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Duas plantas em atividade (com recente início da produção da unidade em Guariba-SP), e mais cinco em construção, e com a produção de 9 plantas já comercializadas. Esses são alguns números do programa de etanol de segunda geração (E2G) da Raízen, que projeta um incremento de 50% em sua produção total de etanol, com essa modalidade de biocombustível.

eldquo;Temos biomassa suficiente para rodar 20 plantas que ao todo produziram 1,6 bilhão de litros de etanol de segunda geração por ano, um incremento de mais de 50%. Isso se eu não eletrificar as usinas. Se fizermos eletrificação, sobra mais bagaço. Também posso licenciar a tecnologia, o que cria uma nova linha de receita para Raízenerdquo;, informou o CEO da empresa, Ricardo Mussa, em entrevista à publicação Você S/A.

eldquo;A gente já comercializou o produto de nove plantas ao todo. Vendemos 80% da produção das que serão construídas nos próximos cinco anos. É um sinal de que o mercado realmente acredita no nosso produto. Além disso, há uma discussão importante na Europa: o etanol de segunda geração não compete com alimentos, como o etanol de milho e o biodiesel que usa soja. O etanol de segunda geração vem de um resíduo. É um combustível renovável avançadoerdquo;, afirmou Mussa.

Apesar do alto custo do investimento em cada planta, de R$ 1,2 bilhão a R$ 1,3 bilhão, Mussa avalia que os contratos de longo prazo asseguram a recuperação do capital investido. eldquo;Cada uma produz entre 82 e 84 milhões de litros por ano. Mas o custo operacional para rodar a produção é baixo. Por isso que os contratos de longo prazo ajudam a ter uma estabilidade de receita e dão garantia de que conseguimos recuperar o capital investido. A gente só está construindo plantas que tenham 80% da produção comercializadaerdquo;, informou.

Mussa também destacou o papel importante do etanol no processo de eletrificação dos veículos. eldquo;A bateria não é eficiente. A mesma quantidade de energia que existe em 600 quilos de bateria de um Tesla é o que você tem em 27 quilos de etanol. O tipo de carro mais eficiente usa o motor elétrico com a energia armazenada em formato líquido. É o motor de célula de hidrogênio. Um carro elétrico com 5 quilos de hidrogênio no tanque consegue rodar até 600 kmerdquo;, ressaltou.

Ele reforça que o etanol tem um papel super relevante porque o hidrogênio é muito difícil de transportar, demanda uma logística complexa [é preciso mantê-lo refrigerado a temperaturas abaixo de -253°C].

O etanol tem hidrogênio em sua composição química. Estamos estudando junto à Shell e à Toyota [pioneira em carros elétricos a hidrogênio] como fazer o que a gente chama de reformador. Você coloca um container no posto de combustível e transforma o etanol em hidrogênio ali. O Transporte seria feito na forma de etanol para postos de combustíveiserdquo;, explicou Mussa.

Mussa também avalia a importância do etanol para a aviação. eldquo;Sim, a aviação não vai eletrificar sua frota no curto prazo e precisa de uma saída rápida para descarbonizar. O mais eficiente é fazer isso com um combustível líquido renovável. Fomos a primeira empresa do mundo a ter o etanol certificado para o SAF que vai ser produzido agora na Georgia (EUA). Estamos exportando nosso etanol para lá.

Somos um grande distribuidor de combustível no Brasil, que opera em mais de 60 aeroportos, e um grande produtor de etanol. Faz sentido para a gente estar na cadeia do SAF. Não somos donos da tecnologia de conversão do etanol para o SAF. Podemos até coinvestir, mas a gente sabe que a nossa vantagem está na produção de etanolerdquo;, afirmou Mussa.

Fonte/Veículo: JornalCana

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