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O Brasil tem grande potencial para exportar soluções de descarbonização para o mundo, afirmou o diretor executivo de relacionamento institucional e sustentabilidade da Petrobras, Rafael Chaves, em participação no evento Mercado Global de Carbono no Rio, na tarde de hoje.

"A preservação da floresta entra com um potencial muito grande de geração de valor. A Petrobras já faz muita coisa nessa área de forma voluntária. Se conseguirmos organizar isso para que aqueles que emitem muito [carbono] possam compensar isso com certificações por uma terceira parte, se começa a organizar os mecanismos para haver um mercado", disse.

Esta semana, o governo brasileiro publicou o decreto que cria o mercado nacional de créditos de carbono. "A tecnologia mais antiga que existe de captura de carbono e na qual as empresas estão começando a investir chama-se ´árvore´", afirmou o diretor da Petrobras.

Na visão do presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Gustavo Montezano, o Brasil pode ser o país que vai ter a maior oferta do mundo de créditos de carbono provenientes da preservação de florestas nativas em 2023 ou 2024.

"Com o carbono vindo para a mesa de negociação, o ´custo Brasil´ passa a ser um ´bônus Brasil´. Isso passa a ser uma vantagem", disse.

Chaves lembrou que a Petrobras colabora com o BNDES no fundo Floresta Viva, que visa investir em restauração florestal. O fundo opera por meio de um modelo de financiamento que combina recursos não reembolsáveis do BNDES com os de instituições apoiadoras. O modelo é de "matchfunding" ou seja, para cada R$ 1 do setor privado, o banco coloca outro R$ 1.

Juntos, Petrobras e BNDES anunciaram em abril que vão investir ao todo R$ 100 milhões no projeto nos próximos cinco anos. "Do mesmo modo que somos exportadores de commodities, temos tudo para ser um exportador líquido de carbono", concluiu Chaves.

Fonte/Veículo: Valor Econômico

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