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Vibra (VBBR3) vê lucro multiplicar por quase 10 vezes no 1º tri, a R$ 789 mi

A Vibra registrou aumento de 874,1% no lucro líquido no primeiro trimestre de 2024 em relação a igual período de 2023, saindo de R$ 81 milhões para R$ 789 milhões. Já em relação ao trimestre anterior, houve uma diminuição de R$ 2,508 bilhões, representando uma redução de -76,1%, em função, principalmente, das recuperações tributárias ocorridas no período. O lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado foi de R$ 1,410 bilhão, alta anual de 104,9%. A receita líquida ajustada somou R$ 39,771 bilhões no primeiro trimestre de 2024 , crescimento de 1,4% na comparação com igual etapa de 2023. Vibra: resultados O lucro bruto ajustado atingiu a cifra de R$ 2,286 bilhões no primeiro trimestre de 2024, um aumento de 48,8% na comparação com igual etapa de 2023, impulsionado pelas maiores margens médias de comercialização, estratégia de segmentação de clientes e maior participação das vendas de produtos aditivados e premium no mix de produtos e por efeito de ganho de inventário de produtos no trimestre atual frente a uma forte perda de aproximadamente R$ 340 milhões no 1T23. As despesas operacionais ajustadas somaram R$ 615 milhões no 1T24, uma redução de 11,1% em relação ao mesmo período de 2023. O resultado financeiro líquido foi negativo em R$ 334 milhões no primeiro trimestre de 2024, uma elevação de 19,3% sobre as perdas financeiras da mesma etapa de 2023. Em 31 de março de 2024, a dívida líquida da companhia era de R$ 10,6 bilhões, um recuo de 15,2% na comparação com a mesma etapa de 2023. O indicador de alavancagem financeira, medido pela dívida líquida/Ebitda ajustado, ficou em 1,1 vez em março/24, queda de 1,6 p.p. em relação ao mesmo período de 2023.

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No RS, infraestrutura, combustível, energia e telefonia não têm previsão de restabelecimento

As fortes enchentes no Rio Grande do Sul (RS) afetam em cheio o abastecimento de combustíveis, serviços de telecomunicações e energia elétrica. Apesar da mobilização conjunta entre empresas e governos, não há previsão para o reestabelecimento dos serviços. Entre os postos de combustíveis, o cenário é de falta de produto e racionamento em diversos locais. Para João Dale#39;Aqua, vice-presidente da Fecombustíveis e presidente do Sulpetro, que reúne as empresas do RS, não há previsão de quando a situação será normalizada. emdash; A dificuldade de logística afeta todo o estado. A Petrobras produz e entrega para as bases de distribuição. Mas há bases debaixo de água e unidades que não têm funcionários para trabalhar porque eles não conseguem chegar. Estamos longe de saber quando o abastecimento vai voltar ao normal. A previsão é de mais chuvas. Em 1941, foram mais de 15 dias para baixar a água. Há uma preocupação com a Região Sul do estado porque há alagamentos ocorrendo lá. Dale#39;Aqua lembra que há postos interditados e outros com falta de combustível e baixos estoques: emdash; Temos uma campanha para priorizar veículos oficiais. A orientação é que os postos tenham estoque mínimo para isso. Para a venda ao consumidor final, a gente sugere uma limitação. Mas isso é uma orientação emdash; diz Dale#39;Aqua. Segundo Ernesto Pousada, CEO da Vibra, a companhia está empenhada em manter as suas atividades na Região Sul para garantir o abastecimento e fornecimento de combustíveis. Embora suas bases de distribuição estejam operacionais, há dificuldades logísticas para abastecer o mercado local, devido à inundação, fechamento de rodovias e circulação da frota. emdash; Nossos colaboradores da Banoas (a base em Canoas) estavam desde a última quinta-feira com dedicação exclusiva, sem sair da base. Sem eles não haveria combustível para as operações de resgate. Hoje (ontem) um time de voluntários de outras bases chegou para assumir a operação. É um processo árduo, o nosso parque de bombas ficou submerso durante algumas horas emdash; disse