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Uma falha no sistema elétrico nacional provocou ontem um apagão que atingiu 25 Estados e o Distrito Federal e, segundo estimativa do próprio governo, afetou um terço dos consumidores brasileiros (mais informações nesta página). O blecaute, que durou cerca de seis horas em algumas cidades, foi mais intenso no Norte e Nordeste. Apenas Roraima, que ainda não está conectado ao sistema, não registrou problemas.

As causas do apagão ainda não foram determinadas oficialmente, e a informação é de que o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), responsável pela coordenação e controle dos setores de geração e transmissão de energia no País, vai apresentar relatório em até 48 horas. Mas o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, disse que as investigações terão participação da Polícia Federal e da Agência Brasileira de Inteligência (Abin).

eldquo;A única motivação que nos leva a pedir que o Ministério da Justiça, através da Polícia Federal, também participe da apuração do ocorrido é a sensibilidade do setor elétrico nacional. Com esse setor, não podemos transigir na segurança. Não há da nossa parte apontamento leviano de responsabilidadeerdquo;, disse ele. No começo do ano, a PF atuou na apuração de casos de sabotagem a torres de transmissão no Paraná e em Rondônia.

Silveira disse que o apagão não tem relação com suprimento energético ou com a segurança do sistema. Ele também negou problemas de planejamento endash; eldquo;diferentemente do evento de dois anos atrás, no qual, por falta de planejamento, estivemos à beira do colapso do sistema elétrico brasileiroerdquo;. O ministro repetiu que eventos como o de ontem são eldquo;extremamente raroserdquo;, e uma contingência planejada pelo ONS conseguiu eldquo;minimizar a carga das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste para que não houvesse a interrupção totalerdquo;.

ELETROBRAS. Segundo o ministro, relatório mais recente do ONS aponta como único evento que poderia estar relacionado ao apagão o que ocorreu em linha de transmissão da Chesf no Ceará. A empresa é uma subsidiária da Eletrobras. Na entrevista, porém, Silveira não citou o nome da companhia para, segundo ele, não eldquo;terceirizar responsabilidadeserdquo; endash; embora tenha feito várias referências à Eletrobras em outros momentos, e afirmado que a privatização da empresa fez eldquo;muito malerdquo; para a eldquo;harmoniaerdquo; do sistema elétrico brasileiro.

eldquo;Não quero terceirizar a responsabilidade às empresas privadas. A responsabilidade é nossa, de dar respostas aos brasileiros e brasileiras. O que devemos fazer é nos robustecer cada vez mais, por isso minha crítica à privatização da Eletrobras.erdquo;

Ao longo do dia, especialistas levantaram a possibilidade de o blecaute estar relacionado ao aumento de fontes de geração intermitente endash; como solar fotovoltaica e eólica endash; na matriz elétrica do País. eldquo;O sistema tem de se aperfeiçoar e se adaptar às energias limpas e renováveis. Fato é que elas são fundamentais e imprescindíveis para a transição energéticaerdquo;, afirmou Silveira. ebull;

Fonte/Veículo: O Estado de S.Paulo

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