Defasagem de preços sobe, mas Petrobras segura reajuste de combustível
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A nova estratégia comercial anunciada pela Petrobras não tem impacto material no perfil de crédito da estatal em um primeiro momento, mas levanta preocupações com riscos políticos, avaliou a Fitch Ratings nesta segunda-feira (22).
"O anúncio levanta preocupações em relação à implementação de decisões políticas adicionais que podem deteriorar seu fluxo de caixa e métricas financeiras", disse em nota a agência de classificação de risco, acrescentando que a nova política é menos transparente do que o antigo PPI, parâmetro de paridade com os preços no mercado internacional.
A Fitch considera que os riscos políticos já estão incorporados a seu rating atual para a Petrobras, "BB-"/Estável, em linha com rating soberano para o Brasil.
Na última terça-feira (16), a Petrobras anunciou um novo modelo para os preços dos combustíveis, em substituição ao PPI. Sob comando do ex-senador Jean Paul Prates, a companhia não vai mais considerar o custo de importação e agora mira a busca por clientes e o custo de oportunidade de venda dos produtos. A expectativa é que contribua para reduzir os preços no país.
A empresa disse que não deixará de acompanhar as cotações internacionais do petróleo e seus derivados e que os reajustes continuarão sem periodicidade definida, "evitando o repasse para os preços internos da volatilidade conjuntural das cotações internacionais e da taxa de câmbio".
A Petrobras não divulgou uma fórmula de precificação dos combustíveis. Diz que os valores serão definidos com base nas alternativas de suprimento, ou seja, a concorrência, e no custo de oportunidade, isto é, por até qual valor a estatal poderia vender o produto.
A política do PPI foi implantada no governo Michel Temer, como estratégia para blindar a estatal contra ingerências políticas após um período de represamento de preços que trouxe grandes prejuízos à companhia durante a campanha para a reeleição de Dilma Rousseff, em 2014. Seus críticos, porém, diziam que a política penalizava o consumidor ao repassar para o mercado interno custos como o transporte dos combustíveis até o país e as volatilidades do mercado internacional de petróleo.
(Reuters)
Fonte/Veículo: Folha de São Paulo
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