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Bioenergia cresce e evita 94 milhões de toneladas de CO2 em 2024

Em 2024, o uso da bioenergia no Brasil evitou mais de 94 milhões de toneladas de CO2, o maior valor da série histórica iniciada em 2006. A maior contribuição veio do etanol (anidro e hidratado) que contribui para mitigar mais de 65 milhões de toneladas de CO2 (MtCO2). Os dados são da nota técnica Análise de Conjuntura dos Biocombustíveis 2024, elaborada pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE). O documento que serve de subsídios para orientar políticas e estratégias do governo brasileiro para o setor chega no contexto da aprovação da lei do Combustível do Futuro, RenovaBio sob pressão e discussão de caminhos para descarbonizar a matriz de transportes no Plano Clima. O consumo de etanol hidratado foi recorde, com 23,6 bilhões de litros. O que evitou a emissão de 30,8 MtCO2. De acordo com a EPE, o recorde na produção (36,83 bilhões de litros) e os estoques elevados ajudaram a impulsionar a demanda recorde pelo hidratado, que se manteve competitivo ao longo de todo o ano passado. A diferenciação tributária também foi um instrumento de fomento ao consumo do combustível renovável. Aplicada desde junho de 2024, a alíquota ad rem para gasolina + etanol anidro colaborou para a competitividade do etanol em relação ao combustível fóssil. Sua concorrente, a gasolina C, fechou o ano com 44,7 bilhões de litros. Foi o maior consumo total de combustíveis do ciclo Otto dos últimos 10 anos e o biocombustível ajudou a mitigar as emissões associadas a esse crescimento. Como a gasolina C é composta de 27,5% de etanol anidro, o biocombustível evitou que 34,5 MtCO2 fossem lançadas à atmosfera. Recorde também no biodiesel Foi um ano recorde também para o consumo de biodiesel, que chegou a cerca de 9 bilhões de litros em 2024, ante 7,5 bilhões de litros em 2023. Assim como o anidro, a demanda deste biocombustível é ditada pelo percentual de mistura obrigatória ao diesel. Em março de 2024, o mandato de adição de biodiesel subiu de 12% para 14%, aquecendo a demanda pelo produto derivado de óleos vegetais. O que refletiu também nas emissões: o uso de biodiesel evitou 26,8 MtCO2 em 2024. No ano anterior, a contribuição tinha ficado em 21 MtCO2. A bioeletricidade foi responsável pelos outros 2 MtCO2 evitados. Reduzindo a intensidade de carbono A intensidade média de carbono da matriz de transporte rodoviário brasileiro deve cair de 72 para 65,5 gramas de CO2 equivalente por megajoule (gCO2eq/MJ) entre 2022 e 2034 emdash; uma redução de quase 10%, segundo estimativas da EPE. Em junho, a empresa de pesquisa antecipou projeções de como os biocombustíveis podem contribuir para as metas do programa Mover (Mobilidade Verde), conduzido pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC). A projeção é que veículos leves reduzam sua intensidade de carbono de 64,7 para 57,4 gCO2eq/MJ até 2034. Já nos veículos pesados, a queda estimada é de 81 para 74,7 gCO2eq/MJ.

