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Petróleo cai mais de 3% com temores sobre demanda na China por Covid

Os preços do petróleo caíram mais de 3% nesta quinta-feira, com as novas medidas de bloqueios contra Covid-19 na China aumentando as preocupações de que a alta inflação e os avanços das taxas de juros estão prejudicando a demanda por combustível. Os futuros do petróleo Brent recuaram 3,28 dólares, ou 3,4%, para 92,36 dólares por barril. Os contratos do petróleo nos EUA caíram 2,94 dólares, ou 3,3%, para 86,61 dólares por barril. "A demanda por petróleo do mundo ocidental, assim como a da China, está estagnada, enquanto a oferta está se expandindo de forma incremental, em grande parte devido ao boom do xisto dos EUA", disse Norbert Rucker, analista da Julius Baer. A atividade fabril da Ásia caiu em agosto, com as restrições por "Covid zero" e as pressões de custo da China que continuaram prejudicando os negócios, mostraram pesquisas nesta quinta-feira, afetando as perspectivas para a frágil recuperação da região. O principal índice de ações europeu caiu para mínimas de sete semanas, com o aumento das preocupações sobre aumentos agressivos de juros para combater a inflação recorde.

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Vibra e EZVolt apresentam soluções de recarga para frotas e condomínios

A Vibra Energia e a EZVolt, startup de eletromobilidade que possui a maior rede de recarga do Brasil, estarão presentes no VE Latino-Americano, salão de mobilidade elétrica que acontece nos dias 1, 2 e 3 de setembro, no Pavilhão Amarelo do Expo Center Norte em São Paulo, SP. A Vibra, líder em distribuição de combustíveis e lubrificantes no Brasil, conta com uma plataforma integrada de energia com soluções de ponta a ponta em toda a cadeia de valor. No início deste ano, a companhia investiu na EZVolt para desenvolvimento de negócios no ecossistema de recarga de veículos elétricos. Quem passar pelo evento vai conhecer as novas soluções para condomínios e também o sistema de gestão de recarga para frotas corporativas de caminhões e veículos convencionais já implantados pela startup. eldquo;A Vibra, além de líder na distribuição de combustíveis do país é também uma plataforma multienergia, com portfólio completo de soluções que incluem infraestrutura de recarga elétrica com gestão e provimento de energia para clientes B2B e B2B2C. A rede de recarga Vibra já iniciou a implementação de sua rede de eletropostos que será a principal rede de recarga elétrica conectada do paíserdquo;, explica Bernardo Kos Winik, diretor vice-presidente executivo de comercial B2B da Vibra. Durante o evento, será lançado o Open Charge Brasil, o primeiro roaming de recargas do país. A tecnologia, lançada através da parceria entre a EZVolt e a Voltbras, empresa líder em software para gestão de eletropostos, permite integrar e disponibilizar para uso os carregadores de diferentes operadores, em diversos aplicativos de recarga já existentes. A novidade é um marco no mercado brasileiro de eletromobilidade, pois segue o exemplo de iniciativas de sucesso na Europa e nos Estados Unidos, locais onde o conceito já é bem difundido. O Open Charge tem o objetivo de democratizar e tornar mais fácil o acesso dos motoristas de carros elétricos aos eletropostos de todo o Brasil. A integração entre os carregadores e aplicativos será possível através da plataforma de gestão, inédita no Brasil, que foi desenvolvida em conjunto pelas duas empresas e que já está aberta para a adesão e participação de todos os players do mercado. Por meio deste sistema, os motoristas poderão usar somente um aplicativo para localizar, reservar e pagar pelas recargas realizadas em eletropostos e carregadores de diferentes operadores, desde que estes estejam integrados ao Open Charge Brasil. eldquo;A nossa expectativa é que, assim como já ocorre na Europa, os maiores operadores de estações de recarga, as montadoras de veículos e os aplicativos de transporte optem por aderir ao Open Charge. Sabemos que no final das contas quem sai ganhando é o usuário do veículo elétrico, que não terá de baixar diversos apps para fazer suas recargas. Nossa motivação é levar sempre a melhor experiência para o usuário e sabemos que ele deseja recarregar seu veículo com comodidade e agilidade, independente de quem seja o proprietário do carregadorerdquo;, explica Gustavo Tannure, CEO e fundador da EZVolt. eldquo;O roaming, ou interoperabilidade, é uma demanda latente dos nossos maiores clientes, utilities do setor elétrico, mercado livre de energia, combustíveis e estacionamentos. Nossa iniciativa com a EZVolt é algo natural, necessário, mas que demandou esforços que apenas empresas com maturidade tecnológica estão aptas a realizar hoje. Todos os atores envolvidos acabam tendo benefícios: os operadores de recarga têm maior taxa de uso, os aplicativos aumentam a oferta de pontos e o usuário ganha maior comodidade para carregar o veículoerdquo; afirma Bernardo Duriex, CEO da Voltbras. Pioneira na implantação do modelo eldquo;charge-as-a-serviceerdquo;, a EZVolt oferece soluções completas de recarga para veículos elétricos, com instalação, operação e manutenção dos equipamentos, e ferramentas de gestão para os proprietários de redes privadas. Além disso, como toda startup, está constantemente aprimorando seus produtos e serviços e idealizando novas soluções para acompanhar as tendências e necessidades do mercado. A EZVolt já possui a maior rede de carregadores e eletropostos do país, com presença em nove estados brasileiros, entregando mais de 4 mil recargas mensais de baterias automotivas. A EZVolt desenvolve também redes de recarga smart, totalmente inteligente, conectadas à internet e com acesso a aplicativo que permitem fazer reservas e consultas. Recentemente, o Burger King® anunciou a criação de sua rede em parceria com a EZVolt. O investimento em soluções como esta da rede de fast-food faz parte do objetivo da Vibra de ser o principal provedor de soluções de recarga e suprimento de energia do Brasil, por meio de uma rede de recarga pública robusta, disponível e conectada. Executivos estarão no C-MOVE - O Congresso de Mobilidade e Veículos Elétricos (C-MOVE) acontece em paralelo ao salão de mobilidade elétrica, Marcia Loureiro, gerente de eletromobilidade da Vibra e Gustavo Tannure, CEO e fundador da EZVolt, serão os representantes das empresas no evento. Marcia participará como debatedora do painel Os desafios do ESG da eletromobilidade, no dia 1 de setembro, às 15h30min. Já Gustavo estará em dois painéis. No dia 2 setembro, às 11h15min, ele participará do painel Eletromobilidade e conectividade -- O surgimento de novas soluções e modelos de negócio. No mesmo dia, à tarde, às 15h30, ele estará no painel Infraestrutura e serviço do Consumidor: Prédios e Condomínios.