ele, lembrando que a companhia está doando combustível para suportar as operações de resgates no Rio Grande do Sul. A Agência Nacional do Petróleo (ANP) disse que eldquo;foi identificada ausência de produtoserdquo; por causa da falta de acesso. A ANP autorizou a redução das misturas de etanol anidro na gasolina de 27% para 21%; e de 14% para 2% do biodiesel no diesel. A agência explicou que o etanol e o biodiesel chegam ao estado por via rodoviária ou ferroviária. No segmento de telefonia, a situação também é caótica. Segundo dados do Ministério das Comunicações, da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e operadoras, cinco cidades no estado estão completamente sem serviços de telecomunicações: Arroio do Meio, Encantado, Estrela, Pouso Novo e Progresso. Fontes do setor afirmam que ainda não há previsão para que o sistema seja totalmente restabelecido no estado. CHUVAS NO RIO GRANDE DO SUL: O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), declarou estado de calamidade pública devido aos municípios impactados pelo temporal no estado. Número de mortos em tragédia no RS chega a 95 uma semana após confirmação da primeira vítima Os temporais, que começaram em 27 de abril, ganharam força no dia 29 e já afetaram mais de 1,3 milhão de pessoas em território gaúcho, de acordo com o último boletim da Defesa Civil. Eduardo Leite fez um alerta na noite deste domingo (5) contra golpistas que aproveitam o momento da tragédia causada pela chuva no estado para tentar ganhar dinheiro. Segundo fontes do setor, embora algumas localidades já tenham rede, ela ainda é limitada. Para isso, foram disponibilizadas 34 antenas de emergência da Telebras. As operadoras Oi, Algar, Vivo, Claro e TIM, por sua vez, habilitaram suas redes de forma que, onde há apenas uma das redes disponíveis, automaticamente os clientes de qualquer operadora possam acessar a infraestrutura disponível. A TIM, por exemplo, criou dois grupos de trabalho para lidar com a situação de crise, disse Alberto Griselli, CEO da operadora: Juros: Selic cai 0,25 ponto e divide Copom entre indicados de Lula e Bolsonaro. Veja como votou cada um dos diretores do BC emdash; As equipes estão em campo para garantir a recuperação da infraestrutura e a continuidade dos serviços na região, em condições extremas de inacessibilidade e cortes de energia. No setor elétrico, a RGE, da CPFL, diz que as chuvas afetaram 381 municípios de sua área de concessão. Como resultado, 212 mil clientes estão sem energia nesse momento. eldquo;A maioria está em áreas alagadas ou em locais com impedimento de acesso das equipeserdquo;, disse. A concessionária lembra que, mesmo com bloqueios e alagamentos, que não permitem acesso às redes elétricas para atendimento às ocorrências, as equipes da RGE eldquo;seguem mobilizadas para restabelecer o fornecimento de energia no menor prazo possível, respeitando as condições técnicas e de segurançaerdquo;.

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No RS, infraestrutura, combustível, energia e telefonia não têm previsão de restabelecimento

As fortes enchentes no Rio Grande do Sul (RS) afetam em cheio o abastecimento de combustíveis, serviços de telecomunicações e energia elétrica. Apesar da mobilização conjunta entre empresas e governos, não há previsão para o reestabelecimento dos serviços. Entre os postos de combustíveis, o cenário é de falta de produto e racionamento em diversos locais. Para João Dale#39;Aqua, vice-presidente da Fecombustíveis e presidente do Sulpetro, que reúne as empresas do RS, não há previsão de quando a situação será normalizada. emdash; A dificuldade de logística afeta todo o estado. A Petrobras produz e entrega para as bases de distribuição. Mas há bases debaixo de água e unidades que não têm funcionários para trabalhar porque eles não conseguem chegar. Estamos longe de saber quando o abastecimento vai voltar ao normal. A previsão é de mais chuvas. Em 1941, foram mais de 15 dias para baixar a água. Há uma preocupação com a Região Sul do estado porque