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O presidente do Sindcomb, Manuel Fonseca da Costa, provocou a participação da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) na realização de um curso de identificação do composto químico metanol nos combustíveis comercializados em postos revendedores, durante reunião promovida na manhã desta quinta-feira, 14, na sede da ANP, no Centro do Rio.

O superintendente de fiscalização da agência reguladora, Francisco Nélson Castro Neves, aprovou a proposta para, juntos, entabularem um projeto-piloto de treinamento rápido, de baixo custo e com linguagem adequada, que servirá de base para a disseminação entre os sindicatos de frentistas e patronais de todo o país. Um especialista da ANP irá demonstrar, para frentistas e revendedores do Rio, as formas de descoberta do metanol no etanol hidratado e na gasolina, através do equipamento colorímetro, entre outras técnicas. O superintendente da ANP propôs expedir um certificado de participação aos participantes, e sugeriu a ida ao Fundo de Aparo ao Trabalhador (FAT) como forma de baratear ainda mais o processo. O presidente do Sindcomb franqueou o auditório do Sindicato para a realização do evento.

Apesar de os casos de descoberta de metanol dos combustíveis em postos de pelo menos cinco estados da Federação apresentarem curva descendente, a ANP tem buscado enquadrar esses estabelecimentos irregulares na cassação do alvará de funcionamento sem a obrigatoriedade de reincidência, em virtude de evento danoso à saúde humana. eldquo;Quando há rompimento do lacre no posto, nós caracterizamos como desrespeito à administração pública e à medida cautelar, e pedimos a revogação por interesse públicoerdquo;, explicou Castro Neves.

O fiscal Paulo Iunes informou que a ANP detectou a presença de um milhão de litros de metanol no porto de Paranaguá, e que o comercializador internacional teve o alvará revogado. O metanol chega principalmente Trinidad Tobago e tem largo uso na indústria química. eldquo;O problema é o desvio de sua finalidade. Seguimos monitorando algumas empresaserdquo;, complementou o assessor.

Diferente do reaproveitamento da gasolina e do hidratado confiscados pela ANP quando identificados fora das especificações, o metanol tem que ser totalmente incinerado, e em condições especiais. eldquo;O metanol é um produto químico danoso à saúde do trabalhador. O revendedor deve se acautelar com a coleta da amostra-testemunha a cada descarregamento e utilizar os testes possíveis de fazer. É preciso haver uma ação mais ousada nos postoserdquo;, concluiu Castro Neves.
O encontro contou ainda com a participação de representantes da federação nacional dos frentistas (Fenepospetro); do sindicato dos frentistas do Estado o Rio de Janeiro (Sinpospetro-RJ), de sindicatos de frentistas do Estado de São Paulo e de representante do sindicato dos postos do Estado de São Paulo (Sincopetro).

Fonte/Veículo: Assessoria de Comunicação do Sindcomb

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