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Governo faz primeiro leilão do pré-sal sob novo modelo à sombra da Lei das Estatais

Sob a sombra das mudanças na Lei das Estatais e sob protestos de ambientalistas, o governo Jair Bolsonaro (PL) realiza nesta sexta-feira (16) seu último leilão de áreas para exploração de petróleo no pré-sal, com a oferta de 11 blocos nas bacias de Campos e Santos. Será o primeiro leilão do pré-sal sob o modelo de oferta permanente, no qual os leilões só são agendados após manifestação de interesse das petroleiras pelas áreas. Historicamente, o formato vem rendendo ganhos menores ao governo do que os leilões tradicionais. Especialistas esperam alguma competição no leilão, mas ponderam que as áreas remanescentes do pré-sal não têm mais o porte das descobertas gigantes feitas na região e oferecem maior risco exploratório, o que deve resultar em ágios menores. A ofensiva por alterações na Lei das Estatais é outro fator que pesa contra o apetite das petroleiras internacionais, ao jogar incertezas sobre a gestão da Petrobras, que declarou interesse pelas duas áreas mais promissoras do leilão, Norte de Brava e Água Marinha. O modelo de leilões do pré-sal dá preferência à Petrobras em disputas que for de seu interesse: mesmo se perder, ela tem direito a avaliar uma fatia de 30% do consórcio vencedor. Nesses leilões, os bônus de assinatura são fixos e vence a proposta que se comprometer a entregar mais óleo à União. Norte de Brava tem o maior bônus de assinatura da concorrência desta sexta: R$ 511,7 milhões. É uma área contígua a descoberta da Petrobras já em produção na Bacia de Campos, o que antecipa receita aos novos concessionários. Se conceder todas as áreas, o governo arrecada R$ 1,28 bilhão em bônus de assinatura emdash; a título de comparação, o último leilão desse tipo, em 2019, concedeu apenas um bloco pelo equivalente hoje a R$ 6,2 bilhões. Além da Petrobras, oito empresas se habilitaram para a disputa: BP Energy, Chevron, Ecopetrol, Equinor, Petronas, Qatar Energy, Shell e Total Energies. Mas, embora o setor viva um cenário de lucros recordes e dinheiro em caixa, impulsionado pela disparada das cotações internacionais do petróleo após a pandemia, não há expectativa de ofertas para todas as áreas. O consultor Pedro Zalan aposta em ofertas para cinco blocos: além de Norte de Brava e Água Marinha, Tupinambá, Sudoeste de Sagitário e Esmeralda, os três últimos na Bacia de Santos. Os outros, dizem, têm risco mais elevado. "Esse leilão contém blocos muito interessantes", afirma, lembrando que o risco é maior do que o das primeiras descobertas do pré-sal. "São todas oportunidades de tamanho médio a grande, mas nenhuma delas é supergigante como Tupi e Búzios [os maiores campos de petróleo do país]." O leilão é alvo de ação civil pública protocolada pelas organizações ambientalistas Arayara e Observatório do Petróleo e Gás, que questionam a sobreposição dos blocos oferecidas com áreas de conservação de espécies sensíveis ou de espécies ameaçadas de extinção. Dizem ainda que os pareceres dos ministérios do Meio Ambiente e de Minas e Energia que garantem o leilão desconsideram essas restrições e que não há estimativas de emissão de gases do efeito estufa pela produção do petróleo em eventuais descobertas. "É evidente que a mera oferta dos referidos blocos com as irregularidades apontadas macula completamente o processo, e gera, inclusive, insegurança jurídica para a iniciativa privada", dizem as organizações, na ação judicial.

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Combustíveis cada vez mais sustentáveis chegam aos postos