há alagamentos ocorrendo lá. Dale#39;Aqua lembra que há postos interditados e outros com falta de combustível e baixos estoques: emdash; Temos uma campanha para priorizar veículos oficiais. A orientação é que os postos tenham estoque mínimo para isso. Para a venda ao consumidor final, a gente sugere uma limitação. Mas isso é uma orientação emdash; diz Dale#39;Aqua. Segundo Ernesto Pousada, CEO da Vibra, a companhia está empenhada em manter as suas atividades na Região Sul para garantir o abastecimento e fornecimento de combustíveis. Embora suas bases de distribuição estejam operacionais, há dificuldades logísticas para abastecer o mercado local, devido à inundação, fechamento de rodovias e circulação da frota. emdash; Nossos colaboradores da Banoas (a base em Canoas) estavam desde a última quinta-feira com dedicação exclusiva, sem sair da base. Sem eles não haveria combustível para as operações de resgate. Hoje (ontem) um time de voluntários de outras bases chegou para assumir a operação. É um processo árduo, o nosso parque de bombas ficou submerso durante algumas horas emdash; disse ele, lembrando que a companhia está doando combustível para suportar as operações de resgates no Rio Grande do Sul. A Agência Nacional do Petróleo (ANP) disse que eldquo;foi identificada ausência de produtoserdquo; por causa da falta de acesso. A ANP autorizou a redução das misturas de etanol anidro na gasolina de 27% para 21%; e de 14% para 2% do biodiesel no diesel. A agência explicou que o etanol e o biodiesel chegam ao estado por via rodoviária ou ferroviária. No segmento de telefonia, a situação também é caótica. Segundo dados do Ministério das Comunicações, da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e operadoras, cinco cidades no estado estão completamente sem serviços de telecomunicações: Arroio do Meio, Encantado, Estrela, Pouso Novo e Progresso. Fontes do setor afirmam que ainda não há previsão para que o sistema seja totalmente restabelecido no estado. CHUVAS NO RIO GRANDE DO SUL: O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), declarou estado de calamidade pública devido aos municípios impactados pelo temporal no estado. Número de mortos em tragédia no RS chega a 95 uma semana após confirmação da primeira vítima Os temporais, que começaram em 27 de abril, ganharam força no dia 29 e já afetaram mais de 1,3 milhão de pessoas em território gaúcho, de acordo com o último boletim da Defesa Civil. Eduardo Leite fez um alerta na noite deste domingo (5) contra golpistas que aproveitam o momento da tragédia causada pela chuva no estado para tentar ganhar dinheiro. Segundo fontes do setor, embora algumas localidades já tenham rede, ela ainda é limitada. Para isso, foram disponibilizadas 34 antenas de emergência da Telebras. As operadoras Oi, Algar, Vivo, Claro e TIM, por sua vez, habilitaram suas redes de forma que, onde há apenas uma das redes disponíveis, automaticamente os clientes de qualquer operadora possam acessar a infraestrutura disponível. A TIM, por exemplo, criou dois grupos de trabalho para lidar com a situação de crise, disse Alberto Griselli, CEO da operadora: Juros: Selic cai 0,25 ponto e divide Copom entre indicados de Lula e Bolsonaro. Veja como votou cada um dos diretores do BC emdash; As equipes estão em campo para garantir a recuperação da infraestrutura e a continuidade dos serviços na região, em condições extremas de inacessibilidade e cortes de energia. No setor elétrico, a RGE, da CPFL, diz que as chuvas afetaram 381 municípios de sua área de concessão. Como resultado, 212 mil clientes estão sem energia nesse momento. eldquo;A maioria está em áreas alagadas ou em locais com impedimento de acesso das equipeserdquo;, disse. A concessionária lembra que, mesmo com bloqueios e alagamentos, que não permitem acesso às redes elétricas para atendimento às ocorrências, as equipes da RGE eldquo;seguem mobilizadas para restabelecer o fornecimento de energia no menor prazo possível, respeitando as condições técnicas e de segurançaerdquo;.

