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O presidente da Be8 (ex-BSBIOS), Erasmo Battistella, apresentou ao governo a proposta de um Plano Nacional de Transição Energética com incentivos ao uso de biocombustíveis e combustíveis de baixo carbono endash; a eletrificação fica para depois.

Ele participou nesta quinta (13/7) da primeira reunião do grupo de trabalho de Transição Energética do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável (Conselhão).

Após reunião inaugural em maio, o Conselhão aprovou a criação de cinco Comissões Temáticas (CTs) e 16 Grupos de Trabalho (GTs), e abriu chamada para receber propostas de conselheiros e conselheiras

Segundo o ministro-chefe da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, o GT será o ambiente para diálogo e construção de soluções para a transição energética.

O plano do CEO da Be8 está dividido em dez estratégias, a serem cumpridas até 2050, focadas na produção, uso e/ou exportação de biodiesel, etanol, hidrogênio, biogás, biometano e combustível sustentável de aviação (SAF).

Além de iniciativas de baixo carbono do setor petroquímico, como a inserção de etanol, bionafta e biogás no processo produtivo da indústria.

Áreas em que a empresa tem negócios. O grupo originário do setor de biodiesel está ampliando o portfólio, e hoje inclui etanol, diesel verde, SAF, gás natural liquefeito (GNL), hidrogênio e amônia verdes.

eldquo;[O plano é] um guia para coordenar as ações governamentais. Uma espécie de elsquo;guarda chuvaersquo; para incluir todas as tecnologias que incentivam a descarbonização no Brasilerdquo;, descreve Battistella, à agência epbr.

Para o executivo, as grandes apostas para a transição do setor automotivo são as tecnologias que já possuem maturidade garantida.

eldquo;Os biocombustíveis e combustíveis de baixo carbono são oportunidade de mercado com elevada maturidade técnica e prontos para serem introduzidos com baixo custo de transição em comparação aos veículos elétricoserdquo;, defende.

eldquo;Além de contar com uma capacidade já instalada de produção, os biocombustíveis usam as mesmas infraestruturas de distribuição, de logísticas e de tancagem que movimentam os combustíveis fósseiserdquo;, argumenta Battistella.

Apesar disso, garantiu que a priorização aos combustíveis de biomassa e de baixo carbono não exclui a possibilidade de inserção de eldquo;outras sugestõeserdquo; de rotas ao plano.

A eletrificação tem ganhado corpo entre os projetos em estudo pelo governo Lula (PT). Entre eles, a nova fase do programa automotivo Rota 2030, prevista para ser lançada em agosto, que deve trazer regras para incentivar a produção de veívulos elétricos no Brasil.
Integração energética

A proposta prevê que as ações sejam compartilhadas com os países membros do Mercosul para estimular a transição energética de forma integrada na região.

Quanto ao acordo comercial Mercosul-UE, o plano sugere que o Brasil defenda a isenção completa de impostos sobre as energias renováveis produzidas na região e exportadas para o continente europeu.

eldquo;Na negociação do acordo do Mercosul com a União Europeia, é preciso defender a isenção total de taxação de energias renováveis produzidas na região e exportadas para o continente Europeuerdquo;, diz o plano.

O governo está tentando retomar as negociações do pacto bilateral sem ceder as compras públicas para não prejudicar as indústrias brasileiras.
Biodiesel

Atualmente em 12%, o percentual de mistura de biodiesel ao diesel está previsto para avançar um ponto percentual ao ano até chegar a 15% em 2026.

O cronograma está atrasado porque a política do setor sofreu retrocessos durante o governo de Jair Bolsonaro (PL). Além do recuo no mandato de mistura, a gestão passada decidiu pela abertura do mercado à importação do biocombustível para atender o mandato.

Decisão que Battistella inclui na pauta do Conselhão. Na proposta, o executivo sugere reavaliar, eldquo;de forma urgenteerdquo;, a abertura à importação, para evitar práticas de dumping e isonomia de condições comerciais aos produtores brasileiros, como critérios de qualidade.

Outra demanda é desenhar um novo cronograma de aumentos de mistura que leve ao B20, isto é, 20% de biodiesel.

Fonte/Veículo: EPBR

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