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Magda diz que é possível construir convergência entre petróleo e políticas ambientais

A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, defendeu nesta segunda-feira (18) que é preciso "construir convergências" entre o esforço para reduzir emissões e a garantia de segurança energética que, segundo ela, dependeria do petróleo. "A segurança energética e Plano Clima precisam conversar", afirmou, em referência ao plano que apresentará as medidas para que o país cumpra sua meta de redução de emissões. "É possível, sim, construir convergências." A Petrobras é alvo de críticas de organizações ambientalistas pela pressão para a abertura de uma nova fronteira para exploração de petróleo na margem equatorial brasileira, apesar de alertas pela necessidade de reduzir as queimas de combustíveis fósseis. Na semana que vem, estatal e Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis) devem realizar simulado da perfuração do primeiro poço em águas profundas na bacia da Foz do Amazonas, principal aposta da companhia na região. O simulado é o teste final antes da decisão pela licença ambiental do poço, localizado a cerca de 150 quilômetros da costa do Amapá. Estatal e o governo defendem que o país não pode abrir mão dos recursos do petróleo, hoje importantes para os cofres públicos. "É possível dizer para a população local que eles não têm direito ao desenvolvimento?", questionou Magda nesta segunda, em entrevista à agência especializada em energia Eixos. A primeira versão do Plano Clima, que esteve em consulta pública, foi questionada por não prever grande afastamento do setor de petróleo e gás, que continua sendo visto como relevante para a garantia do suprimento de energia até 2035. Não prevê, por exemplo, redução das emissões de setor: no melhor cenário elas crescem 1% até 2035; no pior, 44%. O plano considera que o risco hidrelétrico cresce com as mudanças climáticas e que a principal alternativa são térmicas a gás. Na entrevista, Magda usou ainda argumentos econômicos para defender o petróleo: diz que países com alto IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) têm elevada produção de energia per capita. O Brasil, afirmou, tem hoje IDH próximo ao do Vietnã. "A gente gostaria de se comparar com França, Inglaterra, Alemanha. Mas para isso, a gente precisa duplicar a geração de energia per capita", argumentou. "Não podemos dissociar o Plano Clima e o planejamento estratégico do Brasil do bem estar da população." A presidente da Petrobras destacou que, apesar do otimismo, não é certo que o primeiro poço na bacia da Foz do Amazonas encontre petróleo. "Quando a gente vai buscar uma nova fronteira, não é obrigado a achar no primeiro poço", afirmou. Ela lembrou que a descoberta da bacia de Campos, região cujas reservas levaram o país à autossuficiência em petróleo, se deu no nono poço. E, mesmo após a primeira descoberta, são necessários poços adicionais para avaliação. O plano estratégico da Petrobras prevê 15 poços na margem equatorial até 2029, com um investimento de cerca de US$ 3 bilhões.

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Petrobras: GLP está se transformando em negócio altamente lucrativo e queremos participar, diz CEO

A Petrobras poderá atuar na distribuição de Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) para o consumidor final (gás de cozinha), se esse mercado se mostrar lucrativo. A ideia é aproveitar o aumento de margem que tem sido observado nos últimos anos, eldquo;às vezes maior do que (o retorno) do pré-salerdquo;, disse a presidente da estatal, Magda Chambriard, nesta segunda-feira, 18. eldquo;O mercado (de GLP) está começando a se desorganizar de novo, por isso a Petrobras pode ir para distribuiçãoerdquo;, disse Magda, em entrevista à agência eixos, ressaltando que a estatal está estudando separar novamente o preço do GLP industrial do preço do gás de cozinha. A estatal era dona da Liquigás até 2020, quando vendeu essa operação para um consórcio formado pela Copagaz, Itaúsa e