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* Adriano Pires - Todo início de ano a pergunta que mais recebo é: quais são as suas perspectivas para o novo ano? Aí coloco o turbante e a bola de cristal sobre a mesa e começam as adivinhações.

Mas como sou um economista, sempre erro mais do que acerto. Aliás, essa característica de errar mais do que acertar em previsões é atributo dos economistas, geólogos e meteorologistas desde sempre. Para ser diferente neste ano, decidi não fazer previsões e colocar os meus 5 principais desejos para o setor de energia em 2024....

PETRÓLEO Em relação ao petróleo, o 1º desejo é que o Ibama dê as licenças ambientais para a exploração de petróleo na Margem Equatorial, entendendo que a exploração, na Margem Equatorial ou em qualquer outra área, não é conflitante com a política ambiental. Vamos deixar de lado os radicalismos e ver o que é realmente fundamental para o Brasil do ponto de vista social, ambiental e econômico.

Discussões sobre o licenciamento ambiental para a exploração do shale gas (ou gás de xisto) também deveriam entrar em pauta se queremos ter gás barato no Brasil. Assim, o 2º desejo é que tanto o governo federal como os estaduais entendam que não é aumentando e criando impostos que iremos atrair investimentos e fazer que a indústria de óleo e gás seja mais competitiva. A indústria do petróleo e do gás já é uma das que mais pagam impostos.

A 3ª aspiração é não trazer de volta uma política de conteúdo local que se confunda com uma política de reserva de mercado. Já vimos no passado os custos que causaram ao país.

Também espero, e esse é o 4º desejo, que se crie uma política efetiva para reduzir a reinjeção do gás natural que já ultrapassa os 70 milhões/m3. Não é possível o país continuar a ser importador de gás e reinjetar esse volume gigantesco.

Em 5º, deve-se entender a importância de aumentar a infraestrutura essencial do gás natural no Brasil, pois sem ela não haverá esse mercado no país. O Brasil é um dos países que tem a menor quilometragem de gasodutos do mundo. Sem gasodutos, a ideia de usar o gás para ajudar na reindustrialização do país vira papo de botequim.

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* Sócio-fundador e diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE)

Fonte/Veículo: Poder 360

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