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O barril de petróleo avançou ontem até 4,33% como reflexo do ataque do grupo terrorista Hamas a Israel, reforçando o temor de analistas de que os bancos centrais nos EUA e na Europa tenham de elevar os juros para se contrapor a um repique da inflação. No caso brasileiro, a avaliação é de que o conflito representará mais um teste para a Petrobras, que deixou de seguir um modelo de correção automática de preços com base nas cotações no exterior.

O barril do petróleo WTI para novembro registrou alta de 4,33%, negociado a US$ 86,38 na New York Mercantile Exchange (Nymex). A variação corresponde ao maior aumento nominal em seis meses, segundo a Dow Jones Newswire. Já o Brent (referência para o Brasil) para dezembro subiu de 4,22%, a US$ 88,15, na Intercontinental Commodity Exchange (ICE).

A Faixa de Gaza, epicentro dos confrontos que já deixaram mais de mil mortos, não é um polo indispensável na produção petrolífera. O que preocupa os analistas é o risco de a guerra envolver outros países da região. O analista de Inteligência de Mercado para Petróleo da StoneX, Bruno Cordeiro, chamou a atenção para as informações de que o Irã poderia ter tido participação na organização dos ataques. Teerã já negou envolvimento com a investida do Hamas, mas a possibilidade de um contraataque israelense ao Irã preocupa, uma vez que o país abriga o Estreito de Ormuz endash; por onde passa cerca de 20% do petróleo consumido no mundo, de acordo com Cordeiro.

Também para a consultoria britânica Capital Economics, os riscos para o mercado de petróleo vão depender da duração do novo conflito e da eventual participação de outros países.

BOLSA E DÓLAR. Já no mercado financeiro, pela manhã houve baixa de preços das ações (as Bolsas na Europa fecharam em queda) e alta do dólar, cenário que mudou no fim do dia em parte por declarações mais amenas de alguns dirigentes do Fed (o banco central dos EUA) sobre aperto nos juros e por ganhos das petrolíferas nas Bolsas.

Acompanhando o movimento iniciado em Nova York, a Bolsa brasileira fechou em alta de 0,86%, aos 115,1 mil pontos, puxada por papeis como Petrobras ON e PN (ganhos de 4,10% e de 4,30%, respectivamente). Já o dólar recuou 0,62%, negociado a R$ 5,13, depois de ter chegado a R$ 5,18.

Caso a situação piore, analistas veem risco para os fluxos internacionais de capital, que buscariam refúgio no dólar e em títulos do Tesouro americano, dando força extra a um movimento que já vem acontecendo nas últimas semanas e que tem provocado fuga de capital dos mercados emergentes. eldquo;Estamos apenas no primeiro estágio de uma trágica criseerdquo;, afirmou Michael Froman, presidente do Council on Foreign Relations.

Fonte/Veículo: O Estado de S.Paulo

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