Febraban alerta e desmente notícia falsa sobre Pix
A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) alertou ontem que as informaç [...]
Escolhido para ser o relator da reforma tributária no Senado, o senador Eduardo Braga (MDB-AM) admite que já fez parte, no passado, do grupo de céticos que não acreditavam na aprovação da proposta. Agora, afirma, o otimismo com o ambiente econômico afastou os pessimistas e abriu as condições políticas para a aprovação do texto.
eldquo;O Brasil quer uma reforma tributária. O Brasil precisa de uma reforma tributáriaerdquo;, afirma ao Estadão em resposta aos críticos da proposta, que ainda apostam que o Senado vai travar a votação. eldquo;Existem os ideológicos e os que são movidos pelo bolso. Se a economia vai bem, eles apoiam os governantes de plantão. Se a economia vai mal, não apoiamerdquo;, dispara.
Na entrevista, o relator afirma que eldquo;não há dúvidaerdquo; de que o texto terá de sofrer ajustes, mas evita antecipar os detalhes. Até porque a proposta aprovada na Câmara na semana passada ainda não chegou ao Senado. eldquo;Os deputados não votaram conscientemente todos os itens nos detalhes. E aí, depois que votaram, descobriram: elsquo;Opa, isso aqui não deveria ter sido assim; deveria ter sido assadoersquo;erdquo;, afirma.
Sobre a crise entre os Estados mais ricos e mais pobres aberta em torno da partilha dos recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Regional (FNDR), o senador do Amazonas diz que tudo será resolvido com base no equilíbrio federativo. eldquo;O equilíbrio do Senado é que Estados sejam representados igualitariamenteerdquo;, afirma.
Ele foi taxativo ao dizer que eldquo;deixar tudo para lei complementar causa algumas dúvidas e insegurançaserdquo;. Uma das críticas dos Estados do Nordeste e Norte é, justamente, que a Câmara deixou a definição da divisão do fundo para legislação posterior. Ao ser questionado sobre a alíquota do novo Imposto sobre Valor Agregado (IVA), ainda uma incógnita, ele respondeu que, eldquo;na Constituição, o capítulo do ICMS estabelece mínimos e máximoserdquo;, sinalizando que o Senado pode colocar um teto para a alíquota na proposta.
A seguir, os principais trechos da entrevista.
Temos que buscar o equilíbrio. Sem nenhuma dúvida, o papel do Senado, que é a Casa da Federação, é buscar o equilíbrio nesta questão federativa.
Como relator, não posso fazer essa afirmação. Mas posso dizer que esse critério não é o que forma o Senado, por exemplo. O equilíbrio do Senado é exatamente que os Estados sejam representados igualitariamente. Mas essa é uma questão que vamos tratar aqui com muita tranquilidade e muita responsabilidade. Houve questões que não se resolveram na Câmara, eu acho que até por problemas de comunicação.
Eu não vou entrar em detalhes. Os deputados não votaram conscientemente todos os itens nos detalhes. E aí, depois que votaram, descobriram: eldquo;Opa, isso aqui não deveria ter sido assim; deveria ter sido assadoerdquo;. E teve matéria que faltou um voto para ser deliberada. Aqui no Senado vai ter um equilíbrio. A questão do Conselho Federativo, do Fundo de Desenvolvimento Regional, todas essas questões serão discutidas com bastante profundidade.
Em alguns casos, eu acho que a PEC deve estabelecer comandos constitucionais.
Não vou antecipar posições de mérito (conteúdo da proposta) hoje. Acho que remeter tudo para lei complementar causa algumas dúvidas e inseguranças. Eu acho que, também, trazer tudo para o texto constitucional não é recomendável. Mas alguns comandos devem estar assegurados no texto constitucional.
