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A defasagem do diesel com os preços do combustível da Rússia, país de onde o Brasil mais importa o combustível hoje, foi praticamente zerada com o reajuste anunciado ontem pela Petrobras. Mas no caso da gasolina, resta ainda uma diferença de 8,4% para as cotações internacionais, segundo cálculo da consultoria Stone X.

Isso vai se transformar em mais reajuste? Para o responsável pela análise de petróleo e gás da consultoria, Smyllei Curcio, é pouco provável que isso aconteça se houver uma alta pequena do combustível no mercado internacional.

Diferentemente do diesel, o Brasil importa pouca gasolina, o que dá à Petrobras um pouco mais de margem para segurar pressões de alta. E o reajuste de ontem foi forte. Ele lembra que, até segunda, um dia antes do anúncio, a defasagem da gasolina estava bem maior, em 26%.

- Não esperaria grandes reajustes da gasolina pela Petrobras daqui para a frente. Isso porque o Brasil não importa muito o combustível, diferentemente do diesel endash; avaliou ao blog. - A Petrobras consegue segurar se a cotação não subir muito lá fora. Mas o cenário muda se houver uma nova abertura muito forte na defasagem. Por mais que se diga que o governo não seguirá mais o PPI (paridade de preços internacionais), é difícil não olhar o mercado internacional.

No caso do diesel, a Stone X calcula que a defasagem em relação ao petróleo russo, que é de onde o país mais importa atualmente, ficou em apenas 0,8%.

- Tudo indica que a premissa da Petrobras foi zerar a defasagem com o diesel russo.

Daqui para a frente, há dois fatores principais que devem influenciar na cotação do petróleo no mercado internacional.

Por um lado, os países produtores de petróleo trabalham com um cenário de redução de estoques. Com menos da commodity disponível, os preços tendem a subir. Mas por outro lado a China dá sinais de que seu crescimento econômico deste ano será bem mais modesto do que o imaginado, retirando da mesa uma demanda importante.

Fonte/Veículo: O Globo

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