Nacional Gás por R$ 4 bilhões. A volta da Petrobras à distribuição de GLP foi aprovada pelo conselho de administração da estatal na quinta-feira, 7, A reação de analistas de mercado foi de desaprovação. eldquo;Trata-se de um segmento com margens historicamente mais apertadas, o que tende a reduzir a eficiência da alocação de capital e pressionar o rendimento anualizado do caixa livreerdquo;, afirmou, em nota, Ilan Arbetman, da Ativa Investimentos. Esse movimento da estatal acontece em um momento no qual o governo tenta lançar o programa Gás para Todos, que pretende distribuir botijões de graça para famílias de baixa renda. Na entrevista, nesta segunda-feira, 18, Magda afirmou que o papel da Petrobras é disciplinar o mercado de GLP, um produto importado, e que poderia ser substituído pelo gás natural. eldquo;O GLP está se transformando em negócio altamente lucrativo e nós queremos participar. Temos de participar do mercado de GLP faturando e ajudando a discipliná-loerdquo;, disse a executiva. Segundo Magda, o setor do agronegócios está pensando em usar GLP para secar grãos no interior do País. eldquo;O que acho uma incongruênciaerdquo;, afirmou. eldquo;Sai mais caro importar o GLP do que colocar o gás natural. Temos melhorado a logística do gás natural e reduzimos o preço para as distribuidoras em quase 40%, mas ao mesmo tempo o GLP avança no preço no industrial, é uma indisciplina do mercadoerdquo;, avaliou. eldquo;A Petrobras tem um papel de otimização desse mercado de gáserdquo;, acrescentou. Magda afirmou que a Petrobras quer levar gás natural para os setores químico e siderúrgico, e que, para reduzir ainda mais o preço do gás natural, só com mais gás natural. eldquo;Vamos trazer gás para a costaerdquo;, informou. elsquo;Quem apostou contra a Petrobras vai perderersquo; Magda afirmou que quem apostou contra a Petrobras vai perder, já que a produção tem crescido mais do que esperado, inclusive com recordes como o registrado pelo campo de Búzios no último fim de semana. Ela comemorou o aumento da produção da estatal e lembrou que ele se dá, entre outros pontos, pela conexão de poços. eldquo;Ao longo deste ano até agora conectamos mais poços do que todo ano passado. Antes levava mais de um ano para conectar um poço, hoje são sete meses. Isso aumenta nossa produção, e vamos continuar fazendo issoerdquo;, afirmou. Sonda rumo à Margem Equatorial A Petrobras tem a expectativa de perfurar pelo menos seis poços na bacia Foz do Amazonas na Margem Equatorial brasileira, informou a presidente da Petrobras,às vésperas de a estatal participar da Avaliação Pré-Operacional (APO) na região, no próximo dia 24. Segundo ela, a companhia está eldquo;à beira de um consenso para perfuração do primeiro poçoerdquo;, referindo-se à concessão de licença ambiental pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para exploração. Ela observou que o resultado da exploração pode não sair do primeiro poço perfurado, no caso, o poço Morpho, e por isso já enviou pedido de licença para as demais perfurações. A Petrobras está há anos aguardando a licença para explorar o poço Morpho, que pode abrir uma nova fronteira que vai recompor as reservas da companhia após o declínio do pré-sal. A sonda ODN II sairá da costa de Belém nesta terça-feira, 19, rumo ao poço Morpho, informou a diretora de Exploração e Produção da Petrobras, Sylvia Anjos, nesta manhã. A APO levará até quatro dias e se trata de uma simulação para o caso de um vazamento de petróleo durante a operação.

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Avaliações da Petrobras pendem para etanol de milho, o que excluiria Raízen, diz agência