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ANP aprova resolução sobre registro de estoques e movimentação de combustíveis em postos

A Diretoria da ANP aprovou hoje (1/9) resolução que atualiza a Portaria nº 26/1992 do extinto Departamento Nacional de Combustíveis (DNC). Essa portaria instituiu o livro de movimentação de combustíveis (LMC) para registro diário, pelos postos revendedores, dos estoques e movimentação de compra e venda de produtos. A revisão tem por objetivo adaptar a norma às práticas mais modernas utilizadas pelo mercado e às novas tecnologias. Assim, traz a possibilidade de o LMC ser gerado de forma eletrônica e impresso apenas em caso de necessidade, reduzindo custos para os agentes econômicos. Não há previsão de alteração no conteúdo do formulário, que deverá permanecer o mesmo do determinado pela Portaria DNC nº 26/1992, nem de criação de novas obrigações aos agentes regulados. O DNC tinha o papel de orientar e fiscalizar as atividades relativas ao monopólio da União nas atividades ligadas ao petróleo, gás e outros hidrocarbonetos fluidos durante a década de 1990. Foi extinto com a flexibilização da execução do monopólio da União e a criação da ANP, em 1998, que assumiu suas atribuições. A minuta da resolução passou por consulta pública de 45 dias e audiência pública (https://www.gov.br/anp/pt-br/assuntos/consultas-e-audiencias-publicas/consulta-audiencia-publica/consulta-e-audiencia-publicas-no-4-2022). A resolução terá vigência após sua publicação no Diário Oficial da União.

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Preocupação com pontos de recarga é barreira para compra do carro elétrico

