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A taxa de desemprego no Brasil ficou em 10,5% no trimestre encerrado em abril, a menor para esse trimestre desde 2015, quando foi de 8,5%. É o que aponta a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua Mensal (Pnad Contínua Mensal), divulgada na manhã desta terça-feira pelo IBGE.

Houve uma queda de 0,7 ponto percentual no número de desocupados em relação ao trimestre anterior de novembro a janeiro (11,2%), que serve de base de comparação. Ainda assim, há 11,3 milhões de brasileiros em busca de uma vaga no mercado de trabalho.

Cerca de 1,1 milhão de pessoas ingressaram no mercado de trabalho neste trimestre, levando a população ocupada a subir 1,1% e atingir o patamar de 96,5 milhões. É o maior contingente da série histórica, iniciada em 2012.

Houve uma expansão de 2% do emprego com carteira assinada no setor privado, com a entrada de 690 mil trabalhadores entre fevereiro e abril, frente ao trimestre anterior. Na comparação anual, o acréscimo foi de 3,7 milhões de pessoas, ou alta de 11,6%.

emdash; Nesse trimestre, mantem-se a trajetória de recuperação do emprego com carteira, com diversas atividades registrando expansão, principalmente no Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas e em Informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas emdash; explica Adriana Beringuy, coordenadora de pesquisa do IBGE.

Renda cai 7,9% no ano

Puxada pelas vagas formais, a expansão da ocupação não foi capaz, porém, de se traduzir em aumento do rendimento. A remuneração média ficou em R$ 2.459 no trimestre encerrado em abril, uma estabilidade frente ao trimestre anterior. Em relação a um ano atrás, o baque na renda é de 7,9%.

emdash; No ano, embora tenha havido um crescimento expressivo da população ocupada, houve retração do rendimento, fazendo com que a massa fique estável apesar do número muito maior de pessoas ocupadas emdash; contextualiza Adriana.

Recuperação gradual

A reabertura econômica impulsionou o avanço da população ocupada no início deste ano, mas a expectativa dos economistas para os próximos meses é de desaceleração da geração de postos de trabalho. Analistas projetam desaceleração da atividade econômica no segundo semestre e um recuo menor da taxa de desemprego ao longo do ano.

Isso porque a combinação de inflação de dois dígitos, juros elevados e riscos políticos impactam a atividade econômica, o que dificulta o otimismo dos empresários no que se refere à contratação de profissionais.

Fonte/Veículo: O Globo

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