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O Brasil gerou 1.483.598 empregos formais (com carteira assinada) em 2023, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados ontem pelo Ministério do Trabalho. Em comparação com os 2.013.261 postos criados em 2022, o saldo ficou 26,3% menor.

O resultado de 2023 decorreu de 23.157.812 admissões e de 21.774.214 demissões, o segundo pior resultado desde 2020 endash; quando houve uma mudança na metodologia, com o início de uma nova série histórica. Em dezembro, o saldo ficou negativo em 430.159 vagas, após a criação de 125.027 postos em novembro (dado revisado ontem).

O mercado financeiro esperava um novo avanço do emprego no ano, mas o resultado veio abaixo da mediana das estimativas de analistas consultados pelo Projeções Broadcast, que indicava abertura de 1.538.250 postos de trabalho. As estimativas variavam entre abertura de 1.444.786 a 1.836.747 vagas em 2023.

Para o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, a desaceleração da economia brasileira no segundo semestre contribuiu para que 2023 fechasse com resultado abaixo do que havia sido projetado pela pasta em novembro endash; um saldo positivo entre 1,9 milhão e 2 milhões de vagas.

eldquo;Houve uma desaceleração no segundo semestre. Se tivesse acelerado, ia ser maior a contrataçãoerdquo;, afirmou. eldquo;Temos um problema de déficit muito grande, que vem, em grande parte, herdado do último ano do governo Bolsonaro.erdquo;

Marinho citou como desafios para o mercado de trabalho o alto patamar de juros e de endividamento, com impacto direto na renda, e um possível aumento da informalidade no setor da agricultura. eldquo;Quanto mais o mercado for formal, maior será a segurança dos trabalhadoreserdquo;, disse. eldquo;Há uma rotatividade extravagante (no mercado de trabalho).

Está muito flexível para uma economia como a do Brasilerdquo;, disse.

A abertura das vagas de trabalho com carteira assinada foi puxada pelo desempenho do setor de serviços, com a criação de 886.223 postos formais, seguido pelo comércio, que abriu 276.528 vagas. Já a indústria geral gerou 127.145 vagas, enquanto houve um saldo de 158.940 contratações na construção civil. A agropecuária registrou a abertura de 34.762 vagas no ano.

elsquo;ARREFECIMENTOersquo;.

Para o head de pesquisa macroeconômica da Knitro Capital, João Savignon, os dados do mês passado são condizentes com a desaceleração em curso de toda a atividade econômica. eldquo;Apesar de ter havido certa surpresa negativa na margem, com um número de desligamentos maior que o projetado em dezembro, olhando sob um horizonte mais amplo o desempenho está conforme o esperadoerdquo;, afirma.

Segundo ele, o País vem de uma criação acima de 2 milhões de empregos formais em 2022, desacelera agora para pouco menos de 1,5 milhão e eldquo;deve seguir nessa tendênciaerdquo;. eldquo;Não é que teremos um mercado de trabalho frouxo agora, é um arrefecimentoerdquo;, emenda. A Knitro projeta saldo líquido positivo de pouco mais de 1,2 milhão de vagas no Caged de 2024.

Já o economista Rodolfo Margato, da XP Investimentos, prevê desaceleração para um saldo de 1,1 milhão de vagas neste ano. Para ele, os resultados do Caged em dezembro corroboram a visão de desaceleração suave do mercado de trabalho.

eldquo;As contratações totais cresceram 1,2% em dezembro, para 1,935 milhão, nível historicamente alto. Em média, houve incremento mensal de 0,8% nas admissões ao longo de 2023erdquo;, escreveu ele. eldquo;Por sua vez, os desligamentos totais subiram 1,8%, para 1,882 milhão, o patamar mais elevado do último ano. Esse aumento veio acima do esperado, explicando a diferença entre a nossa projeção e o resultado observado no saldo total em dezembro.erdquo; ebull;

Fonte/Veículo: O Estado de S.Paulo

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