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Com prateleiras vazias, mercados de Porto Alegre têm falta de água, pão e ovos

Moradores de Porto Alegre têm tido dificuldade de encontrar suprimentos básicos em meio ao caos que tomou conta da cidade. A reportagem circulou nesta quarta (8) por mercados de diferentes bairros da cidade e encontrou prateleiras vazias e falta generalizada de álcool em gel e de alimentos como pão e ovo. O maior problema, porém, é a falta de água, cada vez mais rara na cidade. Nos locais onde ainda é possível achá-la, logo se formam grandes filas. Na unidade do Zaffari do shopping Bourbon Ipiranga, no bairro Jardim Botânico, uma linha formada por mais de 60 carrinhos fazia a volta no corredor central. Todos a espera de sua chance de comprar um pouco de água. Devido à escassez do produto, a venda de garrafas e galões está limitada por cliente, com funcionários do local organizando a distribuição. Apesar disso, a situação no caixa era tranquila, sem grandes aglomerações. O supermercado é um dos maiores da cidade. Já no Gesepel, no bairro do Bonfim, até mesmo prateleiras de refrigerantes estão com espaço de sobra. Quem chega no corredor de bebidas não disfarça a frustração ao ver a falta de produtos. Há quem leve bebidas de limão por "parecer mais com água". Angelina dos Santos, 71, tem cinco litros de água em casa, mas temendo problemas no abastecimento, foi ate o supermercado. "Não podemos sair muito, não posso cozinhar. Tenho marmitas congeladas, mas vai acabar". Ela trabalha como cuidadora na casa de um idoso. O filho dele irá de Blumenau (SC) para atender a demanda do pai e de Angelina com mantimentos. O caminho é longo e deve aumentar já que apenas duas vias permitem entrada e saída da capital gaúcha, a RS-118 e a RS-090. Ainda no bairro do Bonfim, um prédio pagou R$ 12 mil (metade adiantado) para um caminhão-pipa abastecer sua cisterna. São 18 mil litros que viajaram do litoral catarinense à capital gaúcha. A entrega levou dois dias. Próximo dali, a loja do supermercado Zaffari do shopping Total tinha filas grandes nos caixas. O corredor de bebidas estava com poucas partes vazias, mas outros produtos, como sucos e refrigerantes, preenchiam a parte que teria água. Já na loja do bairro Rio Branco, as gôndolas destinadas para água estavam vazias. Consumidores saiam com fardos de água com gás, as únicas restantes. A falta de suprimentos tem feito grande parte da população fugir em direção ao litoral do estado ou para a vizinha Santa Catarina, regiões que não foram afetadas pelas chuvas que atingiram a maior parte do Rio Grande do Sul. O prefeito da capital gaúcha, Sebastião Melo (MDB), pediu que os moradores que conseguirem deixem a cidade, A saída em massa provocou alta procura em postos de combustíveis e congestionamento de estradas, embora o fluxo tenha diminuído nesta quarta. A Associação Gaúcha de Supermercados (AGAS) garante que a situação não é de desabastecimento. O motivo das prateleiras vazias, segundo a entidade, é a alta demanda combinada com uma logística de reposição lenta. "Está acontecendo muita falta de funcionários para fazer a função nas lojas devido a dificuldades de acesso. Mas, conforme a água baixa, mais lojas vão operar e receber produtos", diz o presidente da associação, Antônio Cesa Longo. Em nota, a Brasilcom (Federação Nacional das Distribuidoras de Combustíveis, Gás Natural e Biocombustíveis) diz que a situação "continua muito complicada e com imensas dificuldades logísticas". De acordo com a associação, caminhões de combustíveis voltaram a trafegar em algumas estradas, mas ainda de "forma muito precária". "O maior problema é o da movimentação de GLP [gás de cozinha]. As distribuidoras têm produtos, mas não conseguem atender a todos os pedidos da revenda [postos] por não terem como entregar, principalmente na área da Grande Porto Alegre, com reflexos também no interior", afirma a entidade. O Sulpetro, que representa os postos gaúchos, também aponta a dificuldade logística como o principal gargalo no momento. "Tem produtos nas bases de distribuição. O pessoal está criando rotas alternativas, mas