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Combustível do Futuro adiado para setembro e já recebe novas emendas

Apresentado na semana passada, o parecer do senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB/PB) ao projeto de lei do Combustível do Futuro (PL 528/2020) teve sua discussão adiada nesta terça (20/8) e deve voltar à pauta do Senado apenas em setembro. O relatório foi lido na Comissão de Infraestrutura (CI) nesta manhã e recebeu pedido de vistas coletivo dos senadores, contrariando expectativas de que fosse votado e seguisse para o Plenário na próxima semana. De acordo com o presidente da CI, senador Confúcio Moura (MDB/RO), a matéria será discutida na primeira semana de setembro. Mais tempo para os senadores avaliarem o texto, receberem sugestões dos agentes insatisfeitos com trechos propostos, e apresentarem emendas. Só nesta terça foram protocoladas mais três emendas ao projeto, duas de Zequinha Marinho (PODEMOS/PA) e uma de Otto Alencar (PSD/BA). Os dois senadores tentam incluir de volta as termelétricas flexíveis conectadas ao Sistema Interligado Nacional (SIN) na meta compulsória de redução de gases de efeito estufa (GEE) no mercado de gás natural endash; ampliando a demanda para o biometano. Marinho também propôs restaurar a redação original do artigo 19, trazendo para o parágrafo único a previsão de que o volume de biometano utilizado para queima em flares ou ventilação não fará jus aos Certificados de Garantia de Origem (CGOB), o que daria mais segurança à rastreabilidade e credibilidade, justifica o senador. Durante a discussão na CI, o senador Esperidião Amin (PP/SC) também indicou que pretende apresentar uma sugestão de eldquo;advertênciaerdquo; sobre regulações internacionais para taxar o carbono do frete marítimo, o que poderia impactar o comércio internacional brasileiro. A intenção é avaliar como e se o tema poderia entrar no Combustível do Futuro. Petrobras insatisfeita com CCS O capítulo que trata da captura e armazenamento de carbono (CCS, em inglês) desagradou a Petrobras, que deve tentar diálogo com o relator até o próximo debate, apurou a agência epbr. Uma das preocupações é com o termo eldquo;transporteerdquo; na regulamentação. Para a petroleira endash; que planeja hubs para oferecer o CCS como serviço a indústrias intensivas endash; a palavra adequada seria eldquo;movimentaçãoerdquo; de CO2. Além disso, há uma leitura entre agentes da companhia de que, da forma como está o capítulo, o preço do carbono precisará ser muito alto para viabilizar a atividade. O capítulo do CCS prevê, entre outros pontos, que as empresas que irão explorar a atividade de armazenamento deverão assinar Contratos de Permissão para Estocagem de CO2, com validade de 30 anos e prorrogáveis por igual período. A proposta, entretanto, veda que seja considerada a injeção de CO2 para fins de recuperação de petróleo sob contrato para exploração e produção sob regime de concessão, partilha de produção ou cessão onerosa. Alterações O relatório protocolado por Veneziano trouxe uma série de alterações, atendendo parcialmente alguns setores. Na política de diesel verde, manteve a mistura obrigatória com um teto de 3% do volume de diesel consumido, mas transferiu a obrigação para o primeiro elo da cadeia, os refinadores e importadores. E rejeitou a possibilidade de considerar a parcela renovável do coprocessado de petróleo com óleo vegetal no cumprimento do mandato, uma agenda da Petrobras que buscava garantir mercado ao seu Diesel R. Para o biometano, a principal mudança foi justamente a exclusão do gás natural utilizado em usinas termelétricas flexíveis da base de cálculo do mandato endash; o que motivou as emendas apresentadas hoje. O texto prevê que os supridores de gás natural, incluindo importadores, serão obrigados a reduzir as emissões do energético ofertado ao mercado, a partir de 1% de carbono equivalente, usando o biometano.

