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Moraes ordena que estradas sejam liberadas, impõe multa e ameaça prender diretor da PRF

O ministro Alexandre de Moraes, do STF, determinou na noite de ontem que a Polícia Rodoviária Federal (PRF) e as polícias militares tomassem medidas para liberar as estradas interditadas por caminhoneiros. Até o início da noite, havia 321 pontos de interdição, bloqueio ou manifestações em 25 Estados e no Distrito Federal. Na decisão, Moraes estabeleceu multa diária e pessoal de R$ 100 mil e ameaçou o diretor-geral da PRF, Silvinei Vasques, de afastamento do cargo e prisão pelo crime de desobediência eldquo;em face da apontada omissão e inérciaerdquo; da corporação. Segundo Moraes, as manifestações são eldquo;motivadas por uma pretensão antidemocráticaerdquo; de promover o eldquo;desrespeito ao resultado do pleito eleitoralerdquo;. Passadas mais de 24 horas da vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o presidente Jair Bolsonaro (PL) ainda não havia se pronunciado sobre a derrota. eldquo;A Polícia Rodoviária Federal não vem realizando sua tarefa constitucional e legalerdquo; Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou ontem à noite que a Polícia Rodoviária Federal (PRF) e polícias militares tomem medidas para liberar imediatamente as estradas interditadas por caminhoneiros. Até o início da noite, havia 342 pontos de interdição, bloqueio ou manifestações endash; 25 Estados e o Distrito Federal foram atingidos. Na decisão, Moraes, que atendeu a Confederação Nacional dos Transportes, estabelece multa diária e pessoal de R$ 100 mil, a contar a partir da 0h de hoje, e ainda ameaça o diretor-geral da PRF, Silvinei Vasques, de afastamento do cargo e até de prisão em flagrante pelo crime de desobediência eldquo;em face da apontada omissão e inérciaerdquo; da corporação. Logo após a decisão de Moraes, a ordem começou a ser cumprida, segundo o porta-voz da PRF, Cristiano Vasconcellos. eldquo;A PRF não vem realizando sua tarefa constitucional e legalerdquo;, afirma o ministro. Segundo ele, as manifestações são eldquo;motivadas por uma pretensão antidemocráticaerdquo; por promover o eldquo;desrespeito ao resultado do pleito eleitoralerdquo;. Moraes também notificou o procurador-geral da República, Augusto Aras, e os chefes dos Ministérios Públicos dos Estados para que eldquo;tomem providênciaserdquo; sobre os protestos, inclusive a responsabilização de eldquo;autoridades omissaserdquo;. A ministra Rosa Weber, presidente do STF, convocou um julgamento extraordinário no plenário virtual do tribunal, hoje, para os ministros decidirem se confirmam a liminar de Moraes. Passadas mais de 24 horas do anúncio oficial da vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o presidente Jair Bolsonaro (PL) ainda não havia se pronunciado ontem sobre a derrota. No mesmo período, grupos de caminhoneiros bloquearam estradas exibindo faixas contra o presidente eleito e pedindo intervenção militar. De acordo com interlocutores, Bolsonaro se sente injustiçado e, por isso, ainda não havia se manifestado endash; ele, porém, indicou que vai aceitar a derrota. Segundo apurou o Estadão, o presidente disse ter consciência de que um movimento para rejeitar o resultado pode deflagrar reações de apoiadores mais radicais. Nos grupos de Whatsapp, muitos aguardavam um sinal de Bolsonaro, como se esperassem um comando para agir. Em nota, a PRF informou que eldquo;adotou todas as providências para o retorno da normalidade do fluxo, direcionando equipes para os locais e iniciando o processo de negociação para liberação das rodovias priorizando o diálogo, para garantir, além do trânsito livre e seguro, o direito de manifestação dos cidadãoserdquo;. Em São Paulo, um grupo de manifestantes fechou trecho da Marginal do Tietê, à tarde. A situação mais grave até o início da noite era na BR-116, nos trechos próximos de Pindamonhangaba e Embu das Artes, com o tráfego bloqueado nos dois sentidos e registros de pneus incendiados endash; houve paralisação no serviço de ônibus São Paulo-rio pela Dutra. Já no trecho próximo a Jacareí pelo menos 30 manifestantes interromperam a pista sentido norte. A PRF negociava a liberação de uma das faixas. SEM CONSENSO. Apesar da mobilização de milhares de caminhoneiros pelo País, a ação está longe de um consenso na categoria, com algumas das principais associações criticando abertamente os atos, vistos como ideológicos. O presidente da Associação Brasileira dos Condutores de Veículos Automotores (Abrava), Wallace Landim, o Chorão, que liderou a greve dos caminhoneiros de 2018, disse que, eldquo;neste momento, parar o País vai prejudicar muito a economiaerdquo; e parabenizou Lula pela vitória, em um discurso semelhante ao da CNT e da Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística Diretor-presidente do Conselho Nacional do Transporte Rodoviário de Cargas (CNTRC), Plínio Dias afirmou que não havia indício de paralisação ampla de caminhoneiros autônomos. Na mesma linha seguiram a Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos e a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Logística. A PRF acionou a Advocaciageral da União (AGU) para obter um interdito proibitório na Justiça, para que possa agir. O ministro-chefe da AGU, Bruno Bianco, indicou que a corporação pode atuar sem necessidade de autorização judicial. O efeito de um discurso do presidente reconhecendo a derrota pode arrefecer o movimento endash; ele disse a interlocutores, porém, que não tem como assegurar que sua manifestação terá o mesmo efeito entre os mais radicais. O silêncio de Bolsonaro incomodou aliados, incluindo representantes do agronegócio, bancada ruralista e governadores eleitos, e é visto como sinal de autorização para manifestações. ebull;

