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A Eve Air Mobility (Eve), uma subsidiária da Embraer, anunciou ontem que a primeira fábrica do eVTOL (sigla em inglês para veículo elétrico de pouso e decolagem vertical, como é chamado oficialmente o eldquo;carro voadorerdquo;) será em Taubaté, no interior de São Paulo. A unidade vai ocupar uma área a ser ampliada dentro da fábrica da própria Embraer na cidade.

A escolha se deu, principalmente, devido aos custos de instalação e à proximidade com São José dos Campos, onde fica a equipe de engenharia e desenvolvimento das duas empresas, segundo André Stein, co-CEO da Eve. As cidades ficam a cerca de 40 quilômetros uma da outra. Hoje, a Embraer tem um centro logístico em Taubaté.

Já a sede administrativa da Eve ficará nos escritórios da Embraer no distrito de Eugênio de Melo, em São José dos Campos. Essa unidade foi reformada em 2019, ao custo de R$ 120 milhões, para receber os funcionários da companhia brasileira quando a venda de seu braço de aviação comercial para a Boeing fosse concluída. A empresa americana, porém, desistiu do negócio em 2020.

Ao Estadão, Stein afirmou que a estratégia da Eve é eldquo;modularerdquo; endash; isto é, novas plantas poderão ser anunciadas a depender da demanda pelos eldquo;carros voadoreserdquo;.

Em Taubaté, a empresa deve montar o veículo, testar e desmontá-lo antes de enviálo ao país comprador. Próximo ao mercado de destino, ele será remontado. O executivo disse que o eVTOL poderá ser remontado em alguma outra unidade da Embraer, mas que ainda está em discussão a possibilidade de esse trabalho ser feito por terceiros.

Stein não revelou o investimento que será feito nem a capacidade de produção, mas disse que a planta deve operar em um modelo intermediário entre o de uma fábrica de aviões e o de uma montadora de carros. eldquo;Serão algumas poucas milhares de entregas de eVTOLs por ano, não necessariamente a partir de uma única fábrica.erdquo;

MERCADO. A Eve calcula que o mundo terá 50 mil eVTOLs em operação em 2030, e a intenção da empresa é ter uma participação de cerca de 30% nesse mercado. eldquo;Esperamos ter participação bem relevante. A Embraer, em outros segmentos em que atua, tem um pouco mais de um terço de market share. Esperamos ter números similares.erdquo;

Dessas 50 mil unidades, 245 podem operar no Rio Janeiro, segundo cálculos da companhia. Para São Paulo, a empresa estima uma capacidade de 400 eVTOLs quando o mercado estiver maduro.

Apesar de ainda estar desenvolvendo o veículo, a Eve já recebeu encomenda para 2.850 aeronaves. O cronograma da empresa prevê a apresentação do protótipo ao mercado em 2024. O início das operações está previsto para 2026.

Fonte/Veículo: O Estado de S.Paulo

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