brasil como um de seus valores", disse a companhia na nota desta quinta-feira. Também nesta quinta, o presidente Lula afirmou em entrevista a jornalistas no Palácio do Planalto que sua próxima viagem será para inaugurar investimentos da Petrobras. (Reuters)

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Governo avalia que queda do dólar pode amenizar aumento do diesel

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) aposta que a possível continuidade da queda do dólar pode amenizar o provável aumento no preço do diesel pela Petrobras. Apesar da crise por causa da alta do preço dos alimentos, interlocutores no Planalto e em outros ministérios monitoram, mas minimizam o impacto do reajuste nesses produtos e mesmo a hipótese de uma greve de caminhoneiros. A aposta de integrantes do governo Lula é que a melhora no cenário pode diminuir o impacto no reajuste no diesel, cujo aumento poderia ficar em torno de R$ 0,34 por litro, segundo cálculos de auxiliares do presidente. Após ultrapassar a barreira dos R$ 6, a cotação da moeda americana vem registrando sucessivas quedas neste início de ano. Nesta quarta-feira (29), ela fechou em um quadro de estabilidade, cotada a R$ 5,84. Reservadamente, conselheiros da Petrobras vão além e acreditam que variação cambial pode até mesmo anular o aumento no combustível. A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, disse ao presidente Lula nesta semana que deve aumentar o preço do diesel, que não passa por um reajuste desde 2023, como antecipou o Painel S.A. A presidente teria também informado que não há necessidade no momento de elevar os preços do gás de cozinha e da gasolina. Nesta quarta (29), a diretoria da Petrobras apresentou ao conselho de administração da estatal um balanço do cumprimento de sua política de preços no último trimestre de 2024. Defendeu que, mesmo com defasagens em relação às cotações internacionais, a política de preços foi cumprida ao garantir a venda de combustíveis acima do preço de custo e abaixo dos valores praticados por concorrentes, banda estabelecida na gestão Jean Paul Prates. Aos conselheiros, a empresa avaliou que o cenário é de muita volatilidade no mercado, mas que os preços ainda estão dentro dos parâmetros estabelecidos pela política. Ainda que minimize o eventual reajuste do diesel, o governo monitora efeitos desse eventual aumento, como insatisfação de caminhoneiros ou impacto no preço dos alimentos emdash;uma das principais preocupações de Lula no início deste ano. A ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) já monitora continuamente possíveis movimentos de caminhoneiros, que, em 2018, pararam por dez dias durante o governo Michel Temer (MDB). A greve provocou uma crise de desabastecimento, que minou a já frágil popularidade do então mandatário. Mas, segundo relatos de integrantes do governo, ainda não há alertas para possíveis protestos da categoria, que não é organizada, é instável e tem alguns setores ligados ao bolsonarismo. Dizem ainda que, pelo fato de o último reajuste ter sido em 2023, haveria menos justificativas para insatisfação dos caminhoneiros. Em outra frente, alegam que, caso a Petrobras confirme o reajuste no diesel, o impacto no preço dos alimentos não será imediato. Isso porque este tipo de aumento demora para repercutir na ponta. Nesse período, há a expectativa de que a inflação de alimentos volte a estar controlada, em particular, por causa da queda do dólar. O aumento do ICMS na gasolina a partir de sábado (1), contudo, terá impacto no preço do diesel, além de um efeito de R$ 0,10 por litro nas bombas, num momento de pressão na popularidade do chefe do Executivo.

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