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A Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e de Lubrificantes (Fecombustíveis) afirma que, de acordo com informações apresentadas pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), não há desabastecimento de diesel e gasolina no país.

Atualmente, há uma restrição nas entregas de combustíveis em algumas bases de distribuição para os postos, o que não significa necessariamente falta de produtos para a ponta final da cadeia (postos e distribuidoras).

Consultada pela Fecombustíveis, a ANP informou que os níveis de estoques estão em normalidade. Conforme a Agência, até o momento, nenhuma distribuidora relatou estar operando abaixo dos estoques mínimos.

Com a alta da cotação do petróleo no mercado internacional, as refinarias da Petrobras passaram a comercializar combustíveis por custos menores no mercado interno, o que pode ter impactos sobre a importação e para as refinarias privadas do país.

De acordo com o Centro Brasileiro de Infraestrutura (Cbie), no período entre 4 e 10 de agosto, a defasagem de preços da gasolina comercializada pela Petrobras em relação aos preços internacionais é de 31,15% (R$ 1,14 por litro) e a do diesel atinge 27,68% (R$ 1,17 por litro).

Hoje, o Brasil precisa contar com a importação de óleo diesel e gasolina para manter o abastecimento no país, o que tem causado preços mais elevados, de forma generalizada, tanto para as distribuidoras quanto para os postos.

Também deve-se levar em consideração outro reflexo do produto importado para o mercado interno. Com a diferença de valores entre os combustíveis adquiridos no mercado externo e os comercializados pelas refinarias da Petrobras, a janela da importação pode fechar em determinados períodos, eventualmente causando diminuição de produto disponível no país.

Além disso, parte do abastecimento é suprido pelas refinarias privadas, que também seguem os preços do mercado internacional, como, por exemplo, as refinarias de Mataripe (BA) e Clara Camarão (RN), na região Nordeste, e a Ream no Amazonas, o que eleva os preços do suprimento dos combustíveis em determinados locais do país.

Outro desdobramento da elevação de custos em certos locais envolve a complexidade do sistema logístico e a demanda por fornecedores de diesel e gasolina a preços mais competitivos. Os postos de marca própria, também chamados de postos bandeira branca, buscam adquirir combustíveis em bases de distribuição alternativas na busca por menores preços, que não as tradicionais supridoras locais. Este é outro reflexo do momento atual, ocasionando sobrecarga de pedidos em determinadas bases em detrimento a outras e, consequentemente, restrição nas entregas de produtos pelas distribuidoras.

Essa questão de mercado aponta para uma situação atípica. Os postos de marca própria (bandeira branca) podem ter dificuldade para adquirir combustíveis a preços competitivos em virtude do aumento de custos generalizado por parte das distribuidoras. Além disso, em uma situação de restrição de combustíveis, as distribuidoras nacionais priorizam as entregas de produto para os postos da sua rede bandeirada, visando o cumprimento dos contratos. Ou seja, em alguns locais, pode ocorrer restrições pontuais de fornecimento pelas distribuidoras, principalmente para os postos de marca própria.

Importante ressaltar que o mercado é livre e competitivo em todos os segmentos, cabendo a cada distribuidora e posto revendedor decidir se irá repassar ou não ao consumidor as elevações de preços totais ou parciais, de acordo com suas estruturas de custo, posicionamento de mercado e demais fatores comerciais. Esta Federação, entretanto, entende ser imprescindível manter a sociedade informada para que a revenda não seja responsabilizada por alterações de preços ocorridas em outras etapas da cadeia e que, muitas vezes, são apenas repassadas pelos postos.

Fonte/Veículo: Assessoria de Comunicação da Fecombustíveis

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