Defasagem de preços sobe, mas Petrobras segura reajuste de combustível
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O crescimento da demanda global por petróleo vai perder força nos próximos anos, segundo a Agência Internacional de Energia, à medida que os preços altos e a invasão da Ucrânia pela Rússia aceleram a transição para reduzir o uso de combustíveis fósseis.
O consumo em 2024 deve crescer na metade do ritmo observado nos dois anos anteriores, e um limite final para a demanda é previsto para esta década, com o avanço de veículos elétricos e diminuição do uso de gasolina por carros, de acordo com o cenário de médio prazo da AIE, sediada em Paris.
Com a capacidade de produção ainda em expansão, os mercados permanecerão eldquo;adequadamente abastecidoserdquo; até 2028, afirmou a agência. A redução na demanda, no entanto, pode reduzir os preços dos combustíveis.
eldquo;O crescimento da demanda mundial por petróleo deve se desacelerar quase até uma interrupção nos próximos anoserdquo;, disse a AIE, que assessora as principais economias. eldquo;A mudança para uma economia de energia limpa ganha ritmo, com um pico da demanda global por petróleo no horizonte antes do final desta década.erdquo;
Há anos, nações consumidoras se empenham em abandonar os combustíveis fósseis para limitar as emissões de gases de efeito estufa e evitar mudanças climáticas catastróficas. Essa ambição foi fortalecida quando os preços do petróleo e do gás dispararam depois que a Rússia atacou a Ucrânia no início de 2022.
Os cenários de curto e longo prazo diferem muito. Os mercados mundiais de petróleo podem passar por um aperto eldquo;significativoerdquo; nos próximos meses, à medida que o consumo de combustível da China se recupera da pandemia, enquanto produtores da Opep+ liderados pela Arábia Saudita reduzem a produção, disse a agência. O petróleo é negociado perto de US$ 75 o barril em Londres.
O mercado também parece apertado no ano que vem, especialmente no segundo semestre, com os estoques de petróleo em queda mesmo com a desaceleração do crescimento da demanda global para 860 mil barris por dia, em comparação com 2,4 milhões de barris diários este ano, ou cerca de 2%.
No entanto, os anos seguintes sinalizam um mundo menos dependente de hidrocarbonetos. O crescimento global do consumo de combustíveis vai totalizar apenas 400 mil barris por dia em 2028, de acordo com o relatório da AIE. A estimativa para a demanda global é de 105,7 milhões de barris por dia nesse ponto.
O uso de gasolina endash; o segundo maior produto petrolífero endash; entrará em declínio a partir de 2023. E, no caso do petróleo como combustível de transporte, a queda ocorrerá três anos depois. O crescimento restante da commodity ficará limitado a produtos petroquímicos e combustível de aviação, prevê a AIE. A necessidade de combustíveis fósseis atingirá um pico absoluto de 81,6 milhões de barris por dia em 2028.
Fonte/Veículo: O Globo
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