As avaliações preliminares da Petrobras para retomar investimentos em etanol, embora não excluam o biocombustível feito a partir da cana-de-açúcar, estão mais propensas à rota do milho como matéria-prima, disseram três fontes da empresa com conhecimento do assunto. Entre os fatores listados para o eventual favorecimento do etanol de milho estão o custo de produção em queda com a expansão dos cultivos e o forte crescimento registrado no segmento, de mais de 30% no ano passado, enquanto a fabricação de etanol de cana está praticamente estagnada, diante da concorrência com o açúcar pela matéria-prima. Além disso, a Petrobras estaria interessada também no crescimento da produção no Norte e Nordeste, região deficitária no mercado do biocombustível, mas que registra forte aumento da produção de milho, em especial na região do Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia). Se um eventual acordo caminhar mesmo para alguma aquisição de fatias em empresas produtoras de etanol de milho, isso excluiria a Raízen, que tem apenas a cana como a matéria-prima nas mais de 20 usinas em operação. As ações da Raízen subiram mais de 10% nesta segunda-feira (18), após recuarem mais de 16% na semana passada, quando divulgou um prejuízo trimestral, com impulso de notícias de que a companhia estaria no foco da Petrobras para uma eventual aquisição de participação. Procurada por meio da assessoria de imprensa, a Petrobras não comentou o assunto imediatamente, enquanto a Raízen disse no sábado que não iria comentar o tema. Outras vantagens citadas para o etanol de milho estão o e#8288;horizonte de crescimento da fronteira produtiva do cereal e a ausência de competição de matéria-prima com o açúcar, o que propicia e#8288;estabilidade de oferta mesmo em condições de mercado favoráveis para o adoçante. Embora a Petrobras não descarte a Raízen, já que a companhia é a maior do setor de cana, as fontes falaram que as discussões ainda não acontecem. Outras duas fontes na Petrobras afirmaram que as negociações para a reentrada no segmento de etanol ainda são preliminares. A Petrobras afirmou anteriormente que a volta ao setor de etanol emdash;em momento em que o Brasil passa a adotar uma mistura maior de 30% do biocombustível na gasolinaemdash; seria com participações minoritárias nos ativos, a exemplo do que aconteceu no passado. PETROBRAS NEGA PROJETO DE INVESTIMENTO EM ETANOL COM RAÍZEN A Petrobras informou nesta segunda em comunicado ao mercado que não há qualquer projeto ou estudo de investimento em etanol ou distribuição com a Raízen, uma joint venture entre Shell e Cosan. Os esclarecimentos foram emitidos após o jornal O Globo apontar que a estatal estuda investir na Raízen, e analisa diversas possibilidades, como se tornar sócia da companhia ou comprar ativos, o que marcaria sua volta ao setor de etanol. "Pelo exposto, as informações divulgadas na matéria não procedem e, portanto, não caracterizam Fato Relevante", disse a Petrobras no comunicado. (Reuters)

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Petróleo sobe com investidores focados em reunião Trump-Zelenskiy

Os preços do petróleo fecharam com alta de 1% nesta segunda-feira, após conversas entre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e seu colega ucraniano, na sequência de uma cúpula inconclusiva entre os EUA e a Rússia no Alasca na sexta-feira. Os contratos futuros do petróleo Brent subiram 1,14%, a US$66,60 por barril. O petróleo West Texas Intermediate (WTI) dos EUA subiu 0,99%, para US$63,42. Na semana passada, o Brent caiu 1,1%, enquanto o WTI caiu 1,7%. Trump e o presidente ucraniano Volodymyr Zelenskiy se reuniram nesta segunda-feira na Casa Branca para discutir um caminho para acabar com a guerra da Rússia na Ucrânia. Falando aos repórteres no Salão Oval com Zelenskiy sentado ao seu lado, Trump expressou esperança de que a cúpula desta segunda-feira poderia eventualmente levar a uma reunião trilateral com o presidente russo Vladimir Putin, acrescentando que ele acredita que Putin quer que a guerra termine. Trump disse à Ucrânia nesta segunda-feira para desistir das esperanças de recuperar a Crimeia anexada ou de se juntar à Otan, emergindo mais alinhado com Moscou na busca de um acordo de paz em vez de um cessar-fogo primeiro após sua reunião com Putin na sexta-feira. eldquo;Não tento especular sobre o resultadoerdquo;, disse o analista do UBS Giovanni Staunovo. eldquo;Agora, o foco do mercado é saber se uma data para a reunião trilateral será anunciada.erdquo; A cúpula do Alasca terminou sem nenhum acordo para resolver ou pausar a guerra, embora Trump tenha saído das conversas mais alinhado com Moscou na busca de um acordo de paz em vez de um cessar-fogo primeiro. (Reuters)

