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Relatório da Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês) publicado nesta quinta (1/6) destaca Brasil, Índia e Indonésia entre os mercados emergentes que liderarão o crescimento da demanda global por biocombustíveis entre 2023 e 2024.

Os três países têm como vantagens oferta ampla de matérias-primas, capacidade de produção adicional, custos relativamente baixos e um pacote de políticas para aumentar a demanda, compensando parte das importações de derivados de petróleo.

Embora seja um exportador de petróleo bruto, o Brasil importa diesel e gasolina para abastecer o mercado doméstico.

Globalmente, a atualização do mercado de energias renováveis da IEA estima um crescimento de 11% na demanda de biocombustíveis até 2024, isto é, 18 bilhões de litros, na esteira de políticas de segurança energética pós-invasão da Ucrânia pela Rússia.

Segundo a análise, a segurança energética voltou a ser o principal motivo para a expansão das políticas de renováveis no ano passado.

No entanto, observa que, assim como em 2022, apenas alguns mercados estão tentando de fato acelerar a implantação de políticas de incentivo até 2024.

Enquanto quase dois terços do crescimento da demanda de biocombustíveis ocorrerão em economias emergentes, nos países ricos, novas políticas só influenciarão a produção depois de 2024. Na Europa, por exemplo, preços altos, preocupações com matérias-primas e restrições técnicas limitam o crescimento.

Brasil

As perspectivas otimistas para o mercado de biocombustíveis no país consideram o cronograma de aumento da mistura obrigatória de biodiesel no diesel aprovado pelo governo Lula (PT) no início do ano.

O percentual reduzido a 10% (B10) na gestão de Jair Bolsonaro (PL) foi elevado para 12% em 1° de abril de 2023, e tem previsão de evoluir 1 ponto percentual anualmente, sempre em abril, até alcançar 15% em 2026.

Com o novo cronograma, o governo brasileiro espera que a produção nacional salte dos 6,3 bilhões registrados em 2022, para mais de 10 bilhões de litros anuais entre 2023 e 2026. Além disso, está prevista a redução da importação de 1 bilhão de litros de óleo diesel em 2023 e de 4 bilhões de litros em 2026.

Para o etanol, a IEA calcula que a demanda também se expandirá, mas mais lentamente do que o previsto antes da crise de energia de 2021 porque os preços do açúcar subiram.

eldquo;Dependendo de qual opção for mais lucrativa, os produtores de açúcar no Brasil podem mudar parte da produção de adoçantes para etanol ou vice-versa. O país também está considerando um aumento de 2,5% em sua exigência obrigatória de mistura de etanol, mas nenhuma data foi divulgadaerdquo;, explica o relatório.

Índia e Indonésia

Mesmo sem nenhum anúncio novo de políticas para biocombustíveis em 2022, a Índia tem uma meta de atingir 20% de mistura de etanol até 2025, o que impulsionará o crescimento da demanda nos próximos anos.

Já a Indonésia anunciou duas iniciativas para acelerar a implantação de biocombustíveis no final de 2022: aumentar seu mandato de mistura de biodiesel para 35% em 2023, acima dos 30% em 2022; e aumentar o uso de etanol como estratégia de etanol para segurança energética. Esta última, no entanto, ainda não está detalhada.

Fonte/Veículo: EPBR

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