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Depois de abrir lojas em ritmo frenético na capital paulista, na Grande São Paulo e em algumas cidades do interior do Estado, a Oxxo, rede de mercados de proximidade, quer eldquo;invadirerdquo; a praia dos paulistas.

A chegada ao litoral Sul começa esta semana com a inauguração de três lojas. Duas em Santos, nos bairros Gonzaga e Boqueirão, e uma na orla de Praia Grande. Até o final do ano, está prevista a estreia em mais duas cidades litorâneas: Guarujá, com uma unidade no centro, e em São Vicente, no bairro de Itararé.

eldquo;Entre outubro deste ano e setembro do ano que vem, planejamos abrir 50 lojas no litoral, distribuídas nesses quatro municípioserdquo;, afirmou ao Estadão David Pestana, diretor-geral de Expansão do Grupo Nós no Brasil. Ele não revela as cifras investidas.

O Grupo Nós é uma joint venture entre a Raízen, licenciada da marca Shell, e a Femsa, multinacional mexicana líder no segmento de lojas de conveniência e de proximidade na América Latina. Ele é dono das bandeiras Select, de lojas de conveniência em postos da Shell, e da Oxxo, de supermercados de proximidade.

Com faturamento de R$ 1,638 bilhão em 2022 e 1.426 lojas no País nas duas bandeiras (Select e Oxxo), o Grupo Nós ocupa 121.º lugar no ranking das 300 maiores varejistas em vendas da Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo.

No mundo, só a bandeira Oxxo já soma mais de 21 mil lojas, todas próprias, espalhadas por México, Peru, Colômbia, Chile, Europa e Brasil. No País, a rede Oxxo chegou em dezembro de 2020, em meio à pandemia, quando abriu a primeira loja em Campinas (SP).

De lá para cá tem chamado atenção pelo ritmo acelerado de expansão. Nos últimos 12 meses até junho, foram inauguradas, em média, uma loja a cada dois dias. Atualmente são mais de 350 lojas em funcionamento em 11 cidades no Estado de São Paulo. Destas, 60 só em Campinas, onde estreou no País com 17 lojas.

A expansão para o litoral equivale ao movimento feito em Campinas, compara o executivo. eldquo;Representa uma pequena fração do mercado de alimentos do litoral, mas para nós é um grande movimento.erdquo;

O litoral entrou na rota da varejista, segundo o executivo, porque tem perfil de mercado consumidor que se encaixa às lojas de proximidade. Santos, por exemplo, é uma cidade com uma economia eldquo;interessanteerdquo; ligada ao porto. Além disso, tem muitos prédios, um grande adensamento populacional e circulação de pedestres que têm o hábito de comprar nos bairros. eldquo;É o casamento perfeitoerdquo;, diz.

Apesar de o litoral ter vida própria, o executivo acredita que a estreia em outubro, perto do início da temporada de verão, deve impulsionar o mercado. Isso porque a maioria dos turistas do litoral é da capital e já conhece a marca.

MODELO DE NEGÓCIO. A estratégia de fincar bandeira numa região com a abertura de um grande número de lojas, na maioria das vezes muito próximas uma das outras, é um do pilares do modelo de negócio de loja de proximidade.

A grande concentração dos pontos de venda, às vezes com várias lojas numa mesma rua, não é algo circunstancial. Isso permite cortar custos de distribuição das mercadorias, que saem de um único centro de distribuição, com 14 mil metros quadrados, em Cajamar (SP), e viabiliza economicamente o negócio. eldquo;Preciso ter um custo de distribuição bastante competitivo: temos lanchonete, padaria e um minimercado em 100 metros quadrados com 1.500 itens, é um três em um.erdquo;

Atualmente, só na rua da Consolação, na capital paulista, por exemplo, há cinco lojas da Oxxo. Pestana diz que não há risco de uma loja eldquo;roubarerdquo; a clientela de outra, porque elas estão preparadas com mix de produtos e serviços muito específicos para atender o público local. eldquo;Investimos muito em ciência de dadoserdquo;, conta o executivo, ressaltando que as aberturas de lojas estão pautadas pelo cruzamento de grande número de informações.

Desde que a empresa chegou ao País, apenas uma loja fechou as portas. O ponto de venda ficava em Campinas

eldquo;Tem muito espaço para crescer no Estado de São Paulo e na cidade de São Paulo, temos uma fração ainda pequena nas praças onde estamoserdquo;

David Pestana

Diretor-geral do Grupo Nós no Brasil

Tecnologia Empresa investe em ciência de dados para cruzar informações e decidir onde abrir suas unidades

(SP), na avenida Mirandópolis. Na prática, a loja foi fechada, mas reaberta do outro lado da mesma avenida. O motivo foi que o imóvel escolhido não tinha vaga de estacionamento e o consumidor tem o hábito de ir às compras de carro.

Aliás, no sentido de ter a loja mais adequada ao perfil do consumidor local, em Santos, as unidades terão mais itens refrigerados, mesas e cadeiras na lanchonete.

PERSPECTIVAS. Há quase três anos no Brasil, a varejista não revela quanto já investiu nem o desempenho no País. Pestana diz que a perspectiva é crescer em um ritmo ainda maior. Ele pondera que, no passado recente, houve um boom dos atacarejos e que ainda continua. Na sua avaliação, há hoje uma polarização no varejo de alimentos entre os modelos de atacarejo e de mercado de proximidade. eldquo;E a loja de proximidade é a bola da vez.erdquo;

Isso sustenta a aceleração da expansão da companhia. No entanto, por ora, o plano não contempla um avanço para fora do Estado de São Paulo. eldquo;Tem muito espaço para crescer no Estado de São Paulo e na cidade de São Paulo.erdquo;

O consultor da Mixxer Desenvolvimento Empresarial, Eugênio Foganholo, observa que a demanda para compras em lojas de proximidade já existe e é muito pulverizada entre padarias, lanchonetes e mercadinhos independentes de bairro. Por ter uma bandeira forte e já conhecida na capital, Foganholo concorda com Pestana e acredita que a rede acabará ganhando a preferência dos turistas do litoral em relação ao comércio local. ebull;

Fonte/Veículo: O Estado de S.Paulo

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