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ANP divulga resultados de ações de fiscalização em nove unidades da Federação (11 a 15/8)

Entre os dias 11 e 15/8, a ANP fiscalizou o mercado de abastecimento em nove unidades da Federação. Nas ações, os fiscais verificaram a qualidade dos combustíveis, o fornecimento do volume correto pelas bombas medidoras, a adequação dos equipamentos e dos instrumentos necessários ao correto manuseio dos produtos, bem como as documentações de autorização de funcionamento das empresas e as relativas às movimentações dos combustíveis e lubrificantes. No período, destacou-se força-tarefa com a Superintendência de Combate aos Crimes Ambientais (SUPCCA), a Secretaria de Estado de Fazenda (SEFAZ-RJ) e a Força Especial de Controle de Divisas - Operação Foco, em Niterói e São Gonçalo, no estado do Rio de Janeiro, que resultou na apreensão de um total de 84.436 litros de combustíveis. Veja abaixo mais informações sobre essa operação, bem como sobre as principais ações nas demais unidades federativas do país: Rio de Janeiro Os fiscais estiveram em 19 postos de combustíveis na capital, em Niterói, Duque de Caxias e São Gonçalo. Na cidade do Rio de Janeiro, em parceria com o Procon Carioca, foi lavrado auto de infração e interdição parcial de um bico de gasolina comum em um posto de combustíveis por fornecer menos combustível do que o indicado no equipamento medidor (eldquo;bomba baixaerdquo;). Ainda na capital, a ANP atuou em parceria com a Polícia Civil por meio da Delegacia de Defesa dos Serviços Delegados (DDSD) e a Naturgy, sem registro de irregularidades. Em Niterói, em força-tarefa com a Superintendência de Combate aos Crimes Ambientais (SUPCCA), a Secretaria de Estado de Fazenda (SEFAZ-RJ) e a Força Especial de Controle de Divisas - Operação Foco, um posto de combustíveis sofreu auto de infração e interdição total por exercer a atividade sem possuir Inscrição Estadual válida. Na ação, foram apreendidos 13.987 litros de combustíveis (2.050 litros de gasolina comum, 5.237 litros de gasolina aditivada e 6.700 litros de óleo diesel B S10). Ainda em força-tarefa com a SUPCCA, a SEFAZ-RJ e a Operação Foco, em São Gonçalo, três postos de combustíveis receberam autos de infração e de interdição total também por exercerem a atividade sem possuir Inscrição Estadual válida. Nos três postos, foram apreendidos um total de 70.449 litros de combustíveis (19.119 litros de gasolina comum, 9.026 litros de gasolina aditivada, 28.271 litros de etanol e 14.033 litros de óleo diesel BS10). Não foram encontradas irregularidades em Duque de Caxias. Foram coletadas 21 amostras de combustíveis para análise em laboratório. Amazonas Em Manaus, foram fiscalizados três postos de combustíveis, sem registro de irregularidades. Foram coletadas duas amostras de combustíveis para análise em laboratório. Bahia Foram fiscalizados 18 postos de combustíveis em Salvador, Camaçari, Itaparica, São Sebastião do Passé e Vera Cruz. Foram lavrados autos de infração e interdição em um posto de combustíveis em Salvador por apresentar um bico de abastecimento de etanol aditivado com irregularidades no volume dispensado na bomba. Em Camaçari, um posto de combustíveis sofreu autos de infração e interdição total por comercializar gasolina comum fora das especificações estabelecidas na legislação vigente e por romper lacres de interdição anterior. Um posto de combustíveis em Vera Cruz recebeu auto de infração por apresentar medida-padrão de 20 litros (equipamento usado no teste de volume, que pode ser exigido pelo consumidor) fora do padrão exigido por lei e por prestar informações ao consumidor em desacordo com as normas. Não foram encontradas irregularidades nas demais cidades. Três amostras de combustíveis foram coletadas