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Preços do etanol e do açúcar sofreram queda na semana passada, informa Cepea

As cotações dos principais derivados da cana-de-açúcar (etanol e açúcar) caíram durante a última semana no mercado paulista, informa o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Esalq/USP. Para o etanol hidratado, o indicador Cepea/Esalq teve média de R$ 2,5977 por litro (líquido de ICMS e PIS/Cofins) entre 12 e 16 de agosto, recuo de 1,35% frente ao período anterior. No caso do anidro, a baixa foi de 2,15% em igual comparativo, com o indicador a R$ 2,9473 por litro. Segundo pesquisadores do Cepea, distribuidoras atuaram de maneira tímida, focadas na retirada de volumes envolvidos em fechamentos anteriores e, quando participavam do mercado, pressionavam por valores mais baixos. Do lado vendedor, pesquisadores do Cepea explicam que a atenção ainda recai sobre as condições climáticas para a cana, com a volta das altas temperaturas e do clima seco. Quanto aos preços, alguns vendedores acabaram cedendo um pouco em algumas regiões. Apesar do ritmo lento de negócios, dados monitorados semanalmente pelo Cepea mostram que a quantidade de etanol hidratado vendida na parcial de agosto (últimas três semanas) já supera em mais de 100% a comercializada em semanas equivalentes de agosto de 2023. Açúcar No caso do açúcar cristal branco, os preços negociados no spot do estado de São Paulo caíram na maior parte da última semana. Segundo pesquisadores do Cepea, representantes de vendas de algumas usinas foram mais flexíveis em baixar os valores de suas ofertas, o que elevou a liquidez. No balanço de 12 a 16 de agosto, a média do indicador Cepea/Esalq foi de R$ 130,14 a saca de 50 quilos, queda de 1,23% frente à do período anterior. Pesquisadores do Cepea explicam que, há algumas semanas, a demanda no spot não tem mostrado sinais de aquecimento, o que, por sua vez, pode ser reflexo das vendas em menor volume no varejo. Além disso, nas últimas duas safras, parte das indústrias vem buscando garantir o abastecimento por meio de contratos em detrimento de negociar o adoçante no spot.

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Caramuru e Biocen anunciam R$ 1,1 bilhão para construção de usina de etanol de milho

A Caramuru Alimentos anunciou nesta terça-feira (20/8) um fato relevante ao mercado, informando a formação de uma joint venture com a Bioenergia Celeiro do Norte (Biocen). A parceria visa a construção e operação de uma usina de moagem de milho para a produção de etanol, localizada em Nova Ubiratã, Mato Grosso. O investimento inicial para o projeto está estimado em R$1,1 bilhão. Com o início das operações previsto para o final do primeiro semestre de 2026, a nova unidade terá capacidade inicial de processamento de 605 mil toneladas de milho por ano, produzindo 261 mil m³ por ano de etanol de milho, 12 mil toneladas ao ano de óleo de milho e 175 mil toneladas anualmente de farelo seco (DDGS). A companhia, que atua no segmento de processamento de soja, milho, girassol e canola, justificou a escolha do local para instalação da unidade por o Mato Grosso se tratar de uma das maiores regiões produtoras de milho do país, representando 38,9% da produção do Brasil, além de ser o Estado com o maior rebanho bovino no país, contando também com um alto número de suínos e aves. A Caramuru deterá o controle da empresa com 51% e a Biocen com 49% do capital social total. A companhia pontua que eldquo;a conclusão da operação está sujeita à satisfação de determinadas condições suspensivas usuais em transações semelhanteserdquo;. Os assessores da transação foram Mattos Filho pela Caramuru e, ABC Brasil e RGSH Advogados pela Biocen.

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Em 2030, Brasil terá mais de 1 milhão de carros elétricos nas ruas, diz estudo