Mesmo que os carros elétricos sejam o caminho para um futuro mais eldquo;limpoerdquo;, ainda será preciso conviver com combustíveis convencionais por um bom tempo. Enquanto o cenário ideal não chega, com infraestrutura adequada e veículos com preços mais acessíveis, a indústria se adapta para atender às regulamentações relacionadas à redução da emissão de gases, fornecendo combustíveis cada vez mais amigáveis ao meio ambiente nesse período de transição da matriz energética. Além desse importante resultado, a tecnologia que envolve esses novos produtos agrega maior qualidade e traz outras vantagens aos proprietários de veículos, entre elas a diminuição de possíveis gastos com manutenção, algo importante, ainda mais quando se observa, especialmente no Brasil, um aumento na vida útil desses bens. Há duas boas novidades nos postos das cidades brasileiras: uma delas criada pela Vibra e a outra desenvolvida pela Shell. A nova fórmula de aditivação para o etanol da Vibra (Etanol Petrobras Grid), com a tecnologia embarcada Tecno 3, desenvolvida em parceria com a alemã Basf, resulta em um biocombustível que proporciona mais limpeza, proteção e economia. Esse avanço contribui para menores gastos com manutenção do motor, além de representar um passo à frente nesse mercado, alinhando-se aos mesmos propósitos da nova geração das gasolinas Petrobras Grid e Petrobras Podium, lançadas em fevereiro deste ano. A Vibra hoje atua como uma plataforma multienergia ao oferecer alternativas com menor emissão de carbono após a entrada de novas fontes limpas e renováveis ao seu portfólio. Recentemente, concluiu a formação da Evolua Etanol, joint venture com a Copersucar, criando a maior plataforma global do biocombustível com expectativa de comercializar 9 bilhões de litros de etanol em seu primeiro ano. Também adquiriu 50% do capital social da ZEG Biogás para a produção do gás biometano, realizada com base nos diferentes tipos de resíduo, como a vinhaça da cana-de-açúcar, comercialmente viável para substituir o gás natural. Menos gastos com manutenção Ao contrário do etanol comum, a versão Grid conta com um blend de aditivos adaptados para a realidade do produto vendido no Brasil (modificadores de fricção, detergentes e anticorrosivos), em uma fórmula que atende às especificações técnicas da Agência Nacional de Petróleo (ANP) e melhora os benefícios aos motores, trazendo maior eficiência, rendimento e, consequentemente, redução nas emissões e menos gastos com manutenção. eldquo;Foram mudanças significativas ao longo de 2021 e os testes de detergência mostraram que a nova formulação reduziu a formação de depósitos de resíduos em partes do motor, principalmente nas válvulas, além de remover 52% dos já existenteserdquo;, explica Eduardo Alcazar, engenheiro e analista sênior de marcas e produtos da Vibra. A versão Grid também promoveu proteção de 100% contra ferrugem, enquanto o etanol comum foi responsável por 25% a 50% de ferrugem no corpo de prova. Em relação ao desgaste entre peças metálicas, houve uma diminuição em até 36% e 40% menos fricção, diminuindo o atrito e demonstrando uma expressiva melhora na lubricidade do etanol. Gasolina menos poluente Com tecnologia Infinity, a V-Power, a nova versão da gasolina aditivada da Shell, lançada em outubro, também investe na redução de resíduos do motor, chegando a 100%, contra os 80% da versão anterior, especialmente nas válvulas e nos bicos injetores. eldquo;O que permite, por exemplo, aos carros mais novos retomar rendimentos anterioreserdquo;, explica Gilberto Pose, especialista em combustíveis da Raízen, licenciada da marca Shell. eldquo;Isso porque detergentes e dispersantes atuam para que haja queima mais completa e eficiente do combustível, e a energia flua melhor, restaurando o desempenho e a autonomiaerdquo;, acrescenta. eldquo;Dependendo das condições de uso e de manutenção, resulta em maior economia de combustível e, consequentemente, menor emissão de CO2 pelo sistema de escapamento do veículo.erdquo; Para o especialista, ainda existe o mito do preço da gasolina aditivada, que eldquo;pesa mais no bolsoerdquo; do consumidor. eldquo;Na bomba, essa diferença é pequena, especialmente por causa da qualidade e dos benefícioserdquo;, observa. As vantagens da V-Power, de acordo com Pose, não são exclusivas aos veículos mais novos, detentores de tecnologias mais avançadas, já que ela é indicada para todos os tipos, dos movidos a gasolina aos flex, como também os de baixa ou alta potência.

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Petróleo fecha em baixa, com força do dólar e retorno do oleoduto Keystone

