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A preocupação que a reforma tributária traz para o setor de petróleo e gás é, sobretudo, a respeito da estabilidade jurídica do país, mais do que sobre o aumento ou redução da carga de impostos, afirma a vice-diretora de finanças da Repsol Sinopec, Gilberta Lucchesi.

eldquo;Tendo alguma alteração tributária, vamos seguir. Mas é importante ressaltar que toda vez que se muda a regra do jogo no meio do caminho, há um impacto nas decisões futuras sobre novos investimentos. A indústria de óleo e gás é de longo prazo, estamos falando de decisões para trinta anos que são feitas com as regras de hojeerdquo;, disse a executiva em entrevista ao estúdio epbr durante a OTC Brasil 2023, no Rio de Janeiro.

A reforma tributária está em discussão no Senado, com expectativa de aprovação até o final do ano. A primeira versão do relatório da reforma foi apresentada pelo senador Eduardo Braga (MDB/AM) na última quarta-feira (25/10).

Lucchesi ressaltou que apesar das incertezas a respeito da estabilidade tributária no país, a Repsol Sinopec tem planos de longo prazo para os investimentos no Brasil. A Repsol Sinopec é uma joint venture entre Repsol, que detém 60% da parceria, e a chinesa Sinopec, que tem os 40% restantes.

Investimentos no Brasil

A companhia faz parte do consórcio que aprovou em janeiro deste ano o desenvolvimento da porção Sudoeste do campo de Lapa, na Bacia de Santos. O projeto, com investimento total previsto em R$ 1 bilhão, vai conectar novos poços ao FPSO Cidade de Caraguatatuba, o que vai aumentar a produção em 25 mil barris/dia. O campo é operado pela TotalEnergies (35%) em parceria com a Repsol Sinopec (25%), Shell Brasil (30%) e Petrobras (10%).

Além disso, a Repsol Sinopec também tem participação de 35% no campo de Raia (antigo BM-C-33), na Bacia de Campos, que teve a decisão final de investimento aprovada em maio de 2023. O investimento total está previsto em R$ 9 bilhões, junto com as parcerias Equinor, que é a operadora da área com 35% de participação, e a Petrobras (30%). O projeto prevê a instalação de uma plataforma com capacidade para escoar 16 milhões de metros cúbicos de gás natural por dia, com entrada em operação em 2028.

A companhia tem ainda participações nos campos de Sapinhoá e Albacora Leste, na Bacia de Campos. Em exploração, a Repsol Sinopec detém 20% do bloco de Sagitário, no pré-sal da Bacia de Santos, em parceria com a operadora Petrobras (60%) e a Shell (20%).

Segundo Lucchesi, a empresa não tem planos de grandes expansões no portfólio atual, mas segue monitorando eventuais oportunidades de aquisições de novas áreas no Brasil.

eldquo;Estamos sempre analisando o mercado, mas posso antecipar que, considerando os investimentos bilionários previstos para os próximos anos, em curto prazo a companhia deve focar nos ativos que já tem, mais do que procurar novoserdquo;, disse.

Fonte/Veículo: EPBR

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