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PRF diz que trabalha para liberar todas as rodovias até esta terça-feira

O coordenador-geral de comunicação da PRF (Polícia Rodoviária Federal), Cristiano Vasconcellos, afirmou nesta segunda (31) que a ordem do diretor-geral é desobstruir os pontos de bloqueio o mais rápido possível, que nunca houve determinação contrária e que a corporação trabalha para liberar todas as rodovias federais até esta terça (1º). "Em momento algum nós tivemos determinação para não desmobilização das manifestações. Desde o começo, nós estamos trabalhando incansavelmente para desobstruir todos os pontos com bloqueio nas rodovias federais. E a ordem do nosso diretor-geral é para nós desobstruirmos todos os pontos o mais rápido possível, imediatamente", disse. "Mobilizamos mais ainda nosso efetivo para que a gente consiga fazer a desmobilização de todos os pontos. Acreditamos e estamos trabalhando para que amanhã [terça-feira] não tenha mais nenhum local com mobilização", complementou. No início da manhã desta terça, a PRF informou que 192 manifestações haviam sido desfeitas. A declaração ocorreu após a decisão liminar do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes para que o governo adote imediatamente "todas as medidas necessárias e suficientes" para desobstruir as rodovias ocupadas em protesto pelo resultado das eleições. O ministro determinou ainda que o diretor-geral da PRF, Silvinei Vasques, seja afastado das funções e preso em flagrante pelo crime de desobediência caso haja "omissão e inércia" da corporação. A decisão também inclui multa de R$ 100 mil por hora, a partir da meia-noite desta terça-feira. Questionado sobre os vídeos em que policiais rodoviários afirmam que vão apenas monitorar a situação, Vasconcellos afirmou que, em muitos locais, a fiscalização é feita por apenas dois ou três policiais, e que eles não teriam condições de desmobilizar protestos com cerca de cem pessoas sem reforço. Segundo ele, a conversa se dá, portanto, em um primeiro momento. "Nós temos muitos quilômetros de rodovias no Brasil, e muitos locais com uma viatura com dois, três policiais, que são os primeiros a chegar no ponto de manifestação. E os pontos de manifestação às vezes estão com 100, 150, 200 manifestantes. Não tem como aqueles policiais agirem naquele momento. Então, eles conversam e solicitam o apoio necessário para realizar a desobstrução." Desde a vitória do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), apoiadores de Jair Bolsonaro (PL), incluindo caminhoneiros, fazem bloqueios ou aglomerações em vias de ao menos 20 estados e do Distrito Federal, segundo a PRF. Os manifestantes pedem um golpe. Moraes afirmou que tem havido "omissão e inércia" da PRF na desobstrução das vias e determinou que também haja atuação das Polícias Militares. O pedido foi feito pela CNT (Confederação Nacional dos Transportes). A presidente do STF, ministra Rosa Weber, marcou uma sessão do plenário virtual da corte para referendo da decisão de Moraes nesta terça-feira (1e#8304;). Até o fim do dia, os 11 ministros decidirão se mantêm ou derrubam a determinação.