Os contratos futuros de petróleo fecharam em queda nesta sessão de quinta-feira (15), reagindo a um dólar forte ante rivais e com o mercado digerindo perspectivas de possíveis novas altas de juros e risco de recessão. A decisão do aumento de juros de 50 pontos-base (pb) por parte do Banco Central Europeu (BCE) e o Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) também orientaram os negócios. Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para janeiro de 2023 fechou em queda de 1,51% (US$ 1,17), a US$ 76,11 o barril, enquanto o Brent para fevereiro do negociado na Intercontinental Exchange (ICE) fechou em baixa de 1,80% (US$ 1,49), a US$ 81,20 o barril. O petróleo já operava em território negativo desde o começo da manhã, devolvendo parte dos ganhos de ontem. Segundo análise da Oanda, os preços do petróleo caíram com o reinício do funcionamento do oleoduto Keystone, que havia pausado as operações no dia 8 de dezembro após vazamento confirmado de petróleo em um riacho no Nebraska, nos Estados Unidos. eldquo;O rali recente do petróleo está perdendo força à medida que a aversão ao risco corre solta. O dólar pode estar prestes a subir aqui e isso deve manter alguma pressão sobre os preços do petróleoerdquo;, destaca a Oanda. O avanço da moeda americana pressiona a commodity, que é cotada em dólar. Ainda, dados de produção industrial e de vendas no varejo da China, uma das maiores importadoras de petróleo, piores que o esperado alimentam sentimento de desaceleração das atividades. Segundo a Capital Economics, os dados indicam que a atividade econômica do país segue contida em dezembro, apesar do relaxamento de restrições da política de eldquo;covid zeroerdquo;. Em uma previsão mais a longo prazo, a Goldman Sachs possui uma visão otimista para as commodities em 2023, com a possibilidade de um retorno de investimentos de 43%, segundo o índice de commodities SeP GSCI.

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Futuro Ministro da Fazenda, Haddad comenta sobre administração da Petrobras

O executivo destacou que o próximo presidente da Petrobras precisa estar a par do setor de petróleo e entender do segmento para administrar a empresa. Haddad ainda prevê a revisão da política de preços dos combustíveis da estatal para se adequar ao mercado. Na última quarta-feira, (14/12), o ex-candidato à presidência e futuro Ministro da Fazenda Fernando Haddad realizou uma entrevista e comentou sobre o futuro de alguns segmentos do país. Segundo o executivo, a administração da Petrobras é uma das suas principais preocupações. Ele afirmou que o próximo presidente da empresa precisa entender de petróleo para comandá-la. Além de destacar uma revisão na política de preços de combustíveis como um de seus objetivos para o Governo Lula. Fernando Haddad destaca necessidade de um presidente com conhecimento sobre petróleo e combustíveis para comandar a Petrobras na próxima gestão A administração da Petrobras ao longo do ano de 2022 vem sendo bastante criticada pelos especialistas do segmento. O Governo Bolsonaro realizou constantes trocas na presidência da empresa estatal, além de colocar no comando representantes dos interesses do mercado privado nacional, que não possuem conhecimento algum sobre o setor de petróleo. Assim, após a eleição do futuro presidente Lula, os representantes do segmento começaram a debater os próximos passos para a estatal no Brasil. Em uma entrevista dada na última quarta-feira, (14/12), o futuro Ministro da Fazenda, Haddad, comentou sobre esse problema e afirmou que o próximo presidente da Petrobras precisa ser alguém que entende de petróleo e demais combustíveis. Questionado sobre o nome do senador Jean Paul Prates (PT-RN) durante entrevista à GloboNews, o petista chegou a responder que ele eldquo;entende do setorerdquo;, sendo uma boa opção para o comando da empresa. O futuro ministro ainda destacou que, assim que o nome do próximo presidente da estatal for anunciado por Lula, ele será o primeiro a realizar uma reunião para debater os preços, projetos e futuro do setor de combustíveis. Já quanto à política de preços da Petrobras, Haddad afirmou que estudará novas alternativas para adequar os preços dos combustíveis ao mercado nacional e internacional. Mas sem impactar diretamente no consumidor final. eldquo;A suavização é uma prática correnteerdquo;, comentou Haddad. Acrescentando que os preços de combustíveis são importantes no País, devido à dependência do Brasil da malha rodoviária. eldquo;Vamos ver o presidente da Petrobras que o Lula escolhe. Você pode ter certeza que a primeira coisa que eu vou fazer é sentar com eleerdquo;, finalizou o executivo. Futuro Ministro comentou sobre o futuro dos investimentos em projetos PPP e disse que eles são o futuro dos empreendimentos de infraestrutura para o Brasil Além de comentar sobre a política de preços dos combustíveis da Petrobras e sua presidência, o Ministro da Fazenda foi além do setor de petróleo. Ele defendeu a adoção de projetos com investimentos em Parcerias Público-Privadas (PPP) para elevar a infraestrutura no Brasil e possibilitar melhorias em todo o país. eldquo;Há um conjunto enorme de projetos sustentáveis que podem ser concedidos para a iniciativa privada: concessão de aeroporto, de estrada, (tudo) adotando princípios como de modicidade tarifáriaerdquo;, disse ele. Ele ainda citou a China como um ótimo exemplo de utilização das PPP para potencializar a infraestrutura e a qualidade de vida no país. No Brasil, as PPP possibilitaram enormes projetos de contribuição pública, como o Prouni, que oferece bolsas de estudo para estudantes em todo o país. Dessa forma, ele não só pretende alinhar os interesses do povo com a Petrobras. Como também busca novas formas de aumentar a qualidade de vida no Brasil.