É muito prematuro responder neste momento sobre esse tema. Eu ainda tenho que conversar não só com o meu Estado, mas também com os parlamentares do meu Estado, os governadores da minha região. Veja, essa não é uma matéria unilateral. É uma matéria que tem que ser construída com muita paciência e habilidade, porque nós estamos tratando de questões muito delicadas. No caso da origem e do destino (mudar a tributação de onde a mercadoria é produzida para onde é consumida), o Amazonas é o Estado, de longe, que mais perde.
Porque o Amazonas tem uma perda de arrecadação e uma perda de atividade econômica muito profunda. Se você considerar os Estados que perdem receita com a mudança da origem para o destino, você vai ver que, em muitos deles, a atividade econômica não é alterada, porque eles não dependem de incentivos estaduais para que essa atividade funcione, nem de incentivos federais. Não é o caso da Zona Franca, no coração da Amazônia e a 3 mil quilômetros do centro consumidor. Mas tudo isso tem que ser visto com muito cuidado, porque não é uma coisa simples. Tem que ser muito bem analisada, absorvida e compreendida.
Há muita dúvida em relação à alíquota padrão do IVA, sobretudo com o número de exceções que foram colocadas na Câmara. Onde ela vai parar? Como o sr. avalia?
Nesse livro verde e amarelo (pega o livro da Constituição e folheia), o capítulo do ICMS, na competência dos Estados, estabelece mínimos e máximos. Quando eu falo que tem que haver um estudo e parâmetros, é isso que temos que estudar.
Eu e a torcida do Flamengo.
Eu fui almoçar sábado em São Paulo, num restaurante super lotado. Algumas pessoas já estavam especulando meu nome (para a relatoria da reforma) e acabaram me reconhecendo. Elas vinham para mim: eldquo;Ah, eu sou a favor da reforma tributária. Espero que o senhor aproveerdquo;. Ninguém me falou dessa eldquo;quarta alíquotaerdquo; ou do ponto e vírgula da lei. Nós é que vamos ter a responsabilidade de discutir isso. Mas o senso geral, seja da opinião pública, seja dos investidores, foi de aprovação com os princípios gerais da reforma tributária. Agora, não tenha dúvida: nas questões pontuais emdash; e algumas delas conjunturais emdash;, ela terá que sofrer ajustes.
As possibilidades de haver mudanças no texto, aqui no Senado, estão absolutamente abertas. Agora, eu não vou adjetivar, eu não vou comentar como ela foi votada na Câmara. Até porque eu vou comentar do limite do salão verde para cá. Eu só posso elogiar o que aconteceu na Câmara.
Eu mesmo dizia que não iria.
Não. O Brasil quer uma reforma tributária. O Brasil precisa de uma reforma tributária. Eu sempre disse que, na minha opinião, era preciso, antes da reforma, haver o arcabouço fiscal. Não sei se eu estava certo ou errado, mas foi em função da mudança de ambiente que o cenário da economia mudou e a confiança está mudando. Todos já estão precificando no mercado uma série de coisas: queda da inflação, queda de câmbio, queda de taxa de juros endash; que, em agosto, o Banco Central começa a fazer a inflexão da taxa Selic. Enfim, que a economia comece a andar, a gerar emprego, a abrir espaço fiscal. Todas essas questões acabam favorecendo o ambiente da reforma tributária.
Na política, eu acho que existem os ideológicos e os que são movidos pelo bolso. Se a economia vai bem, eles apoiam os governantes de plantão. Se a economia vai mal, eles não apoiam. Então, o que que aconteceu? Havia um pessimismo instalado no ambiente econômico; havia desconfiança, pessimismo. Isso, aos poucos, foi mudando, e começou a se instalar um ambiente de confiança, de esperança e, finalmente, um ambiente de otimismo, que está começando a florescer. Isso tem reflexo quase que na veia política. A economia passou a ser um dos argumentos mais fortes da política.
Foi fundamental.
Fonte/Veículo: O Estado de São Paulo
A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) alertou ontem que as informaç [...]
O crescimento da produção nacional de carros no ano passado fez o Brasil [...]
Quem abasteceu o veículo em algum posto de combustíveis do Distrito Federal pagou, em média, R$ 6 [...]