algumas regiões são diferentes das outras", diz João Carlos Dalersquo;Aqua, presidente do Sulpetro. "Estou com um posto fechado há dois dias. Não é um desabastecimento geral, mas está bem complicado na parte de logística", acrescenta o dirigente empresarial. O Sulpetro não fala sobre o comportamento dos preços dos combustíveis na ponta, mas reconhece que o transporte das mercadorias ficou mais caro com os bloqueios de estradas. O custo de frete faz parte da composição dos preços finais. SAÍDA DE PORTO ALEGRE É O CAMINHO DE QUEM TEME DESABASTECIMENTO Enquanto rodava pelas ruas, a reportagem da Folha cruzou por uma escolta policial. Motociclistas da Brigada Militar auxiliavam no trajeto de um caminhão de combustível. Logo que o cenário piorou, ainda na última semana, postos registraram filas de carros para abastecer, o que se intensificou entre domingo (5) e segunda-feira (6). Nesta quarta-feira, postos tinham retomado uma rotina mais próxima do usual, mas ainda havia quem abastecia antes de viajar para sair da cidade. No bairro Partenon, que não está alagado, ficam as saídas da cidade que restaram, em direção a Viamão, e que levam para o litoral. Em um posto de gasolina da região, o movimento é mais intenso, assim como o fluxo de veículos indo em direção à cidade vizinha. Nesta tarde, a chuva aumentou, mas não diminuiu a ida dos moradores para o litoral gaúcho. Alexandre de Souza, 41, decidiu ir com a família para Capão da Canoa (RS), onde eles têm uma casa. No carro, ele dirigia e tinha a companhia de mais cinco pessoas, além de um cachorro. "Vamos ficar mais tranquilos na praia", disse o morador do bairro Santo Antônio, que fica longe das águas do Guaíba, mas que também foi afetado pela falta de água e luz.

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Balança comercial brasileira tem superávit de US$9,041 bi em abril, diz Mdic

A balança comercial brasileira registrou superávit de US$ 9,041 bilhões em abril, segundo dados do governo divulgados nesta quarta-feira (8), com um volume maior exportado compensando preços mais baixos dos produtos vendidos. O saldo foi 13,7% mais forte do que os US$ 8 bilhões de superávit registrados em abril de 2023, mostraram dados do Mdic (Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços). O valor das exportações subiu 14,1% no período, a US$ 30,920 bilhões, enquanto as importações cresceram 14,3%, a US$ 21,879 bilhões. Um dos fatores a contribuir para os números maiores foi o fato de abril de 2024 ter tido 22 dias úteis, contra 18 dias úteis no mesmo mês do ano passado, disse o diretor de Estatísticas e Estudos de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Herlon Brandão. No mês passado, o valor médio dos produtos vendidos pelo Brasil caiu 6,8% frente a abril de 2023. No entanto, o volume vendido registrou alta de 22,5%. No recorte por setores, houve alta de 48,6% no valor das exportações da indústria extrativa, puxado pelas vendas de petróleo, e de 16,6% na indústria de transformação, que registrou ganho nas vendas de combustíveis, açúcar, carne e celulose. O valor dos embarques da agropecuária, por sua vez, teve queda de 7,9%, com recuo na venda de soja. Os dados da pasta mostraram ainda que o saldo comercial acumulado nos quatro primeiros meses do ano foi de US$ 27,736 bilhões, 17,7% maior que o observado no mesmo período de 2023. O desempenho foi resultado de exportações de US$ 108,849 bilhões e importações de US$ 81,114 bilhões. Brasil tem fluxo cambial positivo de US$ 1,994 bi em abril O Brasil registrou fluxo cambial total positivo de US$ 1,994 bilhão em abril, em movimento puxado pela via comercial, informou o Banco Central. Os dados mais recentes são preliminares e fazem parte das estatísticas referentes ao câmbio contratado. Pelo canal financeiro, houve saídas líquidas de US$ 10,997 bilhões em abril. Por este canal são realizados os investimentos estrangeiros diretos e em carteira, as remessas de lucro e o pagamento de juros, entre outras operações. Pelo canal comercial, o saldo de abril foi positivo em US$ 12,991 bilhões. (Reuters)

