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O programa Nova Indústria Brasil, anunciado pelo governo federal nesta segunda (22/1), espera destinar R$ 300 bilhões para financiamento do setor industrial no país, até 2026.

Os recursos serão, em maior parte, geridos pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que além do crédito, também prevê a participação acionária em empresas de segmentos estratégicos, como as de minerais críticos, baterias e veículos elétricos.

Segundo o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, o banco tem R$ 8 bilhões no orçamento para aquisições.

eldquo;Temos 8 bi de equity, que nós queremos investir em empresas. Crédito é namoro, equity é casamento. São setores muito importantes, por exemplo, esse segmento de minerais críticos fundamentais para o futuro de baterias e toda mobilidade elétricaerdquo;, disse.

O BNDES é sócio de diversas empresas por meio do controle de ações no mercado de renda variável e aportes em fundos de investimento e private equity. A carteira supera os R$ 70 bilhões, dos quais cerca de R$ 25 bilhões são relativos à participação acionária na Petrobras, em valores de setembro de 2023.

Segundo Mercadante, as grandes economias mundiais, como Estados Unidos, China, e União Europeia estão implementando grandes pacotes de incentivo à indústria, e o Brasil também deve acompanhar esse movimento se quiser competir no mercado global.

eldquo;Já estamos com cinco fábricas de ônibus no Brasil, produzindo ônibus elétrico. O Brasil tem a sétima reserva de lítio do mundo. E nós queremos ter controle e presença estratégica nesse segmento. (ehellip;) Esse é um setor que o BNDES quer entrar com equityerdquo;, acrescentou Mercadante.

Entre as montadoras que já produzem ônibus elétricos no Brasil estão a Mercedes-Benz, Marcopolo, BYD e Eletra.

O presidente do BNDES também ressaltou que o banco já aprovou, no ano passado, R$ 2,5 bilhões para financiar a aquisição de até 1,3 mil ônibus elétricos pela cidade de São Paulo. Os veículos devem ser exclusivamente movidos a bateria.

Corrida por minerais críticos

No contexto global, há uma corrida por minerais críticos, em especial o lítio, essencial para a fabricação de baterias para veículos elétricos. A demanda pelo mineral deve crescer vertiginosamente, em mais de 40 vezes até 2040, segundo projeção da Agência Internacional de Energia (IEA, em inglês).

Hoje, cerca de 65% das reservas encontradas estão no Chile, Bolívia e Argentina, mas é a China que concentra o processamento do lítio, com cerca de 90% da capacidade global de beneficiamento do mineral.

O país asiático também é um dos maiores produtores mundiais de baterias elétricas, e sede da maior produtora de veículos elétricos do mundo, a BYD.

No Brasil, o mineral já é alvo de disputa entre montadoras. A alemã Volkswagen e a chinesa BYD disputam a compra da maior produtora de lítio no Brasil, a Sigma Lithium.

Localizada no Vale do Jequitinhonha, em Minas Gerais, hoje conhecido como Vale do Lítio, a Sigma vem chamando a atenção de investidores no cenário internacional, por oferecer um lítio eldquo;verdeerdquo;, já beneficiado quimicamente, com zero emissões de carbono e baixo impacto ambiental.

Fonte/Veículo: EPBR

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