para análise em laboratório. Goiás Dois postos de combustíveis foram fiscalizados em Goiânia, em parceria com o Procon Municipal. Não foram encontradas irregularidades. Uma amostra de combustível foi coletada para análise em laboratório. Minas Gerais Foram fiscalizados 15 postos de combustíveis e quatro distribuidoras de combustíveis nas cidades de Betim, Contagem, Itabirito, Catuti, Janaúba, Mato Verde e Montes Claros. Em Itabirito e Montes Claros, as ações foram realizadas como parte da Operação Apate, força-tarefa entre a ANP e Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública de Minas Gerais (SEJUSP), as Polícias Civil e Militar, o Corpo de Bombeiros, o Instituto de Pesos e Medidas e o Ministério Público. Foi lavrado auto de infração em um posto de combustíveis em Mato Verde por não manter em perfeito estado de funcionamento o termodensímetro (equipamento acoplado à bomba de etanol para verificar aspectos de qualidade), não possuir instrumentos obrigatórios para análise dos combustíveis e apresentar medida-padrão de 20 litros (equipamento usado no teste de volume, que pode ser exigido pelo consumidor) fora do padrão exigido por lei. No mesmo posto, foram apreendidos ainda 14 litros de óleo lubrificante por falta de registro do produto na ANP. É importante destacar que qualquer agente econômico ou cidadão pode verificar os registros de lubrificantes que estão ativos na Agência. Basta acessar a Ferramenta de Pesquisa de Registro de Produtos ou o Painel Dinâmico de Registro de Óleos e Graxas Lubrificantes. Essa consulta evita a aquisição e a comercialização de óleos clandestinos, que podem acarretar a diminuição da vida útil do motor, gerando prejuízo ao consumidor. Em Montes Claros, quatro postos de combustíveis sofreram autos de infração por motivos como: apresentar termodensímetro com funcionamento irregular; apresentar painel de preços em desacordo com as normas vigentes; e não exibir na bomba os fornecedores do combustível. Não foram encontradas irregularidades nas demais cidades. Foram coletadas 13 amostras para análise em laboratório. Rio Grande do Sul As ações de fiscalização foram realizadas em 18 postos de combustíveis, nas cidades de Porto Alegre, Novo Hamburgo, Estância Velha, Ivoti, Gravataí, Cachoeirinha, Sapucaia do Sul, São Leopoldo e Esteio. Em Cachoeirinha, um posto de combustíveis sofreu auto de infração e interdição de um bico de etanol por fornecer volume diferente do indicado na bomba medidora e por não realizar a drenagem nos tanques de óleo diesel B. Foram lavrados autos de infração em outros quatro postos de combustíveis em Ivoti, Gravataí e Esteio por motivos como: não manter em perfeito estado de funcionamento o termodensímetro (equipamento acoplado à bomba de etanol para verificar aspectos de qualidade); exibir painel de preços com irregularidades; possuir dados cadastrais desatualizados; não identificar na bomba medidora o tipo de combustível comercializado; não manter documentos obrigatórios no estabelecimento; não realizar a drenagem nos tanques de óleo diesel B; fornecer volume de combustível diferente do indicado na bomba medidora; e dificultar a ação de fiscalização. Não foram encontradas irregularidades nas demais localidades. Roraima Foram fiscalizados seis postos de combustíveis e quatro pontos de abastecimento em Boa Vista e Caracaraí. Na capital, foi realizada ação conjunta com a Delegacia de Defesa do Consumidor (DDCON) para apurar denúncias recebidas na delegacia. Não foram encontradas irregularidades. Em uma operação em desdobramento da realizada nas terras Yanomami, a ANP esteve em Caracaraí, em parceria com a Força Nacional de Segurança, sem registro de irregularidades. Santa Catarina No estado, foram fiscalizados sete postos de combustíveis e três revendas de GLP, nos municípios de Blumenau, Joinville, Araquari e Itapoá. Em Blumenau, um posto de combustíveis sofreu autos de infração e interdição de um bico que estava com vazamento durante o uso. Outros três postos de combustíveis do município receberam autos de infração por