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Etanol precisa de estímulos e Brasil tem de definir rumos

Biocombustível tem uso abaixo do potencial para reduzir emissões Tem sido quase unânime ouvir de executivos e engenheiros da indústria automotiva que o Brasil não precisa correr atrás da eletrificação de seus veículos, porque é o país com a mais confortável e privilegiada condição de reduzir rapidamente emissões de gases de efeito estufa de sua frota de veículos simplesmente fazendo o que já faz há mais de quarenta anos: usando o etanol. Esta é, no entanto, uma meia verdade. A metade verdadeira do raciocínio é que, de fato, o biocombustível é uma alternativa eficaz, viável e muito mais barata do que a eletrificação para descarbonizar as emissões dos veículos, porque o etanol amplamente conhecido, produzido e distribuído por aqui é quase neutro em CO2, de 80% a 90% de suas emissões podem ser reabsorvidas pelas plantações de sua principal matéria-prima, a cana-de-açúcar. A parte dessa história que falta com a verdade é que para ser uma solução efetiva o etanol precisa, de fato, ser utilizado em todo seu potencial, coisa que hoje não acontece. Isso porque o biocombustível representa apenas 45% do consumo de combustíveis da frota estimada de 34 milhões de veículos flex em circulação no País endash; e seria bem menos que isso se não fosse obrigatória a mistura de 27% de etanol anidro na gasolina consumida no Brasil. Segundo dados da ANP, Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis, em 2021 foram consumidos no Brasil 17 bilhões de litros de etanol hidratado, o E100, e mais que o dobro disso, 39,3 bilhões de litros, de gasolina C, que tem 27% de etanol anidro, o equivalente a cerca de 10,5 bilhões de litros. Ou seja: a opção preferencial por aqui segue sendo o combustível fóssil, ainda que seja o alcoolizado E27. Preço não compensa Hoje 82% dos carros vendidos no País têm motorização flex e, desde 2003, as vendas destes modelos já somam quase 40 milhões de automóveis e comerciais leves, o que criou a frota circulante atual em torno de 34 milhões de veículos que rodam com etanol ou gasolina em qualquer proporção de mistura. Apesar disto a maioria destes carros só queima gasolina C E27 em seus motores porque o preço do etanol não é financeiramente compensador na esmagadora maioria dos estados brasileiros. Como o etanol tem consumo, em média, 30% maior do que um veículo similar a gasolina, para ser competitivo o biocombustível precisa custar, no máximo, 70% do preço do combustível fóssil. Atualmente isso ocorre em poucos estados. Segundo o acompanhamento semanal da ANP, do dia 9 ao 15 de outubro, em 1.690 postos espalhados pelo País, o preço médio do etanol hidratado ficou acima de 70% do valor da gasolina em 22 dos 25 estados pesquisados, sendo que em dez superou 80% e em quatro passou de 90%. A situação mais bizarra ocorreu no Rio Grande do Sul, onde o litro do etanol custava 98,3%, ou quase o mesmo, que a gasolina C comum. No período apenas Goiás (67,4%), Mato Grosso (62,2%) e Paraíba (68,9%) tinha postos que vendem etanol abaixo de 70% do valor da gasolina, enquanto São Paulo (71%), Distrito Federal (70,8%) e Bahia (70,5%) ficaram mais próximos do limite de competitividade do etanol hidratado. Para dizer o mínimo é uma situação contraditória: enquanto o biocombustível brasileiro recebe efusivos elogios por ser uma solução viável para a descarbonização, está pronto para ser usado para isso sem necessidade de qualquer grande mudança tecnológica nos carros, é amplamente distribuído e está acessível em todo o País, na prática o etanol é simplesmente desqualificado pela exótica política econômica e tributária brasileira, que em vez de estimular o uso de etanol isenta de impostos carros elétricos e híbridos importados e extremamente caros. Enquanto consumidores brasileiros pagam caro para encher o tanque de seus carros com o combustível mais inadequado para o meio ambiente, a gasolina, alguns afortunados pagam centenas de milhares de reais para importar elétricos, que têm quase nenhum impacto ambiental positivo mas são isentos ou pagam alíquotas muito baixas de imposto de importação, não geram empregos no País nem arrecadação tributária. Estímulo necessário Se quiser, de fato, que o etanol seja uma solução descarbonizante do transporte o País precisa, antes de mais nada, tomar esse rumo com mais assertividade, criando estímulos reais para aumentar o uso do biocombustível que hoje tem praticamente a mesma carga tributária da gasolina, sem vantagem competitiva. Para tornar o etanol uma solução viável de fato ao menos quatro pilares deveriam ser construídos: 1. Redução ou mesmo isenção de tributos sobre biocombustíveis; 2. Incentivos à infraestrutura para aumentar a produção e criar estoques reguladores de preços nas entressafras de cana; 3. Incentivar pesquisas para o desenvolvimento de biocombustíveis mais eficientes e de fontes alternativas endash; como a palha e o bagaço da cana, por exemplo; 4. Internacionalização do produto como commodity endash; e aqui não se trata só de exportar, mas de estimular a produção e o uso no maior número possível de mercados, como vem sendo negociado com a Índia e alguns países sul-americanos, pois quanto mais força internacional tiver mais o etanol ganha viabilidade. Desempenho ambiental Em face de sua eficiência ambiental o etanol merece até mais incentivos do que a eletrificação, os números comprovam isso. Segundo cálculos da Unica, União da Indústria da Cana, considerando o ciclo completo do poço à roda endash; inclui o plantio e colheita da cana, seu processamento, transporte e distribuição, além do uso nos carros endash;, um veículo alimentado exclusivamente com a gasolina brasileira, com 27% de etanol anidro, emite 131 gramas de CO2 por quilômetro, contra apenas 37 g CO2/km quando abastecido integralmente com o etanol hidratado de cana. Este valor é menor do que um modelo a elétrico a bateria na Europa, que alimentado pela matriz energética atual da região emite 54 g CO2/km endash; e emitiria 35 g CO2/km se usasse a energia mais limpa gerada no Brasil, 64% a partir de hidrelétricas. O híbrido flex, como o Toyota Corolla já produzido no País desde 2019, apresenta a melhor relação de eficiência: abastecido só com etanol tem emissão de 29 g CO2/km. O etanol não é perfeito, tem problemas a resolver nas questões de abastecimento, preço, eficiência e emissões e poluentes como aldeídos e ozônio. Mas a eletrificação também enfrenta problemas parecidos. Nesta situação, portanto, o mais eficiente é estimular o que já está à mão, o biocombustível, ao mesmo tempo em que se busca combinar os benefícios de tecnologias, como nos diversos projetos de veículos híbridos flex que já estão em desenvolvimento no País e devem começar a ser lançados a partir de 2023 ou 2024. Não se trata de desistir de desenvolver veículos puramente elétricos no País, mas de escolher e estimular prioridades viáveis ao País, sem desistir de nenhuma tecnologia. Muito pelo contrário, é preciso avançar no desenvolvimento de motores flex mais eficientes tanto quanto na eletrificação, com incentivos à engenharia e produção local endash; o que não vai acontecer enquanto carros elétricos importados forem isentos de impostos.