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Vendas no varejo ficam estáveis em março, mostra IBGE; alta no primeiro trimestre é de 2,5%

Após dois meses de crescimento robusto, o volume vendido pelo comércio varejista ficou estável (0,0%) na passagem de fevereiro para março, segundo os dados da Pesquisa Mensal de Comércio divulgados nesta quarta-feira, 8, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). eldquo;O varejo vinha de duas altas fortes, janeiro (2,7%) e fevereiro (1,0%), essa estabilidade vem depois de uma base (de comparação) altaerdquo;, apontou Cristiano Santos, gerente da pesquisa do IBGE. Com o consumo resiliente, os indicadores econômicos antecedentes já divulgados indicam, por ora, uma elevação de 0,6% no Produto Interno Bruto (PIB) do primeiro trimestre de 2024 ante o quarto trimestre de 2023, calculou a gestora de recursos XP Investimentos. No fechamento deste ano, a projeção é de uma alta de 2,2% na atividade econômica. eldquo;O consumo pessoal continua em tendência sólida de crescimento. A renda real disponível às famílias vem crescendo em meio a um mercado de trabalho aquecido e altas transferências fiscais. Projetamos que a renda real disponível às famílias avançará cerca de 5% este ano. Além disso, as concessões de crédito têm melhorado gradualmenteerdquo;, apontou o economista Rodolfo Margato, da XP Investimentos, em comentário. Na passagem de fevereiro para março, a estabilidade nas vendas ocorreu a despeito de o segmento farmacêutico ter sido a única atividade varejista a escapar do vermelho, com alta de 1,4%. As demais sete atividades pesquisadas registraram perdas: equipamentos de informática e comunicação (-8,7%), móveis e eletrodomésticos (-2,4%), livros e papelaria (-1,1%), combustíveis (-0,6%), vestuário e calçados (-0,4%), supermercados (-0,3%) e outros artigos de uso pessoal e doméstico, que inclui as lojas de departamento (-0,1%). No varejo ampliado emdash; que inclui as atividades de material de construção, veículos e atacado alimentício emdash;, as vendas recuaram 0,3% em março ante fevereiro. O volume vendido por veículos caiu 1,4%, e em material de construção recuou 0,4%. Com a reformulação periódica da Pesquisa Mensal de Comércio, o desempenho do varejo ampliado passou a incluir os dados do atacado alimentício, mas ainda sem divulgação de informações individuais para essa atividade na série que desconta influências sazonais. eldquo;O atacado de alimentícios também contribui um pouco para baixo, é que a gente não consegue explicitar aqui qual é esse valor, mas entra na conta do ampliadoerdquo;, acrescentou Cristiano Santos, do IBGE. No entanto, o pesquisador do IBGE reforça que a trajetória do varejo permanece positiva. O pico de vendas alcançado em fevereiro se deslocou agora para março, tornando-se o novo patamar recorde da série histórica. A pesquisa mostrou variações negativas disseminadas, mas algumas muito próximas da estabilidade, como supermercados, vestuário e outros artigos de uso pessoal e doméstico, frisou. Para ele, houve eldquo;perda de dinamismoerdquo; de fatores que influenciam o poder de consumo das famílias: enquanto as concessões de crédito e o número de trabalhadores ocupados perderam fôlego em março, a massa de salários em circulação na economia cresceu. Houve impacto também no mês da valorização do dólar ante o real, que afetou o desempenho de equipamentos de informática e comunicação. Entretanto, ele pondera que esses elementos conjunturais contribuem para uma manutenção do consumo, e não uma perda. eldquo;Mesmo com o enfraquecimento em março, as vendas seguiram em patamares elevados, sem devolver as fortes altas dos meses anterioreserdquo;, corroborou Isabela Tavares, analista da Tendências Consultoria Integrada, em relatório. Vendas crescem no trimestre As vendas do comércio varejista subiram 2,5% no primeiro trimestre de 2024 ante o quarto trimestre de 2023, maior alta desde o segundo trimestre de 2022. No varejo ampliado, as vendas aumentaram também 2,5% no primeiro trimestre de 2024 ante o quarto trimestre de 2023, desempenho mais acentuado desde o segundo trimestre de 2021. eldquo;Foi um trimestre