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A Petrobras está em negociações com petroleiras da China, Índia e Oriente Médio, incluindo a Kuwait Petroleum e a Qatar Energy, para colaborar em projetos de energia, disse o CEO da estatal brasileira nesta quarta-feira (7). Segundo Jean Paul Prates à Reuters, à margem do evento India Energy Week, em Goa, a empresa também está interessada em trabalhar com a vizinha Venezuela " a qualquer momento no futuro".

"Temos dois grupos de países asiáticos com os quais estamos interagindo bastante no momento e estamos construindo relacionamentos neste momento endash; países do Golfo, Índia e China", disse ele.

"Vamos nos reunir com a Kuwait Petroleum", afirmou, acrescentando que planeja discutir a reforma e modernização das refinarias brasileiras, projetos em petroquímica, fertilizantes e transição energética.

A Petrobras também está procurando trabalhar com o Catar em projetos de gás natural liquefeito (GNL), possivelmente na África Ocidental ou no Brasil, afirmou.

"O Atlântico é o nosso ambiente operacional preferido. Isso significa a África Ocidental, o Brasil, a Guiana e a Margem Equatorial. Essas são as áreas em que vamos nos concentrar", disse Prates.

Prates disse que a Petrobras também formou forças-tarefa com a indiana Oil and Natural Gas Corp e a refinaria Bharat Petroleum Corp Ltd para analisar projetos no Brasil e no exterior, em refino e energias renováveis. As empresas indianas já possuem participações em blocos brasileiros de petróleo e gás.

"Vamos reorganizar o relacionamento tendo em vista essa nova administração da Petrobras", disse Prates, que assumiu o cargo de CEO há um ano, depois de ter sido escolhido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Sobre explorar oportunidades com a Venezuela, Prates afirmou que tem observado a situação das sanções ao país e a dívida com o Brasil. "Estamos tentando juntar tudo isso em um só lugar e ver o que acontece."

Unigel

Na madrugada desta quarta, em comunicado ao mercado, a Petrobras afirmou que o contrato de cerca de R$ 759 milhões com a Unigel do final do ano passado está "alinhado" com seu plano estratégico que vai até 2028.

O comentário veio em resposta a questionamentos da CVM (Comissão de Valores Mobiliários) sobre reportagem do jornal O Globo, que afirmou que o contrato "pode levar a estatal a um prejuízo de R$ 487 milhões" e que o Tribunal de Contas da União cobrou explicações da estatal.

O contrato, firmado em 29 de dezembro, "para o processamento do gás da Petrobras e a entrega/comercialização de fertilizantes para a companhia, está alinhado ao plano estratégico 2024-2028 quanto ao retorno à produção e comercialização de fertilizantes", afirmou a Petrobras no comunicado.

A Unigel, que afirma ser uma das maiores empresas químicas do Brasil, instaurou em 11 de dezembro processo de mediação para negociar pagamento de dívidas, fazendo pedido para um processo de "tutela de urgência cautelar" na Justiça de São Paulo. A empresa tem operações na Bahia, Sergipe e São Paulo.

(Reuters)

Fonte/Veículo: Folha de São Paulo

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