A preocupação com o acesso a pontos de recarga é o principal fator que afasta os consumidores de diferentes países da troca dos carros movidos à combustão por modelos elétricos. É o que revela um estudo inédito realizado pela McKinsey e apresentado no Congresso da Mobilidade e Veículos Elétricos (C-Move), que acontece nesta quinta (1) e sexta-feira (2), em São Paulo. Segundo o levantamento, 64% dos consumidores brasileiros relatam que os pontos de recarga são a maior preocupação em relação aos carros elétricos. O percentual é superior ao de outros países, como Alemanha e Suíça, cada um com 58%, e Estados Unidos, com 56%. A disponibilidade de pontos de recarga é um dos desafios para o avanço da mobilidade elétrica no Brasil. A Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE) aponta que existem cerca de 1.500 eletropostos disponíveis nas principais cidades e rodovias. Há postos de gasolina que já enxergam esses equipamentos como uma nova frente de negócio. Além da recarga, viagens são questões para o carro elétrico Outras preocupações dos consumidores brasileiros apontadas pelo estudo é a possibilidade de realizar viagens longas (43%) e a vida útil da bateria (34%). Ao mesmo tempo, existe no mercado automotivo uma gama de carros elétricos com autonomia para percorrer centenas de quilômetros sem a necessidade de recarga. As fabricantes de baterias também veem o tempo de carregamentocomo uma oportunidade para sair na frente dos concorrentes. A exemplo da CATL, fornecedora da Tesla, que pretende lançar até 2023 uma nova bateria que permite 80% do carregamento em até 10 minutos. eldquo;Sempre há quem não confie no carro elétrico para fazer longas viagens e vê isso como um defeito, querendo ir de Manaus até São Paulo com uma única carga. Em relação às baterias também há uma questão de falta de conhecimento, pois sabe-se que a qualidade está cada vez maiorerdquo;, defende Felipe Fava, um dos responsáveis pelo estudo da McKinsey. Consumidor vê sustentabilidade como maior benefício Ainda de acordo com o levantamento, para os mesmos 64% dos consumidores brasileiros ter um carro ecologicamente correto - com zero emissões de poluentes - é o maior benefício. Outros 34% também citam o baixo ruído do motor como um ponto positivo na comparação com os carros movidos à combustão. eldquo;Estudos como esse apontam os caminhos para que tomadores de decisão, como os governos, saibam explorar bem os ganhos dos carros elétricoserdquo;, conclui Felipe Fava.

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Shell e Raízen vão fazer hidrogênio verde de etanol com a USP

A USP (Universidade de São Paulo) anuncia nesta quinta-feira (1º) uma parceria com empresas do setor de combustíveis para desenvolver uma tecnologia capaz de transformar etanol em hidrogênio verde, energia considerada sustentável por sua baixa emissão de carbono. O acordo de cooperação foi assinado com a Shell Brasil, Raízen, Hytron e com o braço de inovação em biossintéticos e fibras do Senai (CETIQT), e prevê a instalação de duas fábricas no campus da USP para a produção do hidrogênio renovável, que será testado em ônibus da Cidade Universitária emdash;atualmente movidos a diesel. Com início da operação prevista para o primeiro semestre de 2023, a iniciativa pretende viabilizar uma solução de baixo carbono para o transporte pesado e indústrias poluentes, além de inaugurar o primeiro posto de hidrogênio verde a base de etanol do Brasil e do mundo. Diferentemente de sua versão "comum", produzida a partir de combustíveis fósseis, o hidrogênio verde leva esse nome por ser extraído de fontes renováveis emdash;geralmente energia solar e eólica. Diante da pressão global por soluções para a crise climática, o produto vem ganhando centralidade devido a seu potencial para descarbonizar setores como siderurgia, indústria química e a própria geração de energia elétrica. No entanto, transportar o combustível ainda é desafiador, pois exige que o armazenamento seja feito em baixas temperaturas e alta pressão, dificultando a logística. Além disso, as tecnologias de produção ainda não estão 100% consolidadas, o que ajuda a explicar o interesse de diversas empresas nesse mercado. A Shell, por exemplo, está injetando R$ 50 milhões neste projeto com recursos de pesquisa e desenvolvimento, que são regulados pela ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis). Em maio deste ano, a companhia já havia fechado um acordo para a construção de uma planta de hidrogênio verde no Porto do Açu (RJ). Segundo Alexandre Breda, gerente de tecnologia em baixo carbono da Shell Brasil, o objetivo do acordo com a USP é posicionar o etanol como uma fonte de hidrogênio verde. O projeto vai desenvolver um equipamento chamado reformador, que quebra a molécula do biocombustível para transformá-la em hidrogênio. A Hytron, empresa do interior de São Paulo que integra a parceria, já possui um protótipo do dispositivo, mas a tecnologia ainda precisa ser melhorada para garantir confiabilidade, escala e eficiência ao processo. O reformador será instalado na USP, que também receberá um posto de abastecimento de hidrogênio. A ideia, ao fim do projeto, é desenvolver uma solução capaz de driblar os desafios envolvidos na produção, transporte e armazenamento do hidrogênio verde. "Todo posto de abastecimento do Brasil tem etanol. Então, em vez de transportar o hidrogênio, poderíamos colocar esse reformador dentro do posto para produzir [o combustível] localmente. Por isso, esse desenvolvimento com a USP já vai ser feito num contêiner, para facilitar a instalação futura de maneira distribuída", afirma Breda. Carlos Gilberto Carlotti Junior, reitor da USP, diz que três ônibus que circulam na Cidade Universitária estão sendo modificados para terem compatibilidade com o hidrogênio. A ideia é que os veículos comecem a usar o combustível sustentável ainda no primeiro semestre de 2023, que é quando as fábricas ficarão prontas. "Nosso campi tem potencial para ser um grande laboratório. Depois dos estudos sobre o quanto é possível gerar de energia e quais são os custos, podemos transformar [os achados] em políticas públicas, para que as cidades possam incorporar essa tecnologia", afirma. Na primeira fase do projeto, serão construídas duas fábricas para produção de 5 kg de hidrogênio por hora. Posteriormente, uma unidade com capacidade dez vez maior será inaugurada. O biocombustível utilizado no processo será fornecido pela Raízen, maior produtora de etanol de cana do mundo. Segundo Ricardo Mussa, CEO da Raízen, a ideia no longo prazo é chegar a um nível de sofisticação tão grande que o reformador poderá incorporado não só aos postos de abastecimento, mas aos próprios veículos elétricos. "No limite, [a ideia é conseguir] transformar o etanol em hidrogênio dentro do próprio carro ou ônibus, se o equipamento for compacto o suficiente", diz. Mussa lembra que, atualmente, boa parte dos veículos elétricos funcionam a bateria, que tem a desvantagem de ser muito pesada. Uma opção mais leve seriam as células de combustível emdash;que transformam hidrogênio em eletricidade. Conseguir alimentá-las com etanol, ele diz, seria o ideal. "Um carro elétrico da Tesla, por exemplo, tem cerca de 600 quilos de bateria. O equivalente que essa bateria possui de energia, você encontra em 27 quilos de etanol", diz. "Se conseguirmos a beleza do motor elétrico, que é muito mais eficiente que o motor a combustão, sem o problema do peso, chegaríamos ao melhor dos dois mundos", acrescenta. O CEO diz que o projeto de hidrogênio verde dialoga com as metas de longo prazo da Raízen, assim como a recente parceria fechada com a Embraer para estimular a produção de combustível de aviação sustentável (SAF, na sigla em inglês). O mesmo vale para o caso da Shell, que tem a ambição de ser net-zero (emissões líquidas zero) até 2050 emdash;embora não planeje sair do mercado de combustíveis fósseis. Segundo Breda, o foco da companhia é reduzir sua pegada ambiental, investindo em biocombustíveis, captura de carbono, energias renováveis e soluções baseadas na natureza. "Produzir óleo e gás vai continuar importante por muito tempo ainda emdash;e continuamos investindo bastante nesse mercado", diz.

