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ANTT reduz em até 3,68% preço médio do frete rodoviário após queda do diesel

A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) publicou nesta terça-feira portaria com cortes de até 3,68% nos pisos mínimos do frete rodoviário devido a recuo recente nos preços do diesel S10. A última mudança na tabela do frete havia sido no final de agosto, pelo mesmo motivo. Segundo a lei, a tabela é reajustada de modo ordinário até os dias 20 de janeiro e de julho de cada ano, e de modo extraordinário quando houver variação superior a 5% no preço médio do diesel S10 coletado pela agência reguladora do setor de petróleo ANP. Esse percentual era de 10%, mas foi modificado para 5% por medida provisória promulgada no início de setembro. A agência de transportes rodoviários disse que os reajustes médios na tabela do frete variaram, de acordo com o tipo de operação, entre queda de 2,89%, para transporte rodoviário de carga de lotação, e redução de 3,68%, para veículos de cargas de alto desempenho.

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Para onde vão os preços dos combustíveis em 2023 com Lula ou Bolsonaro?

Seja sob o comando de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ou de Jair Bolsonaro (PL), o próximo presidente da República terá de lidar, em 2023, com uma realidade de preços de combustíveis elevados no mercado internacional, segundo projeções de analistas. O cenário exigirá uma resposta rápida do próximo governo emdash; inclusive sobre o que fazer com a desoneração que amenizou a inflação dos derivados nos últimos meses, mas que ainda tem seu futuro incerto. Logo nos primeiros meses de mandato do próximo presidente da República, a Europa deixará de importar, em fevereiro de 2023, derivados russos. Trata-se de uma das principais sanções impostas pela União Europeia contra Moscou, em retaliação à invasão da Ucrânia. A diretora global de refino da consultoria Wood Mackenzie, Ixchel Castro, afirma que essa mudança nos fluxos globais do mercado de combustíveis endash; em pleno inverno no Hemisfério Norte endash; deve contribuir para deixar os preços voláteis. E exigirá, do Brasil, a busca por novos supridores, em especial de diesel. eldquo;[O novo governo brasileiro] vai enfrentar preços altos de diesel, seguramenteehellip; Os preços já não estarão [em 2023] nos níveis históricos que vimos há alguns meses, mas vão se manter mais altos que o historicamente, provavelmente, no próximo anoerdquo;, comentou a analista da Wood Mackenzie, em entrevista à agência epbr. Além do impacto direto no bolso do consumidor, a crise energética mundial também traz riscos para a balança comercial brasileira. A potencial destruição de demanda, sobretudo na Europa e Ásia, é uma má notícia para um país exportador de petróleo bruto como o Brasil. eldquo;Evidentemente, o potencial cenário recessivo [global] terá impacto na exportação para o mercado brasileiro e nos ingressos de receitaserdquo;, disse. Para onde vão os preços? Desde agosto, diante dos temores de uma recessão global, os preços do Brent voltaram a se aproximar dos patamares pré-guerra da Ucrânia, depois de mais de cinco meses acima dos US$ 97 o barril. Em setembro, a cotação da commodity chegou a operar abaixo dos US$ 90 durante o fim do mês. O cenário para 2023, contudo, é que o petróleo continue em patamares elevados. De acordo com pesquisa da Reuters, com 42 economistas e analistas globais, a cotação média do Brent deve ficar em US$ 100,45 o barril em 2022 e em US$ 93,70 em 2023. Ixchel Castro acredita que os preços do diesel vão se manter em patamares elevados pelo menos até meados de 2023, para quando se espera a entrada em operação de novas refinarias no Oriente Médio e África. Até lá, o mercado global deve se manter volátil, à medida que se reorganiza. Ela explica que a guerra da Ucrânia acentuou um problema estrutural do refino mundial:. Do lado da oferta, a capacidade global de refino caiu nos últimos anos. Muitas refinarias fecharam ou foram convertidas para biorrefinarias e terminais de armazenamento, diante das incertezas trazidas pela transição energética e a consequente falta de clareza sobre o futuro da demanda; e do lado do consumo, a redução da capacidade