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Diante da alta da inadimplência, o Ministério da Fazenda vai lançar medidas para reduzir os juros do rotativo do cartão de crédito, mas não pensa em tabelar as taxas cobradas ou em acabar com o parcelado sem juros endash; prática largamente usada no comércio brasileiro. A garantia foi dada pelo secretário de Reformas Econômicas do Ministério da Fazenda, Marcos Barbosa Pinto, em entrevista ao Estadão/Broadcast.

Os juros do rotativo do cartão de crédito entraram no radar da equipe do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e do Banco Central na esteira da pressão que parte dos consumidores e parlamentares tem feito sobre o assunto, além de integrantes do governo.

Para o secretário, há uma pressão legítima da sociedade sobre o patamar atual dos juros do rotativo, que encostou em 450% ao ano em abril, o último dado disponível, ante 13,75% da Selic (a taxa básica de juros).

Como resultado, a inadimplência no cartão de crédito rotativo e no parcelado atingiu o pico, e se mantém em níveis recordes nos últimos meses. Em março e abril deste ano, quase um terço (31,5%) do saldo de R$ 135,6 bilhões de crédito nessas duas modalidades estava inadimplente. É a maior taxa da série histórica mensal, iniciada em março de 2011.

O cálculo foi feito, a pedido do Estadão, por Luiz Rabi, economista-chefe da Serasa Experian, empresa especializada em informações financeiras.

TABELAMENTO.

O risco de tabelamento dos juros é a maior preocupação hoje do mercado de cartões. Segundo Barbosa Pinto, não há uma medida eldquo;mágicaerdquo; para resolver o problema, porque o mercado de cartões é complexo, com muitas tarifas que são cobradas tanto dos usuários quanto dos lojistas. Ao negar a possibilidade de tabelamento, ele afirma que a portabilidade da dívida e uma comunicação mais clara nas faturas sobre o peso dos juros estão entre as medidas em estudo pelo governo.

Sem paralelo em outros países do mundo, o parcelado sem juros -- a famosas eldquo;parcelinhaerdquo; do cartão -- virou um costume no Brasil e é considerado, por alguns atores da cadeia de cartões, uma das razões para as taxas exorbitantes do rotativo.

Tanto que uma das alternativas apresentadas por executivos do sistema bancário ao governo seria justamente usar a chamada tarifa de intercâmbio, paga pelos lojistas aos bancos emissores de cartões, para desestimular ou limitar as parcelas no cartão. O impacto no comércio, porém, poderia ser significativo. Outra opção na mesa seria acabar de vez com o rotativo. ebull;

Fonte/Veículo: O Estado de S.Paulo

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