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Estoque de diesel na Europa pode elevar o preço do petróleo, diz Adriano Pires

O presidente do Centro Brasileiro de Infraestrutura, Adriano Pires, em entrevista à CNN, afirmou que o estoque de diesel na Europa pode elevar o preço do petróleo. Ele explica que a região está sofrendo com as sanções de fornecimento de gás na Rússia. eldquo;E existe uma preocupação de cortar o gás no invernoerdquo;. O analista explicou que o substituto do gás na Europa é o diesel, e os europeus estão fazendo estoque para tentar deixar a situação eldquo;não ser tão dramática como se está imaginandoerdquo;. eldquo;Essa estocagem aumenta a demanda, e o preço pode voltar a subirerdquo;. Vale lembrar que o diesel é um óleo derivado da destilação do petróleo. Alguns analistas declaram que entre dezembro e janeiro, quando começa o inverno na Europa, o petróleo pode estar a US$ 65 ou US$ 70, mas Pires acha ser exagero. Ele justifica que eldquo;a capacidade de refino no mundo está praticamente toda utilizada, e em função dos ambientalistas também, parou de se investir nos últimos anos em construções de refinariaserdquo;. eldquo;As novas [refinarias] foram na Ásia, praticamente no ocidente não houve uma nova. Então, mesmo o petróleo caindo de preço, pode ser que a gasolina e o diesel não caiam tanto porque não tem capacidade de aumentar o refino da noite para o diaerdquo;. Nesta quinta-feira (1º), os futuros de do petróleo Brent baixavam US$ 3,12, ou 3,26%, para US$ 92,52 por barril, às 13h31 (horário de Brasília). Os futuros de petróleo bruto WTI, dos EUA, perdiam US$ 2,82, ou 3,15%, para US$ 86,73 por barril.

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