forteerdquo;, resumiu Cristiano Santos, do IBGE. As vendas de bens não essenciais puxaram o bom resultado do varejo no primeiro trimestre deste ano, com destaque para segmentos que vendem itens de maior valor agregado, como móveis e eletrodomésticos e outros artigos de uso pessoal e doméstico. O setor de vestuário também figurou entre os destaques positivos no período. O volume vendido deve desacelerar no segundo trimestre, com a dissipação dos efeitos do pagamento dos precatórios, incertezas domésticas afetando a confiança dos consumidores e pressionando juros de mercado e, mais recentemente, a contabilização dos prejuízos provocados pelas enchentes no Rio Grande do Sul, enumerou Isabela Tavares, da Tendências. eldquo;No segundo semestre, as vendas devem voltar a mostrar maior dinamismo, em função da expectativa positiva para os condicionantes da demanda. O mercado de trabalho ainda aquecido e as melhores condições financeiras atuam de forma positiva ao consumo, contribuindo para que segmentos de bens duráveis mostrem melhor desempenho neste anoerdquo;, previu Tavares. Tragédia no RS terá impacto nas vendas A tragédia que assola o Rio Grande do Sul terá impacto econômico na região, mas ainda é preciso aguardar os desdobramentos da situação para conseguir mensurar os reflexos em atividades como o comércio varejista local, apontou Cristiano Santos, do IBGE. Ele explicou que a coleta de informações da pesquisa é feita de forma eletrônica. As próprias empresas enviam eletronicamente os dados sobre o desempenho de suas atividades mês a mês. O IBGE divulgou nesta quarta-feira a Pesquisa Mensal de Comércio com dados de vendas do varejo referentes a março. As informações para a próxima divulgação, referentes a abril, são enviadas pelos informantes ao instituto até o fim de maio. Segundo o pesquisador, o grosso do fluxo de envio costuma se concentrar na última semana do mês. eldquo;Na maioria das pesquisas conjunturais, esse período do mês é um período que não tem fluxo tão grande de coleta. A coleta é eletrônica, as empresas têm até o fim do mês para enviar os dadoserdquo;, contou Santos. eldquo;Esse volume é muito grande sempre na última semana do mês.erdquo; Além disso, muitas sedes de empresas investigadas, que se concentram na região Sudeste do País, costumam enviar as informações pelas suas filiais regionais, podendo responder por suas unidades locais do Rio Grande do Sul quando enviassem seus dados. Santos frisa que ainda é cedo para prever quando as condições climáticas se normalizarão no Rio Grande do Sul, ou quando a operação das empresas locais será plenamente retomada, mas espera um impacto menor de eventuais problemas na coleta nas divulgações da PMC. eldquo;Precisamos aguardar os desdobramentos, a operação das empresas, para entender o quanto isso pode impactar. Claro que, se as empresas não conseguirem até o final de maio enviar as informações necessárias, isso pode impactar o indicador referente a abrilerdquo;, disse ele. Porém, se a situação no estado não melhorar até o fim de maio, resultando num problema de ausência significativa de informações, isso será mensurado por um modelo estatístico e, mesmo que afete a divulgação referente a abril, os dados poderão ser incorporados nas revisões dos meses seguintes. eldquo;Isso é controlado estatisticamente para avaliar o impactoerdquo;, apontou Santos. eldquo;Certamente impacto efetivo, impacto econômico, vai existir. Precisamos justamente desses dados para entender como será esse impacto no comércio. Mas precisamos aguardarerdquo;, ponderou. O estado do Rio Grande do Sul tem um peso de 6,5% na formação da taxa do varejo restrito na PMC. No varejo ampliado, a fatia do estado é de 6,3%. eldquo;O peso obviamente do Rio Grande do Sul é grande, um dos maiores estados do Brasil, e tem pujança do comércioerdquo;, confirmou o pesquisador. eldquo;A metodologia prevê revisão nos dados. Caso haja uma falta de cobertura, uma cobertura a menor para o próximo mês para o Rio Grande do Sul, isso pode depois ser compensado nas revisões seguintes (na PMC).erdquo;

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