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Opep prevê expansão da produção de líquidos do cartel

A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) espera que a produção de líquidos do cartel se expanda de 31,6 milhões de barris por dia (mb/d) em 2021 para cerca de 36 mb/d em 2022, se mantendo estável em torno desse nível no médio prazo. No entanto, os líquidos devem aumentar novamente, subindo para 42,4 mb/d até 2045. eldquo;Assim, a participação da Opep no fornecimento global de líquidos deverá aumentar de 33% em 2021 para 39% em 2045erdquo;, diz o relatório Perspectivas Mundiais do Petróleo, divulgado nesta segunda-feira (31). O documento também traz que a oferta de líquidos de países não pertencentes à Opep continuará sua recuperação pós-pandemia e deve crescer de 63,6 mb/d em 2021 para 71,4 mb/d em 2027. Antes disso, deve avançar 65,7 e 67,4 e 68,5 em 2022, 2023 e 2024, respectivamente. Para o cartel, os EUA continuarão a ser a principal fonte de crescimento a médio prazo, fornecendo 3,9 mb/d ou 50% de produção incremental. Outras fontes importantes de crescimento da oferta a médio prazo são: Brasil (+1,2 mb/d), Guiana (+0,8 mb/d), Canadá (+0,5 mb/d) e Noruega (+0,4 mb/d). Em contraste, as tensões geopolíticas do conflito na Ucrânia devem resultar em uma queda de 0,7 mb/d no fornecimento de líquidos russos, no médio prazo. eldquo;Riscos para as perspectivas econômicas, inflação alta, metas de política energética confrontadas com desafios de segurança energética e questões sobre déficits no investimento, juntamente com incertezas geopolíticas persistentes e novas, significam que permanecem riscos significativos em relação às perspectivas de oferta de líquidos de longo prazoerdquo;, pondera a Opep. Por tipo de líquidos produzidos por países de fora da Opep, o relatório traz que, no médio prazo, prevê crescimento de óleo bruto, que representa 4,7 mb/d, ou 60% dos 7,9 mb/d projetados de aumento no horizonte 2021-2027. Já o gás natural representa 1,7 mb/d, ou pouco mais de 20%, e biocombustíveis combinados, ganhos de processamento de refinaria e eldquo;outros líquidoserdquo; compõem outros 1,4 mb/d, também próximo de 20%. No longo prazo, porém, a tendência do petróleo bruto é revertida, com oferta em declínio de 3,3 mb/d, eldquo;à medida que os campos amadurecem cada vez mais e com o petróleo bruto dos EUA, em particular, vendo um picoerdquo;. Ao mesmo tempo, outros líquidos não brutos evidenciam crescimento no período 2021-2045, eldquo;mais do que compensando o declínio do petróleo bruto e permitindo um incremento total em líquidos de 3,9 mb/d até 2045erdquo;, conclui a Opep.