global coincidiu com a recuperação da demanda por derivados, após o baque sofrido pelo mercado internacional com a pandemia; e com o aquecimento da demanda europeia por alternativas aos derivados russos, após a eclosão da Guerra da Ucrânia. A Europa também vem demandando mais diesel, como alternativa ao gás russo. Tudo isso pressiona os preços. eldquo;Estamos num mundo com menor capacidade, baixos estoques globais e com um dos maiores compradores globais, a Europa, buscando novos supridoresehellip; e com prêmioerdquo;, resumiu Castro. A Empresa de Pesquisa Energética (EPE) publicou, na semana passada, estudos sobre os preços internacionais de derivados que apontam para a mesma direção. No caso do diesel, segundo a estatal brasileira de planejamento energético, os prêmios devem se manter elevados entre 2022/2023, enquanto fluxos mundiais se adaptam à nova realidade do mercado. A demanda deverá aumentar no curto prazo, devido à substituição do gás natural. A Administração de Informação de Energia dos EUA (EIA) estima, por sua vez, que o galão de diesel nos Estados Unidos, principal fornecedor do Brasil, deve recuar de US$ 4,99 em 2022 para US$ 4,28 em 2023. Ainda assim, os preços tendem a ficar mais altos que os patamares dos últimos anos: de US$ 2,56 em 2020 e US$ 3,29 em 2021. No Brasil, preços caem, mas com prazo de validade A inflação dos combustíveis foi uma das pautas mais quentes da corrida eleitoral de 2022. Em dois meses, dois presidentes da Petrobras endash; Joaquim Silva e Luna e seu sucessor, José Mauro Coelho endash; caíram, em meio à pressão do presidente Jair Bolsonaro contra os reajustes dos preços dos derivados da estatal. Pressionado politicamente pelos altos preços, Bolsonaro apostou forte num pacote de desoneração controverso para baixar o preço, sobretudo da gasolina, às vésperas das eleições. De junho para setembro, o litro do derivado caiu de R$ 7,25 para R$ 5, na média do Brasil endash; que se tornou um dos 30 países com a gasolina mais barata do mundo, segundo o GlobalPetrolPrices. O GlobalPetrolPrices é um site de pesquisa de mercado que monitora 170 países diferentes. A pesquisa considera a média de preços em cada país, convertida para dólar. Os dados, porém, não incluem a paridade de poder de compra, ou seja, não refletem os diferentes custos de vida nos países. A queda recente dos preços dos combustíveis, no Brasil, está sustentada em quatro pilares: a desoneração dos impostos federais da gasolina e etanol, zerados por meio da lei 194/2022; a fixação do teto da alíquota de ICMS emdash; de 17% a 18%, na maioria dos casos emdash; sobre os combustíveis e energia elétrica, também prevista na lei 194/2022; a redução da base de cálculo do ICMS pelos estados, após decisão monocrática do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), André Mendonça; e o repasse da queda dos preços internacionais de forma mais acelerada por parte da Petrobras sob a gestão de Caio Paes de Andrade. As bases da queda dos preços dos combustíveis, porém, têm data para acabar. A desoneração dos impostos federais e a redução da base de cálculo do ICMS são temporárias, com validade até o fim do ano e do atual mandato de Bolsonaro. A continuidade do corte dos tributos federais depende da aprovação do orçamento e ainda não está assegurada. Além disso, os estados questionam, no STF, as leis complementares nº 192/2022 (monofasia) e nº 194/2022 (teto do ICMS). As negociações de conciliação, abertas pelo ministro Gilmar Mendes, do Supremo, estão previstas para se encerrarem após as eleições. O que Lula e Bolsonaro prometem? Bolsonaro já sinalizou a intenção de manter zerados os impostos federais sobre os combustíveis para 2023. O atual presidente encaminhou ao Congresso o projeto do Orçamento com previsão de renovação da desoneração da gasolina, etanol, GNV, diesel, gás liquefeito de petróleo (GLP) e querosene de aviação, ao custo de uma renúncia fiscal de R$ 52,9 bilhões. Já Lula defende uma outra linha de atuação, para conter a alta dos preços dos combustíveis: acabar com o alinhamento de preços da Petrobras ao preço de paridade de importação (PPI). O ex-presidente é crítico da lei do teto do ICMS endash; alvo de embates entre estados e o governo Bolsonaro. Mas, questionado