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O petróleo fechou em alta forte e estendeu os ganhos de 4%, na sexta-feira passada, à medida que o mercado aguarda pela reunião dos membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) no próximo fim de semana.

O foco estará principalmente sobre a decisão da Arábia Saudita, principal liderança do grupo, de estender, ou não, a redução na produção de 1 milhão de barris por dia (bpd) ao mês.

O barril do petróleo WTI - referência americana - com entrega prevista para janeiro fechou em alta de 2,35%, a US$ 77,83. O barril do Brent - referência global de preços - para o mesmo mês subiu 2,12%, a US$ 82,32.

A forte alta nas duas últimas sessões procede de um movimento negativo que levou o petróleo às mínimas desde julho na semana passada. A recente fraqueza da commodity energética aumentou o ruído no mercado sobre uma potencial extensão dos cortes sauditas, dizem Warren Patterson e Ewa Manthey, analistas do ING. Adotado ainda no primeiro semestre de 2023, o corte mensal de 1 milhão de bpd da Arábia Saudita, a princípio, tem prazo para acabar no fim do ano.

eldquo;Continuamos a esperar que a Arábia Saudita e a Rússia transfiram seus cortes voluntários adicionais para o início de 2024. Entretanto, o que está menos claro é se o grupo mais amplo da Opep+ fará novos cortes", apontam os analistas. "Na sexta-feira, houve relatos de que o grupo poderia considerar um corte de até 1 milhão de bpd. Um corte mais profundo do grupo, combinado com a prorrogação do corte voluntário dos sauditas e russos, seria mais do que suficiente para garantir que o excedente [de oferta] atualmente esperado para o primeiro trimestre de 2024 desaparecesse."

Segundo o vice-presidente-sênior da Rystad Energy, Jorge Leon, o barril do Brent pode chegar à média de US$ 96 caso a Arábia Saudita siga reduzindo sua produção até abril de 2024, retirando os cortes gradualmente nos meses seguintes. eldquo;Nossa análise sugere que os sauditas precisarão continuar cedendo participação de mercado, pelo menos até junho de 2024, para atingir esse nível de preçoerdquo;, diz.

Fonte/Veículo: Valor Investe

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