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A Vibra quer ampliar a parceira com a Petrobras também no segmento de biocombustíveis, o que deve ocorrer com a criação da vice-presidência de Energia Renovável e ESG. A cadeira será ocupada pela ex-presidente da AES Brasil Clarissa Sadock, informou ao Estadão/Broadcast o presidente da Vibra, Ernesto Pousada.

Ele descarta qualquer conversa sobre uma eventual participação societária da sua ex-holding e garante que eldquo;não existem conversas sobre issoerdquo;. Pousada admite que as marcas herdadas da estatal pelos próximos dez anos, com possibilidade de renovação por mais um período, são motivo de orgulho para a Vibra, assim como a nova equipe anunciada na terça-feira, 30, pela companhia.

Nas últimas semanas, circularam rumores de que a Petrobras estaria interessada em voltar ao setor de distribuição de combustíveis, e que a estatal poderia negociar uma participação acionária na Vibra para voltar a esse mercado.

O presidente da estatal, Jean Paul Prates, porém, já desmentiu qualquer judicialização do tema, apesar de admitir que considera estranho usar a marca Petrobras nos postos, e, ao mesmo tempo, também vender produtos que não são produzidos pela estatal.
Ernesto Pousada diz que as marcas herdadas da Petrobras são motivo de orgulho para a Vibra

Além de Sadock, a Vibra anunciou a chegada de Augusto Ribeiro, ex-Picpay, como vice-presidente executivo de Finanças, Compras e RI. Nomeou também, para a nova vice-presidência de Gente e Tecnologia, Aspen Andersen, que já está há 20 anos na companhia e era diretor de Tecnologia. Um pouco mais de um mês antes, a empresa contratou Vanessa Gordilho, vice-presidente de Negócios e Marketing.

eldquo;Cada vez mais a empresa vai atuar de maneira ágil, focada em menos burocracia, mais fácil acesso aos líderes da companhiaerdquo;, disse Pousada.

Financeiro

O presidente da Vibra rebateu críticas do mercado sobre a escolha de Ribeiro para a área econômica, por ele não ter experiência no segmento de combustíveis. Segundo o executivo, que tem passagens pela Dow Chemical, VLI Logística, Suzano Papel e Celulose, apesar de não ter experiência no setor, Ribeiro tem eldquo;larguíssimaerdquo; experiência em grandes empresas de capital aberto, como a BRF, onde foi CEO por anos, e Iochpe-Maxion. Pousada ressalta que a área de finanças é bem parecida em todas as empresas.

eldquo;Estou bem feliz com a chegada dele (Ribeiro). Acho que ele adiciona bastante ao time da Vibra para poder cada vez mais maximizar o resultado para os nossos acionistaserdquo;, afirmou.

A missão do novo vice-presidente executivo de Finanças, Compras e RI será cada vez mais priorizar a locação de capital da companhia, informou Pousada, um capítulo considerado por ele muito importante e que tem que estar sob coordenação direta do novo executivo.

eldquo;Augusto será responsável pela alocação de capital mais eficiente possível para os nossos acionistas, maximizar o resultado da companhia, desenvolver e ampliar cada vez mais o ótimo relacionamento que ele já tem com os bancos de primeira linhaerdquo;, disse Pousada, lembrando que a Vibra é uma das maiores empresa do Brasil e quer estar cada vez mais próximo dos bancos.

Consolidação

Já a tarefa de Sadock, no momento, será consolidar os investimentos de R$ 4 bilhões feitos nos últimos 24 meses pela Vibra no setor de energia renovável e na área de ESG da companhia. eldquo;Também ficamos muito felizes de ter a Clarissa com a gente. Ela é uma profissional super respeitada no mercadoerdquo;, ressaltou.

A nova executiva, que deixou na terça-feira, 30, a presidência da AES Brasil para assumir o cargo, tem como primeira missão extrair a sinergia do novo negócio de renováveis.

Segundo ele, não existe nenhuma agenda de grandes aquisições, mas de consolidar negócios como o da comercializadora Comerc, eldquo;que é o nosso braço de energia elétrica renovávelerdquo;, e na ZegBiogás, que produz biogás a partir da vinhaça e que vai substituir combustível fóssil.

eldquo;Também outro ponto bem importante da nossa estratégia da Vibra Renováveis são os eletropostos, que cada vez mais vem ganhando relevância, gradualmente. Temos vários investimentos nisso, temos um posto 100% eletroposto em São Paulo, e temos diversos pontos de recargas do Sul e do Sudeste, começando a criar um corredor, que é o maior desafio dessa indústriaerdquo;, explicou, referindo-se ao abastecimento dos veículos elétricos.

Outro tema importante da área da nova vice-presidente são os contratos de combustível de aviação sustentável (SAF) e o biodiesel, onde poderá ser ampliada a parceria com a Petrobras, que também já deixou claro que vai atuar fortemente nesse segmento.

eldquo;Estamos sempre conversando com a Petrobras. Nós somos os maiores clientes da Petrobras hoje e queremos cada vez mais estender essa parceria. Naturalmente, a gente quer ser um parceiro ainda maior da Petrobras, que conversa muito com essa agenda de energia renovávelerdquo;, afirmou, lembrando que a empresa tem mais de 8,3 mil postos espalhados por todo o País e uma forte presença no mercado de aviação.

Vibra afirma ser uma das maiores clientes da Petrobras

O conceito ESG também estará sob a liderança de Sadock, e é algo que a Vibra quer cada vez mais estar atuante, disse Pousada. A empresa quer se posicionar de maneira diferenciada e contribuir para a redução da pegada de carbono, além de cuidar da questão social e de governança, destacou.

Para Pousada, a consolidação das áreas de Inovação e Tecnologia em uma vice-presidência sob a coordenação de Andersen é um movimento importante porque vai acelerar a transformação cultural da empresa.

eldquo;Esse é um movimento bastante estratégico do ponto de vista cultural. Queremos uma empresa mais ágil, corajosa, com processos de decisões mais rápido, mais próximo do nosso clienteerdquo;, afirmou.

O trabalho de Andersen, em conjunto com a nova vice-presidente de Negócios e Marketing, visa reforçar as marcas comercializadas pela Vibra para gerar cada vez mais valor para todos os stakeholders e para os consumidores, disse Pousada.

eldquo;A chegada da Vanessa, como do Aspen, tem o objetivo bastante claro da transformação cultural e de mercado, para que a gente e possa cada vez mais estar posicionando a Vibra, e as nossas marcas da parceria com a Petrobras, cada vez mais presentes no dia a dia do consumidor brasileiroerdquo;, concluiu.

Fonte/Veículo: O Estado de São Paulo

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