não possuir todos os equipamentos para análise dos combustíveis e não apresentar os registros de realização de drenagem nos tanques de óleo diesel B. Uma revenda de GLP em Araquari foi interditada por não possuir autorização da ANP para funcionamento. Em Itapoá, uma revenda de GLP sofreu interdição por não atender às normas de segurança vigentes. Foi lavrado auto de infração em uma revenda de GLP em Joinville por fornecer botijões para revenda sem autorização da ANP. São Paulo A ANP fiscalizou 45 postos de combustíveis e três revendedores de lubrificantes, nas cidades de São Paulo, Piracicaba, São Roque, Campinas, Bragança Paulista, Itapecerica da Serra, Sorocaba, Santo André, Boituva, Salto, Indaiatuba e Mauá. Na capital, em um posto de combustíveis, foram lavrados autos de infração e de interdição parcial de um tanque e seis bicos por comercializar gasolina comum com teor de etanol acima do especificado na legislação. Dois postos de combustíveis sofreram autos de infração e interdição total em Sorocaba, em força-tarefa com a participação da Polícia Civil e do Instituto de Pesos e Medidas (Ipem-SP), por armazenar e comercializar etanol com a presença de metanol. Em Piracicaba, um posto de combustíveis recebeu auto de infração por não realizar a drenagem do fundo do tanque de óleo diesel e por fornecer combustível ao consumidor em volume inferior ao registrado na bomba (eldquo;bomba baixaerdquo;). O estabelecimento teve um bico de gasolina comum interditado. Foram lavrados autos de infração ainda em outros 14 postos de combustíveis nos municípios de São Paulo, Santo André, Itapecerica da Serra, Boituva e Mauá, por motivos como: não efetuar a drenagem e o registro regular dos resultados em seus tanques de óleo diesel; ostentar marca comercial estando cadastrado como bandeira branca; recusar o fornecimento de amostras dos combustíveis para o Programa de Monitoramento da Qualidade dos Combustíveis da ANP (PMQC); não possuir todos os equipamentos para análise dos combustíveis; não manter em perfeito estado de funcionamento o termodensímetro (equipamento acoplado à bomba de etanol para verificar aspectos de qualidade); não operar em horário mínimo exigido por lei; não efetuar atualização cadastral referente ao encerramento da atividade; e violar lacres aplicados em fiscalizações anteriores. Não foram encontradas irregularidades nas demais localidades. Foram coletadas dez amostras de combustíveis para análise em laboratório. Consulte os resultados das ações da ANP em todo o Brasil As ações de fiscalização da ANP são planejadas a partir de diversos vetores de inteligência, como informações da Ouvidoria da ANP com manifestações dos consumidores, dados do Programa de Monitoramento da Qualidade dos Combustíveis (PMQC) da Agência, informações de outros órgãos e da área de Inteligência da ANP, entre outros. Dessa forma, as ações são focadas nas regiões e agentes econômicos com indícios de irregularidades. Para acompanhar todas as ações de fiscalização da ANP, acesse o Painel Dinâmico da Fiscalização do Abastecimento. Os estabelecimentos autuados pela ANP estão sujeitos a multas que podem variar de R$ 5 mil a R$ 5 milhões, além de penas de suspensão e revogação de sua autorização. As sanções são aplicadas somente após processo administrativo, durante o qual o agente econômico tem direito à ampla defesa e ao contraditório, conforme definido em lei. Já a interdição é uma medida cautelar, aplicada para proteger o consumidor, evitando a comercialização de combustíveis fora das especificações, fornecimento de combustível em quantidade diferente da marcada na bomba, entre outras irregularidades. Caso o posto comprove à ANP que o problema foi sanado, a Agência realiza a desinterdição, sem prejuízo do processo administrativo e possíveis penalidades. Denúncias sobre irregularidades no mercado de combustíveis podem ser enviadas à ANP por meio do FalaBR, plataforma integrada de ouvidoria e acesso à informação da Controladoria-Geral da União (CGU).

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