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Governo de São Paulo reajusta valor de pedágio de rodovias em quase 12%

A Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp) autorizou reajustes em pedágios de rodovias paulistas que passam a valer a partir das 00h de sexta-feira (16), conforme divulgado pelo Diário Oficial desta quarta-feira (14). Em alguns casos, como das concessionárias Autoban, Rota das Bandeiras, ViaOeste, Cart, ViaRondon, SPVias, Rodovias do Tietê, Ecovias, Ecopistas, Rodoanel Oeste e Rodoanel trechos Sul e Leste, o aumento é de quase 12% (11,73%), como nas rodovias Anchieta, Imigrantes, Anhanguera, Bandeirantes e Rodoanel. De acordo com o comunicado, trata-se de um reajuste à inflação acumulada entre o período de junho de 2021 a maio de 2022, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Já as concessionárias Tebe, Intervias, Triângulo do Sol, Renovias e Colinas, que controlam estradas no interior do estado, vão ter reajustes de 10,72%. Os contratos de concessão dessas rodovias, segundo a Artesp, estão indexados ao Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M), por isso a diferença no percentual de reajuste. Em nota, a Artesp afirma que a correção dos valores estava inicialmente prevista para julho, mas foi adiada pelo governo do estado devido à eldquo;sensível conjuntura econômica existente na ocasião, com alta inflação e alta desenfreada dos preços, em especial, de combustíveis, que causaram efeito cascata no bolso do consumidorerdquo;.

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Atividade industrial desacelera em novembro, diz CNI

A atividade industrial registrou desaceleração no mês de novembro. De acordo com os dados da Sondagem Industrial da Confederação Nacional da Indústria (CNI), a produção industrial ficou em 48,7 pontos em novembro, um aumento de 0,2 ponto em relação ao mês de outubro. Segundo a CNI, o leve aumento no índice foi insuficiente para mudar o quadro de queda na produção industrial, que está abaixo da linha divisória de 50 pontos desde setembro. O emprego industrial também caiu em novembro de 2022. O índice recuou 0,6 ponto na comparação com outubro e encerrou o mês em 49 pontos. Já a utilização da capacidade Instalada (UCI) permaneceu em 71% e está abaixo do patamar praticado nos meses de novembro dos últimos dois anos. O gerente de Análise da Econômica da CNI, Marcelo Azevedo, disse que o resultado da Sondagem Industrial de novembro confirma o que se esperava para o fim deste ano, principalmente diante da política monetária mais contracionista. eldquo;A indústria apresentou bons resultados até o meio do ano, mas os efeitos da alta dos juros foram se acumulando, se tornando bastante intensos. A atividade do setor está mais fraca em novembro e, como consequência, temos expectativas de menos contratações e menos investimentoserdquo;, explicou Azevedo. Estoques O índice de estoque efetivo em relação ao planejado em novembro ficou em 51,3 pontos. O resultado aponta para um nível de estoques acima do planejado pelos empresários. eldquo;Apesar disso, o dado é 1,1 ponto menor do que em outubro. A queda demonstra um ajuste parcial nos estoques na passagem de outubro para novembroerdquo;, diz a CNI. Exportações O índice de expectativa de quantidade exportada de dezembro de 2022 cresceu 1,1 ponto na comparação com novembro, alcançando 50,7 pontos, o que sinaliza previsão de alta das quantidades exportadas. Já o índice de expectativa de demanda diminuiu de 51,4 pontos para 50,8 pontos. Apesar da redução, o indicador mostra que as expectativas se mantêm otimistas. Investimento A pesquisa indica que o índice de intenção de investimento cresceu 0,3 ponto em dezembro de 2022 na comparação com novembro. Apesar da alta, o valor atual, de 53,8 pontos, é o segundo mais baixo de 2022. eldquo;A intenção de investir perdeu força nos últimos meses de 2022, mas segue relativamente alta. O índice está acima da média histórica, de 51,4 pontos, mas abaixo da média de janeiro a novembro de 2022, de 56,8 pontos.erdquo; A CNI entrevistou 1.684 empresários entre 1º e 10 de dezembro.

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