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A demanda global por energia aumentou 1% no ano passado e o crescimento recorde de renováveis e#8203;e#8203;não fez nada para mudar o domínio dos combustíveis fósseis, que ainda respondem por 82% da oferta, disse o relatório Statistical Review of World Energy nesta segunda-feira (26/6).

O ano passado foi marcado por turbulências nos mercados de energia após a invasão da Ucrânia pela Rússia, o que ajudou a elevar os preços do gás e do carvão a níveis recordes na Europa e na Ásia.

A teimosa liderança dos produtos de petróleo, gás e carvão na cobertura da maior parte da demanda de energia consolidou-se em 2022, apesar do maior aumento já registrado na capacidade renovável de 266 gigawatts combinados, com a energia solar liderando o crescimento da energia eólica, disse o relatório.

eldquo;Apesar do forte crescimento da energia eólica e solar no setor de energia, as emissões globais globais de gases de efeito estufa relacionadas à energia aumentaram novamenteerdquo;, disse a presidente do Energy Institute com sede no Reino Unido, Juliet Davenport.

eldquo;Ainda estamos caminhando na direção oposta à exigida pelo Acordo de Paris.erdquo;

O relatório anual, referência para o setor, foi publicado pela primeira vez pelo Energy Institute em conjunto com as consultorias KPMG e Kearny, após a aquisição da BP, que era a autora do relatório desde a década de 1950.

Os cientistas dizem que o mundo precisa reduzir as emissões de gases de efeito estufa em cerca de 43% até 2030 em relação aos níveis de 2019 para ter alguma esperança de cumprir a meta internacional do Acordo de Paris de manter o aquecimento bem abaixo de 2°C acima dos níveis pré-industriais.

Consumo
A demanda global de energia primária cresceu cerca de 1%, desacelerando em relação aos 5,5% do ano anterior, mas a demanda ainda estava cerca de 3% acima dos níveis pré-coronavírus em 2019.
O consumo de energia cresceu em todos os lugares, exceto na Europa, incluindo o Leste Europeu.
As renováveis, excluindo a energia hídrica, representaram 7,5% do consumo global de energia, cerca de 1% acima do ano anterior.
A participação dos combustíveis fósseis no consumo global de energia manteve-se em 82%.
A geração de energia elétrica cresceu 2,3%, desacelerando em relação ao ano anterior. As energias eólica e solar cresceram para uma participação recorde de 12% da geração de energia, superando novamente a nuclear, que caiu 4,4%, e atendendo a 84% do crescimento da demanda líquida de eletricidade.
A participação do carvão na geração de energia permaneceu dominante em cerca de 35,4%.
Óleo
O consumo de petróleo aumentou 2,9 milhões de barris por dia (bpd) para 97,3 milhões de bpd, com desaceleração do crescimento em relação ao ano anterior.
Em comparação com os níveis pré-covid em 2019, o consumo de óleo foi 0,7% menor.
A maior parte do crescimento da demanda por petróleo veio do apetite revivido por combustível para aviação e produtos relacionados ao diesel.
A produção de petróleo cresceu 3,8 milhões de bpd, com a maior parte vindo dos membros da Opep e dos Estados Unidos. A Nigéria viu o maior declínio.
A capacidade de refino de petróleo cresceu 534 mil bpd, principalmente em países fora da OCDE.

Gás natural
Em meio a preços recordes na Europa e na Ásia, a demanda global de gás caiu 3%, mas ainda representa 24% do consumo de energia primária, ligeiramente abaixo do ano anterior.
A produção de gás manteve-se estável em relação ao ano anterior.
A produção de gás natural liquefeito (GNL) aumentou 5%, para 542 bilhões de metros cúbicos (bcm), um ritmo semelhante ao do ano anterior, com o maior crescimento vindo da América do Norte e da região Ásia-Pacífico.
A Europa foi responsável por grande parte do crescimento da demanda de GNL, aumentando suas importações em 57%, enquanto os países da região Ásia-Pacífico e América do Sul e Central reduziram as compras.
O Japão substituiu a China como o maior importador mundial de GNL.
Carvão
Os preços do carvão atingiram níveis recordes, subindo 145% na Europa e 45% no Japão.
O consumo aumentou 0,6%, seu nível mais alto desde 2014, impulsionado principalmente pela demanda chinesa e indiana, enquanto o consumo na América do Norte e na Europa diminuiu.
A produção foi 7% maior do que no ano anterior, com China, Índia e Indonésia representando a maior parte do crescimento.
Renováveis
O crescimento em energia renovável, excluindo a energia hidrelétrica, desacelerou ligeiramente para 14%, mas a capacidade solar e eólica ainda apresentou um aumento recorde de 266 gigawatts, com a energia solar assumindo a maior parte.
A China acrescentou mais energia solar e eólica.
Emissões
As emissões globais relacionadas à energia, incluindo processos industriais e queima, aumentaram 0,8%, atingindo um novo recorde de 39,3 bilhões de toneladas de CO2 equivalente.

Minerais
Os preços do carbonato de lítio subiram 335%. Os preços do cobalto subiram 24%. Produção de lítio e cobalto aumentou 21%.

Fonte/Veículo: EPBR

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