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O preço do petróleo no mercado internacional tem oscilado em patamar acima dos US$ 85 por barril e, segundo especialistas, pode bater a marca de US$ 90, trazendo mais tensão para os preços da Petrobras no mercado nacional, principalmente em relação ao diesel.

Segundo o especialista em combustíveis da Argus, Amance Boutin, o descolamento dos preços da Petrobras dos valores de referência para importação já têm efeito nítido no mercado de combustíveis, que reedita os tempos de eldquo;carga curtaerdquo; de 2022.

A estatal abandonou a política de preços de paridade de importação (PPI) em meados de maio, e adotou uma estratégia comercial mais flexível, na qual o preço é formado cliente a cliente. Com menos produto no mercado e ameaça de escassez pontual nos próximos meses, os agentes já estão comprando diesel nos portos a preços até R$ 0,90 por litro acima do vendido pela estatal.

De acordo com Boutin, com a alta nas cotações internacionais do Brent e do diesel russo, que vinha irrigando as importações brasileiras, houve interrupção das importações na semana passada. eldquo;Os preços ultrapassaram o teto permitido para os produtos russos e a cadeia, com seus transportadores e seguradoras, parou de fechar negócios pelo menos na última semana para não sofrer retaliações.erdquo;

Ontem, o petróleo voltou a subir no mercado internacional, com a perspectiva de uma oferta apertada. Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para setembro fechou em alta de 1,78% (US$ 1,48), a US$ 84,40 o barril. Foi o fechamento mais alto do WTI desde 16 de novembro. Já o petróleo Brent (referência do Brasil) para outubro, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), fechou em alta de 1,60% (US$ 1,38), a US$ 87,55 o barril.

O consultor de gerenciamento de risco da Stonex, Thiago Vetter, afirma que os cortes de produção anunciados por membros do grupo Opep+, principalmente Arábia Saudita e Rússia, mantêm o mercado em expectativa de déficit de suprimento para os próximos meses.

eldquo;Enquanto isso, o mercado busca precificar o lado da demanda, que no momento está incerta. Mas tendendo ao otimismo, na medida em que os EUA podem ter chegado ao fim do movimento de aumento de taxas de juros e a China anuncia medidas para incentivar sua economia, cuja recuperação pós-covid tem sido aquém do projetadoerdquo;, explica Vetter.

Para ele, o petróleo tipo Brent vai oscilar na faixa de US$ 85 a US$ 90 por barril durante o segundo semestre, mas é possível que chegue a romper os US$ 90 em algum momento. ebull;

Fonte/Veículo: O Estado de S.Paulo

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