A busca por soluções de mobilidade sustentável continua a beneficiar o mercado de carros eletrificados (elétricos e híbridos). Ao longo do tempo, o aumento da oferta torna os produtos mais acessíveis ao consumidor, uma vez que tende a baratear a tecnologia. Esses números, a princípio, já se mostram tão evidentes que já há previsões bastante otimistas para o mercado de veículos desse tipo no Brasil. De acordo com estudo feito pela Bright Consulting, em 2030, haverá 1,4 milhão de carros elétricos nas ruas do Brasil. O mercado total terá, estima-se, 57 milhões no fim da década. Em 2024, no entanto, o País deve encerrar com 200 mil veículos eletrificados emplacados endash; 72 mil apenas com motorização 100% elétrica. Cabe ressaltar que 2023 fechou com 97 mil. Destes 72 mil elétricos previstos, a princípio, a consultoria constata que 65% virão importados endash; 55%, só da China. eldquo;Mesmo os 35% produzidos localmente terão seus componentes de propulsão trazidos de fora pela falta de escala para a produção local dessa categoria de produto. O regime CKD para essa produção deverá ser realizada em linha de montagem dedicada pela alta tensão empregada pela bateria de propulsão, que requer dispositivos e processos exclusivos de controle e segurançaerdquo;, enfatiza Cassio Pagliarini, diretor de marketing da Bright Consulting. eldquo;Dessa frota, 87,5% ainda estará desprovida de um motor elétrico, o que demonstra que nossa dependência dos combustíveis líquidos fornecidos por postos de serviço durará ainda muito tempoerdquo;, aponta Pagliarini. A princípio, para que haja essa mudança, não são necessários apenas avanços tecnológicos. Há, ainda, alguns desafios a superar, como, por exemplo, mudanças na infraestrutura do País e eldquo;definição de regras fiscaiserdquo;, aponta o estudo.

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Petróleo fecha em queda com atenções redobradas ao Oriente Médio

O petróleo teve mais um dia de quedas e o barril permaneceu negociado abaixo de US$ 80, em meio às tratativas de cessar-fogo em Gaza. Os contratos mais líquidos do petróleo Brent, referência para o mercado internacional, com vencimento para outubro, terminaram o dia com queda de 0,59%, a US$ 77,20 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE), em Londres. Na semana, o Brent ficou próximo da estabilidade, com baixa de 0,03%. Já os contratos do petróleo West Texas Intermediate (WTI) para outubro caíram 0,67%, a US$ 73,17 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), nos Estados Unidos (EUA). O que mexeu com petróleo? Os conflitos no Oriente Médio repercutiram, mais uma vez, sobre o petróleo. Hoje, o Hamas disse que as declarações do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, de que o grupo estava recuando de um acordo de cessar-fogo em Gaza com Israel é eldquo;enganosoerdquo;. eldquo;A proposta que nos foi apresentada recentemente vai contra o que as partes acordaram em 2 de julho, e é considerada uma resposta e aquiescência norte-americana às novas condições do terrorista Netanyahu e seus planos criminosos para a Faixa de Gazaerdquo;, afirmou o Hamas, referindo-se ao primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu. Ontem (19), o secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, disse que Israel aceitou a proposta de paz para encerrar o conflito contra o Hamas na Faixa de Gaza. Ele ainda afirmou que esta pode ser a eldquo;última oportunidadeerdquo; de garantir um acordo que ponha fim aos combates e liberte os reféns mantidos pelo grupo extremista. Os Estados Unidos apresentaram propostas de transição que os países mediadores endash; Catar, Estados Unidos e Egito endash; acreditam que fechariam as brechas entre Israel e o Hamas e poriam fim às hostilidades que desestabilizaram toda a região. Além disso, o porta-voz da Guarda Revolucionária do Irã, Alimohammad Naini, afirmou hoje que poderá haver uma longa espera pela retaliação iraniana contra Israel. O Oriente Médio vem se preparando para a retaliação declarada do Irã sobre o assassinato do líder do Hamas, Ismail Haniyeh, em Teerã, em 31 de julho. Israel não confirmou nem negou que estivesse por trás do assassinato. *Com informações de Reuters

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IGP-M acelera para 0,45% na 2ª prévia de agosto, com pressão de preços ao produtor

O Índice Geral de Preços endash; Mercado (IGP-M) acelerou para 0,45% na segunda prévia de agosto, após registrar alta de 0,40% na mesma leitura de julho, informou nesta terça-feira (20) a Fundação Getulio Vargas (FGV). O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-M) passou de 0,45% para 0,52% no período. O Índice de Preços ao Consumidor (IPC-M) desacelerou de 0,18% na segunda prévia do mês passado para 0,15% na leitura de hoje, enquanto o Índice de Custo da Construção (INCC-M) passou de 0,53% para 0,50%. (Estadão Conteúdo)

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