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Petrobras (PETR4, PETR3) lidera as perdas no 1º pregão após vitória de Lula

A eleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para um terceiro mandato presidencial deu o tom para a performance das ações nesta segunda-feira (31). Enquanto setores de varejo, construtoras de baixa renda e educação se destacam por conta das promessas do petista sobre mais subsídios e créditos para ampliar programas sociais, na ponta negativa, Petrobras cai com a incerteza sobre as políticas do novo governo. Os papéis da Petrobras seguem liderando as quedas do Ibovespa (+1,31%) às 15h05 enquanto investidores projetam maiores chances de mudanças estratégicas na estatal com o novo governo de Lula. A ação ON (PETR3) recua 6,85%, a R$ 33,34, e a PN (PETR4), 8,23%, cotada a R$ 29,89, enquanto o petróleo cai em ritmo moderado. Também pesa o corte de recomendação do JPMorgan para neutro, ante eldquo;outperformerdquo; (equivalente a compra), com analistas estimando mudanças relacionadas à alocação de capital e à política de preços dos combustíveis. Já o BTG Pactual mantém recomendação neutra, apesar de ver reação negativa do mercado principalmente por potenciais revisões de capex (investimento) que levariam a dividendos menores e, consequentemente, múltiplos menores. O Ibovespa abriu o dia após o segundo turno com queda de 1,65% aos 112.653,90 pontos às 10h09. Às 11h01, porém, o sinal se inverteu. A alta é uma surpresa positiva em meio a um pregão cuja expectativa era majoritariamente negativa. Nesta reportagem, analistas contam o que aconteceu. Outra estatal, a Eletrobras (ELET6), conseguiu superar o tema eleições e passou a subir, como detalhado nesta reportagem.

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Petróleo fecha em baixa, pressionado por riscos de recessão

Os contratos futuros de petróleo fecharam em baixa nesta segunda-feira (31), em uma sessão na qual as perspectivas para a demanda foram destaque, incluindo sinais de fraqueza da economia chinesa. No câmbio, uma forte alta do dólar ante moedas rivais pressionou ainda os preços do petróleo, que é cotado na moeda americana. Já a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) divulgou relatório apontando para uma possível sustentação no patamar elevado dos preços da commodity em médio e longo prazo, o que ajudou a diminuir as perdas. O petróleo WTI para dezembro fechou em queda de 1,56% (US$ 1,37), a US$ 86,53 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), enquanto o Brent para janeiro de 2023 perdeu 1,02% (US$ 0,96), a US$ 92,81 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE). Na China, houve recuo do PMI industrial, a 49,2 em outubro, segundo a agência oficial de estatísticas chinesa. O resultado acabou por pressionar a cotação da commodity. No entanto, segundo Edward Moya, analista da Oanda, os preços do petróleo reduziram as perdas depois que os comerciantes de energia foram lembrados de que, embora o mercado possa chegar a um superávit no próximo trimestre, a Opep manterá os preços apoiados. eldquo;A divulgação das perspectivas mundiais do petróleo da Opep para 2022 ainda suporta casos de médio e longo prazo para preços mais altoserdquo;, avalia. O secretário-geral da Opep, Al Ghais, observou que o superávit foi a principal razão para o corte na produção. eldquo;A Opep ainda dirige o show que é o mercado de petróleo e tomará as medidas necessárias para manter os preços do petróleo apoiadoserdquo;, afirma Moya. A Opep espera que a demanda global por petróleo cresça a 96,1 mil barris de petróleo equivalentes por dia, de 88,3 mboe/d em 2021. Depois disso, o cartel projeta desaceleração do crescimento da demanda, que chegará a 110,6 mboe/d em 2045. Em termos porcentuais, é esperado que a demanda global cresça 12,3% até 2045, em comparação com os níveis do ano passado. Para a Capital Economics, apesar do início de uma recessão global, os preços da energia permanecerão historicamente altos em 2023 devido a severas restrições de oferta. A próxima rodada de sanções da União Europeia às exportações de petróleo e produtos da Rússia, juntamente com a cota de produção cortada pela Opep e aliados, deverão impulsionar os preços, projeta.

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