se vai alterar a legislação, Lula citou que o próprio STF já tem entendimento favorável ao teto e que o seu foco é outro. eldquo;Ele [Bolsonaro] poderia ter reduzido o preço da gasolina sem mexer no ICMS dos estados, ele foi mexer para tentar mostrar que ele poderia ganhar politicamenteerdquo;, disse o petista, em entrevista ao SBT, em setembro. eldquo;Não quero mexer em política que é de governador. O governador cuida dos seus impostos. Eu quero mexer é com a política que é do presidente da República: que é o preço da Petrobraserdquo;, respondeu. Os discursos de Lula e Bolsonaro, em determinados momentos, convergem. Durante a alta dos preços, o atual presidente fez críticas ao PPI e defendeu acabar com o alinhamento à paridade internacional. E por diversos momentos, pressionou publicamente a petroleira a segurar reajustes ou cortar os preços. Embora já tenha afirmado diversas vezes que não pode baixar os preços dos combustíveis com uma eldquo;canetadaerdquo; ou interferir na Petrobras, o presidente da República já trocou a presidência da estatal quatro vezes em seus quatro anos de governo, por insatisfação com os preços da companhia. E na atual gestão de Paes de Andrade, a Petrobras tem intensificado as reduções de preços. eldquo;O preço [dos combustíveis] é um tema que está preocupando todos os governos [no mundo]ehellip; Independente da posição [política dos candidatos], a preocupação para o consumidor tem que ser um tema de discussão na agenda. Obviamente, como se soluciona o problema vai variar, dependendo das variações políticas. O Brasil já passou por esse caminho [controle de preços] antes e a Petrobras também. Isso teve impacto importante nas finanças da Petrobras e na capacidade de reinvestir e manter a expansãoerdquo;, comentou Ixchel Castro. Brasil pode ter que buscar novos fornecedores A mudança nos fluxos globais de derivados exigirá do Brasil a busca por novos parceiros comerciais. Ixchel Castro acredita que os Estados Unidos continuarão sendo os principais supridores de diesel do Brasil, mas destaca que o mercado brasileiro vai competir com a Europa pelo produto americano. eldquo;Gradualmente, vão se abrindo algumas oportunidades [de aquisição] com os países do Oriente Médio e Ásia. Novas refinarias na África também podem representar novas oportunidades de aquisição de diesel. A Europa continuará comprando maiores volumes, o Brasil competirá com Europa, mas há um bom número de opções na mesaerdquo;, analisou Castro. Na sexta (30/09), o ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida, anunciou no Twitter que 35 milhões de litros de diesel chegaram ao Porto de Santos, oriundos da Rússia. O volume representa menos de 1% do consumo mensal de diesel no país. Segundo o ministro, novas cargas devem chegar da Rússia em outubro. Não foi informado quem importou o diesel russo. O governo Bolsonaro vem mantendo relações comerciais com Vladimir Putin, mesmo com as sanções impostas pelas potências ocidentais à Rússia. Não existe um impeditivo, do ponto de vista legal, para que o Brasil compre o diesel daquele país. Interessados em importar da Rússia, porém, podem esbarrar em retaliações no mercado financeiro ou em dificuldades no processamento de pagamentos ou no acesso a crédito. Os riscos de desabastecimento Ixchel Castro vê como baixos os riscos de desabastecimento do mercado brasileiro de diesel. Mas o Brasil terá que se adaptar a preços mais pressionados e condições de entrega mais apertadas endash; como elevados custos de frete de fornecedores mais distantes. A Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) chegou a propor, este ano, uma medida para obrigar as grandes empresas do mercado brasileiro a aumentarem os estoques de diesel, durante o período mais crítico, entre setembro e novembro. Em meio à reação do setor, a agência voltou atrás. Para Castro, a discussão sobre estoques mínimos ou reservas estratégicas de diesel, no Brasil, faz sentido endash; sobretudo dada a grande distância do mercado brasileiro para fontes alternativas de suprimento. O desafio, segundo ela, é como se implementa uma medida como essa: eldquo;Que parte da cadeia assume os custos adicionais e de que maneira se transmite isso ao consumidor?erdquo;, questionou.

