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Apesar de descartar que esteja analisando uma eventual compra da Vibra (ex-BR Distribuidora) no momento, a Petrobras não vai desistir de voltar ao mercado de distribuição de combustíveis, informaram fontes ligadas ao setor. A empresa quer pelo menos ter a sua valiosa marca de volta. Segundo apurou o Broadcast, o presidente da companhia, Jean Paul Prates, tem sondado outras distribuidoras com objetivo de eldquo;ter os pés de novo no chão, junto ao consumidorerdquo;, como o executivo já afirmou publicamente.

A marca dos postos Petrobras, da antiga BR Distribuidora, foi arrendada por 10 anos para a Vibra na época da privatização, em 2021. Segundo uma fonte, a ideia é recomprar ou renegociar pelo menos a marca Petrobras de volta, já que a Vibra, por ser uma corporação (chamada elsquo;empresa sem donoersquo;), teria uma aquisição cara e complexa, tornando a operação mais difícil de conclusão.

Em recente balanço que fez sobre os seis meses da sua gestão, Prates chegou a dizer que não adiantava eldquo;bater na mesa, gerar um conflito, criar uma crise midiáticaerdquo; para ter a BR de volta.

BR Distribuidora será analisada no elsquo;momento certoersquo;

eldquo;O que a gente tem que fazer, com responsabilidade, é chamar para conversar sobre o contrato e perguntar: vocês acham isso certo? Nós vamos analisar isso com eles no momento certoerdquo;, disse na ocasião sobre o uso da marca da empresa.

Segundo outra fonte, o executivo já teria conversado com algumas distribuidoras, entre elas, a Alesat, quarta maior distribuidora do País, presente há 25 anos no mercado. A empresa nasceu da fusão da Ale Combustíveis, de Minas Gerais, com a Satélite Distribuidora de Petróleo, do Rio Grande do Norte, e tem a vantagem de ter postos espalhados por quase todo País. Ao todo são 1.500 postos e 12 mil empregos diretos e indiretos.

Outras empresas também teriam sido consultadas, segundo a fonte. Oficialmente, porém, a Petrobras nega qualquer movimento nesse sentido.

Petrobras quer voltar a ser empresa integrada, elsquo;do poço ao postoersquo;

Mesmo antes de tomar posse na presidência da Petrobras, em janeiro, Prates se manifestou contra a venda BR Distribuidora, subsidiária que garantia a integração total da estatal, eldquo;do poço ao postoerdquo;, como se costuma dizer no setor.

eldquo;A gente concorda que a Petrobras deve ser integrada. Como reverter isso é mais complexo, e tem que ser feito com mais responsabilidade do que da forma como tiraram ela (BR) da Petrobraserdquo;, explicou o executivo referindo-se à venda da BR pelo governo Bolsonaro. Segundo ele, o Plano Estratégico da empresa, que será divulgado em novembro, já poderá trazer as perspectivas da volta da estatal ao setor de distribuição.

Para o professor do Instituto de Economia da UFRJ e ex-diretor da Agência Nacional do Petróleo (ANP), Helder Queiroz, faz todo sentido a Petrobras tentar voltar ao mercado de distribuição, eldquo;de onde não deveria nunca ter saídoerdquo;, afirmou . eldquo;A integração era uma fonte fundamental para a Petrobras e seria uma maneira de retomar algum grau de integração de um elo da cadeia que ficou para tráserdquo;, avaliou.

Sem garantia de queda de preços ao consumidor

Sobre uma possível aquisição de outra empresa, que não a Vibra, Queiroz vê sentido na estratégia de aquisição de distribuidoras menores. Ele alerta que a volta ao segmento não significaria que os preços dos combustíveis seriam reduzidos para o consumidor. eldquo;O preço vai depender muito mais da nova estratégia comercial da companhia e do grau de concorrência entre as distribuidoraserdquo;, disse.

Fonte/Veículo: O Estado de São Paulo

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