Sindiposto | Notícias

A Volkswagen comunicou ao Sindicato dos Metalúrgicos de Taubaté (Sindimetau) na última sexta-feira que fará um layoff (suspensão de contratos de trabalho) de 800 dos cerca de 3.100 funcionários da sua fábrica de Taubaté (SP), cidade a 130 quilômetros de São Paulo. Segundo a montadora, a suspensão será de dois meses a partir de 1º de agosto. A decisão, divulgada pelo sindicato nesta segunda, ocorreu uma semana após o fim do programa federal de subsídios a carros populares, que teve 125 mil carros vendidos.

A suspensão do contrato de trabalho, de acordo com o sindicato, vale apenas para a planta da Volwswagen em Taubaté. O anúncio ocorre no marco de um acordo coletivo que garante a possibilidade de layoffs de dois a cinco meses, desde que mantida a estabilidade dos funcionários da fábrica até 2025. O documento foi assinado em 2020 e renovado no ano passado.

Uma suspensão anterior, que havia sido anunciada pela marca em junho, foi revogada em meio ao lançamento do programa de descontos para carros por parte do governo Lula.

Em nota ao GLOBO, a Volkswagen afirmou que eldquo;protocolou layoff para um turno de produção, iniciando em 1º de agosto, a princípio com duração de 2 meses". A fábrica da marca em São Bernardo do Campo (SP) retornará em 20 de julho das férias coletivas de 10 dias para dois turnos de produção e a planta de motores de São Carlos (SP) também retornará, na mesma data, de férias coletivas de 10 dias para um turno.

"A fábrica de São José dos Pinhais (PR) está com um turno em layoff desde 5 de junho. As ferramentas de flexibilização estão previstas em Acordo Coletivo firmado entre o Sindicato e colaboradores da Volkswagen", diz o documento.

O programa federal de subsídios foi lançado em junho prevendo descontos de R$ 500 milhões para carros, R$ 700 milhões para caminhões (dos quais R$ 100 milhões foram solicitados) e R$ 300 milhões para vans e ônibus (R$ 140 milhões solicitados). Houve, ainda, mais R$ 300 milhões liberados pelo governo federal para carros leves. Esses montantes foram convertidos em créditos tributários às montadoras, o que significa renúncia fiscal.

Para o secretário-geral do Sindicato, Aldrey Candido, o programa retardou a decisão das suspensões, mas foi insuficiente. A categoria critica a alta taxa de juros como fator prepoderante a justificar a demanda mais fraca por veículos leves.

A planta da Volkswagen em Taubaté foi fundada em 1976 e produz os modelos de entrada da marca, justamente os mais beneficiados pelos descontos do programa de subsídios a veículos.

emdash; Os juros ainda estão muito altos. Uma taxa de 13,75% não viabiliza os financiamentos de veículos, a parcela não cabe no bolso do consumidor, e isso afeta negativamente a demanda emdash; diz Candido.

Fonte/Veículo: O Globo

Leia também:

article

Atenção revendedor! A ANP começa a fiscalizar os postos sobre as drenagens de tanques 

A partir de hoje (31), a revenda nacional poderá ser fiscalizada sobre o cumprimento da Resolução [...]

article

Acelen concorre ao prêmio "Refinaria do Ano" da América Latina

A Acelen com a Refinaria de Mataripe concorre pela terceira vez consecutiva ao prêmio eldquo;Refi [...]

article

Economistas veem risco maior de alta da taxa Selic neste ano

A reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, que c [...]

Como posso te ajudar?