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ANP aprova novas licenças para importação diesel russo pelo Brasil

A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) encerrou o mês de setembro com a aprovação de licenças para importação de cerca de 20 mil toneladas de diesel da Rússia, o que indica possível chegada de novas cargas do combustível dessa origem pouco comum no país. Ao final de setembro, uma carga de cerca de 35 milhões de litros de diesel russo chegou ao porto de Santos, segundo informação do ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida, que projetou novas cargas chegando em outubro. As importações da Rússia ocorrem com importadores buscando alternativas aos Estados Unidos, tradicional fornecedor aos brasileiros, mas que agora enfrentam concorrência de europeus em meio aos impactos da guerra na Ucrânia. Além disso, temendo um possível desabastecimento de diesel e preços altos, o governo brasileiro intermediou em julho uma reunião entre pelo menos três exportadoras russas e distribuidoras de combustíveis, para estimular os negócios. Embora a situação do mercado de combustíveis esteja relativamente mais calma, com um recuo dos preços do petróleo e reduções tributárias no Brasil que reduziram os valores, o presidente e candidato à reeleição, Jair Bolsonaro, destacou a chegada do eldquo;primeiro navio de óleo diesel da Rússiaerdquo; durante entrevista após o primeiro turno. Desde agosto, com o início do período de maior demanda de diesel no Brasil, a reguladora ANP deferiu 20 licenças de importação para um total de 61,8 mil toneladas do combustível de origem russa para duas importadoras, segundo relatórios da ANP, o mais recente deles divulgado nesta terça-feira. A responsável pela carga que desembarcou em Santos seria a Ice Química Comercial Importadora e Exportadora Ltda, empresa com sede em Palmas-TO, disse uma fonte do mercado à Reuters. Não foi possível falar com um representante da empresa, apesar de tentativas telefônicas. Em agosto, a importadora teve 10 licenças de importação deferidas pela ANP, com 4,14 mil toneladas de diesel cada. Em setembro, foi a vez da CiaPetro Trading Comercial Importadora e Exportadora, do Paraná, receber outras dez licenças, com 2,04 mil toneladas cada. Os volumes das cargas, no entanto, podem ser maiores ou menores que os aprovados, segundo a agência, devendo apenas ser feita uma posterior retificação. Segundo a ANP, o deferimento da licença endash;solicitada à agência pela importadoraendash; é obrigatório para a importação do produto, mas não obriga a empresa a trazê-lo ao Brasil. Cada licença é válida por 90 dias, podendo ser prorrogada por igual período. GRANDES IMPORTADORAS DE FORA O diesel russo ainda não atraiu o interesse das maiores importadoras, como a Blueway Trading endash;controlada pela Raízenendash;, Vibra Energia e a própria Petrobras, que continuam importando o combustível majoritariamente dos Estados Unidos, conforme os registros de licenças aprovadas. A importação de derivados de petróleo da Rússia é considerada uma questão sensível pelo setor, em função das sanções impostas ao país pela Europa e pelos Estados Unidos, em retaliação à guerra na Ucrânia. Há preocupações com represálias econômicas, embora o Brasil não tenha proibido qualquer compra de produtos russos. Em julho, o diretor de Comercialização e Logística da Petrobras, Cláudio Mastella, disse que a companhia não descartava a compra de diesel russo diante de cenário de aperto, mas que até então a empresa vinha optando pelos fornecedores tradicionais, como os EUA.

