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O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, disse nesta quinta (28/9) que a avaliação sobre a recompra de ativos vendidos pela empresa nos últimos anos será feita eldquo;a seu tempoerdquo; e com critério.

Segundo ele, nem todas as refinarias negociadas pela companhia, por exemplo, fazem sentido voltar ao portfólio da estatal.

Na véspera, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, defendeu que a Petrobras recompre as refinarias que privatizou. E afirmou que está conversando com a estatal sobre essa possibilidade eldquo;dentro de regras de mercadoerdquo;.

eldquo;Temos os desejos, planos de ministérios e do governo que, claro, guiam a gente, mas tudo tem seu tempo e sua razão. Há unidades e coisas que a Petrobras vendeu que simplesmente comprar de volta não resolve o problema. Há outras que não, que fazem realmente falta dentro do processo de transição para outras fases da indústriaerdquo;, disse Prates a jornalistas, após participar de evento no Rio de Janeiro.

Silveira já tinha defendido a recompra da RLAM no início deste mês. Segundo o ministro, a unidade comprada pela Acelen, controlada pelo Mubadala Capital, nunca deveria ter sido vendida.

eldquo;A Petrobras deve avaliar recomprar a RLAM. É um ativo histórico e que fez parte da estratégia de desmonte do Sistema Petrobras e nunca deveria ter sido vendidoerdquo;, disse em nota divulgada na ocasião.

A venda das refinarias atende ao compromisso firmado pela Petrobras com o Cade em 2019, para abertura do mercado de refino. Desde então, foram concluídas as vendas de três unidades: RLAM (Mataripe), na Bahia, para o fundo Mubadala; a Reman, em Manaus (AM), para o grupo Atem; e a Unidade de Industrialização do Xisto (SIX), no Paraná, para a Feamp;M Resources.

O próprio Cade já admitiu que o acordo com a Petrobras, que levou à privatização das refinarias, pode ser mudado. O presidente Alexandre Cordeiro sinalizou em junho que o órgão antitruste está aberto a renegociar com a Petrobras os termos dos compromissos assumidos pela petroleira durante o governo de Jair Bolsonaro (PL) para abertura dos mercados de refino e gás natural.


Petrobras cogita parceria com Vibra

Prates também comentou que a Petrobras cogita voltar ao mercado de distribuição de combustíveis, mas que uma eventual recompra da Vibra (antiga BR Distribuidora) não é eldquo;algo que faça sentido priorizarerdquo; neste momento.

A estatal, contudo, vê potencial de avançar em parcerias com a Vibra, em negócios específicos como o setor elétrico (a Vibra é sócia da comercializadora Comerc) e hibridização de veículos, com o objetivo de aproximar a Petrobras do consumidor final.Prates pontuou, contudo, que as avaliações ainda são eldquo;muito superficiaiserdquo; e que a relação com a Vibra será pensada eldquo;com calma e responsabilidadeerdquo;.

Fonte/Veículo: EPBR

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