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Petróleo sobe mais de 3%, com possíveis cortes maiores da Opep+

Os contratos futuros de petróleo fecharam em forte alta hoje, acima de 3%, seguindo as perspectivas de cortes na produção pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+). Até mesmo a dimensão de uma queda de 2 milhões de barris por dia (bpd) está sendo avaliada para a reunião desta quarta-feira, 5, segundo veículos de imprensa. Na sessão atual, a desvalorização do dólar ante outras moedas também dá impulso aos preços, com a commodity cotada no ativo americano. Em Londres, o nível de US$ 90 foi retomado. O petróleo WTI para novembro fechou em alta de 3,48% (US$ 2,91), a US$ 86,52 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para dezembro avançou 3,31% (US$ 2,94), a US$ 91,80 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE). Segundo a Bloomberg, a Opep+ estuda a possibilidade de corte de até 2 milhões de bpd na produção de petróleo do grupo. Já o Financial Times publicou que Rússia e Arábia Saudita pressionam por cortes ainda maiores, com o tamanho ainda não acordado, mas com intuito de reduções de 1 milhão a 2 milhões de bpd ou mais, embora isso possa ser gradual ao longo de vários meses. A Capital Economics pondera o impacto, a avalia que com a cota atual não sendo cumprida, o impacto real na oferta de petróleo será muito menor. eldquo;Estimamos que um corte de 1 milhão bpd nas cotas se traduziria em um impacto de 350 mil bpd na oferta realerdquo;, afirma. eldquo;Os investidores parecem estar esperando um corte de cota bastante grande. Acreditamos que um anúncio de um corte menor que 500 mil bpd estaria abaixo das expectativas do mercado, pressionando os preços para baixoerdquo;, avalia a consultoria. Para a Capital Economics, qualquer corte de cota só aumentará o déficit do mercado global, que já era esperado para o quarto trimestre deste ano, e que sustenta a previsão de preços um pouco mais altos no final de 2022. eldquo;Mas existe o risco de precisarmos revisar nossas previsões de preços se o anúncio de amanhã mudar substancialmente o quadro de ofertaerdquo;, pondera. Enquanto isso, União Europeia (UE) está avançando em um teto de preço para o petróleo russo sob uma abordagem que mantém o esforço liderado pelos Estados Unidos, mas adia a aprovação final. Os estados membros da UE estão perto de concordar com uma abordagem em duas etapas para o preço máximo internacional do petróleo russo, que está sendo desenvolvido dentro do G7. As informações são do Wall Street Journal.

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Conselheiro questiona mudanças na Petrobras em meio a eleições

Primeira mudança na diretoria da Petrobras durante a gestão Caio Paes de Andrade, a nomeação do novo diretor de Transformação Digital e Inovação da companhia, Paulo Palaia, foi rejeitada por três conselheiros independentes da estatal. O representante dos minoritários Francisco Petros e a representante dos trabalhadores, Rosângela Buzanelli, questionaram a falta de experiência de Palaia para o cargo, que é responsável pela gestão do centro de pesquisa e desenvolvimento tecnológico da estatal, o Cenpes. Petros questionou ainda a conveniência da mudança em meio ao período eleitoral, já que a governança da companhia pode sofrer "alterações substantivas" dependendo do resultado das urnas. "Em termos de conveniência e oportunidade, não me parece haver justificativa para tal mudança." O conselheiro Marcelo Mesquita, que também representa minoritários, foi o terceiro voto contra a nomeação, mas sua justificativa não foi publicada na ata da reunião, divulgada pela Petrobras nesta segunda-feira (3). Os outros oito conselheiros, mais alinhados ao governo, votaram a favor. Palaia é próximo da família Bolsonaro e foi nomeado para substituir Juliano Dantas, funcionário de carreira da estatal que assumiu a diretoria em dezembro, durante a gestão Joaquim Silva e Luna. Ele tem experiência na área de tecnologia da informação e trabalhou nas companhias aéreas Gol e Webjet. "Apesar da vasta experiência, o profissional não atuou em uma organização com tamanha complexidade e capacidade de desenvolver novas tecnologias como a Petrobras", afirmou Buzanelli, em seu voto em reunião do conselho do dia 21 de setembro. Paes de Andrade assumiu a presidência da Petrobras no fim de junho, com a missão de dar "nova dinâmica aos preços dos combustíveis", segundo o presidente Jair Bolsonaro (PL). Desde então, vem acomodando aliados do governo e do Exército em cargos na estatal. Além de Palaia, nomeou como assessores da presidência o coronel Luiz Otávio Franco Duarte, que atuou sob o comando do general Eduardo Pazuello no Ministério da Saúde, e o militar da reserva Mario Pedroza da Silveira Pinheiro. As nomeações se seguem a uma grande mudança no conselho de administração da companhia, que passou a ser formado majoritariamente por ocupantes de cargos públicos alinhados ao governo, como o número dois de Ciro Nogueira na Casa Civil, Jônathas Assunção. Para derrubar resistências a novos indicados, o novo conselho mexeu na estrutura do comitê responsável pela avaliação dos currículos, retirando do grupo representantes dos acionistas minoritários, como Petros, que vinha votando contra o governo.

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Principais negociadores de petróleo veem demanda estável apesar dos ventos contrários

Os ventos contrários econômicos ainda não corroeram significativamente a demanda mundial por petróleo, disseram os principais comerciantes de petróleo na Argus European Crude Conference, em Genebra, nesta terça-feira (4). As previsões dos altos executivos das principais tradings de commodities indicam cenário de maior resiliência dos preços do petróleo após os temores da recessão terem feito o barril despencar cerca de um quarto nos últimos três meses, para cerca de 90 dólares. "Todos os diferentes fatores sugerem que, sim, podemos estar caminhando em uma desaceleração, mas será mais curta e mais superficial do que as pessoas estão esperando", disse o economista-chefe da Trafigura, Saad Rahim. A queda dos preços do petróleo e os meses de forte volatilidade assustaram o mercado, com os principais países consumidores ainda aproveitando estoques estratégicos para esfriar os preços enquanto os principais exportadores da aliança Opep+ podem ter uma visão oposta e cortar a produção esta semana. Frederic Lasserre, chefe global de pesquisa e análise de mercado no Gunvor Group, disse que a demanda permaneceu estável, acrescentando que ele viu uma recessão curta e acentuada. "A demanda por petróleo, se você olhar para os dados mais recentes, ainda está indo bem. Estávamos esperando alguma destruição da demanda, que realmente não aconteceu. Alguns países tinham subsídios, mas ainda assim. Nós fomos surpreendidos", disse. A Opep+, que inclui Arábia Saudita e Rússia, surpreendeu o mercado ao sugerir cortes de produção superiores a um milhão de barris por dia (bpd), disseram fontes do grupo, no que seria o maior corte de produção desde a pandemia. A Arábia Saudita e outros membros da Opep+ disseram que procuram evitar a volatilidade em vez de atingir um preço específico do petróleo. "Tal decisão seria difícil de justificar fundamentalmente, já que o mercado de petróleo sofre tudo menos um superávit", disse Norbert Rucker, chefe de economia da Julius Baer. O Ocidente acusou a "[Rússia de usar a energia como arma]e#39;:https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2022/09/a-arma-energetica-da-russia-esta-perdendo-a-forca.shtml, já que a Europa sofre com uma grave crise de energia e pode enfrentar racionamento de gás e energia neste inverno, um golpe para sua indústria. Oferta apertada Enquanto a Opep+ se reúne em Viena para a sua primeira reunião presencial desde que a pandemia de Covid ocorreu em 2020, o ministro da Energia saudita, príncipe Abdulaziz bin Salman, disse que manteria o mercado em suspense até quarta-feira, mas recusou fazer mais comentários. Em uma conferência de energia em Londres, os principais executivos da indústria petrolífera disseram que o consumo de petróleo é resiliente e que o mercado global enfrenta restrições de oferta. O presidente-executivo da Saudi Aramco, Amin Nasser, disse que o mercado de petróleo está desconsiderando a realidade de que a capacidade ociosa global para aumentar a produção de petróleo é muito baixa. "(O mercado está) se concentrando no que acontecerá com a demanda se a recessão ocorrer em diferentes partes do mundo. Eles não estão se concentrando nos fundamentos da oferta", disse Nasser ao Energy Intelligence Forum. O presidente-executivo da Shell, Ben van Beurden, falando na mesma conferência, disse que os preços atuais não se traduzem facilmente em uma mudança na alocação de capital, uma vez que pode levar décadas para que os projetos de petróleo e gás sejam produzidos e comecem a valer a pena. A Opep+ já lutou para produzir nos níveis acordados devido ao subinvestimento e está bombeando mais 3 milhões de bpd abaixo de suas metas. (Reuters)

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